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Direito das Obrigaçoes 4º Sem..pdf, Primeira parte

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- É impossível a vida em sociedade sem o direito das obrigações. 
- Obrigação de Direito = coisa / ato jurídico. 
- É o que pode gerar a busca pela reparação do direito “ferido”. 
CONCEITO - É o ramo do Direito Civil que disciplina o vínculo jurídico através do qual 
alguém (sujeito passivo / devedor) se obriga a dar, fazer ou não fazer alguma coisa em 
favor de outrem (sujeito ativo / credor). 
-EX: venda de carro que tu faz o pagamento pelo veículo, mas o dono do carro não entrega-o pq 
teve uma proposta melhor e não te devolve o dinheiro = gera estelionato. 
 
Elementos que constituem uma obrigação de direito: 
 
- Existência de vínculo jurídico. 
* DEVEDOR INADIMPLENTE: devedor que não pode pagar sua dívida / cumprir sua obrigação. 
CONCEITO - Se diz jurídico porque se trata de uma relação prevista em lei, que sujeita o 
devedor inadimplente a uma sanção de natureza pecuniária / patrimonial. 
- Presença de duas partes. 
- Um devedor (pelo menos, podendo ser mais de um) 
- Um credor (pelo menos, podendo ser mais de um) 
- Existência de um objeto. 
- Sendo um ​objeto imediato​: que seria sempre a ação / conduta humana de ​dar, fazer ou não 
fazer​ algo em razão do credor. 
- Sendo um ​objeto mediato:​ que seria a coisa em si a ​ser entregue, feita ou desfeita. 
- O objeto mediato deve ser um objeto lícito. 
- O objeto mediato deve ser um objeto possível – fisicamente e juridicamente. 
- O objeto mediato deve ser um objeto determinado ou determinável. 
 
Natureza jurídica: 
 
- ​Direitos Patrimoniais: 
- Direitos Reais = vínculo que liga as pessoas as coisas = Art. 1225, CC 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII - a concessão de direito real de uso; 
XIII - a laje; 
- Direitos Pessoais: vínculo jurídico que liga duas pessoas. 
EX: credor x devedor. 
 
- Direitos Não Patrimoniais. 
 
Fontes: 
 
- Contrato: 
CONCEITO - É a fonte que gera uma obrigação de dar, fazer ou não fazer algo, decorrente 
de uma relação jurídica ​bilateral​ assumida por alguém (devedor) em favor de outrem 
(credor). 
EX: contrato de compra e venda, comodato, serviços... 
* Comodato = empréstimo de bens. 
 
- Declaração Unilateral de Vontade: 
- A pessoa assume a obrigação de dar, fazer ou não fazer algo para a pessoa que por ventura 
pode se encaixar nas condições impostas 
CONCEITO – É a obrigação assumida por uma pessoa (devedor) em favor de outra, em 
princípio, indeterminada. 
EX: promessa de recompensa, sorteio da Mega-Sena.. 
- Ato ilícito: 
* Responsabilidade civil = gera a obrigação de indenizar alguém. 
CONCEITO – É a obrigação decorrente da ação ou omissão culposa ou dolosa de alguém 
(devedor) que causa prejuízo a outra pessoa (credor) 
EX: tu furar o sinal vermelho e bater no carro de alguém; erro médico; 
- Lei. 
 
Modalidades: 
 
- ​Dar: 
- Entregar algo a alguém. 
CONCEITO - Consiste na ​entrega​ do objeto da obrigação para devedor em favor do credor. 
- Coisa incerta 
- Coisa certa:​ individualização do objeto / características próprias = Art. 313, CC 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa. = aceitação de objeto diverso do acordado. 
- Propriamente dita (Pura) 
 - Restituir = caso sem transferência de propriedade 
- Pagar quantia 
CONCEITO DE COISA CERTA – É a espécie da obrigação de dar, cujo objeto está 
perfeitamente individualizado em todas suas características, não podendo o credor ser 
obrigado a aceitar objeto diverso, ainda que mais valioso. 
- A diferença entre bem imóvel para bem móvel, é que no 1º há necessidade de registro no 
cartório. 
- No bem ​móvel​ não necessita de escritura = Art. 1267, CC 
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. 
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo 
constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se 
encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do 
negócio jurídico. 
- Já o bem ​imóvel​, só quando fizer a transferência da propriedade da escritura. 
- O cumprimento efetivo se dá apenas quando tem a tradição satisfeita = Art. 1245, CC 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no 
Registro de Imóveis. 
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono 
do imóvel. 
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do 
registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. 
 
