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1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 2009

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UNIVERSIDADE ANHEMBI-MORUMBI 
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
CONCRETO ARMADO 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
1 
 
 
 
PROF. FERNANDO JOSÉ RELVAS 
2009 
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI - FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
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1.CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
1.1 Propriedades 
1.1.1 Trabalhabilidade (NBR - 7223) 
É a propriedade de se adaptar às formas que se deseja dar às estruturas. 
A trabalhabilidade do concreto se apresenta como uma das suas principais 
vantagens. 
Assim sendo, a trabalhabilidade do concreto deve ser adequada com a conformação 
e dimensões da peça, como também com a disposição da armadura e métodos de 
lançamento e adensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.2 Durabilidade 
É a propriedade de resistir bem às ações do meio ambiente. 
O concreto apresenta boa durabilidade, entretanto dever-se-ia tomar cuidados 
especiais, quando o ambiente ao qual fica exposto o concreto apresentar grande 
agressividade. 
1.1.3 Resistência Mecânica 
A principal resistência mecânica do concreto é aos esforços de compressão. 
A resistência á compressão do concreto é obtida através de ensaios de corpos de 
provas cilíndricos normais conforme a NBR-5738, enquanto que a resistência à 
tração é obtida através também de ensaios de corpos de prova cilíndricos normais 
de acordo com a NBR-7222 fazendo-se a devida transformação para a resistência à 
tração axial, ou como uma parte da resistência à compressão. 
 Lajes 5 a 6 Lançamento 
SLUMP Vigas 5 a 7 Convencional 
 Paredes 8 a9 
 
 
 
L = Abatimento 
30 
20 
10 
L 
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Quando não se citar a idade do corpo de prova, tomar-se-á como tendo a idade de 
28 dias. 
1.2. Colaboração entre o concreto e a armadura 
A colaboração entre o concreto e a armadura chama-se aderência. 
É por este fenômeno que existe o concreto armado. 
A aderência entre o concreto e a armadura, faz com que ambos os materiais 
trabalhem como sendo uma única peça. 
A aderência é provocada pela adesão eletroquímica (colagem) + atrito (pressão 
lateral) + ancoragem mecânica entre as barras de aço e concreto (curvas e 
dobramentos) + encunhamento. 
Para aumentar a ancoragem mecânica entre a armadura e o concreto, fabricam-se 
as barras com saliência ou mossas. 
1.3. Vantagens e desvantagens do concreto armado 
1.3.1. Vantagens 
a) Trabalhabilidade 
b) Durabilidade 
c) Boa resistência ao fogo 
d) Impermeabilidade 
e) Bom trabalho a compressão 
f) Baixo Custo 
1.3.2. Desvantagens 
a) Mau trabalho na tração 
b) Material heterogêneo 
c) Características mecânicas variáveis 
d) Peso específico alto 
e) Forma de execução, empírica e baixo controle executivo. 
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1.4. Monolitismo Estrutural 
É a característica que tem o concreto de ligar entre si todas as peças estruturais, 
permitindo que sob a ação de uma força, os esforços se distribuam através de toda 
estrutura e não apenas localizadamente na peça que se aplicou a ação. 
É o monolitismo a principal causa da redistribuição dos esforços e portanto, 
da grande segurança estrutural das obras de concreto armado. 
1.5. Efeito térmico do concreto 
A condutividade térmica do concreto é baixa (bom isolante). 
Os coeficientes de dilatação do concreto e do aço apresentam valores próximos, 
podendo-se para fins práticos, toma-los como igual, o que muito beneficia o 
desempenho das estruturas sujeitas a variação de temperatura. 
A partir dos 700ºC o coeficiente de dilatação térmico do aço passa a aumentar 
chegando em altas temperaturas a ser 30 vezes maior, enquanto que o do concreto 
permanece constante, daí os problemas causados nas estruturas sujeitas a 
incêndios. 
1.6. Efeito da corrosão no aço 
Defeitos no recobrimento relativos a espessura ou mau adensamento, podem 
originar o ataque que pode se dar por: 
1.6.1. Oxidação 
4 Fe + 302 + 6H20 →→→→ 4 Fe (OH)3 
(ferrugem) 
A água colocada “a mais”, uma parte se evapora e a outra parte em contato com o 
oxigênio origina a ferrugem. 
1.6.2. Carbonatação 
O hidróxido de cálcio se forma do oxido de cálcio e silicatos do cimento Portland por 
reação durante o amassamento com a água. 
Ca0 + H20→→→→ Ca (0H)2 Ca (0H)2 + C02 →→→→ Ca C03 + H20 
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Se conseguir chegar (C02) por mau recobrimento até o Ca (0H)2 que recobre o aço, 
forma-se Ca C03 + H20 e deixa o aço pronto para ser atacado. 
1.6.3. Corrosão clorídrica 
 Fe+++ + 3C1- →→→→ Fe C13 
por hidrólise: 
Fe C13 + 30H →→→→ Fe (0H)3 + 3Cl- (para nova reação) 
 (ferrugem) 
Os íons cloro são em geral, liberados pelos aditivos ricos em cloretos, industriais 
químicas e atmosfera próxima ao mar. 
1.7. Breve noção sobre concreto protendido 
O concreto protendido baseia-se no fato de se comprimido, o diagrama de tensões 
praticamente se anula, quanto à tração, o que é altamente vantajoso. 
Esta compressão se obtém através de uma deformação (alongamento) prévio das 
“barras” de aço, que com a tendência de voltar ao seu comprimento normal, gera o 
esforço de compressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.8. Normas, Métodos e Especificações da ABNT, pertinentes ao 
concreto armado 
NBR - 6118 Projeto e execução de estruturas de concreto armado. 
NBR - 7187 Pontes de concreto armado. 
NBR - 6119 Lajes mistas 
NBR - 6120 Cargas em edifícios. 
● ● 
 
 
 
 
 ● 
e 
 
 
_ 
 
 
+ 
 
 + 
+ 
- 
 
 
 
 
+ 
_ 
 
 
= 
 
 1 2 3 cabo 
 - 
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6 
NBR - 7188 Cargas em pontes rodoviárias. 
NBR - 7189 Cargas em pontes ferroviárias. 
NBR - 5984 Desenho técnico. 
NBR - 7191 Desenho de concreto armado. 
NBR - 6123 Ação do vento. 
NBR - 5738 Confecção de corpos de prova. 
NBR - 5739 Ensaio de corpos de prova a compressão. 
NBR - 7222 Ensaios de corpos de prova a tração. 
NBR - 5732 Especificações para cimento portland comum. 
NBR - 7480 Especificações dos aços para concreto armado. 
NBR - 7211 Agregados para o concreto. 
NBR - 5627 Exigências particulares das obras de concreto armado e protendido 
em relação ao fogo. 
NBR - 7223 Consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone.

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