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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DE CUSTOS ALESSANDRA SCHIAVON IGOR SILVA SÃO PAULO 2017 ALESSANDRA SCHIAVON IGOR SILVA ANÁLISE DE CUSTOS Trabalho apresentado no curso de Ciências Contábeis da Universidade Estácio de Sá. Orientador: José Carlos Carota SÃO PAULO 2017 RESUMO A Análise de Custos pode dar o suporte necessário aos tomadores de decisão. Através das diversas ferramentas de análise do comportamento das operações das empresas é possível combinar informações de interesse das mesmas e que estejam alinhadas com sua metodologia de trabalho, com seu planejamento e posicionamento no mercado, sendo possível identificar distorções, processos falhos ou simplesmente àqueles que necessitam de melhoria se através da utilização dessas ferramentas é possível que as organizações atuem especificamente nesses pontos como forma de maximizar seus resultados. Enfim, atualmente as empresas contam com uma nova visão adaptada as exigências de competitividade, dinâmica e voltada para o ambiente interno e externo o que possibilitou aos gestores contarem com um novo e moderno processo de geração de informações, o qual se transformou em uma vantagem competitiva para que os detentores do poder de decisão possam orientar suas ações. INDÍCE 1- CONCEITO E DEFINIÇÕES ----------------------------------------------------------1 CONCEITO DE ANÁLISE DE CUSTO -------------------------------------------1 1.1 GASTO ------------------------------------------------------------------------------1 1.2 DESEMBOLSO -------------------------------------------------------------------1 1.3 INVESTIMENTO ------------------------------------------------------------------2 1.4 CUSTO ------------------------------------------------------------------------------2 1.5 DESPESA --------------------------------------------------------------------------2 1.6 PERDA ------------------------------------------------------------------------------2 2- CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS -----------------------------------------------------3 2.1 CUSTO FIXO E VARIAVÉL ----------------------------------------------------3 2.2 CUSTO DIRETO E INDIRETO ------------------------------------------------3 2.3 CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO -----------------------------------3 2.4 CUSTO PRIMÁRIO ---------------------------------------------------------------4 2.5 CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO ---------------------------------------------4 3- MÉTODOS DE CUSTEIO ---------------------------------------------------------------4 3.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO -----------------------------------------------------4 3.2 CUSTEIO VARIÁVEL ---------------------------------------------------------------4 3.3 CUSTEIO PADRÃO -----------------------------------------------------------------4 3.4 CUSTEIO ABC ------------------------------------------------------------------------5 4- MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ------------------------------------------------------5 5- MARKUP ------------------------------------------------------------------------------------6 5.1 QUEM PODE UTILIZAR O MARKUP -------------------------------------------6 5.2 QUANDO ADOTAR O MARKUP -------------------------------------------------6 5.3 COMO CALCULAR O MARKUP POR PRODUTO --------------------------7 CONCLUSÃO -----------------------------------------------------------------------------------8 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA -------------------------------------------------------------9 INTRODUÇÃO A Análise de custos é uma das ferramentas gerenciais de maior importância dentro das organizações, pois através da análise de custos é possível gerar informações de dados para mensurar e alcançar lucros desejados, gerar informações aos gestores da organização referente a controle de operações e atividades (ex: tempo ocioso dos funcionários, capacidade ociosa de equipamentos e máquinas), e o mais importante, gerar informações para planejamento e tomada de decisão, . 1 | P á g i n a CONCEITO E DEFINIÇÕES CONCEITO Com a chegada da revolução industrial, surgiu a Contabilidade de Custos, que é uma ferramenta mais técnica podemos assim dizer, pois é o registro contábil de operações de produção, seja de serviços ou produtos. Com o crescimento das organizações, havia a necessidade de aperfeiçoar os processos de planejamento e controle das atividades empresariais, assim surgiu a Análise de custos, utilizada de forma gerencial, essa ferramenta tem como objetivo: Determinar custos de produção; determinar custos por setores da organização; levantar custos com desperdício; determinar em qual época se desfazer de um equipamento; formar preço de venda de um produto ou serviço; planejamento e tomada de decisão. Porém, para que a Análise de Custos seja concreta e precisa, é imprescindível conhecer e definir: gasto, desembolso, investimento, custo, despesa e perda. Esses pontos são a base para uma boa Análise de Custos. DEFINIÇÕES 1.1 Gasto É todo Sacrifício financeiro que uma entidade arca para a aquisição de um bem ou serviço. Entre alguns exemplos de gastos, podemos citar as compras de máquinas, ferramentas, imóveis, etc. Só Existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, quando é reconhecida contabilmente. 