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07/03/2016 1 EXCIPIENTES Farmacotécnica I Profa. Raquell Chaves Excipientes CONCEITOS � São agentes não medicinais com funções variadas e específicas, que são combinados aos P.A. para se obter as diversas formas farmacêuticas. � Apesar de não possuírem ações terapêuticas, são de fundamental importância para a eficácia do medicamento. 07/03/2016 2 Excipientes É qualquer substância, diferente do fármaco ou do pró- fármaco, diferente que tem sua segurança avaliada e, a partir de então, pode ser incluída na forma farmacêutica, com as seguintes intenções: � Possibilitar a preparação do medicamento; � Proteger, fornecer ou melhorar a estabilidade e a disponibilidade biológica do fármaco, além da aceitabilidade pelo paciente; � Propiciar a identificação do produto; � Melhorar ou promover qualquer outro atributo relacionado, não somente à segurança mas, também, à efetividade do produto durante a estocarem e/ou o uso. IPEC (International Pharmaceutical Excipients Councils) Excipientes FUNÇÕES � Solubilizam � Conservam � Suspendem � Colorem � Espessam � Flavorizam (sabor) � Diluem � Estabilizam � Emulsificam � Permitem obter formas estáveis, eficazes e atraentes. 07/03/2016 3 Excipientes � Podem ser 1% a 99% da fórmula. � Concentração varia para: � Estabilizar princípio ativo. � Oferecer condições técnicas para preparo. � Completar o volume que o princípio ativo não ocupa. Excipientes CONCEITOS Excipientes são substâncias presentes na formulação dos medicamentos, diferentes dos fármacos, que não exercem ação farmacológica ou toxicológica. (Instrução Normativa nº 3, de 2008, ANVISA) 07/03/2016 4 Excipientes Inercia? Sua reatividade, apesar de baixa, pode ser potencializada por fatores físico-químicos do meio, desencadeando reações que podem levar a desestabilização da forma e/ou degradação do fármaco: � presença de grupos funcionais alcoólicos, � grupos terpênicos em flavorizantes, � corantes contendo iodo, � espécies complexantes (EDTA), � substâncias redutoras (lactose) � Inúmeros excipientes possuem centros quirais (amido e celulose) que podem interagir com fármacos racêmicos. Excipientes RDC nº 47 (2009) estabelece que as bulas dos medicamentos contenham a concentração de cada fármaco ou ativo cosmético; porém, em relação aos excipientes, exige-se apenas composição qualitativa conforme a Denominação Comum Brasileira. 07/03/2016 5 Excipientes Excipientes Forma Farmacêutica �Fármaco(s) �Excipiente(s) 07/03/2016 6 Excipientes Excipientes Excipientes Farmacêuticos � Solventes e Veículos � Diluentes � Conservantes � Antioxidantes – Quelantes � Tampões e Agentes de ajuste de pH � Substâncias Corantes, Flavorizantes, Edulcorantes � Agentes de Suspensores � Agentes Emulsionantes e Tensoativos � Aglutinantes, Desagregantes, Deslizantes, Lubrificantes 07/03/2016 7 SUBSTÂNCIA USADA PARA DISSOLVER OUTRA SUBSTÂNCIA NA PREPARAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO. Solventes Excipientes SOLVENTE x DILUENTE x VEÍCULO � Solvente – Substância usada para dissolver outra substância na preparação de uma solução. Podendo ser ou não aquosa. � Diluente – Trata-se de material de enchimento “inerte” usado para produzir volume, propriedades de fluxo e características de compressão desejáveis em cápsulas e comprimidos. 