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Resumo AV1 Historia do Direito Brasileiro

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Resumo AV1 História do Direito Brasileiro
Leis Abolicionistas
A partir de meados do século XIX, os ingleses começaram a pressionar o Brasil para que fosse abolida a escravidão em nosso país. Embora os britânicos alegassem propósitos humanitários, os interesses econômicos estavam presentes e evidentes. Para os ingleses, o fim da escravidão ampliaria o mercado consumidor no Brasil, uma vez que os ex-escravos teriam renda para o consumo dos produtos britânicos.
Lei Feijó: Lei de 1831. Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres. (Lei pra inglês ver, nunca foi cumprida)
Lei Eusébio de Queiroz: Lei de 1850, reforço da Lei Feijó. Proibia o tráfico de escravos para o Brasil. É considerado um dos primeiros passos no caminho em direção à abolição da escravatura no Brasil.
Lei do Ventre Livre: Lei de 1871. Foi a primeira lei abolicionista da História do Brasil. De acordo com esta lei, os filhos de escravas, nascidos após a promulgação da lei, ganhariam a liberdade. Porém, o liberto deveria permanecer trabalhando na propriedade do senhor até 21 anos de idade. 
Foi uma lei paliativa e que recebeu muitas críticas negativas dos abolicionistas. O principal argumento era de que estes “libertos” tinham que trabalhar para seus “donos” durante a fase mais produtiva da vida. Logo, os senhores iriam explorar ao máximo esta mão-de-obra até ela ganhar a liberdade.
Lei dos Sexagenários: Lei de 1885. Esta lei dava liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.
Esta lei também recebeu muitas críticas, pois dificilmente um escravo chegava a esta idade com as péssimas condições de trabalho que tinham durante a vida. Vale lembrar que a expectativa de vida de um escravo neste período era em torno de 40 anos de idade.
Esta lei acabava por beneficiar os proprietários de escravos, pois se livravam de trabalhadores pouco produtivos, cansados e doentes, economizando assim em alimentação e moradia.
Lei Áurea: Lei de 1888, promulgada pela Princesa Isabel. Esta lei aboliu definitivamente a escravidão no Brasil.
Porém, a liberdade não garantiu aos ex-escravos melhorias significativas em suas vidas. Como o governo não se preocupou em integrá-los à sociedade, muitos enfrentaram diversas dificuldades para conseguir emprego, moradia, educação e outras condições fundamentais de vida. Vale lembrar que muitos fazendeiros preferiram importar mão-de-obra europeia a contratar os ex-escravos como assalariados.
Lei de Terras
A Lei de Terras, sancionada por D. Pedro II em setembro de 1850, foi uma lei que determinou parâmetros e normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização de terras no período do Segundo Reinado.
Objetivos da Lei de Terras:
- Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de posse ou doação para transformar uma terra em propriedade privada.
- O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação de terras. Esses recursos tinham como destino o financiamento da imigração estrangeira, voltada para a geração de mão-de-obra, principalmente, para as lavouras de café. Vale lembrar que o tráfico de escravos já era uma realidade que diminuía cada vez mais a disponibilidade de mão-de-obra escrava.
- Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, favorecendo o uso destas para fins de produção agrícola voltada para a exportação. Este objetivo foi alcançado pelo governo, pois esta lei provocou o aumento significativo nos preços das terras no Brasil.
- Favorecer os grandes proprietários rurais, que passavam a ser os únicos detentores dos meios de produção agrícola, principalmente a terra, no Brasil.
- Tornar as terras um bem comercial (fonte de lucro), tirando delas o caráter de status social derivado da simples posse.
Consequências da Lei de Terras:
- Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil.
- A Lei de Terras regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola do Brasil.
- Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial.
- Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras. Muitas perderam suas terras e sua fonte de subsistência. Restou a estas apenas o trabalho como empregadas nas grandes propriedades rurais, aumentando assim a disponibilidade de mão-de-obra.
- Aumentou os investimentos do governo imperial na política de estimulo à entrada de mão-de-obra estrangeira, principalmente europeia, no Brasil.
- Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na medida em que a Lei de Terras favoreceu a elite agrária brasileira, principalmente da região Sudeste.
Constituição de 1824
Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de imperador.
Principais características da Constituição de 1824:
- Concentrava poderes nas mãos do imperador, através do poder moderador.
- Voto Censitário: só os ricos podiam votar, pois o voto era baseado em renda. Este sistema eleitoral excluiu a maioria da população brasileira do direito de escolher seus representantes.
- Igreja subordinada ao Estado.
- Manutenção do sistema que garantia os interesses da aristocracia.
O que ficou determinado pela Constituição de 1824:
- O Brasil seguiria o regime político monárquico, sendo que o poder seria transmitido de forma hereditária.
- O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro.
