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RESUMO DE TRIBUTÁRIO

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1 CONCEITO
O Direito do Estado, enquanto sujeito ativo da relação jurídica tributária, exigir do sujeito passivo, o pagamento do tributo. É o momento de exigibilidade da relação jurídica tributária.
2 CONSTITUIÇÃO/NASCIMENTO
            Para que haja o nascimento/constituição do crédito tributário é necessária a ocorrência de um procedimento administrativo denominado de LANÇAMENTO.
2.1 Lançamento: (A finalidade do lançamento é criar o crédito tributário, por meio do meio administrativo que vai se verificar os elementos do tributo, através desse vai se verificar qual é o tributo devido, o montante do valor devido... como que se chegou aquele montante? – lançamento é a documentação do crédito tributário.)
            a) conceito: é a documentação do crédito tributário. É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador, o montante do tributo devido, e identificar o sujeito passivo. Art. 142 do CTN.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
       Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
           
Diferença de competência relativa x exclusiva –
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA EFETIVAR O LANÇAMENTO É INDELEGÁVEL.
Só autoridade adm. pode criar o crédito tributário. Só autoridade adm. competente.
LANÇAMENTO É UM ATO PRIVATIVO.
            b) natureza jurídica: constitutiva.
            c) espécies de lançamento: a classificação das espécies de lançamento é obtida a partir do grau de auxílio do sujeito passivo na constituição do crédito tributário
                        c.1 -lançamento direto ou de ofício: não há qualquer participação na constituição do crédito tributário do sujeito passivo. 148 e 149 CTN. Ex. IPTU, IPVA, taxas de modo geral.
                        c.2 –lançamento por declaração: art. 147 CTN. O estado não dispõe de todas as informações de que necessita para constituição do crédito tributário, dessa forma, precisa do auxílio do sujeito passivo, que vai prestar as respectivas informações por meio de declaração. Ex. II e IE.
                        c.3 – lançamento por homologação: é a modalidade de lançamento em que o sujeito passivo, por meio de declarações e informações, auxilia, consideravelmente, o Estado na constituição do crédito tributário. Nessa modalidade de lançamento, o sujeito passivo deve antecipar o pagamento do tributo, com posterior análise da autoridade adm. fazendária que se limita a homologar, ou não, os pagamentos e informações prestadas pelo sujeito passivo. Art. 150 CTN. Ex. IR, (difere do lançamento por declaração, pois o contribuinte antecipa o pagamento), ISS, COFINS, ICMS, IPI, PIS/PASEP.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO .... continuação...
3 SUSPENÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ü Art. 151: Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
A exigibilidade do crédito tributário que está suspenso, e, não o crédito tributário em si.
I- Moratória – é a prorrogação do prazo de vencimento do tributo.
Ex. catástrofes naturais, que entra em situações de calamidade pública, pode ocorrer a prorrogação.
II – O depósito do seu montante integral –
>>O STF declarou inconstitucional a exigência de depósito prévio
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
Ex. recursos adm. na órbita tributária. (Imposto de Renda PJ ou PF?). O recurso adm. pode ser protocolado em qualquer agência da
Súmula vinculante nº21 do STF: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
Analisa-se o inciso IV e V juntos...
EX. MS com medida liminar ou ação declaratória de inexigibilidade de débito tributário com pleito de tutela jurisdicional antecipada.
**No novo CPC troca-se a “tutela antecipada” pela “tutela provisória”.
VI – o parcelamento.
  Ex. Refis, também o Refis da crise (são parcelamentos em âmbito federal), Paex...
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Quer dizer que: mesmo estando o principal suspenso, as obrigações acessórias subsistem.
A interposição de ação judicial por si só (por parte do contribuinte – sem concessão de liminar ou antecipação de tutela), não suspende a exigibilidade do crédito tributário.
4 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ü Art. 156 - Extinguem o crédito tributário: (com o pagamento)
  I - o pagamento;
  II - a compensação; (quando você tem para receber do estado, em precatórios no caso...)
  III - a transação;
  IV - remissão; (perdão de dívida – deve estar em harmonia com as leis orçamentárias)
  V - a prescrição e a decadência;
1) DECADÊNCIA é a perda do direito da fazenda pública constituir o respectivo crédito tributário, em razão do decurso do tempo.
Prazo = 5 anos;
Base legal, Art. 173 e Art. 150, §4º do CTN;
Ocorrendo decadência. Passado esse tempo sem que a autoridade tributária constitua o crédito tributário, haverá a perda do direito, ou seja, a extinção do crédito tributário. (aqui é fase administrativa/extrajudicial)
Por isso que o STF declarou inconstitucional a lei que trata das contribuições previdenciárias que diz que é 10 anos o prazo de decadência.