Consequências pelo descumprimento: 
EX: ​roubo de carro = ​perda. 
EX: ​batida ao manobrar = ​deterioração. 
- Pura / Propriamente dita: 
- ​Perda do objeto: ​apesar da vontade de entregar, o objeto não existe mais. 
- Sem Culpa:​ a obrigação se resolve / desfaz como se não tivesse existido; caso algum valor 
tenha sido pago, será restituído; 
- Com Culpa: ​a pessoa que descumpre responde pelo valor equivalente do objeto mais as perdas 
e danos que tiver e conseguir demonstrar. 
* Valor equivalente: valor do objeto em si e ​NÃO​ do valor acertado. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se 
a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 ​- Deterioração: ​perda parcial do objeto. 
- Sem Culpa: 
*​ O credor pode resolver o negócio caso não queira-o com a deterioração e negue-se a esperar o 
concerto. 
*​ O credor pode aceitar o objeto no estado em que se encontra, desde que seja abatido o preço 
do concerto. 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
- Com Culpa: 
- Requerer-se o valor equivalente do objeto mais perdas e danos OU aceita-se o objeto no estado 
em que se encontra mais as perdas e danos. 
*​ Na 1ª, o credor pode negar o objeto e instaurar procedimento sobre o valor equivalente mais 
as perdas e danos 
*​ Já a 2ª, pode aceitar o objeto na situação em que se encontra e cobrar apenas as perdas e 
danos. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no 
estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas 
e danos. 
- Restituir: ​dever de restituir o objeto ao dono. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
- ​Perda do objeto: 
- Sem Culpa: ​a situação se resolverá. 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes 
da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até 
o dia da perda. 
- Com Culpa:​ o devedor responde pelo valor equivalente do objeto mais perdas e danos. 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais 
perdas e danos. 
- Deterioração: 
- Sem Culpa: ​se possível devolver o objeto deteriorado, é devolvido e sem direito de indenização. 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual 
se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-áo disposto no art. 
239. 
- Com Culpa:​ havendo deterioração, o credor pode exigir o valor equivalente a DETERIORAÇÃO 
mais perdas e danos. O ​credor não recebe​ pelo valor equivalente pelo ​objeto​ e sim ​recebe​ pela 
deterioração​ (estrago) mais perdas e danos. 
- A pessoa só pode aceitar o carro e cobrar equivalente a deterioração e perdas e danos. 
- A pessoa ​não pode recusar o objeto​ e pedir o valor equivalente para ele. 
- Coisa Incerta: 
- O objeto não é individualizado. 
- Não há “especificação certa”. 
- É indicado por espécie e quantidade; Art. 243, CC 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
CONCEITO - É aquela obrigação de dar, cujo objeto está identificado pelo menos pela 
espécie e quantidade. 
- O momento da ​escolha​ é determinante; nesse momento, o objeto incerto passa a ser o objeto 
certo. 
- Caso não seja especificado, o devedor é quem escolhe o objeto a ser entregue. 
- Se atentar às delimitações da negociação.. EX: quer um cachorro do canil x.. (Especificamente) 
 
Acessórios na Obrigação de Dar: 
 
Propriamente dita (Pura) 
- ​Os objetos seguem a sorte do principal; 
- Os acessórios seguem o objeto principal 
- Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, 
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
EX: ​tu vai vender um carro, daí ele tem roda de liga leve, banco de couro, som de última geração 
e tal; no dia da venda, o comprador deve receber o carro com os bens (roda de liga leve, banco 
de couro, e tal) – regra geral; 
- Caso o vendedor avise que não vai vender o carro com os tais itens, o acordo sofre as 
alterações; 
- Caso os acessórios não vão acompanhar o objeto, deve ser dito expressamente durante a 
confecção do acordo; 
Frutos Pendentes: 
- Surgimento do fruto após a confecção do acordo e antes da tradição: 2 opções: 
- 1º: o vendedor pode requerer um aumento do preço, e o comprador aceita; dando segmento ao 
negócio; 
- 2º: o vendedor requer um aumento no preço, e o comprador se nega a pagar a diferença, assim 
se desfazendo o negócio; 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
Restituir: 
- Caso tu empreste tua casa na praia para alguém durante as férias de verão, e nesse meio tempo 
que tal pessoa esteja na casa, é feito um melhoramento ao redor da casa (iluminação, 
asfaltamento, instalação de um parque por perto...), sendo que a pessoa que morava na casa 
durante o período não contribuiu com nada, e no término do período acordado, a pessoa se 
recusa a sair da casa, e pede uma indenização – ELA NÃO TEM DIREITO A INDENIZAÇÃO PQ 
NÃO GASTOU COM NADA. – Cabe ação de despejo por a pessoa não ter direito sobre a 
propriedade do imóvel. 
Art. 241. Se, no caso do art. 238 (Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e está, sem 
culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se 
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda), sobrevier melhoramento ou 
acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de 
indenização. 
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- Mesma história, tu empresta a casa de praia para um amigo no verão, só que agora, a pessoa 
que está na casa tem que gastar do seu próprio bolso para continuar lá; Gastos com a casa em 
si!! 
- A pessoa que está morando lá faz benfeitorias; 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
EX: 
 1 - Boa- Fé 2 - Má-Fé 
Pilar (2,000.00) – necessário Indenização + retenção da 
casa 
Indeniza 
Trilho (1,000.00) – úteis Indenização + retenção da 
casa 
Não indeniza 
Chafariz (20,000.00) – 
voluptuárias 
Retirada OU indenização Não indeniza 
 
1 - Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e 
úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder 
sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias 
necessárias e úteis. 
- Faz-se a retirada do bem em caso que seja possível, desde que não se tenha prejuízo do bem ou 
do imóvel; 
- Em caso de item ​necessário e útil​, a pessoa que fez as alterações na casa pode reter/ficar na 
casa até o pagamento da indenização; 
 
2 - Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não 
lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
- A pessoa age para obter ganho financeiro; 
- A pessoa NÃO retém a casa, pode requerer indenização ​apenas​ por benfeitoria necessária, não 
podendo reter a casa, e nem retirar a benfeitoria voluptuária; 
MACETE: fazer um contrato especificando tudo! Especificar sobre as benfeitorias, 
coloca-se que deve ter um comunicado feito expressamente ao dono da casa; 
 
Obrigação de Fazer: 
 
- Prestar realização de serviço físico, artístico ou intelectual; 
CONCEITO: É aquela obrigação na qual o devedor assume o compromisso de ​prestar um 
serviço​ de natureza ​física, artística ou intelectual​ em favor do credor; 
- ​Para a entrega, é necessário que antes seja confeccionado/construído o bem; 
EX: ir na loja escolher um guarda-roupa e comprar = obrigação de ​DAR 
EX: ir no marceneiro, dar as especificações de como quer, e o marceneiro confeccionar o 
guarda-roupa = obrigação de ​FAZER 
- A entrega é meramente ilustrativa; 
- ​Espécies: 
- ​Infungíveis / Personalíssima: 
- Interessa que o serviço seja feito pela pessoa do devedor = CONTRATA A PESSOA! 
CONCEITO: É a obrigação de fazer, cuja figura do devedor é condição para o efetivo 
cumprimento da obrigação; 
- ​Geralmente dom artístico e intelectual; 
EX: contratar um advogado para consultoria, contratar um engenheiro; 
 
