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Evolução do Capitalismo , DOBB, questões capítulos I, II, III e V

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Questões 
1) Não há ainda um consenso quanto à definição do capitalismo, a despeito 
da ampla utilização desse termo. Discorra sobre as possíveis definições de 
capitalismo, abordando as diversas dimensões presentes nesse termo 
(social, econômica e histórica). 
 
A palavra capitalista pouco tem em comum com capitalismo num sentido de categoria 
de interpretação histórica. Capitalista é usada em um sentido puramente técnico. É 
como uma empresa individual; como relações contratuais com seus agentes livres sem 
qualquer compulsão ou restrição legal. 
O autor cita três possíveis definições para o capitalismo. 1) Werner Sombart fala sobre 
um espírito empreendedor do capitalismo; um espírito aventureiro. 2) Outra definição é 
a ideia de um comerciante atacadista que adiantava dinheiro para a compra de artigos. 
3) E, por último, e a definição adotada por Dobb em seu raciocínio, o capitalismo como 
um modo de produção; um sistema sob o qual a própria capacidade de trabalho se 
tornara uma mercadoria que é comprada e vendida como qualquer outro objeto. Por 
consequência disso, a propriedade dos meios de produção se concentrava nas mãos 
de uma pequena parcela da sociedade. 
2) Discuta sobre os estágios do desenvolvimento do capitalismo e por que 
seria possível falar em dois e não em três momentos, conforme Dobb. (p. 
16 Ed. 1986 - Nova Cultural) 
 
Por que dois e não três momentos de transição? Não haveria um período misto? O 
século XIV testemunhou uma crise feudal; contudo, a menos que se identifique o fim do 
feudalismo, não podemos encerrar o período medieval. Esse interstício foi apenas de 
caráter transitório. A então gerada burguesia apresentava-se como parceira e não 
como antagonista da nobreza, chegando até a uma fundição parcial. Esse período era 
o de aproveitamento de vantagens obtidas pelos burgueses pelo monopólio, nada 
mudando no panorama de produção. O fato de haver uma tímida independência por 
parte de alguns agricultores ou camponeses livres de média posição, não tira o caráter 
de subordinação, nem mesmo o invólucro do sistema feudal. 
É certo que não há uma única história do capitalismo, mas, sim, uma coleção delas; e 
não forçosamente na mesma data. É importante destacar a velocidade com que se 
ocorre o fato, não sua simultaneidade, devendo, obrigatoriamente, ser uma mudança 
política em nível nacional. É sabido, também, que houve transformações técnicas, 
afetando a produção, e, também, novos capitalistas que entraram na luta contra 
privilégios em nome do liberalismo econômico. Isso afetou as relações sociais através 
da divisão do trabalho, o que, por sua vez, afeta também o equilíbrio do sistema. 
Questões 
1) Dobb deixa claro a importância do rejuvenescimento do comércio e 
crescimento das cidades para as mudanças ocorridas no final da idade 
média. Contudo, se esse movimento foi uma condição suficiente para o 
declínio do feudalismo, isso não é tão claro. Comente sobre a importância 
do comércio para o declínio do feudalismo e em que medida podemos 
associá-lo com o desmantelamento desse modo de produção. 
 