A diferença entres os artigos supracitados (Art. 173, I e §4º do Art. 150), está no início da contagem do prazo de 5 anos.
Ex. 173, I – vence dia 30.05.2015. Neste caso, começaria contar no exercício seguinte, ou seja, em 01.01.2016, teria até 01.01.2021 para o crédito.
Ex. 150, §4º - vence dia 30.05.2015, o crédito poderá ser feito até 30.05.2020.
A regra é a aplicação do termo inicial da contagem do prazo decadencial previsto no artigo 173, I, CTN. Entretanto, quando se tratar de tributo sujeito a lançamento por homologação, aplica-se o disposto no §4º do Art. 150, CTN. Ex.
PERGUNTA: Fulano de tal foi notificado para pagamento de imposto de renda devido cujo fato gerador data de janeiro de 2010. Você como procurador do fulano de tal, existiria algum argumento? Que argumento existiria para defender o seu cliente.
Como estamos diante de um tributo que está sujeito a lançamento pro homologação, alegaria que já ocorreu a decadência.
NA VISÃO DO STJ, PARA QUE SE APLIQUE O ART. 150, §4º.O TRIBUTO DEVE SER SUJEITO DO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO.
DEVE HAVER O PAGAMENTO POR PARTE DO CONTRIBUINTE, MESMO QUE PARCIAL.
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento (lançamento por homologação) nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
**Existe trânsito em julgado na órbita adm.. Se eu levei a questão em âmbito adm. e perdi.. eu posso entrar com uma nova ação no poder judiciário.
Este inciso é direcionado à adm. fazendária. Ou seja, se a administração perdeu no âmbito adm., ela não pode entrar com ação judicial.
Só o contribuinte, no caso de haver perdido, poderá buscar seu direito no poder judiciário.
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições             estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulteriorverificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149.
**Certidão positiva com efeito de negativa: (3 situações)
1ªNas execuções fiscais em que haja penhora de bens do executado (segurança do juízo).
       2ª Nos casos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (151, CTN).
       3ª Créditos tributários ainda não vencidos.
Ex. a empresa deve o tributo, entretanto ela está questionando se esse tributo é efetivo ou não... ou ela deve, mas está com esta dívida parcelada.
          CTN -  Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
IPTU
***Imposto predial e territorial urbano.
1 – Legislação:
Art. 156, I, CF. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
            Art. 32 a 34, CTN.
        Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
        § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
        I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
        II - abastecimento de água;
        III - sistema de esgotos sanitários;
        IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
        V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
        § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
        Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
        Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
        Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
2 – Sujeito Ativo – Município.
CF - Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
Cumulado com Art. 30 da CF.:
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Quando há competência concorrente, a União vai tratar das normas gerais, ela diz qual que é a base de cálculo, quem é o contribuinte, qual é o fato gerador do IPTU... E os Municípiosvão dar as normas mais específicas dentro de sua competência.
3 – Sujeito Passivo – (quem deve pagar o IPTU) –
     CTN - Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvelpor natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
       **domínio útil = usufruto.
CTN - Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (na prática não; é só o possuidor que possui a posse Ad Usucapione).
O inquilino não é sujeito passivo/contribuinte do IPTU. Mesmo com contrato de locação.
Mas o proprietário pode cobrar do inquilino, esse valor estipulado no contrato, via judicial, cabo não receba consensualmente.
CTN - Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
4 – Fato Gerador – A posse de imóvel. A posse de Usucapião (Ad Usucapione). O cara não tem registro, ele se comporta como proprietário e as pessoas o identificam como proprietário.
5 – Base de cálculo – Valor venal do imóvel (valor de mercado/de venda).
6 – Alíquotas – sãos os percentuais (1%...) se aplica a alíquota sobre a base de cálculo.
      
6.1 Progressivas – Para que um tributo tenha alíquotas progressivas, a CF tem que autorizar. Ex. Temos 4 impostos progressivos: IPTU, IR, ITR (estes por expresso na CF).... ITCMD (este por entendimento do STF, no julgamento de uma ADI).
> IPTU PODE SER PROGRESSIVO EM 2 SITUAÇÕES:
            1ª Para cumprimento da função social da propriedade: Art. 182, §4º, II-CF
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
****É por isso que os terrenos baldios, que não se tem cuidados, os mun. podem tributar com uma alíquota maior... ela vai aumentando no tempo, enquanto não for regularizada/cumprida a função social da propr..
