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QUAL O VALOR DA SEDIMENTOSCOPIA EM URINAS COM 
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS NORMAIS? 
 
Clariana Zanutto Paulino Da Cruz 
 
 
C4230I-1 Amanda Hartung Galastri 
C6782B-7 Ana Carolina Chagas 
C69HAG-5 Ayulme Larissa A Watzeck 
C5161G-0 Bruna Natieli Longiargi 
C55DGC-4 Camila Daniela Rufino 
C3314H-0 Cintia Carmo Das Neves 
C501BB-6 Daniela De Oliveira Trindade 
C66674-2 Dara Carolina Godoy 
B919AF-2 Debora De Carvalho C Gerolamo 
C66593-2 Diuenderson dos Santos Silva 
C38727-4 Elaine Magalhaes 
C575IG-1 Erika Fermino Semensi 
 
 
Araraquara – SP 2015 
 
 
RESUMO 
 
A urina é um importante objeto de estudo. Permite avaliar a função renal 
forneceindícios sobre a etiologia da disfunção. O exame de urina completo inclui exames 
fisico, químico e microscópico. Considerando a divergência entre a prática do exame de urina 
abordada na literatura estrangeira perante a realidade vivenciada no Brasil, o presente 
trabalho teve como objetivo principal comparar a importância da realização de análise 
microscópica do sedimento urinário frente aos valores normais obtidos nos exames 
físico-químicos de triagem com o artigo “Qual o valor da sedimentoscopia em úrinas com 
características físico-químicas normais?” onde aborda a desnecessariedade 
abordada na literatura estrangeira perante a realidade vivenciada no Brasil. 
 
Palavras-chave: urinálise; sedimentoscopia; exames físico-químicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A medicina laboratorial teve início a partir da análise de urina. Foram 
encontradas referências ao estudo da urina em desenhos feitos por nossos primeiros 
ancestrais e em hieróglifos egípcios. Embora os médicos da Antiguidade não 
dispusessem de sofisticados métodos de exames, baseavam-se na análise da urina do 
paciente, para obter um diagnóstico. Este consistia na observação da turvação, odor, 
volume, cor, viscosidade e até mesmo a presença ou não de açúcar em certas amostras. 
A urina é um importante objeto de studo. Permite avaliar a função renal e 
fornece indícios sobre a etiologia da disfunção. A urina é um fluído de fácil obtenção e 
revela informações importantes sobre diversas funções metabólicas dos organismos. 
Sua análise conta com um método barato e permite analisar grande número de pessoas. 
Por sua simplicidade, baixo custo e facilidade na obtenção da amostra para análise, é 
considerado um exame de rotina. 
Um das provas mais solicitadas rotineiramente, do ponto de vista do laboratório 
clínico, é o exame geral de urina. O exame de urina completo inclui exames físico, 
químico e microscópico. Cada um deles tem seu valor, sendo os dois primeiros de 
execução mais simples e o último sendo considerado moderadamente complexo. 
A observação das características físicas é mantida até hoje, porém com uma 
análise mais precisa, devido ao uso de tecnologia por laboratórios altamente equipados ecom
plementada pela análise bioquímica e exame microscópio do sedimento urinário, 
a análise dos constituintes bioquímicos da urina, normalmente,é realizadaatravés de tir
as reagentes, objetivando tornar a determinação de elementos da urina mais 
rápida, simples e econômica. As tiras reativas de urina constituem um meio prático, 
capaz de realizar dez ou mais análises bioquímicas clinicamente importantes, como pH, 
proteínas, glicose, cetonas, hemoglobina, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, densidade 
e leucócitos. Há no mercado instrumentos que executam a leitura das fitas reagentes, 
garantindo maior precisão no resultado ao eliminar parte do elemento subjetivo inerente 
à leitura humana. 
A análise microscópica do sedimento urinário consiste na busca de células e 
partículas presentes na urina (eritrócitos, leucócitos, bactérias, cilindros, entre outros). 
Embora a análise do sedimento forneça informações essenciais sobre o estado funcional 
dos rins, o exame de urina é um procedimento de alta demanda que requer trabalho 
laboratorial manual intenso, é pouco padronizado e gera um custo elevado aos 
laboratórios, pois para se que obtenha resultados de qualidade há a necessidade de mão 
de obra qualificada. 
Em vários países, há muito se procurou simplificar o exame de urina, abolindo-
se a análise do sedimento sempre que o exame físico apresenta aspecto límpido, 
coloração normal e o exame químico, realizado com tira reagente, não revela 
anormalidade. Contudo, no Brasil, tal procedimento, normalmente, não é adotado. A 
maioria dos laboratórios clínicos ainda preconiza a realização do exame de urina 
completo. Considerando a divergência entre a prática do exame de urina abordada na 
2 
 
