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4/28/2009 1 Feixes de prolongamentos de células nervosas ou neurônios que inervam músculos ou glândulas, ou carreiam impulsos provenientes de áreas sensitivas. Os doze pares de nervos cranianos, conectados ao encéfalo, estão numerados no sentido ântero-posterior (I – XII). Os nervos cranianos fornecem inervação motora e sensitiva para a cabeça, pescoço, tórax e abdome. São denominados nervos cranianos porque emergem através de forames no crânio e são recobertos por bainhas tubulares formadas a partir das meninges cranianas. Duas exceções: NC I (olfatório) e NC II (óptico). N e r v o s C r a n i a n o s • Funcionalmente, os nervos cranianos podem ser classificados em: • Motores; • Sensitivos; • Mistos. • Motores - movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. (oculomotor; troclear; abducente; acessório e o hipoglosso). • Sensitivos – olfatório; óptico e vestibulococlear • Mistos – trigêmeo; facial; glossofaríngeo e o vago. • Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo. São o 3,7,9,10,11. N C I – N e r v o O l f a t ó r i o Tipo: Sensitivo especial Nervo do Olfato. Recobre a concha superior da cavidade nasal e a parte superior do septo nasal. Origem: Mucosa do nariz 4/28/2009 2 N C I – N e r v o O l f a t ó r i o • As pessoas idosas em geral tem uma redução da sensibilidade olfativa que provavelmente resulta da redução progressiva do números de células neurossensitivas olfatórias no epitélio olfatório; • Anosmia – perda do sentido do olfato - Rinite crônica, traumatismos, tumores e abscessos nos lobos frontais do cérebro ou tumores nas meninges (meningiomas) na fossa anterior do crânio; • Rinorréia do LCR. N C I – N e r v o O l f a t ó r i o N C II – N e r v o Ó p t i c o Tipo: Sensitivo especial Nervo da visão. Origem: Retina Papiledema – tumefação do disco óptico (papila) – valiosa evidência clínica de aumento da pressão intracraniana. Canal Óptico Origina-se na retina, emerge próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. Canal Óptico N C III – N e r v o O c u l o m o t o r • nasce no sulco medial da perna do cérebro • atravessa a fissura orbital superior e atinge a cavidade orbital, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do olho. • Musculatura intrínseca (músc. esfíncter da pupila - movimentação da lente e da íris; e musc. ciliar – gânglio ciliar) e a musculatura extrínseca ocular. 4/28/2009 3 • Penetra na órbita pela fissura orbital superior, atravessando o seio cavernoso • Distribui-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular: 1. elevador da pálpebra superior, 2. reto superior, 3. reto inferior, 4. reto medial, 5. reto lateral (abducente), 6. oblíquo superior (troclear), 7. oblíquo inferior. Ganglio Ciliar – musc. esfíncter da pupila e musc. ciliar. Anatomia aplicada A separação completa conduz a: 1. Ptose - paralisia do m. levantador da pálpebra superior 2. Estrabismo lateral (divergente)– ação, sem oposição, do reto lateral e oblíquo superior 3. Dilatação da pupila – paralisação do músculo esfíncter da pupila 4. Midríase – Perda de acomodação e do reflexo luminoso – paralisação do musc. Ciliar e esfinter da pupila 5. Proeminência do bulbo – proptose – relaxamento muscular 6. Diplopia • logo abaixo do colículo inferior • Mais fino de todos os nervos cranianos • atravessa a fissura orbital superior e atinge a cavidade orbital, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do olho. • Inerva o músc. oblíquo superior. N C IV – N e r v o T r o c l e a r N C IV – N e r v o T r o c l e a r • Penetra na órbita pela fissura orbital superior, • Distribui-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular: 1. elevador da pálpebra superior, 2. reto superior, 3. reto inferior, 4. reto medial, 5. reto lateral (abducente) 6. oblíquo superior (Troclear), 7. oblíquo inferior. N C IV – N e r v o T r o c l e a r Anatomia aplicada A interrupção do nervo trocelar paralisa o músculo oblíquo superior, limitando o movimento ínfero-lateral dos olhos. O olho afetado gira medialmente ocasionando diplopia. M 4/28/2009 4 N C V – N e r v o T r i g ê m i o •Nervo Misto. Raiz motora (músc. da mastigação) pequena infero-medial à sensitiva. • Emerge da face ventral da ponte. •Componente sensitivo consideravelmente maior •Inerva a maior parte do couro cabeludo, dentes, cavidades da boca e do nariz e inervação motora para os músculos da mastigação e alguns outros. •Gânglio trigeminal •Ramo oftálmico – menor – sensitiva. •Ramo maxilar - sensitivo •Ramo mandibular – sensitivo e motor •Raiz motora – acompanha o ramo mandibular N C V – N e r v o T r i g ê m i o 1. Nervo oftálmico: • Menor e sensitiva • atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III,IV,VI e veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos frontal, nasociliar e lacrimal. • Inerva o bulbo do olho, a glândula lacrimal e a conjuntiva, parte da mucosa nasal e parte do nariz, pálpebras superiores, fronte, seio frontal e parte do couro cabeludo, • é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo,enquanto nervo o nervo óptico é sensorial (visão). 2. Nervo maxilar: Completamente sensitivo é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Cruza a fossa pterigopalatina, após deixar o forame redondo, para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar nervo infra-orbital. O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n. labial superior). O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo. 4/28/2009 5 3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo, atravessa o crânio pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior. O nervo lingual dirige-se para o língua, concedendo sensibilidade geral aos seus dois terços anteriores. O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo canal da mandíbula Aproximadamente na altura do segundo pré- molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo colateral que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do mento. A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal, masseter e pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos músculos. Anatomia aplicada 1. Nevralgia do trigêmeo 2. Parestesias 4/28/2009 6 • no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana. • atravessa