- Voto censitário, ou seja, para poder votar e se candidatar a pessoa deveria comprovar determinada renda.
- Estabeleceu os quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador.
- Estabeleceu a Igreja Católica como religião oficial do Brasil. A Igreja ficou subordinada ao Estado.
- Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
- Poder executivo exercido pelo imperador e ministros de Estado. 
- Deputados e senadores seriam os responsáveis pela elaboração das leis do país, que seriam executadas pelo poder executivo.
- Manutenção da divisão territorial nacional em províncias.
- O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos.
- Estabelecimento de garantias e direitos individuais. 
- Estado Unitário
- Proclama a Independência nacional. As Capitanias se transformam em Províncias, com um Presidente, nomeado pelo Imperador.
- Liberdade religiosa, com culto privado.
- Mantém a escravidão
- Câmara dos Deputados eletiva e temporária (4 anos). Senado vitalício.
- Imunidade parlamentar: inviolabilidade dos parlamentares pelas suas opiniões, só podendo ser preso em flagrante delito ou por ordem da respectiva Casa.
- Declaração de direitos individuais e garantias. Aboliu-se a tortura, a transmissão da infâmia, o confisco dos bens do criminoso e as penas de esquartejamento vivo/morto, exposição pública do corpo e fogueira.
- Proibiu a prisão sem culpa (nullum crimen, nulla poena sine lege)
- Introduziu a requisição de propriedade e a desapropriação, indenizadas na forma da lei.
- Poder Judicial: composto de juízes (que aplicavam a lei) e Juízes de Fato (24 jurados, que se pronunciavam sobre os fatos).
- Os juízes eram vitalícios, mas não inamovíveis, pois o Imperador podia suspendê-los por queixas.
- Pena de morte mantida (até 1890). Caso do fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, em 1852 ("A Fera de Macabu”)
Constituição de 1891
A Constituição de 1891 foi a primeira da História do Brasil após a Proclamação da República. Sua elaboração começou em novembro de 1890, com a instalaçãoda Constituinte na cidade do Rio de Janeiro. Ela foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
A primeira constituição republicana teve como função principal estabelecer no país os princípios do regime republicano, seguindo o sistema de governo presidencialista. Com algumas características liberais, apresentou grandes avanços se comparada com a Constituição do Brasil Império de 1824.
Principais características da Constituição de 1891:
- Implantação da república federativa, com governo central de vinte estados membros.
- Estabelecimento de uma relativa e limitada autonomia para os estados.
- Grande parte do poder concentrado no governo federal (poder executivo).
- Divisão dos poderes em três: executivo (presidente da república, governadores, prefeitos), legislativo (deputados federais e estaduais, senadores e vereadores) e judiciário (juízes, promotores, etc.).
- Estabelecimento do voto universal masculino. Ou seja, somente os homens poderiam votar. Além das mulheres, não podiam votar: menores de 21 anos, mendigos, padres, soldados e analfabetos.
Direitos dos cidadãos e educação:
No tocante aos direitos dos cidadãos, a Constituição determinava que:
- Todos eram iguais perante a lei.
- Ninguém poderia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei.
- Liberdade de culto religioso.
- Estabelecimento do ensino leigo em estabelecimentos públicos.
- Extinção de privilégios relacionados ao nascimento ou títulos de nobreza adquiridos na época da monarquia. 
- Liberdade de reunião e associação, porém sem uso de armas.
- Garantia de liberdade de imprensa e expressão de opiniões. Não estabelece censura, porém cada pessoa fica responsável por abusos cometidos.
- Liberdade de exercício de qualquer profissão industrial, moral e intelectual.
- Liberdade para entrar e sair do país com seus bens, exceto em tempos de guerras.
Ordenações
(Afonsinas, Manuelinas, Filipinas)
As Ordenações eram compilações das leis régias em vigor no País. Tinham objetivos de seleção e de sistematização dos diplomas jurídicos de reinados sucessivos. Atendiam assim ao problema de haver legislação aprovada de forma assistemática e dispersa, por um lado, e de ser preciso esclarecer o estatuto e a validade das normas do direito costumeiro, por outro. 
Assim, é possível encontrar as Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas, que constituem códigos de leis promulgados e publicados por determinação de D. Afonso V, D. Manuel I e Filipe I, respetivamente. 
Ordenações Afonsinas (1446 - 1521):
- Surgiram no séc. XV, no reinado de Afonso V, o Africano, sendo seus compiladores João Mendes, Ruy Fernandes Lopo Vasques, Luiz Martins e Fernão Rodrigues.
- Foi resultado do esforço do lendário jurista João das Regras, que desejou libertar Portugal dos últimos vínculos com a Espanha.
- A primeira compilação eminentemente portuguesa, tendo como fonte de inspiração os Direitos: Germânico, Romano, Canônico e até o Mulçumano (vindicta privada).