literatura estrangeira perante a realidade vivenciada no Brasil, o presente trabalho teve 
como objetivo principal avaliar a importância da realização da análise microscópica do 
sedimento urinário, frente aos valores dentro da normalidade, obtidos nos exames 
físico-químicos de triagem. 
O estudo foi constituído a partir do levantamento epidemiológico dos resultados 
de 317 exames de urina de rotina (jato médio), encaminhadas ao laboratório a pedido 
médico. Foram analisados, retrospectivamente, os resultados e as indicações clínicas de 
pacientes de ambos os sexos e faixa etária entre um ano e 92 anos. A avaliação 
compreendeu o exame físico-químico e a microscopia do sedimento urinário realizados 
em um laboratório vinculado a um hospital particular da região, entre os meses de abril 
e maio de 2014. 
Para uma análise representativa e confiável é importante a obtenção e preparação 
adequada da amostra de urina. A urina foi colhida em recipiente 
perfeitamente limpo e corretamente identificado. As amostras provenientes de pacientes 
internados no hospital foram deixadas a temperatura ambiente e examinadas dentro de 
2h após a micção. Já as amostras provenientes do posto de coleta foram acondicionadas 
corretamente em bolsas térmicas refrigeradas e encaminhadas ao laboratório, no qual 
foram examinadas em até 2h após a chegada. 
O exame físico consistiu na obtenção de um volume significativo de amostra e 
análise visual do seu aspecto e cor. O volume mínimo necessário para o exame físico foi 
padronizado em 10 mL de urina e o aspecto foi classificado como turvo, ligeiramente 
turvo e límpido. 
A análise bioquímica foi executada através do uso de tiras reagentes. Foram 
utilizadas tiras-teste (Uri-Color Check WAMA Diagnóstica), seguindo as instruções do 
fabricante, para a determinação semiquantitativa de dez parâmetros na urina: 
uribilinogênio, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, proteína, nitrito, pH, sangue, 
densidade e leucócitos. A leitura foi realizada por meio do leitor óptico automático de 
tiras reagentes. 
Após os exames físico e químico as amostras foram homogeneizadas e 
submetidas à análise do sedimento urinário, segundo a padronização vigente no 
laboratório, semelhante a ABNT NBR 15268. Tubos plásticos de uroanálise de 12 mL 
foram corretamente identificados. Cada amostra foi transferida ao tubo (10 mL de urina) 
e submetida à centrifugação de 1.500 RPM, durante 5 minutos (centrífuga Elektra 
ecoline Laborline). O sobrenadante foi desprezado, restando 1 mL de sedimento, que foi 
ressuspenso por leves batidas ao fundo do tubo. Foram transferidos 20 µL da suspensão 
do sedimento para uma lâmina microscópica (1/50 de 1 mL), colocando-se lamínula 
padrão sobre a amostra (22x22 mm). 
3 
 