2ª Em razão do aumento da base de cálculo (aumento do valor venal): Art. 156, §1º, I-CF.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel;
       6.2 Diferenciadas – Em razão da localização, em razão do uso (comercial, residencial...) Art. 156, §1º, II-CF.
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
OBS****ALÍQUOTAS>> VALE PARA OS TRIBUTOS NUMA MANEIRA GERAL: ESPÉCIES DE ALÍQUOTAS:
                   Na alíquota proporcional ou fixa, não há uma variação das alíquotas, mesmo diante da variação da base de cálculo.
       
 1-Proporcional ou fixa – alíquotas são fixas, não variam. Ex. ITBI.
       2-Progressiva – há uma variação das alíquotas, que pode ocorrer: com aumento da base de cálculo, para cumprimento da função social da propriedade. Ex. IPTU, ITR, imposto de renda.
A progressividade é uma técnica de variação de alíquota.
7 – Isenções – encontro no código tributário do município.
ITBI (Imposto de Transmissão sobre bens imóveis - onerosos)
1.Legislação: Art. 156, II – CF e Art. 36 a 42 – CTN;
2. Sujeito ativo: municípios. (O distrito federal também cobra os impostos municipais, pois, por expresso na CF não pode se subdividir em municípios).
3. Sujeito passivo: comprador ou vendedor conforme CTN. Compete aos municípios a competência específica de indicar quem será o sujeito passivo do ITBI. Como regra, são os compradores. Porque o interesse em adquirir é deles.
CTN - Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
4. Fato gerador - é a transmissão inter-vivos por ato oneroso de bens imóveis.
Incide o ITBI na transmissão de direitos reais sobre imóveis; exceto nos direitos reais de garantia. (Ex. hipoteca e alienação fiduciária); nesses não incide porque não há transmissão da propriedade, é uma mera garantia.
CF - Art. 156. Competeaos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
** Na cessão de direitos hereditários onerosa, incide o ITBI.
** Não incide ITBI sobre usucapião. Porque não há transmissão do imóvel.
** Incide ITBI  sobre adjudicação.
5. Base de cálculo – valor venal do imóvel (é a mesma do IPTU).
6. Alíquotas – súmula 656 STF. O ITBI tem alíquotas proporcionais (fixas). Pode o município estabelecer alíquotas diferenciadas do ITBI em razão da variação da avaliação do imóvel? NÃO, porque é fixa.
Súmula 656
 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão "inter vivos" de bens imóveis - itbi com base no valor venal do imóvel.
****No arrendamento, o arrendatário tem direito de preferência na compra do imóvel, mesmo que o contrato de arrendamento não esteja averbado na matrícula do imóvel juntoao RI (registro de imóveis).
Diferentemente do aluguel, o contrato de aluguel deve ser averbado na matrícula para que este exija direito de preferência.
**** OBS: IMUNIDADE ESPECÍFICA – Art. 156, §2º, I – CF:
§ 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
ITR
São impostos reais, porque incidem sobre bens. (ITR, ITBI....)
1. Legislação (Art. 153, VI – CF) – Lei 9.393/96 e Dec. Lei 4.382/02.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VI - propriedade territorial rural;
2. Sujeito ativo – União.
3. Sujeito passivo (Art. 31 CTN) -
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel (RURAL), o titular de seu domínio útil (usufruto), ou o seu possuidor a qualquer título (ad usucapione).
4. Fato gerador (Art. 29, CTN): domínio útil, posse do imóvel por natureza de imóvel localizado em imóvel rural.
5. Base de cálculo: art. 30 do CTN, valor fundiário do imóvel rural. É valor da terra nua, é o valor fundiário. Não se calcula o valor das benfeitorias ou plantação. Somente o valor do terreno.
              É excluída da base de cálculo do ITR, as áreas improdutivas, bem como as áreas de preservação e proteção ambiental, tais como as APP’S, as áreas de reservas legais (mata nativa).
6. Alíquotas – são progressivas (são variáveis). A finalidadeda progressividade do ITR, é o cumprimento da função social da propriedade.
              Há dois critérios previstos na lei para que se alcance essa progressividade:
                          1- Grau de utilização
                          2- Tamanho da área
  Neste sentido, quanto maior o imóvel e menor o seu grau de utilização, maior a sua alíquota.
7. Imunidade específica (Art. 153, §4º, CF)
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;para agricultura familiar. Não pode ter empregados...
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
***É extrafiscal.
PERGUNTA:
1 - JONES ADQUIRIU IMÓVEL LOCALIZADO NO PERÍMETRO URBANO. REFERIDO IMÓVEL É UTILIZADO PARA EXERCÍCIO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA. QUE IMPOSTO JONES DEVERÁ RECOLHER? FUNDAMENTE.
Deverá recolher o ITR.