Ordenações Manuelinas (1521 - 1603):
 Compilação do vultuoso número de leis e atos modificadores das Ordenações Afonsinas.
- Foram feitas e promulgadas no reinado de D. Manoel I, o Venturoso, e contém as mesmas matérias das Ordenações anteriores atualizadas.
- Eram forais medievais redigidos em latim bárbaro, que reuniam leis extravagantes, ou seja, leis que não estavam contidas nas Ordenações anteriores.
- No reinado de D. Sebastião, sofreram grandes modificações, criando-se o chamado Código Sebastiânico ou Código de D. Duarte (1569).
Inovações:
- Supressão dos preceitos aplicáveis a Judeus já que os mesmos foram expulsos do reino em 1496
- Supressão das normas relativas à Fazenda que passaram a compor as Ordenações da Fazenda
- Criação de um Livro dedicado aos Forais Novos (documento que organizava e regulamentava uma nova comunidade/município)
Ordenações Filipinas (1603 - 1867):
- Com a morte de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir (sem herdeiros), em 1578, o rei da Espanha, Filipe II, neto de D. Manuel I, unificou em 1581 os dois reinos, dando início ao Domínio espanhol, que vai de 1581 até 1640.
- Em 1603, passam a vigorar no Brasil as Ordenações Filipinas ou Código Filipino, que também era composto de cinco livros, com semelhança às Ordenações anteriores, mas modificando a estrutura judiciária, criando novos cargos.
- Acusado permanecia preso até a sentença, quando então era executada a pena. Nos raros casos em que havia pena de prisão, nunca era superior a quatro meses.
- Principais penas: morte: natural, natural para sempre, cruelmente e pelo fogo; açoites; degredo para galês, perpétuo ou temporário; mutilações com requintes de crueldade; queimaduras com tenazes em brasa; confisco de bens; multa.
- As penas eram aplicadas segundo os privilégios ou linhagem dos executados.
- Fidalgos, Vereadores, Juízes e outros, exaustivamente listados nas Ordenações, não poderiam sofrer pena de açoites ou degredo com baraço e pregão. 
- Havia disposição proibindo que fossem presos em ferros os Doutores em Leis ou Cânones, ou em Medicina, feitos em Universidade, os Cavaleiros Fidalgos, de Ordens Militares de Cristo, Santiago e Aviz, os Escrivães da Fazenda e Câmara reais, bem como as respectivas mulheres.
- As pessoas vis (não nobres) sofriam tormento, eram condenadas a penas vis: forca, galês (trabalho forçado em embarcações), corte de membro, açoites, marca nas costas, baraço (laço de apertar a garanta) e pregão (descrição da culpa e da pena).
- O Direito Civil regulado pelas Ordenações Filipinas foi revalidado e vigorou no Brasil até 1° de janeiro de 1917, quando entrou em vigência o Código Civil Brasileiro de 1916.
- As Ordenações do Reino não eram códigos no sentido atual, mas compilações de leis, atos e costumes, ao lado das quais, funcionam como fontes subsidiárias, o Direito Consuetudinário (costumes), o Direito Romano e o Direito Foralício (cartas forais, com as quais o rei concedia terras).
Segundo reinado
No ano de 1840, com apenas quinze anos de idade, Dom Pedro II foi lançado à condição de Imperador do Brasil graças ao expresso apoio dos liberais. Nessa época, a eclosão de revoltas em diferentes partes do território brasileiro e a clara instabilidade política possibilitaram sua chegada ao poder. Dali em diante, ele passaria a ser a mais importante figura política do país por praticamente cinco décadas. 
Para se manter tanto tempo no trono, o governo de Dom Pedro II teve habilidade suficiente para negociar com as demandas políticas da época. De fato, tomando a mesma origem dos partidos da época, percebeu que a divisão de poderes seria um meio eficiente para que as antigas disputas fossem equilibradas. Não por acaso, uma das mais célebres frases de teor político dessa época concluía que nada poderia ser mais conservador do que um liberal no poder.
Esse quadro estável também deve ser atribuído à nova situação que a economia brasileira experimentou. O aumento do consumo do café no mercado externo transformou a cafeicultura no sustentáculo fundamental da nossa economia. Mediante o fortalecimento da economia, observamos que o café teve grande importância para o desenvolvimento dos centros urbanos e nos primeiros passos que a economia industrial trilhou em terras brasileiras. 
Vivendo seu auge entre 1850 e 1870, o regime imperial entrou em declínio com o desenrolar de várias transformações. O fim do tráfico negreiro, a introdução da mão de imigrante, as contendas com militares e religiosos e a manutenção do escravismo foram questões fundamentais no abalo da monarquia. Paulatinamente, membros das elites econômicas e intelectuais passaram a compreender a república como um passo necessário para a modernização das instituições políticas nacionais. 