O Prof. M. N. Pokrovsky, historiador marxista, informa que esse sistema é visto como 
uma “economia natural, autossuficiente em contraste com a economia monetária que 
objetiva o consumo”. O seu declínio, porém, é visto tardiamente na Rússia no século 
XVI com o desenvolvimento do comércio e produção para o mercado. 
Houve, então, o renascimento do comércio com efeito direto sobre a sociedade feudal. 
Com o surgimento do comerciante e de uma comunidade comercial houve uma 
crescente circulação de dinheiro por meio das trocas, penetrando na autossuficiência 
da economia senhorial com consequências radicais sobre a ordem feudal. Segundo 
Dobb, as rendas em dinheiro bem como os serviços passaram a ser uma ambição dos 
senhores, desenvolvendo-se um mercado de empréstimos e outro de terras. Pelas 
mudanças ocorridas no final da idade média, Dobb cita uma questionável menção de 
que a ampliação do mercado poder ser considerada uma condição suficiente para o 
declínio do feudalismo. ​Para ele, é mais plausível que a economia natural e a 
economia de troca consistem em duas ordens econômicas que não se misturam; 
a presença dessa última é forte o bastante para dissolver a primeira. Uma análise 
comparativa da influência do comércio em diferentes partes da Europa deixa dúvidas 
quanto a esse aspecto. “Se os efeitos destruidores das transações em dinheiro na 
antiga ordem fossem o fato decisivo, seria de se esperar maior evidência da comutação 
de serviços por um pagamento em dinheiro na Inglaterra, por volta do século XIV”. 
A importância relativa das prestações de serviços entre as taxas feudais variava entre 
as regiões. Haja vista que os pagamentos em dinheiro não eram uma comutação 
recente. Uma correlação entre o declínio da servidão e o desenvolvimento do comércio 
existe de fato, mas há exceções, como, Polônia, Boêmia e Hungria. Não há evidências 
de que o início da transformação na Inglaterra se associasse ao crescimento da 
produção para o mercado, ainda que associados ao início do declínio. Contudo, o 
crescimento da economia monetária provocou uma intensificação da servidão. ​Dobb 
descarta a possibilidade de assumir que o crescimento da economia monetária 
por si só devesse animar o senhor feudal a cancelar ou afrouxar as obrigações 
tradicionais de seus servos e substituir por uma relação contratual. Não havia 
incentivo por parte de senhor feudal em comutar as prestações de serviços por 
pagamentos em dinheiro. 
O crescimento do comércio se deu como condição essencial da mudança. Entretanto, 
isso, por si só, não implica que a disseminação do comércio e do uso do dinheiro não 
leve necessariamente à comutação das prestações de serviços ou ao cultivo da 
propriedade com base no trabalho assalariado. ​As evidências não são conclusivas, 
mas, há fortes indícios de que a ineficiência do feudalismo como sistema de 
produção, conjugada às necessidades crescentes de renda por parte da classe 
dominante, foi responsável por seu declínio; em outras palavras, o feudalismo 
ficou obsoleto e isso foi o fator fundamental. Houve, então, devido a uma 
necessidade crescente de renda por parte do senhor feudal, um aumento da pressão 
sobre o produtor em relação às condições de trabalho; camponeses ou servos, como 
criaturas a serem exploradas em situações precárias. Paralelamente a isso, a 
produtividade permanecia extremamente baixa com pouco ou nenhum incentivo à 
melhoria. 
A necessidade de aumentar o número de vassalos dos senhores, o crescimento natural 
das famílias nobres e, em consequência, de seus dependentes, que era um peso de 
uma classe parasita a ser sustentada; o aumento das despesas das casas feudais e da 
coroa levou a uma imigração ilegal das propriedades senhoriais. Em virtude disso,houve um acréscimo da população das cidades. Nos séculos XII e XIII, os senhores 
feudais recorreram a acordos de ajuda mútua para a captura dos servos fugitivos que, 
devido à necessidade crescente por mão de obra, gerou uma competição por esses, a 
despeito do tratado. Após 1300, houve um declínio populacional que evidenciou 
problemas relativos à escassez de mão de obra, atribuída à guerra e à peste, mas, com 
razões econômicas. A reação da nobreza não foi uniforme. Na tentativa de segurar a 
mão de obra, houve concessões das obrigações servis, substituição de uma relação 
obrigatória por uma contratual, pagamentos em dinheiro e até renascimento do tráfico 
no mediterrâneo para suprir a mão de obra. 
Em suma, duas pré-condições para transição para o trabalho assalariado foram a 
reserva de mão de obra e produtividade significativamente superior ao salário pago. 
Quanto mais escassa a terra, mais alta deveria ser sua rentabilidade. Portanto, melhor 
o arrendamento frente à prestação de serviços. Isso, ainda, não é o bastante para 
supor o fim das relações servis. A condição geral para a comutação do trabalho servil 
para o assalariado era a de ser esse último com um alto produto líquido do trabalho. 
Em casos de cultivo de baixa produtividade, optava-se pelo trabalho servil. 
2) Um aspecto importante relacionado ao fim do feudalismo diz respeito ao 
surgimento das cidades. Discuta sobre sua importância abordando as 
possíveis explicações para seu entendimento. 
 