Inicialmente, o sedimento urinário foi analisado ao microscópio (Nikon Eclipse E-
200) com objetiva de 10x. A lâmina foi percorrida, em sua totalidade, e a presença ou 
não de elementos como filamentos de muco, células epiteliais e cilindros foram 
observados. Posteriormente, com a objetiva de 40x, a média dos elementos presentes, 
em 10 campos analisados,como piócitos, hemácias, células, cilindros, cristais e flora 
bacteriana foram determinados e anotados no mapa de trabalho. 
Os resultados foram expressos respeitando-se as recomendações sugeridas pela 
ABNT NBR 15268:2005: 
Células epiteliais, cilindros, filamentos de muco e cristais observados no aumento 
de100X: 
 a. raras – até 3 elementos por campo; 
b. algumas – de 4 a 10 por campo; 
c. numerosas – acima de 10 por campo; 
Leucócitos e hemácias, para indivíduos normais, foram considerados a média de 10 
campos microscópios observados no aumento de 400X: 
a. Leucócitos: < ou = 4 células/campo; 
b. Hemácias: < ou = 2 células/campo; 
A flora bacteriana foi observada no aumento de 400X e classificada como: 
a. Bacteriúria aumentada: acima de 99 por campo; 
b. Bacteriúria moderamente aumentada: de 11 a 99 por campo; 
c. Normal: 0 a 10 por campo; 
Leveduras e Trichomonas sp. relatadas, caso presente. 
 
A partir do levantamento de dados referentes a 317 exames de urina de rotina foi 
observado que 247 amostras (77,92%) não apresentaram alterações físico-química. 
De acordo com referenciais mínimos adotados, os elementos encontrados na 
análise microscópica do sedimento urinário das urinas caracterizadas como normais 
(247 amostras). 
Dentre as amostras de urina que aparentemente possuam características físico- 
químicas normais, 16,58% apresentavam algum indicativo de anormalidade. Ao analisar 
cada elemento separadamente, constatou-se que nenhum destes apresentou positividade 
superior a 9,31%. Dos elementos analisados, a presença de piócitos, isolados ou em 
grumos, foi a anormalidade que apresentou maior índice (56,10%). 
O valor preditivo negativo referente aos elementos encontrados na análise 
microscópica do sedimento urinário das amostras sem alterações nos exames físicos o 
químicos foi de 83%. Não foram detectados cilindros, parasitos ou cristais urinários anormais.
4 
 
 
DISCUSSÃO 
 
 
A análise sumária de urina é um teste simples, não invasivo e de baixo custo. 
Isso contribui para sua realização como exame de rotina. A análise do sedimento 
urinário é o exame mais solicitado no laboratório clínico, tendo em vista que o exame 
físico-químico possui limitações. É uma técnica simples e auxiliar ao diagnóstico de 
diversas patologias, pois permite identificar diversos elementos com diferente 
relevância diagnóstica (DA MOTA et al., 2013; LAREDO et al., 2010) 
Segundo CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) a sedimentoscopia 
deve ser realizada quando solicitada pelo médico, população de pacientes específicas 
(pediátricos, geriátricos, diabéticos, imunocomprometidos, renais, entre outros) e na 
presença de resultado anormal no exame físico-químico. Desse modo, a decisão do 
emprego da sedimentoscopia deve respeitar a procedência do exame assim como a 
exigência manifesta do clínico. 
Dentre o número total de urinas analisadas (317 amostras) foi observado, 
inicialmente, que 77,92% não apresentavam alterações no exame físico-químico, ao 
qual foram submetidas. O amplo volume de amostras com característica físico-químicas 
e sedimentoscopia sem alterações pode ser justificado pela postura médica ao solicitar 
exames urinários com grande frequência, mesmo que não haja suspeita de doenças do 
trato urinário ou outra disfunção (RODRIGUES, 2011). 
De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que 16,58% das amostras de 
urina das quais se acreditava possuir características físico-químicas normais 
apresentavam, na verdade, algum indicativo de anormalidade. Ao analisar cada 
elemento encontrado no sedimento de urina com ausência de alterações físico-químicas 
separadamente, constatou-se que nenhum dos elementos apresentou positividade 
superior a 9,31%. A presença de piócitos, isolados ou em grumos, foi a anormalidade 
que apresentou maior índice (56,10%), dentre os elementos analisados. O valor 
preditivo negativo de 83%, não se enquadra nos dados da literatura que o situa acima de 90% . 
O exame microscópico é uma parte indispensável do exame de urina; a 
identificação de cilindros, células, cristais e bactérias são auxiliares ao diagnóstico de 
diversas condições (JEFF et al., 2005). Dessa forma, os riscos quanto à qualidade do 
exame e a saúde do paciente devem ser levados em consideração ao se optar de maneira 
seletiva pelo emprego ou não da sedimentoscopia. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A análise do sedimento urinário é um exame frequentemente solicitado 
no laboratório clínico, logo a sobrecarga do laboratório é grande. Entretanto, tal fato não 
justifica que o exame seja executado de maneira não consciente e séria, já que a 
informação que este pode e deve dar ao clínico é grande. 90% do grupo que realizou a 
discução referente a este tema concorda com a importância de realizar uma 
análise adequada do sedimento se deve as conclusões obtidas através do exame, pois a 
partir dos resultados decisões médicas são direcionadas. Portanto, a redução dos custos 
5 
 