O primeiro golpe contundente contra D. Pedro II aconteceu no ano de 1888, quando a princesa Isabel autorizou a libertação de todos os escravos. A partir daí o governo perdeu o favor dos escravocratas, último pilar que sustentava a existência do poder imperial. No ano seguinte, o acirramento nas relaçõesentre o Exército e o Império foi suficiente para que um quase encoberto golpe militar estabelecesse a proclamação do regime republicano no Brasil. 
Era do Ouro (Controle)
Durante o Ciclo do Ouro (século XVIII), a coroa portuguesa criou impostos e um rígido sistema de controle e fiscalização como formas de garantir o lucro sobre todo ouro encontrado no Brasil.
A cobrança destes tributos gerou muita insatisfação entre os colonos brasileiros, que os consideravam abusivos, servindo de estopim para várias revoltas coloniais na região das minas.
Vale lembrar que havia também severas punições (prisão, degredo e castigos físicos) para os colonos que não pagavam estes impostos ou que participavam de contrabando de ouro.
Os impostos sobre o ouro:
Quinto:
Todo ouro encontrado pelos colonos devia ser levado para as casas de fundição. Nestes locais, controlados por autoridades da coroa portuguesa, era retirado 20% (um quinto). Este imposto obrigatório era levado diretamente para Portugal, para os cofres da coroa portuguesa.
Capitação:
Era um imposto cobrado, principalmente, dos colonos da região aurífera. O imposto era cobrado com base no conjunto de propriedades (imóveis e escravos, por exemplo) que a pessoa possuía. Negros forros e trabalhadores livres também tinham que pagar a capitação, sob pena de castigos físicos e até prisão. A capitação foi criada no começo da década de 1730.
Eleições
Período Monárquico:
A primeira Constituição brasileira, outorgada por dom Pedro 1º. Em 1824, definiu as primeiras normas de nosso sistema eleitoral. Ela criou a Assembleia Geral, o órgão máximo do Poder Legislativo, composto por duas casas: o Senado e a Câmara dos Deputados - a serem eleitos pelos súditos do Império
O voto era obrigatório, porém censitário: só tinham capacidade eleitoral os homens com mais de 25 anos de idade e uma renda anual determinada. Estavam excluídos da vida política nacional quem estivesse abaixo da idade limite, as mulheres, os assalariados em geral, os soldados, os índios e - evidentemente - os escravos.
Outra característica interessante do voto no império era que as votações inicialmente ocorriam em quatro graus: os cidadãos da província votavam em outros eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia que, por sua vez, elegiam os eleitores de comarca, os quais, finalmente, elegiam os deputados. Quanto aos senadores, basicamente eram nomeados pelo imperador.
Posteriormente o sistema foi simplificado para dois graus, com eleitores de paróquia e de província, até que em 1881, a Lei Saraiva introduziu o voto direto, mas ainda censitário. Desse modo, até o fim do Império, somente 1,5% da população brasileira tinha capacidade eleitoral.
Período Republicano:
Ninguém pense que a República modificou rapidamente esse quadro. Na primeira eleição para direta para presidente da República, em 1894, Prudente de Morais chegou ao poder com cerca de 270 mil votos que representavam quase 2% da população brasileira da época.
A ampliação do direito de voto a um número cada vez maior de brasileiros aconteceu ao longo do século 20. O voto feminino, por exemplo, data de 1932 e foi exercido pela primeira vez em 1935. Em função da ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), porém, as mulheres só voltaram a votar em 1946.
Vale lembrar que a ditadura de Vargas e a dos militares de 64 privaram o eleitorado nacional do voto para presidente por nove vezes e que, em 117 anos de República com 34 presidentes, somente 16 se elegeram pelo voto direto.
Tratados Territoriais
Tratado de Tordesilhas:
A Bula Papal Inter cætera ("entre outros trabalhos“), editada pelo Papa Alexandre VI em 4 de maio de 1493, dividia o chamado "novo mundo“ entre Portugal e Espanha. 
Por meio de um meridiano situado a 100 léguas a oeste dos arquipélagos de Açores e do Cabo Verde: O que estivesse a oeste do meridiano seria espanhol, e o que estivesse a leste, português.
As novas terras descobertas por Cristóvão Colombo seriam da Espanha e, para Portugal a costa da África. 
Portugal solicita a revisão do tratado: a 100 léguas de Cabo Verde só havia o Oceano Atlântico. 
O Tratado de Tordesilhas (1494) substituiu a Bula Papal Inter Coetera (aumentando o divisor para 370 léguas) e acabou por demarcar os primeiros limites da América portuguesa, ou seja, estabeleceu o território inicial do que mais adiante seria denominado Brasil.
 Tordesilhas foi fortemente contestado pelas outras nações europeias.

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