07/03/2016 8 Excipientes � Veículo – Carreador usado na formulação de várias preparações líquidas para administração oral, tópica e parenteral Ex. xarope simples, sorbitol 70%, glicerina, agua, etc. Excipientes 07/03/2016 9 Excipientes Solventes Farmacêuticos • Potável • Purificada • Água para injetáveis Águas • Álcool etílico • Álcool isopropílico Álcoois • Glicerina ou Glicerol • Propilenoglicol • Polietilenoglicol (PEG) Glicóis • Acetona • Éter • Clorofórmio Solventes Orgânicos • Óleo mineral • Óleo de amêndoas • Óleo de milho Óleos fixos 07/03/2016 10 S à O A D I C I ON A D OS A OS P ÓS P A R A P E R M I T I R A OB T E N Ç Ã O D E C OM P R I M I D OS OU C Á P S U LA S C OM V OL U M E S A D E QU A D OS . T A M B É M , P A R A P R OP I C IA R P R OP R I E D A D E S D E F L U X O E C OM P R E S S à O N E C E S S Á R IA S A P R OD U Ç Ã O. Diluentes Farmacêuticos Diluentes Comprimidos Formas farmacêuticas sólidas, geralmente preparadas com auxílio de adjuvantes farmacêuticos, obtidos principalmente por compressão com máquinas de comprimir, capazes de exercer grande pressão para compactação de pós e grânulos. 07/03/2016 11 Por Compressão Direta Granulação Prévia • Granulação por via úmida • Granulação por via seca Diluentes Produção de comprimidos Diluentes Excipientes usados em formas farmacêuticas sólidas Diluentes Aglutinantes Desagregantes Absorventes Lubrificantes Deslizantes Tampões Molhantes Corantes Flavorizantes/aromatizantes Edulcorantes 07/03/2016 12 Diluentes Diluentes � Lactose � Sacarose � Materiais à base de Sacarose � Dextrose � Manitol � Sorbitol � Amidos � Celulose Microcristalina (Microcel®) � Derivados da Celulose � Fosfato de cálcio dibásico diidratado � Sulfato de cálcio diidratado � Carbonato de magnésio � Talco � Caolin Diluentes ATRIBUTOS DE UM BOM DILUENTE � Não podem ser tóxicos � Têm que ser fisiologicamente inertes � Não podem, per si, apresentar ou serem contra-indicados para algum segmento da população � Estabilidade física e química � Não podem apresentar contaminação microbiológica � Seu custo deve ser baixo 07/03/2016 13 Diluentes ATRIBUTOS DE UM BOM DILUENTE � Devem estar disponíveis comercialmente no país onde será produzido � Ser compatíveis com o corante � Não podem apresentar efeito prejudicial sobre a biodisponibilidade do fármaco � Fosfato de cálcio + tretraciclinas � Lactose + fenitoína Diluentes Lactose � É o material de enchimento mais utilizado em comprimidos � Possui muitas características desejáveis: �Sabor agradável �Dissolve-se em água �Não é higroscópica �Baixa reatividade �Boa compatibilidade �Boas características de escoamento (até 20 – 25% de fármaco) �Baixo custo 07/03/2016 14 Diluentes Lactose � Anidra, hidratada e spray-dried � Forma anidra – Pode reter água (UR elevadas). � Lactose anidra é diretamente compressível � É um açúcar redutor � Principal limitação: intolerância a lactose apresentada por algumas pessoas � Pode descorar na presença de fármacos com grupos amina ou com sais de compostos aminados Diluentes Sacarose � Evitar uso em diabéticos � Empregada em pequenas quantidades, pois é altamente aglutinante e ataca os punções das máquinas de comprimir � Comprimidos que se destinam a dissolver-se lentamente na boca � Em associação com outros compostos – para compressão direta 07/03/2016 15 Diluentes Dextrose � Comercializada na forma hidratada e anidra � Forma anidra � Pode substituir parte da lactose “spray-dried” para reduzir a tendência dos comprimidos ao escurecimento � Pode ser usada por via úmida ou para compressão direta. � Como a sacarose também pode funcionar como aglutinante. Diluentes Manitol ou Manita � Açúcar mais caro usado como diluente � Comprimidos mastigáveis � Calor de solução negativo e paladar agradável � Baixa solubilidade � Formulações com manitol possuem pobres características de