- Fungíveis / Não Personalíssima: 
- Interessa que o serviço seja realizado; 
CONCEITO: É a obrigação de fazer que, para o credor, interessa a efetiva execução do 
serviço, sendo irrelevante a figura do devedor para seu cumprimento; 
- Geralmente serviço físico; 
EX: contratar uma empresa de pintura de ambientes; 
 
Consequências do Descumprimento: 
 
- Personalíssima: 
- ​Por RECUSA: Com Culpa = 
- A pessoa se nega a fazer a obrigação; 
- Pode haver mandado judicial obrigando o contratado a cumprir seu papel; 
- Gera obrigação de indenização por perdas e danos; 
EX: na festa de formatura, contratamos a Ivete Sangalo, e no fim ela se recusa a cumprir o 
acordo / se recusa a fazer o show; 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a 
ele só imposta, ou só por ele exequível; 
- ​Por Impossibilidade: Com Culpa = 
- A pessoa quer cumprir a obrigação, mas não é fisicamente possível que o faça; 
- Gera obrigação de indenização por perdas e danos; 
EX: Ivete está em Tóquio, e não chega a tempo para fazer o nosso show; 
 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a 
obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
- ​Por Impossibilidade: Sem Culpa = 
- A pessoa quer cumprir a obrigação, mas não é fisicamente possível que o faça; 
- Desfaz a obrigação; 
EX: Ivete fica doente um dia antes do nosso show; 
Art. 248. Se a prestaçãodo fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a 
obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
-​ Não Personalíssima: 
- Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à 
custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
- ​Atraso: Com Culpa = 
- Atraso / não execução parcial / total 
- Credor pode contratar outra pessoa para concluir / executar o serviço e cobrar a indenização 
por perdas e danos; 
EX: contrata alguém para pintar uma sala/auditório para um congresso, e não fica pronto a 
tempo; dai contrata outra pessoa para fazer o serviço E em caso de não ficar pronto do mesmo 
jeito, pede indenização pela perda do congresso e tal.. 
- Atraso: Sem Culpa = 
- Resolve-se a obrigação; 
EX: chove por uma semana e a pessoa não consegue construir o muro que foi contratada para 
construir; 
 
Obrigação de Não – Fazer: 
 
EX: Obrigação do vendedor não vender produto algum fora do Estado de Santa Catarina; 
EX: Obrigação de não comercializar algo de certo ramo; 
EX: Obrigação de não abrir uma padaria pq o dono do lugar já tem sala alugada para esse fim; 
CONCEITO: É aquela obrigação na qual alguém (devedor) se obriga em favor de outrem 
(credor) a se abster de realizar uma conduta que poderia praticar se não estivesse 
vinculado a esta obrigação (DE NÃO FAZER) 
 
Consequências pelo Descumprimento: 
 
- Espécies: 
- Impossível de ser desfeita = Com Culpa: 
- Gera indenização por perdas e danos; 
EX: divulgar segredo comercial; 
EX: divulgar a fórmula de um remédio contra o câncer; 
- Possível de ser desfeita = Com Culpa: 
- Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigará, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
- Exigência de “desfazimento” do ato, através de terceiros, mais perdas e danos; 
Caso o autor não desfaça-o; 
- Deve ser ajuizada a ação para que o ato seja desfeito! 
- Em caso de urgência = vide parágrafo único, art. 251; 
- ​Possível de ser desfeita = Sem Culpa: 
- Sem direito de indenização 
EX: há o contrato de exclusividade entre duas partes (empresa farmacêutica e empresa de venda 
de medicamentos), tal empresa tem o remédio contra algum vírus, governo vem e desfaz o 
contrato de exclusividade para que possa ter acesso a tal medicamento direto da empresa que o 
fabrica; 
 
Classificação: 
 
 
Simples: 
-​ Contém 1 credor, 1 devedor e 1 objeto da obrigação; 
Complexa: 
- ​Pluralidade de objetos: 
- Contém dois ou mais objetos; 
* ​Podendo ser cumulativa: 
- Vários objetos cumulados; 
- Cobre todos os objetos; 
* ​Podendo ser alternativas: 
- Vários objetos cumulados, mas o devedor é obrigado a cumprir uma obrigação apenas; 
-​ Pluralidade de sujeitos: 
- Vários credores ou devedores em torno de 1 objeto; 
* ​Podendo ser objeto indivisível; 
* Podendo ser sujeitos solidários (ativo e passivo) 
 
Pluralidade de objetos: 
 
