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Behaviorismo e a aplicação na prática Psicológica resmo

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Behaviorismo e a aplicação na prática Psicológica
Behaviorismo na Educação
Uma área de aplicação dos conceitos do Behaviorismo tem sido a educação, no estudo e na modificação do comportamento tanto do professor como do aluno para melhor a aprendizagem. O objetivo do estudo de Skiner é relacional, o aprender não é um aprender do aluno, mas é um aprender que está relacionado com as condições de ensino e o manejo de contingências. Ele define que ensinar é arranjar contingências ou reforçamentos. Watson era categórico em afirmar que considerar a transformação do indivíduo por meio do educação era possível
“Dê-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie do mundo que preciso para as educa, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas ao acaso, prepará-la-ei para se tornar um especialista que eu selecionei um médico, um comerciante, um advogado e sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões assim como a profissão e da raça dos seus antecedentes.” (Watson, J. Behaviorismo, Norton, 1925, p. 85)
Transformar o comportamento do aluno, esse é o principal objetivo do Behaviorismo. Exemplo, se o aluno tem um comportamento negativo, a professora executará um condicionamento a ele para que se este se comporte de forma positiva. Do contrário, se o aluno tiver um comportamento positivo, a professora dará uma recompensa, para que ele prossiga nesse comportamento. 
Para extinguir os comportamentos indesejados do aluno, é necessário a punição, isto é, a professora irá chama-lo para um diálogo e caso o procedimento prossiga, a punição poderá ser em forma de retirar o intervalo, ou colocá-lo na cadeira da disciplina. E para o reforçamento do comportamento desejado, a professora elogiará o desempenho do aluno.
Um comportamento fortalecido numa dada situação estimuladora provavelmente ocorrerá em outras situações, assim uma resposta adquirida numa situação não precisará ser reaprendida em situações similares e a tendência do comportamento é a generalização. Esse princípio é fundamental quando precisamos na aprendizagem da escola, nós aprendemos na escola alguns conceitos básicos, e graças a generalização podemos inserir esse aprendizado para várias situações.
Análise do Comportamento
A Análise do Comportamento trouxe uma nova perspectiva para a Psicologia, isto é, diante das alternativas escolares, linhas de atuação, procedimentos adotados que o psicólogo já dispunha apareceu uma nova contribuição quer como forma de pesquisar, quer como forma de elaborar o conhecimento, quer como forma de aplicação. O Analista do Comportamento é um Psicólogo que atua embasado na teoria Comportamental que chamou-se Behaviorismo, estes profissionais analisam a função dos comportamentos. Skiner num segundo momento de suas preocupações com a análise do comportamento ele sinteticamente fez elaborações conceituais e trouxe como proposta uma concepção de homem que diverge fundamentalmente das concepções tradicionais. Basicamente as condições que vingam e são desenvolvidas na Psicologia são visões de um homem dualista com forte ênfase no papel da mente, como determinantes de ações, como determinantes de sofrimentos.
Skiner traz uma proposta revolucionária, o homem estudado como um objeto da natureza, como tal despojando desta dualidade mente/corpo, O Behaviorismo Skineriano estuda basicamente a interação do homem com o meio ambiente, esse estudo envolve tanto as condições presentes, como as condições passadas, ou seja, as histórias de contingências.
Como outras áreas a Análise do Comportamento produz conhecimento, produz dados a partir desses estudos controlados, e também produz a pesquisa em análise experimental do comportamento. Ela é uma ponte produtora de conhecimento de como as pessoas e os organismos se relacionam com a ambiente de uma maneira geral.
Ao contrário do que se diz sobre a análise do comportamento não existe uma postura mecanicista o antecedente qual o reflexo produz o comportamento, a posição Skineriana busca explicações no modelo Darwiniano, o indivíduo se comporta e esse comportamento produz consequência, e essas consequências selecionam os comportamentos, os fortalecem ou enfraquecem. A ideia de Skiner é que uma proposta científica prevê a capacidade do profissional em Psicologia de prever e controlar comportamento, trazendo para a prática clínica, isso significa que o sofrimento humano pode ser previsto, como o indivíduo pode ter atitude que são chamadas de preventivas. Por exemplo, pela observação de como os pais lidam com uma criança, podemos prever que tipo de problemas essa criança vai ter no seu desenvolvimento. Com base nessa análise, poderá se desenvolver programas preventivos que evitariam dificuldades comportamentais e afetivas claramente passíveis. Nesse sentido a previsão tem uma função muito importante para a Análise do Comportamento.