escoamento e necessitam de quantidades elevadas de lubrificante � Praticamente não-higroscópico � Adequado para formulações contendo compostos onde a sensibilidade a umidadepossa ser um problema (vitamina C, B12 e ácido acetilsalicílico) 07/03/2016 16 Diluentes Sorbitol (Neosorb, Sorbitab) � Isômero óptico do manitol � Usado em conjunto com manitol para reduzir o custo deste último diluente � É higroscópico para umidades superiores a 65% � Ambos tem teor calórico reduzido � Não são conhecidas, até hoje , propriedades carcinogênicas. � Usado tanto na granulação por via úmida como na compressão direta. Como diluente entre 20 a 90%. � Muito solúvel em água e etanol. Diluentes Derivados da Celulose A celulose e um polímero natural linear, composta por unidades glicosídicas, as quais se encontram unidas por ligação β (1 � 4). 07/03/2016 17 Diluentes Celulose Microcristalina � Tipo mais comum de celulose em pó usada na formulação de comprimidos � É obtida por hidrólise da celulose, seguida da secagem por aspersão � Diferentes dimensões granulométricas possuirão características de fluxo diferentes � Compressão direta – boas propriedades de escoamento e compressão � Conc. como diluente em comprimidos 20 a 90%. USADOS PARA PROMOVER ADESÃO DAS PARTÍCULAS DURANTE A GRANULAÇÃO E COMPRESSÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS. Aglutinantes 07/03/2016 18 Aglutinantes Aglutinantes 07/03/2016 19 Aglutinantes � Açúcares �Sacarose (pó ou xarope) � Glicose (grande poder adesivo, mas cara) � Lactose (efeito moderado); � Amido �Gomas � Arábica e adraganta - sob a forma de mucilagem (+ ácido benzóico 2%); � Gelatina � Povidona (polivinilpirrolidona - PVP) � Empregado em solução aquosa ou alcoólica � Derivados da celulose � Metilcelulose 400 � Etilcelulose - sol. etanólica ou propanólica � Carboximetilcelulose sódica (dispersões aquosas) Aglutinantes para granulação úmida Aglutinantes Aglutinantes para granulação seca � Povidona K30 + Acetato de Vinila (6:4) � Usado na granulação seca � Carmelose Sódica � Usada na proporção de 30 a 40% da composição do comprimido (ou em menor quantidade) 07/03/2016 20 SÃO SUBSTÂNCIA S INCLUÍDAS EM UMA FORMULAÇ ÃO A FIM DE ASSEGURA R QUE O COMPRIM ID O , QUANDO EM CONTATO COM UM LÍQUIDO, DESINTEGRE -S E EM FRAGMENTO S MENORES, OS QUAIS PROMOV EM UMA RÁPIDA DISSOLUÇà O DO FÁRMACO. Desintegrantes ou Desagregantes Desagregantes (desintegrantes) � Assegurar que o comprimido, quando em contato com um líquido, desintegre-se em fragmentos menores, os quais promovem uma rápida dissolução do fármaco. 07/03/2016 21 Desagregantes (desintegrantes) Os desagregantes podem atuar por três processos In ch an d o • Amidos • Derivados da celulose • Pectina D is so lv en d o • Lactose • Glicose L ib er an d o gá s • Carbonatos • Bicarbonatos • Peróxidos • Misturas efervescentes Desagregantes (desintegrantes) � Amido Comum � Amido Solúvel e Pré-gelatinizado � Amidoglicolato de Sódio � Celulose Microcristalina � Carmelose Na+ � Croscarmelose � Crospovidona ou PVP reticulada � Misturas efervescentes 07/03/2016 22 ASSEGURAR QUE A FORMAÇÃO E A EJEÇÃO DO COMPRIMIDO OCORRA COM BAIXA FRICÇÃO ENTRE O SÓLIDO E AS PAREDES DA MATRIZ DA MÁQUINA DE COMPRIMIR, EVITANDO A ADESÃO DO PÓ NA PUNÇÃO DA MÁQUINA. Lubrificantes Lubrificantes � Para evitar esses efeitos deletérios � utilização de substâncias mais hidrofílicas conjuntamente ou como alternativa aos lubrificantes hidrofóbicos • No preparo de cápsulas reduzem a adesão entre os pós e as partes metálicas da encapsuladora. • Melhoram as propriedades de fluxo das misturas