Cumulativa: 
CONCEITO: A obrigação cuja relação obrigacional é composta por dois ou mais objetos, de 
modo que o devedor somente se desobriga com o credor ao cumprir ​todos​ os objetos 
daquela obrigação, uma vez que o credor não é obrigado a aceitar o cumprimento parcial. 
= Art. 314, CC = Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o 
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se 
ajustou. 
- ​Exige o valor equivalente mais perdas e danos; 
- Vários objetos cumulados; 
- A entrega dos bens deve ser completa para satisfazer a obrigação; 
EX: Negócio entre “A” e “B”, onde negocia-se um carro E uma moto = a satisfação do negócio vem 
com a entrega dos dois bens juntos!! 
- Caso tenha só um bem para entregar, é ​deterioração​; Pq apesar de ainda ter-se um bem para 
entregar/ainda ter o outro objeto, o negócio era de dois objetos (que valiam como 1 só); 
- “E” – adição! Dois objetos (ou mais), sendo vistos como 1 só para cumprir a obrigação; 
- Rever as regras sobre CULPA = 
----------- -------------------- ------------------ ------------------------- ---------------------------------- 
EX: ​roubo de carro = ​perda. 
EX: ​batida ao manobrar = ​deterioração. 
- Pura / Propriamente dita: 
- ​Perda do objeto: ​apesar da vontade de entregar, o objeto não existe mais. 
- Sem Culpa:​ a obrigação se resolve / desfaz como se não tivesse existido; caso algum valor tenha 
sido pago, será restituído; 
- Com Culpa: ​a pessoa que descumpre responde pelo valor equivalente do objeto mais as perdas e 
danos que tiver e conseguir demonstrar. 
* Valor equivalente: valor do objeto em si e ​NÃO​ do valor acertado. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 ​- Deterioração: ​perda parcial do objeto. 
- Sem Culpa: 
*​ O credor pode resolver o negócio caso não queira-o com a deterioração e negue-se a esperar o 
concerto. 
*​ O credor pode aceitar o objeto no estado em que se encontra, desde que seja abatido o preço do 
concerto. 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, 
ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
- Com Culpa: 
- Requerer-se o valor equivalente do objeto mais perdas e danos OU aceita-se o objeto no estado em 
que se encontra mais as perdas e danos. 
*​ Na 1ª, o credor pode negar o objeto e instaurar procedimento sobre o valor equivalente mais as 
perdas e danos 
*​ Já a 2ª, pode aceitar o objeto na situação em que se encontra e cobrar apenas as perdas e danos. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no 
estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e 
danos. 
- Restituir: ​dever de restituir o objeto ao dono. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
- ​Perda do objeto: 
- Sem Culpa: ​a situação se resolverá. 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes 
da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o 
dia da perda. 
- Com Culpa:​ o devedor responde pelo valor equivalente do objeto mais perdas e danos. 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e 
danos. 
- Deterioração: 
- Sem Culpa: ​se possível devolver o objeto deteriorado, é devolvido e sem direito de indenização. 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se 
ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239. 
- Com Culpa:​ havendo deterioração, o credor pode exigir o valor equivalente a DETERIORAÇÃO 
mais perdas e danos. O ​credor não recebe​ pelo valor equivalente pelo ​objeto​ e sim ​recebe​ pela 
deterioração​ (estrago) mais perdas e danos. 
- A pessoa só pode aceitar o carro e cobrar equivalente a deterioração e perdas e danos. 
- A pessoa ​não pode recusar o objeto​ e pedir o valor equivalente para ele. 
------------------ ----------------------------------------------------------------- ----------------------------- 
Alternativa: 
- Conjunto de dois ou mais objetos; 
- Aqui o devedor cumpre a obrigação ao entregar apenas 1 deles; 
- “OU” – alternância entre os objetos; 
CONCEITO: Se diz alternativa a obrigação estabelecida entre credor e devedor, composta 
por dois ou mais objetos, cabendo, no entanto, o cumprimento de apenas 1 deles pelo 
devedor, para satisfazer a obrigação; 
- ​Negócio entre “A” e “B”, tenho como objeto, “X” ​ou​ “Y” ​ou​ “Z” 
- Tem-se maior chance de satisfazer a obrigação por causa da maior demanda de objetos; 
- Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo 
anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de 
adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação 
expressa do consumidor. 
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, 
em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a 
qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo 
possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou 
modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem 
prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o 
fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, 
fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas 
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. 
= possibilidades de sanar o vício do objeto vendido; 
EX: tu vende o carro, e no acordo coloca a obrigação de, caso o motor dê problema em 12 meses, 
tu consertar ​OU​ substituir o motor! 
Particularidade: 
- ​Caso o credor ​escolha​ dentre os objetos, torna-se obrigação simples; 
Concentração: 
- Depois do momento da escolha, a obrigação concentra-se no tal objeto; 
Regra Geral: 
- Na falta da estipulação do objeto, cabe ao devedor o direito de escolha; 
- EXCEÇÃO: caso fique acordado no contrato, o direito de escolha cabe ao credor; 
- EXCEÇÃO: caso fique acordado no contrato, o direito de escolha fica com uma terceira pessoa; 
- Caso o devedor não exerça seu direito de escolha, este passa ao credor; 
- Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. = 
o devedor não pode obrigar o credor a aceitar metade de cada “coisa”; EX: é feito um acordo de 
um fazendeiro vender uma tonelada de trigo ou milho, na hora da entrega, não pode dar meia 
tonelada de trigo e meia tonelada de milho; 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida 
em cada período. = caso a obrigação se renove, o direito de escolha também se renova; EX: é 
acordado que durante 12 meses, um fazendeiro vai entregar uma tonelada de milho ou cana por 
mês, dai nos primeiros 4 meses, entrega-se milho, e no quinto mês, a entrega é de cana, o credor 
não pode vir a reclamar, pois o direito de optar entre um ou outro, é do devedor; 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. = em caso de a escolha recair entre 
quatro pessoas, e cada opção ter dois votos, a decisão vai para um juiz; 
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. = caso o terceiro ou terceiros não 
quiserem/poderem exercer seu direito de escolher, tal ato passa ao juiz para que se obtenha 
uma determinação judicial; 
 