1.2 Desembolso Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade adquirida, portanto defasada ou não do gasto. Segundo Martins (2003), “Desembolso consiste no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço foi ou será consumido.” 2 | P á g i n a 1.3 Investimento São gastos ativados (classificados no ativo). Ou seja, ativado em função de sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros períodos. Exemplo: Aquisição de máquinas e equipamentos, móveis, ferramentas, etc. “Investimento – Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).” (MARTINS, 2003) 1.4 Custo Custo é o gasto, ou seja, o sacrifício financeiro que a entidade arca no momento da utilização dos fatores de produção para a realização de um bem ou serviço. Os custos podem ser entendidos conforme o segmento da entidade. No comércio, a aquisição de mercadorias é o custo, já na indústria, ele é entendido como a aquisição de matérias-primas, insumos e mão-de-obra na produção de um bem. 1.5 Despesas As despesas estão relacionadas com os gastos usados para a obtenção de receitas. São entendidos como despesa, os gastos com salários, aluguel, telefone, propaganda, comissão de vendedores, entre outros. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Todas as despesas são ou foram gastos. Porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (por exemplo, terrenos, que não são depreciados) ou só se transformam quando de sua venda. 1.6 Perda São gastos incorridos de forma anormal e inesperada, de forma que não compreende o processo rotineiro da empresa. Martins (2003) diz que, “Não se confunde com despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade, e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção deobtenção de receita. São considerados como perda aqueles que não são previstos, como: incêndio, desabamento, atentados etc. 3 | P á g i n a CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS Após o entendimento do conceito e definições imprescindíveis para Análise de Custos, o gestor deve diferenciar cada um e saber apropriar os custos através das classificações explicadas neste tópico, podendo assim aplicar os métodos de apuração para alcançar uma boa análise. 2.1 Custo Fixo São aqueles, cujo montante global permanece inalterado, apesar da variação do nível de atividade da empresa. São aqueles custos que, dentro de uma determinada escala de produção, permanecem constantes não se alterando com as modificações da quantidade produzida. Custo Variável São todos os custos que variam em seu montante global em função da variação do nível de atividade da empresa. São aqueles custos que acompanham o crescimento do volume de produção na mesma proporção ou com a mesma intensidade. São também conhecidos como Custos de Atividade, isto é, aqueles cuja origem é consequência do funcionamento normal da empresa. 2.2 Custo Direto São todos os perfeitamente mensuráveis e identificáveis com o produto, não há necessidade de se utilizar distribuições proporcionais, a apropriação é feita de maneira direta. Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados a cada tipo de bem ou órgão, no momento de sua ocorrência, isto é, estão ligados diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. Custo Indireto São todos os custos que não são perfeitamente mensuráveis ou identificáveis ao produto, e, portanto, dependem do emprego de recursos para sua distribuição aos produtos. Custos indiretos são os custos comuns a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Tal separação é efetuada através de um critério especial, denominado rateio. 2.3 Custo de Produção do Período O custo de produção do período (CPP) é a totalidade de custos incorridos na produção durante determinado período de tempo. É compostos por três elementos: materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 4 | P á g i n a 2.4 Custo Primário Representado pela soma do custo de mão-de-obra direta e de material direto ou matéria-prima. 2.5 Custo de Transformação É o custo total do processo produtivo e é representado pela soma da mão-de- obra direta com os custos indiretos e representa o custo de transformação da matéria-prima em produto acabado. MÉTODOS DE CUSTEIO Temos diversos métodos de apuração de custos, porém na Análise de Custos os principais e mais utilizados pelas organizações são custeio por absorção, custeio variável, custeio padrão e custeio abc (atividade). Todos tem suas vantagens e desvantagens, cabe a cada gestor escolher o que mais se adequada ao sistema gerencial da organização. 3.1 Custeio por Absorção O sistema de custeio por absorção é o sistema que apura o valor dos custos dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção incluindo os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. 3.2 Custeio Variável É um método de custeio usado para alocação apenas dos custos variáveis ao produto. Segundo Leoni "o sistema de custeio variável ou direto é um método que considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço". Segundo Lopes de Sá (1990, p. 108) diz que o custeio variável é "o processo de apuração de custo que exclui os custos fixos". 3.3 Custeio Padrão São custos predeterminados, porém, diferentemente dos custos estimados, são calculados com base em parâmetros operacionais, e utilizados em operações repetitivas de produção, onde não compensaria calcular o custo individual de cada repetição. 