de pós, facilitando o seu escoamento. • Substâncias hidrofóbicas 07/03/2016 23 Lubrificantes � Lubrificantes Líquidos � Parafina líquida – sua incorporação na massa deve ser feita em solução orgânica (dissolvida no éter). � Lubrificantes interfaciais – apresentam-se na forma sólida � Ácido esteárico e seus sais – mais eficientes – baixas concentrações são necessárias (< 1% em peso) � Estearatos � Magnésio – Mg2+ – mais empregado devido suas propriedades lubrificantes superiores � Zn2+ – aportam grande lipofilia (< 1%) � Na+ Lubrificantes Exemplos de substâncias hidrofílicas � Agentes tensoativos � Lauril sulfato de sódio - em algumas preparações pode funcionar como molhante, lubrificante, detergente, solubilizante; � Magrogóis ou PEG 4.000 a 60.000 (na forma sólida); Uma combinação das substâncias hidrofílicas e hidrofóbicas também pode ser usada 07/03/2016 24 SUBSTÂNCIAS ADICIONADA S COM A FINALIDADE DE DIMINUIR A TENSÃO SUPERFICI AL NA INTERFACE SÓLIDO/LÍ Q UI DO . Agentes molhantes Agentes molhantes � Agem diminuindo o ângulo contato entre a água e as partículas sólidas, aumentando a molhabilidade das partículas facilitando a dissolução. Lauril sulfato de sódio (LSS), docusato sódico, polissorbatos 20, 60, 80 (Tweens®). 07/03/2016 25 MELHORA R O FLUXO DE MATERIAIS PARTICULA D OS (REDUZIND O O ÂNGULO DE REPOUSO DO PÓ, A < 30°), O QUE É IMPORTANTE PRINCIPA LM ENTE DURANTE A COMPRES Sà O EM MÁQUINAS DE ALTA VELOCIDA DE DE PRODUÇ ÃO Deslizantes Deslizantes Agentes usados nas formulações de comprimidos e cápsulas para melhorar as propriedades de fluxo das misturas de pó. � Estearato de magnésio � Estearato de zinco � Talco – 1 a 2% � Dióxido de Silício Coloidal (Aerosil 200®) � (emprego mais amplo hoje) – cerca de 0,2% - reduz a fricção interparticular (partículas muito pequenas) � Estearato de Magnésio – concentrações menores que 1% 07/03/2016 26 SUBSTÂNCIAS USADAS PARA AUMENTAR A VISCOSID AD E E REDUZIR A VELOCIDA DE DE SEDIMENTAÇà O DE PARTÍCUL AS EM UM VEÍCULO NO QUAL NÃO SÃO SOLÚVEIS , PODENDO SER FORMULAD A PARA USO ORAL, TÓPICO, PARENTERA L OU OUTRO. Agentes Suspensores Agente suspensor � Aumentar o tempo de contato � Preparações oftálmicas; � Elevada viscosidade é desvantajosa para dissolução de fármacos no preparo de soluções; � Palatabilidade de preparações orais melhorada � Permite a tomada correta da dose; Papel da Viscosidade em uma Formulação Farmacêutica 07/03/2016 27 Agente suspensor � São colóides hidrofílicos constituídos de macromoléculas solúveis ou de colóides particulados de associação. � Macromoléculas são polímeros de cadeia linear ou ramificada que se “dissolvem” em água – dispersões coloidais. � Coloides hidrofílicos são classificadas em três grupos: � Derivados Semi-sintéticos da celulose � Polímeros Naturais e Sintéticos � Colóides de Associação Agente suspensor � Derivados Semi-sintéticos da celulose: � Metilcelulose � Carboximetilcelulose Sódica (Carmelose Sódica ou CMC-Na) � Hidroxipropilcelulose � Hidroxipropilmetilcelulose � Polímeros Sintéticos: � Carbômero � Poloxamer � Povidona 07/03/2016 28 Agente suspensor � Polímeros Naturais: � Goma acácia ou arábica � Goma Adragante � Goma Xantana � Alginato de sódio � Colóides de associação � Bentonita � Veegum � Dióxido de Silício Coloidal � Celulose Microcristalina Agente suspensor 07/03/2016 29 SUBSTÂNCIAS USADAS PARA AUMENTAR A CONSISTÊNCI A OU DUREZA DE UMA PREPARA Çà O , GERALMENTE SEMISSÓLI DA S (POMADAS , CREMES), MAS TAMBÉM PARA SÓLIDOS (ÓVULOS E SUPOSITÓ RI OS ) . Agentes Espessantes Agente espessante � Vaselina (Petrolato) � Parafina � Álcool Cetílico � Álcool Estearílico � Álcool Cetoestearílico � Ácido Esteárico � Macrogóis 07/03/2016 30 Excipientes USADOS PARA ESTABILIZAR FORMULAÇÕES QUE POSSUEM UM LÍQUIDO DISPERSO NO SEIO DE OUTRO LÍQUIDO COM ELE IMISCÍVEL.Agentes Emulsificantes 07/03/2016 31 Agentes Emulsionantes Agentes emulsificantes de ocorrência natural: • Polissacarídeos: goma arabica, goma adraganta e outros como o amido, a pectina e a carragena são utilizados para estabilizar a emulsão. • Polissacarídeos semi-sintéticos: carboximetilcelulose e metilcelulose de baixo grau de viscosidade. • Substâncias contendo esteróis: atuam como agentes emulsificantes a/o (ex.: cera de abelha, lanolina e álcoois de lanolina). Surfactantes: Contem regiões hidrofílicas e lipofílicas na molécula. Agentes Emulsionantes � Compostos que se localizam na interface de duas fases imiscíveis, usualmente óleo e água. 07/03/2016 32 Agentes Emulsionantes � Agentes Tensoativos � São moléculas ou íons que são adsorvidos nas interfaces. � Reduzem a energia livre e a tensão na interface � Suas estruturas são compostas de duas partes: � Porção hidrofílica (afinidade pela água) ou lipofóbica � Porção hidrofóbica (sem afinidade pela água) ou lipofílica (afinidade pelo óleo) Agentes Emulsionantes � Agentes Tensoativos 07/03/2016 33 Agentes Emulsionantes � Emulsificantes Semi-sintéticos e Sintéticos � Quanto ao Grau de Ionização em solução aquosa: Aniônicos Catiônicos Não-iônicos Anfóteros Agentes Emulsionantes 07/03/2016 34 � Tensoativos NÃO IÔNICOS � Os tensoativos não-iônicos são caracterizados por possuírem grupos hidrofílicos sem cargas ligados à cadeia graxa. Em solução, não possuem carga. � Compatibilidade com a maioria das matérias-primas utilizadas em cosméticos. Aplicação em emulsionantes para cremes, loções, óleos de banho, auxiliar de espessamento para xampus Agentes Emulsionantes � Tensoativos NÃO IÔNICOS � São neutros, estáveis em ampla faixa de pH; � São relativamente insensíveis a presença de eletrólitos; � São estáveis ao aquecimento; � Não aumentam a viscosidade do sistema; � São misturados em várias proporções para formar emulsões O/A ou A/O Agentes Emulsionantes 07/03/2016 35 � Tensoativos NÃO IÔNICOS � Exemplos: �Monoetanolamida de ácido graxo de coco; �Dietanolamida de ácido graxo de coco; �Óleos de mamona etoxilados; �Álcoois graxos etoxilados; �Mono e diésteres de cadeia longa de polietilenoglicol; �Alquil Poliglicosídeos. �Lanolina etoxilada �Ésteres de sorbitano (Tween e Spans) Agentes Emulsionantes � Tensoativos ANIÔNICOS � Em solução aquosa se ioniza produzindo íons orgânicos negativos, os quais são responsáveis pela atividade superficial. � Apresentam um ótimo poder de detergência e espuma. Agentes Emulsionantes 07/03/2016 36 � Tensoativos ANIÔNICOS � Exemplos: � Lauril sulfato de sódio � Linear dodecil benzeno sulfonato (LAS); � Sabões de ácidos graxos; � Lauril sulfato de sódio (ou de TEA ou de amônia); � Lauril éter sulfato de sódio (ou de TEA ou de amônia); � Lauril éter sarcosinato de sódio. Agentes Emulsionantes � Tensoativos CATIÔNICOS Em solução aquosa dissociam-se formando cátions positivos volumosos (propriedades emulsionantes) � São compostos de amônio quaternário � São muito hidrofílicos e muito solúveis em água, � Emulsões O/A, isolados – emulsões instáveis � São mais úteis como antimicrobianos (desinfetantes e conservantes) Agentes Emulsionantes 07/03/2016 37 � CATIÔNICOS � Exemplos: � Quaternários de amônio (Quats) � Cloreto e Brometo de cetiltrimetilamônio; � Cloreto de Cetilpiridínio; � Cloreto de olealcônio; � Cloreto