Consequências da Impossibilidade do Direito de Escolha 
 
Escolha do Devedor: 
- ​Perda de 1 objeto: EX: tu tem proposta de vender 1 carro ou 1 moto, só que antes do dia da 
entrega, tu vende a moto, dai no dia tu não tem possibilidade de escolha; = ​considera-se escolha 
antecipada; 
C/ Culpa: ​a escolha recai automaticamente sobre o bem remanescente; 
- A partir do momento em que tu não tem mais a opção de escolher o bem restante é o que vai; 
S/ Culpa: ​EX: furtaram a moto; 
- Tem-se duas opções: 
1 = escolhe-se o objeto remanescente e resolve a obrigação; 
2 = resolve-se a obrigação, mesmo sem a entrega do bem; 
- Perda de 2 objetos: EX: 2 carros; 
C/ Culpa: ​vende um dos carros e acaba batendo com o outro; 
- Obrigação de indenização equivalente do objeto mais as perdas e danos; 
- Valor equivalente mais perdas e danos do objeto que por último se perdeu; 
- Em caso de perda simultânea dos objetos, ​tem a obrigação de indenização do valor equivalente 
mais as perdas e danos do objeto escolhido pelo devedor; 
S/ Culpa:​ um carro furtado e o outro pega fogo por causa da queda de um raio 
- A obrigação resolve-se; 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. = Quando uma das opções não vale mais, a 
escolha recai para o objeto remanescente; 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. = perda de objetos ​com culpa​; 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a 
obrigação. = resolução da obrigação; 
Escolha do credor: 
- Perda de 1 objeto: opção de carro e moto; 
C/ Culpa (do devedor): ​vende a moto; 
- Tem duas opções: 
1 = o credor escolhe o objeto remanescente; 
2 = o credor requer a indenização do valor equivalente mais as perdas e danos do objeto que se 
perdeu; 
S/ Culpa (do devedor): ​furto da moto; 
- Tem duas opções: 
1 = escolhe o objeto remanescente; 
2 = resolve a obrigação; 
- Perda de 2 objetos: 
C/ Culpa (do devedor): 
- O credor pode requerer o valor equivalente mais as perdas e danos de qualquer objeto, pois 
era este quem tinha a opção de escolha; 
S/ Culpa (do devedor): 
- Resolve-se a obrigação; 
= Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, 
com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, 
poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, alémda indenização por perdas e danos. 
 
Exercício Prático: 
 
João da Silva, produtor rural, foi procurado por Pedro Correia, que propôs a aquisição de 2 
tratores identificados pelos códigos de trator 01 e trator 02, ou 20 toneladas de soja, o que foi 
aceito por João. Ambos também concordam que o ​credor​ faria a escolha da obrigação na data de 
10/05/2017. Entretanto, na data de 20/04/2017, João vendeu o trator 01 para pagar dívidas 
com o Banco do Brasil, e na data de 05/05/2017, uma enchente destruiu toda a produção de 
soja da fazenda de João. Diante dessa situação responda: QUAIS O/S DIREITO/S QUE O CREDOR 
TERÁ EM RELAÇÃO AO DEVEDOR? 
João = devedor 
Pedro = credor 
- 2 tratores OU 20 toneladas de Soja 
- A escolha cabe a Pedro; 
 Trator 01 “E” Trator 02 
João – devedor OU Pedro – credor 
 Soja 
 
- Tem a deterioração do trator 01 = pq era um objeto só (cumulativo) 
Duas opções: 
1 = Exigir o valor equivalente mais as perdas e danos dos dois tratores OU aceitar no estado em 
que se encontra (1 trator apenas) e requerer as perdas e danos pela deterioração; 
2 = Exigir a soja = mesmo que seja de outra fazenda, pois no acordo, não foi especificado que era 
a soja da fazenda do João apenas. 
 
 
Obrigação Complexa com Pluralidade de Sujeitos 
 
- Obrigações com objeto (in) divisível 
- Objeto divisível: 
- Art. 87, CC = bem que pode ser fracionado sem alteração na substância = EX: 1 tonelada 
de soja = ​Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
- Regra= se o objeto é divisível, o credor não pode cobrar além da sua cota (sua parte) 
- EX: 4 pessoas te emprestam $ 800,00 = cada 1 pode requerer sua cota ($200,00) - o 
mesmo serve para situações contrárias; 
- Regra = Art. 257, CC = Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação 
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os 
credores ou devedores = ​obrigações iguais e distintas para os credores ou 
devedores; ​Salvo se for disposto que tal pessoa deu mais; 
- Objeto indivisível: 
- Art. 258, CC = ​Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto 
uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem 
econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. = ​outras possibilidades 
de objetos indivisíveis; 
- Sua Natureza: 
- O tipo de objeto; 
- O que é o objeto; 
- EX: é uma carteira; um carro; 
- Sua Ordem Econômica: 
- Tipo de objeto que pode ser fracionado, ​mas​ se torna um bem menos valoroso; 
- EX: tu tem um diamante bruto, dai vende para duas pessoas, elas vão dividir e lapidar tal 
diamante, tornando-o em dois diamantes; o bem ainda tem um valor financeiro, mas 
bem menor; 
- Sua Razão Determinante: 
- Negócio fisicamente e juridicamente possível de divisão, mas a razão do negócio inteiro; 
- EX: tu tenta vender um terreno onde de um lado tem um casarão, e o do outro tem 
vários estábulos para treinamento de animais, duas pessoas diferentes querem comprar 
tal terreno, dai tu dá a ideia de cada um ficar com uma parte, mas ambos querem o 
terreno inteiro e acabam desistindo do negócio; 
 
 
Pluralidade de sujeitos do objeto indivisível - Devedor 
 
 
- 3 devedores contra 1 credor 
- O credor pode exigir o pagamento da obrigação de qualquer um dos devedores, podendo 
requerer a totalidade do valor de qualquer um; 
- EX: tu vai comprar um carro de três pessoas (devedor da obrigação de entregar o carro), 
tu pode cobrar o carro de uma pessoa só; 
- O cumprimento da obrigação pela parte de uma pessoa, sana a obrigação dos outros; 
- Art. 259 c\c Art. 349 (sub rogação) = prestação não divisível, obrigação pela dívida toda 
por devedor; 
- Parágrafo Único = caso tu seja o devedor e pague o credor, sendo que tem mais 2 
devedores juntos, tu passa a ser o credor do valor remanescente em face dos outros = 
equilíbrio da relação entre credores; 
- Art. 259, CC = Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for 
divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. 
- Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em 
relação aos outros coobrigados. 
- Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e 
garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. 
 