O surgimento das cidades trouxe uma independência econômica e política. Ainda não 
se pode caracteriza-las como microcosmos do capitalismo. ​O êxodo rural 
desempenhou papel poderoso no declínio do feudalismo, juntamente com a 
influência devastadora do comércio. “Embora o artesão aceitasse aprendizes e 
empregasse um ou dois jornaleiros para ajudá-lo, era em pequena escala, pequena 
demais para ser considerada o esteio de sua renda ou fosse considerado trabalhador 
autônomo”. No entanto, há controvérsias quanto à origem dessas comunidades 
urbanas. Dobb afirma que muitas cidades não surgiram apenas pela proteção militar ou 
pela situação favorável em uma rota comercial; mas também por certos privilégios 
oferecidos para servir ao estabelecimento feudal. Com o tempo, essas tais 
comunidades conquistaram através da luta sua liberdade tomando, assim, posse do 
então lucro; e contemporaneamente surgiram os primeiros sinais de diferenciação de 
classes. 
O motivo para o ressurgimento das cidades após seu declínio e desaparecimento entre 
os séculos VIII e X, teve como fator dominante, o ressurgimento do comércio marítimo 
mediterrâneo, com seu consequente estímulo ao movimento das caravanas comerciais 
transcontinentais e aos acampamentos locais de comerciantes. Também é provável 
que o tamanho crescente dos estabelecimentos feudais fomentasse essa demanda, 
contribuindo para a renovação do comércio e servindo de ímã para as comunidades 
urbanas. ​Segundo Dobb, é preciso evitar o engano de conceber a época feudal 
como um período em que o comércio houvesse desaparecido por completo e ao 
qual o uso do dinheiro fosse inteiramente estranho. “O fato de os próprios 
estabelecimentos feudais se empenharem no comércio e muitas vezes alimentarem um 
mercado local para se suprirem de uma fonte barata de provisão foi evidentemente um 
dos principais motivos pelos quais os clamores dos burgueses pela autonomia 
encontraram resistência tão vigorosa”. 
Questões 
1) Discuta em que medida o ganho de autonomia das cidades se associa com 
as fontes de poder da nova classe burguesa. 
 
Ganho de autonomia/fontes de poder 
Não é fácil determinar até que ponto as comunidades urbanas que conquistaram 
autonomia parcial ou total foram igualitárias em sua origem. Ainda existiam as famílias 
aristocráticas. A sociedade aristocrata continuava a existir como elemento feudal 
continuado dentro da nova sociedade urbana. Em algumas cidades italianas, esta não 
só dominava o governo urbano como também usava seus privilégios para adquirir 
exclusividades. Isso complicava a luta política burguesa e gerava conflitos internos. 
Havia até uma distinção entre burgueses “majores” e “minores”. As desigualdades 
existentes não eram muito acentuadas. Não havia uma disparidade de renda 
considerável e o ajudante comia à mesa com seu mestre, chegando a ser difícil 
diferenciar um comerciante um mestre e um jornaleiro nas primeiras guildas. 
*De acordo com o autor, o surgimento da burguesia se deu devido às atividades 
comerciais e bancárias e às feiras que levaram ao rápido desenvolvimento urbano. 
Assim, criou-se uma estrutura de segurança que garantiu a realização dos negócios 
comerciais, ganhando autonomia. Durante o século XVIII, o poder da burguesia 
aumentou, suas atividades econômicas cresceram, bem como a consciência de classe. 
Os burgueses basearam o poder social no sucesso econômico. O liberalismo político 
surgiu no século XVIII contra o sistema de monarquia absoluta, que concentrava todo o 
poder nas mãos do rei. A base do liberalismo político é a divisão de poderes. 
2) Em que medida a expansão dos mercados contribuiu para a concentração 
de poder nas mãos da burguesia? 
 
