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Jéssica de Almeida Cordeiro Raphael Freire Entrevista com coordenador pedagógico e professor de química sobre a lei 10639\3. Trabalho direcionado a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro campus Macaé, Fernanda Antunes . Macaé 2016 Data da entrevista: 17/11/2016 Coordenadora Pedagógica da Escola Estadual Cinamomo – Rio das Ostras – RJ A lei 10629/3 é trabalhada na sua escola? Sim. Fazemos o que dá para colocar em prática da lei. Nem sempre é possível mas tentamos. Como? Fazemos uma feira que inclui várias etapas; uma delas é trabalhar com a herança africana para com a cultura brasileira, além de todas as turmas de 3º ano unidas apresentar, para todo o corpo, uma atividade relacionada. Particularmente, gosto do tema, mas nem sempre é bem recebido, já ouvi varias vezes para parar com as atividades. Quais professores/disciplinas estão envolvidos nas atividades para efetivação da lei? Professores de Biologia, Filosofia, eu mesma e alguma das vezes os professores de História e Língua Portuguesa também estão envolvidos. E o Professor de Química? Poxa! A antiga até ajudava, esse agora não, ele é mais velho, não gosta. Quais os resultados dessas ações? É super legal os alunos descobrirem suas próprias identidades. Apesar de causar desconforto em alguns mas eles gostam. Sempre rola debates, isso é bom! Faz eles saírem de suas caixinhas! (risos) De alguma maneira isso contribui para diminuir as posturas racistas e discriminatórias? Como eu disse, gera debates, o que desenvolve o pensamento melhor. A professora de Biologia baseia a discussão e ciência, sendo assim o problema é debatido. Espero que isso ajude os alunos a formar uma boa ideia sobre a cultura afro brasileira! Como é a aceitação dos alunos frente às ações destinadas a uma boa discussão da lei? Em geral é boa. Alguns não gostam por conta de suas religiões, o que é engraçado, afinal estamos em 2016! Existe participação contundente? Eles se interessam? Existe mobilização? Ou é visto apenas como forma de avaliação e aprovação? Sim! Eles são adolescentes e tudo é chato para eles! (risos) mas eu consigo fazer com que eles participem. Quais as principais dificuldades para efetivar a lei? Aqui na escola, além de recursos, o corpo de colaboradores, é religioso em sua grande maioria, ficando sempre contra. As vezes é muito cansativo! Professor de Química da Escola Estadual Cinamomo – Rio das Ostras – RJ Você conhece a lei 10639/3? Você trabalha com essa temática em sala de aula? Não. Quando me formei não tinha isso, sei lá, química já tem coisa demais pra enfiar mais.
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