Pluralidade de sujeitos do objeto indivisível - Credor 
 
 
- 3 credores e 1 devedor 
- Cada credor pode exigir seu direito individual do cumprimento da obrigação; 
- A pessoa que fica com o bem, deve indenizar os outros ao valor equivalente a sua cota 
parte; 
- Providência que o credor toma para se desobrigar com outro: 
- Art. 260, CC = Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida 
inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigam, pagando: 
- I - a todos conjuntamente; 
- II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
- Art. 261, CC = Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos 
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
- 1) Pagar a todos conjuntamente 
- EX: entregar o bem para todos ​juntos​; e pegando assinatura de todos para comprovação; 
- 2) Caução de Ratificação = garantia para os demais credores; 
- EX: pagamento com cheque; 
- 3) Consignação em Pagamento = a posse do bem fica em depositório em fiel; 
- Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
- Art. 335. A consignação tem lugar: 
- I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
- II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
- III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir 
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
- IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
- V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
- Remição = reduz a cota da pessoa que perdoou a dívida; 
- Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os 
outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
- Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
 
 
Obrigações Complexas do objeto divisível e indivisível: 
 
EX: duas pessoas tem um carro para ser entregue no dia 10 pra ti, só que no dia 3, recebem uma 
proposta melhor de outra pessoa, e venderam o carro; chegando no dia da entrega pra mim, não 
tem mais como cumprir a obrigação, dai vai ter o ​descumprimento da obrigação​; 
Perda do objeto: 
Com Culpa dos 2 devedores: ​pode cobrar o valor equivalente do objeto ($30,000.00) ais perdas 
e danos ($10,000.00) 
total: $40,000.00 
- Convertido em indenização; 
O objeto que era indivisível, passa a ser divisível; 
Assim, o credor pode cobrar a cota parte de cada um, de acordo com a regra geral.. Onde se 
presume que é dividido em partes iguais; = $20,000.00 para cada; 
EX: o cara vai lavar o carro para entregar e acaba batendo: 
Com Culpa de 1 dos devedores: 
Assim, ambos respondem pela sua cota parte do valor equivalente, E pelas perdas e danos, 
responde apenas o culpado. 
Assim = devedor 1 (sem culpa), paga pela sua cota do valor equivalente apenas; já o devedor 2 
(culpado), paga pela cota do valor equivalente mais as perdas e danos; 
- Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1​o Se,para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2​o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos. 
 
Obrigações Solidárias: 
 
- Pode-se cobrar a dívida de cada 1 deles; 
- Pode-se cobrar a quantia integral; 
 
Credor 1 Devedor 1 
Credor 2 Devedor 2 
Credor 3 Devedor 3 
Credor 4 Devedor 4 
 
- Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
- Cria uma relação jurídica entre credor e devedor; 
- Os envolvidos como credores são vistos como um “ser” só; e os envolvidos como 
devedores também são vistos como um “ser” só; 
- Aqui, não difere se o objeto é indivisível ou divisível; 
- Aqui interessa a relação jurídica, e não a natureza do objeto; 
- Solidariedade NÃO SE PRESUME, deve estar no contrato ou na lei; 
- Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
- Pode-se ajustar as condições de pagamento via contrato; 
- Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou 
co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
- Mesmo que sejam devedores solidários, o credor pode estipular datas diferentes para 
cada devedor; 
- Nada impede que sejam ajustados condições de pagamento para cada um; - isso ocorre 
pq em primeiro lugar, o credor não precisa dar o dinheiro, e se der, pode estipular 
condições para que receba posteriormente; 
 
 
Espécies de Solidariedade: 
 
Solidariedade Ativa: 
- Gera maior insegurança entre os credores; 
- Ocorre entre vários credores; 
EX: Jean, Joel e Ana, emprestam $30,000.00 para Lúcia, sendo que os credores estipulam em 
acordo que serão credores solidários (só um ser); assim, caso Lúcia pague para Ana, 
considera-se pago para todos; dai extingue a obrigação; 
CASO o pagamento seja feito para um credor apenas, e este suma, os outros credores não podem 
reclamar com o devedor; 
- Se o pagamento for feito para um, considera-se pago para todos; 
- Se apenas um dos credores receber o pagamento, os outros credores que também 
devem receber, cobram sua cota parte do credor que teria recebido inicialmente; 
- O mesmo vale para o perdão, se um credor perdoar a dívida, vale como se todos os 
credores tivessem perdoado; Então os outros credores poderiam ir até o credor que 
perdoou a pessoa, e cobrar sua cota parte de tal que perdoou a dívida; 
- A pessoa que receber \ perdoar sozinho, deve indenizar os outros; 
- Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. = CONCEITO; 
- Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a 
qualquer daqueles poderá este pagar. = A QUEM SE PAGA; 
- Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o 
montante do que foi pago. = SOBRE O PAGAMENTO; 
- Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só 
terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 
- Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, 
a solidariedade. 
- Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos 
outros pela parte que lhes caiba. = PERDÃO \ PERMISSÃO E INDENIZAÇÃO; 
Solidariedade Passiva: 
- Relacionado a vários devedores; 
- Considera-se o devedor como um “ser” só; 
- Na solidariedade passiva, há mais garantias para o credor; 
- Todos os devedores (solidários passivos), ficam responsáveis pelo pagamento da dívida 
integral = Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos 
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, 
todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores 
EX: Silvio comprou uma carga de TV da Samsung, e contratou a Empresa Transportadora XYZ, 
só que João (motorista) dormiu no volante e acabou destruindo a carret com as TVs, gerando 
um prejuízo de $1.000,000.00, assim => 
=> Silvio pode requerer indenização contra João; 
=> Silvio se torna credor de João; 
- Só que, tanto Silvio como João, se tornam devedores da Samsung; 
Assim => segundo o Art. 932 e 942, João e Silvio se tornam devedores solidários da Samsung; 
onde esta poderia cobrar $1.000,000.00 de qualquer um dos dois; 
- Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, 
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente 
quantia. 
- C \ C Parágrafo único = Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do 
direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais 
de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 
- Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as 
pessoas designadas no ​art. 932​. 
 