Expansão mercado/concentração poder burguesia 
Métodos de aquisição de renda: com o tempo, aumentando a população e as cidades, 
os primeiros donos da terra se enriqueceram, vendendo ou arrendando-a, formando 
importante fonte de acumulação de capital nos séculos XIII e XIV. Mas, de início, era o 
que Marx chamava de “pequeno modo de produção”. A produtividade era baixa. ​A 
fonte de acumulação de capital viria com a desintegração dos burgueses da 
produção, empenhando-se exclusivamente no comércio atacadista. E qual a fonte 
final dessa acumulação? Na aristocracia eram suas extravagâncias sustentadas pelo 
trabalho excedente servil. ​Os burgueses detinham uma parcela dedutível que, 
outrora, seria destinada ao próprio produtor ou a senhor feudal. Tal parcela era 
“produzida” e não “adquirida”. ​O comércio ampliado trava um maior proveito do 
aumento geral da produção; antes confinada a um consumo local​, gerando 
também uma divisão do trabalho, descrita por Adam Smith. 
Entretanto, isso dificilmente explicaria essa grande acumulação de fortunas. Boa parte 
do comércio era exterior (o que para Marx era a “acumulação primitiva do capital”); 
havia poderes de monopólio (considerado exploração pelo comércio). Esse caráter 
duplo em tal período constituía a base essencial da riqueza da burguesia e da 
acumulação mercantil. ​A falta de desenvolvimento do mercado é que deu ao 
capital mercantil sua oportunidade magna. 
As políticas eram nem tanto do interesse coletivo, mas, sim, de uma parcela próspera 
de mercadores atacadistas. As origens de um interesse comercial organizado difere do 
artesanal: 
1) Artesãos prósperos se separam da produção, monopolizando alguma esferaatacadista; 
2) Novas organizações dominam o governo em prol de privilégios e passa a 
subordinar artesãos. 
Guildas>monopólios comerciais>plutocracia 
Mudança política através de uma política econômica da nova classe comercial. 
O poder foi monopolizado por um grupo de interesses comerciais 
A nova aristocracia mercantil não era um círculo completamente fechado àqueles que 
pudessem pagar sua admissão. 
O comércio exterior foi que proporcionou maiores oportunidades para o progresso 
comercial rápido e é nessa esfera que se formaram as maiores fortunas. “Os 
mercadores aventureiros empreenderam vigorosa luta contra qualquer intromissão, de 
modo a continuar lucrativo e preservado para poucos e preços defendidos contra a 
influência da concorrência”. 
*A expansão do mercado burguês teve um forte controle e monopólio urbano tendo 
assim vantagens para grupo de comerciantes especializados com ganho de preço de 
aquisição e revenda formando organizações exclusivamente comerciais com poder de 
monopólio onde havia um domínio do governo das cidades e aumento de seus próprios 
privilégios a partir do poder político. 
Questões 
1) Vários fatores contribuíram para o enriquecimento e a acumulação de 
riqueza por parte da burguesia. Apresente esses fatores, explicitando sua 
importância nesse processo. 
 
Quando se fala em acumulação deve referir-se à propriedade de bens (e títulos) e sua 
transferência que se tornariam em bens de produção posteriormente. Ainda assim, 
carece de maiores informações. Na verdade, não só a transferência, mas, a 
concentração de posse em mãos menos numerosas. Sendo assim, o termo 
acumulação deverá ser usado para as duas designações destacadas. 
Outra maneira da burguesia adquirir riquezas é comprando propriedade barata e 
liquidando-a, futuramente, a um preço bem superior, sendo admitido até troca por bens 
e serviços em desvalorização por uma suposta crise. Algum fator decisivo estaria por 
detrás dessa hipótese. Torna-se evidente as dificuldades encontradas pela sociedade 
feudal, colocando-a na posição de “vendedores desesperados”. Outro fator facilitador 
da acumulação burguesa foi a inflação dos preços. 
Embaraços financeiros, causados por guerras e crises econômicas levaram donos de 
terras a hipoteca-las aos mercadores urbanos. Entre as influências mais poderosas que 
promoviam a acumulação burguesa estavam o crescimento das instituições bancárias 
e o aumento dos empréstimos feitos pela Coroa e da dívida estatal. “...Não hesitavam 
em extorquir seus devedores...”. Os hábitos perdulários ou a ruína econômica 
constituem sempre o terreno mais propício à usura e pela atividade sólida da burguesia 
que se efetuaria o desenvolvimento financeiro. Com relação às crescentes 
necessidades do Estado, Marx observou que a dívida pública se torna uma das mais 
poderosas alavancas da acumulação primitiva. 
*Acumulação em mão de uma classe capaz de transformar tais títulos em meios reais 
de produção. Principal instrumento histórico de acumulação de riquezas nas mãos dos 
burgueses. Resultado de política deliberada pelo estado e como incidente na queda de 
uma ordem antiga da sociedade. 
2) Em que medida a ênfase conferida no investimento, a partir do final do 
século XVII, contribuiu para explicar a diferença entre a doutrina anterior e 
a nova doutrina. 
 
À primeira vista poderia parecer que os ganhos fenomenais do comércio exterior 
agissem como um freio ao investimento industrial. No entanto, não devemos esquecer 
que o comércio exterior era monopolizado comparativamente por poucos. A iniciativa 
do capital industrial não estava com a alta burguesia que se ocupava com o comércio, 
mas, sim, com a média burguesia. Segundo Dobb, o próprio crescimento do 
capitalismo serviu para desenvolver seu próprio mercado: pelos lucros que 
proporcionava e pelos empregos que gerava. 
*Ampliação do investimento industrial na Inglaterra desenvolvendo o próprio mercado 
gerando lucros e empregos destruindo a autossuficiência de unidades econômicas 
mais antigas, ampliando o mercado exportador.

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