 
e tempo de análise proporcionada pela sedimentoscopia seletiva em exames físico- 
químicos normais deve avaliar a solicitação clínica e, sobretudo, proteger os pacientes 
que podem obter resultado químico falso-negativo, ao passo que microscopicamente 
positivo. Por fim, maiores estudos são necessários a fim de determinar a realidade 
brasileira, perante aos valores, dentro da normalidade, observado nos físico-químicos de 
urina de triagem, assegurando assim uma maior qualidade do exame e serviço prestado 
sem que haja prejuízos à população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRIOLO, ADAGMAR . Urinálise Sedimentoscopia. Revisão: Mar/2012. Disponível em: 
<http://www.controllab.com.br/pdf/cli_online_ControlLabTC_Sedimentoscopia_201203.pdf
>. Acesso em 22 de maio de 2015. 
COSTAVAL, J. A.; MASSOTE,A. P.; CERQUEIRA, C. M.; COSTAVAL, A. P.; AULER, 
A.; MARTINS, G. J. Qual o valor da sedimentoscopia em urinas com características físico-
químicas normais? Jornal Brasileiro de Patologia, Rio de Janeiro 2001. Disponível em 
<http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v37n4/a07v37n4>. Acesso em 27 de maio de 2015. 
DA MOTA, C. L.; BEÇA, H. P. Análise sumária de urina de rotina: porque e para quê? Revista 
Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Dísponível em: 
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/rpmgf/v29n4/v29n4a06.pdf>. Acesso em 20 de maio 
de 2015. 
RODRIGUES, O. M. Importância Da Sedimentoscopia Na Análise De Urinas De 
Cães (Canis Familiares) Com Aspectos Físico-Químicos Normais. Monografia 
apresentada a Escola Superior Batista do Amazonas, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária, 2011. Disponível em: 
<http://net.esbam.edu.br/ojs/ojs-2.3.4/index.php/TCC/article/view/95/71>. Acesso em 22 de 
maio de 2015.
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Artigo utilizado: “Qual o valor da sedimentoscopia em urina com 
características físico-químicas normais?” 
1-O Artigo comenta que o exame de urina tipo 1 é realizado em três etapas 
diferentes. Quais são essas etapas e qual seu significado? Como é realizada, 
experimentalmente, cada uma das etapas? 
 As três etapas são: Exame físico, exame químico e a microscopia do sedimento. 
Na primeira etapa analisam-se as características gerais da urina. Corresponde a avaliação 
das propriedades físicas da urina, como o seu volume, o seu cheiro e sua coloração; na 
segunda etapa é feita a pesquisa de elementos anormais, que corresponde á pesquisa 
química feita na urina; na terceira e última etapa é feita a sedimentoscopia, que 
corresponde ao exame microscópioda urina. Cada um deles tem seu valor, sendo os dois 
primeiros de execução mais simples e o último sendo considerado moderadamente 
complexo. A análise dos constituintes bioquímicos da urina, normalmente, é realizada 
através de tiras reagentes, objetivando tornar a determinação de elementos da urina mais 
rápida, simples e econômica. As tiras reativas de urina constituem um meio prático, capaz 
de realizar dez ou mais análises bioquímicas clinicamente importantes, como pH, 
proteínas, glicose, cetonas, hemoglobina, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, densidade e 
leucócitos. 
 