Uma vez que instalados problemas, crises emocionais, dificuldades afetivas, o profissional teria condições de atuar para modificar esse sofrimento, assim caso seja possível evita-se e se não foi evitado, o profissional poderá atuar de uma forma para alterá-lo.
Os conhecimentos provenientes do Analista do Comportamento seja aquele produzido no Brasil ou fora, tem uma aplicabilidade extensa em diversas áreas, são elas: na área clínica, na hospitalar, na área aplicada a transtorno especiais do desenvolvimento, na área esportiva, na organizacional, ou seja, em aspectos como um campo produtos de conhecimento e acumulador de conhecimento dentro da ciência ela contribui nesse sentido.
Os princípios da Análise do Comportamento se aplicam em qualquer contexto, os escritos de Skiner baseava-se na concepção de homem, conceitos muito desafiadores respeito da preocupação com o social, sobre a educação, a prevenção e a preocupação com o meio ambiente.
Terapia Comportamental
A terapia comportamental de cunho behaviorista radical, no Brasil, se encaixa perfeitamente no conceito da Análise Clínica do Comportamento. Os seus defensores rejeitam a noção de causas mentais, mas prestam bastante atenção a eventos privados e ao papel do controle verbal. Eles atuam preferencialmente usando a própria situação terapêutica, como ambiente natural, modelando os comportamentos verbais do cliente enquanto ocorrem, analisando as contingências das trocas interpessoais dentro da própria terapia, em função dos problemas do cliente (Guilhardi e Queiroz, 1997; Banaco, 1997; Delitti, 1997).
A Terapia Comportamental também é uma instrumento do Behaviorismo, o terapeuta comportamental reorganiza do ambiente, sua função é construir conhecimentos e modelar comportamentos. Quem colocou na prática as ideias de Watson e Rayner (1920) sobre a aplicação clínica do condicionamento clássico às emoções foi Mary Cover Jones (1924). Ela se tornou a primeira terapeuta comportamental, com seus tratamentos de problemas de ansiedade em crianças. Na Terapia Comportamental três alvos são fundamentais para esse trabalho: o autocontrole, as tomadas de decisões e a solução de problemas, trabalha-se nessa terapia a Análise do Comportamentos encobertos, e também dos abertos de duas pessoas: do paciente e do terapeuta. Podemos dizer que os Comportamentos encobertos são atividades de um organismo como sonhar, pensar, sentir, intuir, o paciente acredita que esses comportamentos são a causa dos seus problemas, por isso uma das principais tarefas do Terapeuta é conseguir levar esta pessoa a perceber como seus comportamentos encobertos são apenas um elo da contingência tríplice a ser analisada, isto é, o Terapeuta vai criar condições para a discriminação das contingências que controlam os comportamentos, essa é a condição básica para a eficácia do processo terapêutico, logo o indivíduo estará apto a modificar seu comportamento e/ou ampliar seu repertório.
Segundo Skiner (1969), o comportamento é uma interação entre indivíduo e ambiente. A unidade básica de análise do comportamento é a contingência de três termos: a formulação das interações entre um organismoe seu meio ambiente, para ser adequada, deve sempre especificar: 1) a ocasião na qual ocorrei a resposta, 2) a própria resposta e 3) as consequências.
O terapeuta precisa estar sensível a cada uma das múltiplas contingências que modelam e mantêm seu comportamento pois o seu papel fundamental é criar condições para que o paciente entre em contato com essas contingências atuantes em sua vida, para que consiga ficar sob controle de si mesmo e não de contingências que frequentemente são identificadas, mantendo assim sua relação de cumplicidade com o paciente na busca por uma vida melhor para ele.

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