Tal decisão foi declarada pelo STF e TRF 5ª região: “restabelecendo assim a plena vigência do art. 32 do CTN, impondo a regra da prevalência da destinação do imóvel para fins de incidência do ITR ou do IPTU, sujeitando-se o imóvel com destinação rural ao ITR mesmo que esteja na área urbana do município.”
2 – NA RENÚNCIA HÁ DIREITOS HEREDITÁRIOS, INCIDE ALGUM IMPOSTO? JUSTIFIQUE.
Não. Porque não há transmissão da propriedade.
E NA CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS, INCIDE ALGUM IMPOSTO?
  Sim. Se for onerosa incide o ITBI. Se for gratuita incide o ITCMD.
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS
1.Base legal
  - Lei complementar 116/2003
- art. 156, III – CF.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
*** NÃO PODERIA EXISTIR LEI ORDINÁRIA. NORMAS GERAIS TEM QUE SER POR LEI COMPLEMENTAR.
  - Art. 146, CF.
  - Há ainda, todos os códigos tributários do município.
2. Sujeito ativo
  - Municípios
3. Fato gerador
  - Efetiva prestação de serviços, por pessoas jurídicas ou físicas, com ou sem estabelecimento fixo dos serviços previstos no anexo da LC 116 de 2003.
Só é possível, a cobrança do ISS, se houver a efetiva prestação desse serviço.
4. Sujeito passivo
              Contribuinte do ISS é o prestador de serviços.
·         Quando há vínculo empregatício não há ISS.
5. Base de cálculo
- É o preço do serviço prestado.
6. Alíquotas
- Lei complementar 116/2003, fixa uma alíquota máxima.
- A alíquota máxima do ISS é 5%. Nenhum município pode cobrar além disso.
- Art. 156, §3º, CF
- A alíquota mínima que existe hoje Art. 88/ADCT é 2%. Mas não há lei complementar. Poucos seguem isso.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
 III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
- O ISS pode ser cobrado de forma fixa? SIM.
OBS. Súmula vinculante 31 STF.
IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – ICMS
1. Base legal
- Art. 155, II, CF
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
Eu vou encontrar questões específicas sobre o ICMS na LC 87/1996.
2. Sujeito ativo
- RICMS: 37.699/97
- Estados
- DF
3. Fato gerador
- Circulação de mercadorias
- Prestação de serviços. Entretanto, existem apenas 3 serviços em que o ICMS é cobrado: de transporte interestadual, de transporte intermunicipal e serviços de comunicação.
- Serviços de comunicação = tv’s por assinatura, serviço de banda larga, internet via rádio....
**OBS:Na importação de produtos também incide ICMS... (assim como incide IPI, PIS/PASEP, COFINS...)
4. Sujeito passivo
              4.1. Contribuinte – precisa pagar ICMS qualquer pessoa física ou jurídica que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou preste os serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de educação.
              4.2. Responsável: substituição tributária – (ICMS – ST)
              A escolha, pela lei, de um dos sujeitos da cadeia negocial de determinado produto, para o pagamento integral ou parcial do ICMS correspondente aos fatos geradores da respectiva relação comercial.
                         
                          Há 2 formas de ST (substituição tributária):
                                      1 – ST progressiva – o pagamento vai ocorrer antes da ocorrência do fato gerador. Ex. nas vendas de veículos novos, em que a indústria vai recolher os fatos geradores de todos os fatos geradores da relação comercial, que vai desde a concessionária para o consumidor final....(depende)
                                      2 – ST regressiva (diferimento = adiar)   - o pagamento do tributo será mais pra frente. Ex. indústria de laticínios que irá recolher o ICMS apenas depois quando vender o produto acabado  
5. Base de cálculo
- Preço da mercadoria (valor da operação = valor da nota fiscal)
- quando o fato gerador for a prestação de serviço, a base de cálculo é o preço do serviço.
6. Alíquotas
- Cada estado vai estipular suas alíquotas.
- o RS, tem alíquota regra de 17% para vendas de mercadorias do modo geral (energia elétrica...), e uma segunda alíquota de 25% (para bebidas, cosméticos...), e mais redutores de alíquotas que é de 12% e 7%
7. Características
  7.1. Seletiva – o ICMS é um imposto que PODE ser seletivo. A seletividade é uma técnica utilizada para o ICMS e para o IPI, só para esses 2 impostos. Está ligada à necessidade do produto. É uma técnica de variação de alíquotas também, não é progressividade, mas é uma técnica também. Quanto mais necessário um produto, mais baixa será a alíquota. Quanto menor a necessidade de um produto, maior será a alíquota.
A alíquota pode chegar a 360%.
A alíquota do cigarro hoje está em torno de 100%.
  7.2. Não cumulatividade

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