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Caso o credor proponha ação contra 1 pessoa só \ 1 devedor apenas, mesmo que essa não tenha 
mais patrimônio, isso não significa que os outros sejam perdoados; todos ainda são devedores 
solidários passivos até o cumprimento da obrigação; 
- Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, 
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os 
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
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Caso de edição de uma cláusula acertada entre credor e um dos devedores, sem que os outros 
tenham conhecimento, no caso da quebra de tal cláusula, o ajuste que foi feito, recai sobre o 
credor e o devedor que acordaram tal regra, a alteração ​não recai sobre os outros devedores 
que não sabiam da nova cláusula; 
EX: Ana, Maria e João pegam $30,000.00 emprestado de Fábio, chegando perto da data do 
pagamento (10\04), Ana faz um novo acordo com Fábio, sem que Maria e João saibam,, 
alterando a data do pagamento (alterando para 10 \ 05), e colocando uma multa de 100%; 
chegando no dia 10 \ 05, algo dá errado e Ana não consegue pagar, sendo que então a dívida se 
torna $60,000.00, dai então Fábio pode cobrar $10,000.00 de Maria, $10,000.00 de João e 
$40,000.00 de Ana; = > Ana paga $40,000.00 porque paga sua cotaparte mais a multa 
($30,000.00) que teria sido acertada na alteração do acordo; 
- Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem 
consentimento destes. 
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Caso de prescrição = se o acordo prescreve para um devedor, prescreve para todos os outros. 
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Não usa-se como defesa, quando a tal envolve vício de consentimento de outra pessoa, como 
defesa para sí próprio; 
EX: tem um processo rolando, e dai descobre-se algo irregular em relação a Mariazinha, dai Ana 
e João não podem usar a irregularidade relacionada a Mariazinha, para a própria defesa; 
- Art. 281. O devedor demandado (cobrado) pode opor ao credor as exceções que lhe 
forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro 
co-devedor. = relacionado aos argumentos de defesa \ diz que se pode apresentar um 
argumento que inclua todos, ou algo que seja ligado apenas a si. 
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Caso de o credor poder renunciar a solidariedade contra um dos devedores, fazendo com que o 
credor possa cobrar a cota parte da pessoa que saiu da solidariedade; no caso dos credores que 
ainda são solidários, estes serão obrigados a pagar a obrigação desde que sejam reduzidos os 
valores do devedor que não é mais solidário; 
Possibilidade de retirada do devedor da solidariedade pertence apenas ao ​credor​. 
EX: “A” empresta $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, e então “A” abre mão da solidariedade de “B”, 
sendo assim, “B” não faz mais parte o grupo de devedores solidários; “B” ainda faz parte dos 
devedores, mas não responde mais pela dívida toda, e sim apenas por sua cota parte 
($10,000.00); então “A” pode cobrar de “C” e “D” apenas $20,000.00; 
Assim => “A” cobra de “B” apenas $10,000.00; 
“A” cobra de “C” e “D” $20,000.00; 
- Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos 
os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá 
(permanecerá) a dos demais. 
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Caso de perdão = o credor pode perdoar um dos devedores; já os outros devedores solidários, 
estes ainda serão obrigados ao cumprimento da obrigação, desde que seja reduzida \ 
descontada a cota parte da pessoa perdoada; 
EX: “A” empresta $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, e então “A” perdoa “B”, sendo assim, “B” não faz 
mais parte o grupo de devedores; então “A” pode cobrar de “C” e “D” apenas $20,000.00; pois a 
cota parte de cada um é de $10,000.00; 
- Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida 
não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou 
relevada. 
- Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele 
correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os 
outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. 
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O devedor que cumpre a obrigação sozinho, passa a ser o credor dos demais devedores; só que 
pode cobrar suas referidas cotas partes; 
- Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos 
co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o 
houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. 
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Quando há devedor insolvente, divide-se a cota parte desse devedor insolvente entre os outros 
devedores e então sim, se cobra deles = isso é feito para que se tenha um equilíbrio de prejuízo; 
EX: “A” emprestou $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, sendo que “B” é insolvente; “C” pagou a dívida 
integralmente, assim, “C” e “D” são responsáveis pelo pagamento de sua cota parte, mais a cota 
de “B” = $5,000.00 para cada um ($5,000.00 para “C” e $5,000.00) = para que não se tenha um 
prejuízo maior para uma das partes; 
- Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos 
co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o 
houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. 
-------------------------- --------------------- ---------------------- ------------------------- -------------------------- 
O credor pode renunciar a solidariedade de um devedor, e perdoar a dívida de outro; 
No caso da cobrança recair sobre uma pessoa só, e outro devedor seja insolvente, a pessoa que 
havia sido perdoada volta para a solidariedade, e a cota parte da pessoa insolvente é dividida 
entre os outros devedores para que tenha-se um equilíbrio no prejuízo; 
EX: EX: “A” emprestou $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, sendo que “B” foi perdoado e retirado da 
solidariedade (- $10,000.00); assim, a dívida passa a ser $20,000.00; caso “D” se torne 
insolvente depois, sendo que então “C” pagou a dívida integralmente ($20,000.00); assim, a 
parte do insolvente e dividida entre todos os devedores, inclusive os que foram excluídos da 
solidariedade; assim, “B” volta á qualidade de devedor solidário, e suporta o prejuízo do 
insolvente; 
Assim => “B” pagaria $5,000.00 ($10,000. teriam sido perdoados antes, então “B” pagaria 
apenas os $5,000.00 do prejuízo causado pelo insolvente) e “C” pagaria $15,000.00 (sua cota 
parte de $10,000.00 mais os $5,000.00 de prejuízo causado pelo insolvente); 
- Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados 
da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. 
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Caso “A” empreste $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, e “C” venha a falecer antes do pagamento da 
obrigação, a cota de “C” recai para seus herdeiros, assim, “C” é substituído por “C1” e “C2” e é 
cobrado apenas sobre seu patrimônio herdado; Não atinge os bens dos herdeiros; Atinge apenas 
o que vai ficar de herança para os filhos do devedor; Caso não reste herança, não paga nada!! 
- Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes 
será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais devedores. 
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EX 1: “A” vai comprar um carro de “B” e “C”, algunsdias antes, “B” bate o carro; 
Assim, a obrigação de entregar o bem, se transforma em indenização do valor equivalente mais 
as perdas e danos; 
O valor equivalente do carro é de $10,000.00 \ O valor das perdas e danos é de $10,000.00; 
assim => “B” vai ser responsável pelo pagamento de $5,000.00 (valor equivalente) e $10,000.00 
(perdas e danos) 
=> “C” vai ser responsável pelo pagamento de $5,000.00 (valor equivalente) apenas; 
“C” paga ​apenas​ sua cota parte do valor do carro, pois não teve culpa na perda do objeto; 
- Caso os dois tenham culpa no ocorrido, soma-se o valor equivalente mais as perdas e 
danos, ($10,000.00 do v.e mais $10,000.00 das p.e.d.) e assim, cada um dos devedores 
tem a obrigação de pagar sua cota ($10,000.00 para cada); 
 