5 | P á g i n a .3.4 Custeio ABC (Atividade) O Custeio ABC é um método utilizado para apurar custos por atividade dentro da organização, ele é de grande utilidade para analisar quais atividades consomem mais recursos, possibilitando visualizar as atividades que podem ter uma redução de custos e aperfeiçoar processos tornando-os mais eficientes. A idéia é atribuir custos às atividades e depois atribuir custos das atividades aos produtos. Pois, segundo Martins (2003, p.96) “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ... direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades”. “O primeiro identifica a maneira como as Atividades consomem recursos e serve para custear as atividades, o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A margem de contribuição indica a diferença da Receita menos gastos variáveis (despesas e custos variáveis), e quanto o valor das vendas contribui para o pagamento dos gastos fixos (despesas e custos fixos). O cálculo pode ser feito tanto total, quanto unitário, este possibilita ao gestor conhecer o quanto cada produto contribui, em qual a empresa deve focar seu volume de vendas, qual é o produto mais rentável e qual deve ser cortado da produção ou reinventar uma estratégia para recuperá-lo. Apesar de extremamente importante e de possibilitar tantas análises, o cálculo é simples e seguro desde que haja conhecimento de custos e despesas fixos e variáveis. Sendo feito dessa forma: MCtotal = Receita de vendas – custos e despesas variáveis MCun = Preço de venda – custos e despesas variáveis (de cada produto) 6 | P á g i n a MARKUP Markup é um índice multiplicador sobre o custo direto para a formação do preço de venda, sendo capaz de cobrir todos os custos e ainda garantir a lucratividade perseguida É um método de precificação com base no custo, muito utilizado pela praticidade do cálculo na hora da venda, sendo que o empreendedor pode trabalhar com mais de um Markup para cada produto a depender do lucro estimado. O Markup é composto pelas despesas fixas, despesas variáveis e margem de lucro estimada e será multiplicado pelo preço de custo para a definição do preço de venda. 5.1 - Quem pode utilizar o markup? Toda empresa pode adotar a metodologia do markup para a precificação, no entanto vale ressaltar que em alguns casos a precificação com base nos custos não é a melhor, nessas circunstâncias a precificação deve ser por outra técnica e não pelo markup. Importante mencionar que no Brasil existem vários modelos de enquadramento para o cálculo dos impostos, dessa forma é bom você considerar o enquadramento da sua empresa na hora de calcular o markup, se for o caso utilize dois multiplicadores um antes dos impostos e outro para acrescentar os impostos. 5.2 - Quando adotar o markup? Toda vez que se quiser formar o preço com base no custo. O markup pode ser calculado para cada produto individualmente, essa é a forma mais comum, ou pode ser calculado para aplicação em todos os produtos de forma genérica, sendo assim um único índice para todos os produtos, no entanto, quem trabalha com produtos e segmentos variados sabem que muitas vezes alguns produtos precisam ser precificados com um retorno mais baixo do que gostaríamos para manter a competitividade, e outros oferecem condições mercadológicas para uma lucratividade maior. 7 | P á g i n a O preço desses produtos é ditado pelo mercado, assim em alguns casos, se o preço for acima do preço dos concorrentes não vende, simples assim, em outros casos se o preço for ajustado genericamente o gestor perde a oportunidade de uma maior lucratividade em função de excesso de demanda, por isso é mais aconselhável a aplicação de um markup para cada produto.Muitas empresas utilizam o markup genérico, ou seja, formulado para aplicação em todos os produtos, basta lembrar-se de tomar o cuidado de não inviabilizar a venda de produtos que tenham um mercado muito competitivo ou tornar a empresa inflexível a ponto de não adequar-se ao que o público espera em relação à política de preços. 5.3 - Como calcular o markup por produto? Para o cálculo do markup o ideal é que a empresa se baseie em seu próprio histórico para apuração dos valores que serão utilizados para o cálculo, não sendo isso possível por alguma razão a solução é encontrar o índice praticado no mercado para o segmento ao qual se deseja calcular o markup. Entendendo passo a passo: O primeiro passo é identificar o percentual de despesas variáveis atribuída a cada unidade de produto vendido. O segundo passo é identificar o percentual que representa as despesas fixas do período para cada unidade de produto. O terceiro passo é definir o percentual de lucro pretendido para cada unidade de produto. 8 | P á g i n a CONCLUSÃO A Análise de Custos é totalmente importante dentro do âmbito contábil e financeiro, todas as empresas devem utilizá-la, pois nos dá informações precisas, e com base nessas informações podemos gerenciar e controlar custos dentro da organização e tomar decisões com base em produtos, departamentos, projetos etc. O aprendizado da Análise de Custos cabe a todas as pessoas, desde diretores, contadores, gerentes, até pessoas comuns que não estão ligadas a essas profissões, mas, queiram entender mais sobre seu negócio e como gerenciá-lo de forma precisa para atingir números e objetivos reais. 9 | P á g i n a REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Biasio, Roberto - Apostila Contabilidade de Custos Martins, Eliseu. – Contabilidade de Custos. 9. ed. - São Paulo : Atlas, 2003 CUNHA, Adriano Sérgio da Análise de custos: livro didático /. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2007.
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