2- Quais as principais características físico-Químicas analisadas no exame de urina 
tipo1 e qual a importância de avaliarmos cada um desses parâmetros? 
O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. O volume varia 
também com a perda de fluídos por fontes não renais (por ex. Transpiração), variação na 
secreção do hormônio antidiurético, e necessidade de excretar grandes quantidades de 
soluto. Coloração: A cor da urina é devido a um pigmento denominado urocromo, que é 
um produto do metabolismo endógeno, produzido em velocidade constante. A coloração 
indica de forma grosseira, o grau de hidratação e o grau de concentração de solutos. 
Aspecto: Refere-se a transparência da amostra de urina. A urina normal, recém eliminada 
geralmente é límpida, podendo apresentar certa opacidade devido a precipitação de 
cristais, presença de filamentos de muco e células epiteliais na urina de mulher. 
13 
 
 
Densidade: Avalia a capacidade de reabsorção muitas vezes é a primeira função renal a 
se tornar deficiente. O volume de urina excretada, e sua concentração de solutos variam 
nos rins, para a manutenção da homeostase dos fluidos corporais e eletrolíticos. O valor 
da densidade medida na amostra, é influenciado pelo número de partículas químicas 
dissolvidas bem como pelo tamanho das mesmas. 
 
3- O trabalho conclui que, na maioria dos exames de urina que não apresentam 
características físico-químicas alterada, a análise do sedimento não mostra 
anormalidades. Como os autores chegaram a tal conclusão? 
O amplo volume de amostras com característica físico-químicas e 
sedimentoscopia sem alterações pode ser justificado pela postura médica ao solicitar 
exames urinários com grande frequência, mesmo que não haja suspeita de doenças do 
trato urinário ou outra disfunção. 
 
4- Segundo os autores, como deve ser feita a seleção das amostras que necessitam 
ter seu sedimento analisado? 
As amostras procedentes da matriz, onde se localiza o setor técnico, eram 
deixadas em temperatura ambiente e examinadas no máximo em duas horas. As amostras 
procedentes das unidades de coleta eram colocadas em bolsas térmicas refrigeradas e 
enviadas para o setor técnico, onde também eram examinadas no tempo máximos de duas 
horas após a sua chegada, foram separados em dois grupos, sendo o grupo 1 de resultados 
com quaisquer alterações no exame físico ou químico. O grupo 2 reunia as urinas sem 
anormalidades nestes exames. Em seguida foram anotados os totais diários de cada grupo 
em planilhas próprias. As alterações observadas na microscopia do sedimento daqueles 
do grupo 2 foram registradas nas mesmas planilhas, adotados os seguintes valores 
referenciais mínimos: 
� Piócitos: ≥ a 5 por campo (400x); 
� Piócitos em grumos: qualquer achado por lâmina; 
� Hemácias: ≥ a 3por campo (400x); 
� Cilindros de quaisquer tipos: qualquer número por lâmina; 
14 
 
 
� Flora microbiana: considerada aumentada em um critério que incluía: 
� Aparentemente normal (ausência de bactérias visíveis); 
� Discretamente aumentada (escassas bactérias visíveis); 
� Aumentada (visualização fácil de muitas bactérias); 
� Levedura ou pseudomicélios: qualquer achado por lâmina; 
� Trichomonas sp. Ou outros parasitos: qualquer achado por lâmina; 
� Cristais Anormais: qualquer achado por lâmina. 
O método do X² foi utilizado visando a avaliar a significância estatística dos achados 
patológicos do sedimento encontrados nas amostras com exame físico-químico normal. 
O valor preditivo negativo para cada elemento encontrado no sedimento, vem como do 
somatório destes elementos, foi calculado objetivando demonstrar que o exame físico-
químico negativo pode, com segurança, representar a realidade, ou seja, a 
sedimentoscopia sem alterações dignas de nota.

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