EX 2: “A” vai comprar um carro de “B” e “C” (AQUI, SÃO DEVEDORES SOLIDÁRIOS), e alguns dias 
antes, “B” bate o carro 
assim => “B” e “C” são responsáveis pelo valor equivalente de $10,000.00; 
=> “B” vai ser responsável pelas perdas e danos; $10,000.00, pois teve a culpa da perda do 
objeto; 
- Caso os dois tenham culpa no ocorrido, soma-se o valor equivalente mais as perdas e 
danos, ($10,000.00 do valor equivalente mais $10,000.00 das perdas e danos) e os dois 
são responsáveis pelo pagamento; 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste 
para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
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Caso apenas um dos devedores seja responsável pela dívida, e outro devedor pague-a, o devedor 
beneficiado é responsável pelo pagamento (ressarcimento) de quem pagou; 
EX: “A” empresta $30,000.00 para “B”, “C” e “D”, sendo que são devedores solidários, e o valor 
vai para apenas “B”, pois este vai trocar de carro; 
= após o vencimento da obrigação, o credor pode ir em qualquer devedor para receber o 
pagamento; caso “C” pague a dívida sozinho, poderá cobrar de “B” o valor integral depois, pois 
este é o interessado principal (quem recebeu e obteve lucro com o empréstimo); OU “C” pode 
cobrar de “D” sua cota parte ($10,000.00) e o restante da dívida de “B” ($20,000.00); MAS, 
depois de tal pagamento, “D” poderá cobrar de “B” a cota parte que “D” teria pago a “C” = “D” 
cobraria de “B” o valor de $10,000.00; 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este 
por toda ela para com aquele que pagar. 
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ARTIGOS: 
 
Das Obrigações de Dar Coisa Certa 
- Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não 
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
- Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, 
antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para 
ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e danos. 
- Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
- Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a 
coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, 
indenização das perdas e danos. 
- Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o 
devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
- Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se 
perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
- Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, 
mais perdas e danos. 
- Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, 
tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o 
disposto no ​art. 239​. 
- Art. 241. Se, no caso do ​art. 238​, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. 
- Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou 
dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias 
realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste 
Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
 Seção II 
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta 
- Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
- Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa 
pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
- Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. 
- Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, 
ainda que por força maior ou caso fortuito. 
 CAPÍTULO II 
Das Obrigações de Fazer 
- Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. 
- Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, 
resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
- Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo 
executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da 
indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
 CAPÍTULO III 
Das Obrigações de Não Fazer 
- Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe 
torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
- Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir 
dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e 
danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
 CAPÍTULO IV 
Das Obrigações Alternativas 
- Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
§ 1​o​ Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2​o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida 
em cada período. 
§ 3​o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz,findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
§ 4​o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
- Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 
- Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por 
último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. 
- Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível 
por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor 
da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se 
tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da 
indenização por perdas e danos. 
- Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, 
extinguir-se-á a obrigação. 
 CAPÍTULO V 
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis 
- Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, 
esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores 
ou devedores. 
- Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um 
fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou 
dada a razão determinante do negócio jurídico. 
- Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será 
obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos 
outros coobrigados. 
- Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; 
mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
- Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros 
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
- Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os 
outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou 
confusão. 
- Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1​o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2​o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos. 
 CAPÍTULO VI 
Das Obrigações Solidárias 
 Seção I 
Disposições Gerais 
- Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
- Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
- Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou 
co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
 Seção II 
Da Solidariedade Ativa 
- Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. 
- Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a 
qualquer daqueles poderá este pagar. 
- Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o 
montante do que foi pago. 
- Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só 
terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 
- Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, 
a solidariedade. 
- Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos 
outros pela parte que lhes caiba. 
- Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais 
oponíveis aos outros. 
- Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas 
o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor 
tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. 
 Seção III 
Da Solidariedade Passiva 
- Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, 
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os 
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
- Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes 
será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais devedores. 
- Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida 
não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou 
relevada. 
- Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem 
consentimento destes. 
- Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, 
subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só 
responde o culpado. 
- Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha 
sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação 
acrescida. 
- Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais 
e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. 
- Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos 
os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos 
demais. 
- Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos 
co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o 
houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. 
- Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados 
da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. 
- Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele que pagar.

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