a fissura orbital superior e atinge a cavidade orbital, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do olho. N C VI – N e r v o A b d u c e n t e N C VI – N e r v o A b d u c e n t e • Distribui-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular: 1. elevador da pálpebra superior,2. reto superior, 3. reto inferior, 4. reto medial, 5. reto lateral (abducente) 6. oblíquo superior (Troclear), 7. oblíquo inferior. Anatomia aplicada Estrabismo convergente e diplopia L N C VII – N e r v o F a c i a l • Nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. • A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio. • Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior (s. bulboprotuberancial) e se dirige paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo vestibulococlear. • No interior do meato acústico interno os dois nervos (facial e intermédio) penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal que é o canal facial, exteriorizando-se através do forame estilomastoideo. •As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais que são o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço. •Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do digástrico. •As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua. •O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular). N C VII – N e r v o F a c i a l 4/28/2009 7 Anatomia aplicada 1. Paralisia Facial 2. Perda da gustação dos dois terços anteriores da língua e diminuição da salivação. 3. Paralisia de Bell – inflamação e infecção do nervo – compressão e paralisia. N C VIII – N e r v o V e s t í b u l o c o c l e a r É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam respectivamente, os nervos vestibular e coclear. A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio. A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. Anatomia Aplicada Sistema vestibular - Influencia os movimentos dos olhos e da cabeça e dos músculos do tronco e membro para manter o equilíbrio (perda do equilíbrio – vertigem). Sistema coclear – percepção auditiva (tinido – som semelhante ao de uma campainha ou zumbido nas orelhas); deficiência ou perda da audição N C IX – N e r v o G l o s s o f a r í n g e o Glosso – lingua / faríngeo – faringe É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical . Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Conduz fibras parassimpáticas para a glândula parótida Motor para o musculo estilofaringeo. Anatomia Aplicada 1. Nevralgia do nervo Glossofaríngeo 2. Lesões isoladas são raras por possuírem aspecto funcional em comum com os NC IX, X e XI N C X – N e r v o V a g o Tipo: misto – motor e sensitivo NC mais extenso; Inerva estruturas no pescoço, tórax e abdome – essencialmente visceral; Acompanha o nervo acessório; Desce através do pescoço na bainha carotídea e entra no tórax onde se une ao nervo vago do outro lado – plexo esofágico, acompanha o esôfago até o abdome onde se anastomosam e formam os troncos vagais anterior e posterior, que suprem o estômago, fígado, canal pilórico, pâncreas, duodeno.... 4/28/2009 8 Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem à vários ramos que inervam a faringe e a laringe (NC IX e XI), entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. Conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome; são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais; inervam os músculos da faringe e da laringe; suas fibras motoras inervam o músculo liso dos brônquios, coração, esôfago, estomago, intestino delgado e parte do cólon. Anatomia aplicada A lesão no nervo vago incluem efeitos como: Palpitação – pulsacao forte no coracao; Taquicardia – batimentos cardiacos rapidos; Vômito; Diminuição da frequencia respiratoria; Sensação de sufocamento Paralisia do palato mole e laringe (Ahhhhhhh…) – corpo estranho na laringe Pregas vocais não podem ser tensionadas – voz rouca e profunda e fraca Quando ambos os nervos laríngeos recorrentes são interrompidos, as pregas vocais ficam imóveis – posição cadavérica N C XI – N e r v o A c e s s ó r i o Tipo: misto – motor. Trígono anterior e posterior do pescoço. Suprem musculatura esquelética na faringe e no palato; Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno (craniana) une-se ao vago e distribui-se com ele, e o externo (espinhal) inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo. As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são: Fibras que inervam os músculos da laringe e faringe – em direção ao palato e tensor do véu palatino; Fibras que inervam vísceras torácicas, distribuídas juntas com o n. laríngeo recorrente e possivelmente cardíacos. Anatomia aplicada Lesões ocasionadas pela fratura através do forame jugular ou por meio da linfadenite cervical – torcicolo cervical Torcicolo espasmódico – espasmo dos músc. esternocleidomastoideo e trapézio; queda do ombro. N C XII – N e r v o H i p o g l o s s o Tipo: motor Nervo motor para a língua. Supre todos os músculos da língua, exceto o palatoglosso que e inervado pelo vago através do plexo faríngeo. Suprem os músculos: estiloglosso, hioglosso, genioglosso e genioioideo e os músculos intrínsecos da língua. Nervo essencialmente motor e emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua estando relacionado com a motricidade lingual. Localiza-se profundamente ao ventre posterior do m. digástrico entre a carótida interna e a veia jugular interna.Depois cruza lateralmente a bifurcação da carótida comum, em seguida forma uma alça anteriormente, acima do corno maior do osso hióide e penetra entre o m milohiódeo e o hioglosso, entra no assoalho da boca e depois se divide para suprir os musc. intrínsecos da língua. 4/28/2009 9 N C XII – N e r v o H i p o g l o s s o Lesão: Laceração do pescoço; fraturas da base do crânio – a língua exteriorizada desvia-se para o lado afetado. Tato e a gustação não são afetados. Secção completa do nervo hipoglosso causa a paralisia unilateral e hemiatrofia da língua – a língua desvia-se para o lado paralisado; A laringe pode desviar-se em direção ao lado ativo na deglutição – músc. abaixadores do hióide. Paralisia bilateral – língua torna-se imóvel Articulação lenta e difícil
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