de distearildimônio; � Cloreto de benzalcônio; � Cloreto de benzetônio � Etersulfato de isostearil etildimônio. Agentes Emulsionantes � Tensoativos ANFÓTEROS � Possuem grupos funcionais com caráter aniônico e catiônico Estes tensoativos têm uma notável compatibilidade com a pele. São caracterizados por apresentarem, na mesma molécula, grupamentos positivo e negativo. Agentes Emulsionantes 07/03/2016 38 � Tensoativos ANFÓTEROS � Exemplos: � Anfótero betaínicotaína (Betaína de coco); � Cocoamidopropil betaína; � Cococarboxianfoglicinato de sódio; � Álcool amino fosfatidil; � Dodecildiaminoetil glicina. Agentes Emulsionantes É QU A L QU E R C OM P OS T O OR G  N I C O OU I N OR G  N I C O, N A T U R A L OU S I N T É T I C O QU E , I N D E P E N D E N T E D E P OS S U I R OU N à O A T IV I D A D E F A R M A C OL ÓG I C A , É A D I C I ON A D O À S F OR M A S F A R M A C Ê U T I C A S C OM A F I N A L I D A D E Ú N I C A D E C OR Á - LA S OU D E A L T E R A R A S U A C OR OR I G I N A L . Corantes 07/03/2016 39 � Corantes: � Naturais � Sintéticos � Regulamentados pela ANVISA DECRETO Nº 55.871, DE 26 DE MARÇO DE 1965 Corantes Corantes Razões para Uso de Substâncias Corantes � São empregados para melhorar a aceitação do paciente: � Corante + produto oral deve combinar com o flavorizante � + agentes aromatizantes � mascarar o sabor de componentes desagradáveis – melhora a adesão do paciente para uso em casa. � Tonalidade semelhante à da pele podem ser adicionadas em preparações tópicas. 07/03/2016 40 Corantes � Identificação durante a produção e distribuição. � Muitos pacientes dependem de cores para reconhecer o medicamento prescrito e dosagem adequada. � Muitos medicamentos no mercado são muito semelhantes – muito fácil para o corpo hospitalar ou o paciente confundir uma droga com outra. Razões para Uso de Substâncias Corantes � Corantes – Substâncias solúveis em algum solvente, normalmente em água, álcool ou propilenoglicol, produzindo cor límpida (transparente) às preparações farmacêuticas (geralmente líquidas) � Pigmentos – Substâncias insolúveis apresentadas em pequenas partículas que conferem cor opaca às preparações farmacêuticas. � Opacificantes � Substâncias insolúveis que dão cor branca opaca às preparações. São usadas isoladamente ou em combinação com corante ou com pigmento Corantes 07/03/2016 41 Corantes Corantes � Eritrosina � índigo/ carmim � Amarelo de quinolina � Óxido férrico � Dióxido de titânio (opacificante) � Curcumina (açafrão) � Caroteno � Azul brilhante – FD&C Blue#1 � Verde FCF – FD&C Green#3 � Tartrazina – FD&C Yellow#5 � Amarelo Sunset FCF– FD&C Yellow#6 07/03/2016 42 SUBSTÂNCIAS USADAS PARA CONFERIR SABOR DOCE ÀS PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS. Edulcorantes Edulcorantes � Substâncias químicas que não são carboidratos, mas que conferem o sabor doce aos nutrientes, tais como, o ciclamato, a sacarina, o acessulfame-K, a sucralose e o aspartame. � Melhoram a aceitação do medicamento pelo paciente 07/03/2016 43 Excipientes Edulcorantes � Quanto a capacidade nutritiva (ou calórica): � Não nutritivo: Acessulfame, Ciclamato, Esteviosídeo, Sacarina, Sucralose, Neotame � Nutritivo: Aspartame, Taumatina, Sacarose, Sorbitol, Manitol, Xilitol, Lactose, Frutose, Maltodextrina, Monatina, Neotame, etc. � Baixo poder adoçante: Sacarose, Sorbitol, Manitol, Xilitol, Lactose � Elevado poder adoçante: Ciclamato, Sacarina, Aspartame, Acessulfame, Sucralose. SUBSTÂNCIAS USADAS PARA CONFERIR SABOR E ODOR AGRADÁVEIS ÀS PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS E COSMÉTICAS Flavorizantes 07/03/2016 44 � Melhorar a aceitação do paciente � A adesão do paciente ao tratamento pode depender da seleção do flavorizante � Propriedade de difícil definição e quantificação, uma vez que engloba grupo de sensações que inclui sabor, odor, tato, visão e audição Flavorizantes Quatro sabores primários � Doce � Amargo � Salgado � Azedo Flavorizantes 07/03/2016 45 � Sabor x possíveis corretores: Flavorizantes PROTEGER A FORMULAÇ ÃO DEQUALQUER PROCESSO OXIDATIVO E CONSEQUENTE DESENVOLVI M ENT O DE RANÇO EM SUBSTÂNCIAS DE NATUREZA OLEOSA E GORDURO SA E/OU INATIVAÇÃO DO FÁRMACO. Antioxidantes 07/03/2016 46 Antioxidantes Oxidação � Reações de oxidação/redução envolvem a transferência de um ou mais átomos de hidrogênio ou oxigênio ou a transferência de elétrons � Oxidação: Perda de elétron de um átomo ou molécula. Antioxidantes Compostos que atuam interrompendo a formação das cadeias de radicais livres (antioxidantes verdadeiros) • Ex: BHA, BHT, α-tocoferol (vitamina E) Compostos que se oxidam com facilidade (removedores de oxigênio) • Ex: sulfitos, ácido ascórbico, monotioglicerol Agentes redutores • Ex: ácido ascórbico, tiossulfato de sódio Compostos que atuam por mecanismos preventivos (antioxidantes sinergistas) • Ex: ácido cítrico, EDTA 07/03/2016 47 USADOS PARA PREVENÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MICRORGANISMOS (FUNGOS E BACTÉRIAS). Conservantes Conservantes Quando não é necessário um conservante? � O produto será utilizado imediatamente � A manipulação deve ser por técnicas apropriadas que evitem a contaminação � Não há presença de água � Microrganismos requerem água para seu desenvolvimento � Ausência de nutrientes � O pH do meio é < 3 ou > 9 � Componentes com propriedades antimicrobianas já estão presentes na formulação 07/03/2016 48 Conservantes � Ácido benzóico � Benzoato de sódio � Butilparabeno � Metilparabeno (Nipagin®) � Propilparabeno (Nipasol®), � Etilparabeno, � Propionato de sódio. � Ácido sórbico � Sorbato de potássio � Diazolidinil ureia � Cloreto de benzalcônio � Cloreto de benzetônio � Álcool benzílico � Cloreto de cetilpiridínio � Clorobutanol � Fenol Conservantes (Preservantes ) USADO PARA FORNECER AS FORMULAÇ ÕE S , RESISTÊNCIA CONTRA VARIAÇÕE S DE PH, EM CASOS DE ADIÇÃO DE SUBSTANCIAS ÁCIDAS OU BÁSICAS Agentes tamponantes 07/03/2016 49 Agentes tamponantes � Usado para fornecer às formulações, resistência contra variações de pH. � Melhoram estabilidade. � Tampão citrato, tampão fosfato, tampão borato Excipientes Agentes de revestimento � Empregados para revestir comprimidos, grânulos, cápsulas ou pellets com o propósito de proteger o fármaco contra decomposição pelo oxigênio atmosférico e umidade. � Derivados da celulose (metil ou etilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, acetato de celulose) o Para mascarar odor ou sabor desagradável. o Para evitar a degradação do fármaco no suco gástrico e obter liberação em meio entérico. 07/03/2016 50 Excipientes Agentes formadores de matrizes para liberação controlada � substâncias de natureza polimérica empregadas com a finalidade de se obter liberação prolongada e/ou controlada do fármaco que se encontra disperso, uniformemente, na matriz. HPMC, CMC-Na, goma xantana, Carbopol®, diversos tipos de Eudragit® (metacrilato), ágar-ágar, derivados polioxidoetilenicos (PEO's), dentre outros. Excipientes Categoria de excipiente de acordo com sua influência na estabilidade, absorção do fármaco e características do processo de preparação: 07/03/2016 51
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