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O filme se trata de 12 homens que são jurados de um caso de assassinato em primeiro grau, onde um garoto de 18 anos é acusado de matar seu pai com uma facada. Caso fosse julgado culpado ele seria morto na cadeira elétrica, a primeira votação do julgamento foram 11 pessoas que votaram como culpado e um como inocente, onde começou a discórdia entre todos e a discussão do caso. Contaram a história do acusado. O garoto nasceu em uma favela, a mãe morreu quando ele tinha oito anos, viveu um ano e meio em um orfanato, depois conheceu seu pai que foi preso por falsa criação. Era espancado por seu pai constantemente, onde havia a suspeita dele ter cometido o crime. Então o líder do grupo, pediu para que cada um dissesse sua posição e o porquê. O primeiro homem começou dizendo que ele é culpado, pois ninguém provou o contrário. O segundo, disse sobre o depoimento do senhor que era testemunha do caso. “O velho morava no andar debaixo onde ocorreu o crime, dez minutos depois da meia noite, depois do assassinato ele disse que ouviu ruídos que parecia uma luta, depois ouviu o garoto gritar: “eu vou mata-lo”, segundo depois ouviu um corpo cair no chão, correu para atrás da porta, abriu, viu o garoto correr escada a baixo, chamou a polícia e encontrou o homem com a faca no peito. O legista confirmou o horário do crime, então é culpado.” O terceiro, disse sobre o depoimento do garoto. “O menino disse que estava no cinema na hora do crime e uma hora mais tarde ele não se lembra o nome do filme, nem quem era os artistas, ninguém o viu entrar ou sair do cinema”. Um homem o interrompeu e disse: “Uma mulher que estava deitada na cama e não conseguia dormir porque estava morrendo de calor, olhou pela janela e do outro lado da rua viu o garoto cravando a faca em seu pai, era por volta meia noite tudo se encaixa, ela o conhecia desde que nasceu a janela é fronte a dela, através da janela de um trem”. O quinto homem não quis falar. O sexto homem disse: “O menino não me convenceu e estou procurando motivos, o testemunho das pessoas do corredor do apartamento é muito importante, ouviram discussão entre o garoto e seu pai”. O sétimo foi contou um pouco mais sobre a história do acusado: “O garoto não tem condição, esteve no juizado de menores, jogou uma pedra no professor, aos 15 anos roubou um carro, detido duas vezes por briga, dizem que é um garotinho muito bom”. O homem que defendeu o garoto desde o começo disse: “Desde os 5 anos o pai batia nele constantemente, só tinha os punhos para se defender”. O oitavo foi muito preconceituoso e falou: “Ele nasceu em favela, favelas são ótimos lugares para marginais, sei disso e vocês também. Crianças em favelas são prejudiciais para a sociedade, crianças que saem desses lugares não valem nada”. Quiseram que o homem que dizia que o garoto era inocente, falasse sobre o seu ponto de vista, então: “Eu assisti aos seis dias de julgamento e todo mundo foi tão positivo, que comecei a pensar em particular, que nada é tão positivo assim, havia muitas pergunta que gostaria de fazer. Senti que o advogado de defesa deixou muitas coisas pequenas passar. Vou me colocar no lugar do garoto agora, eu pediria outro advogado, iria querer que colocasse as testemunhas de acusação em frangalho, houve uma testemunha convicta do assassinato, outra pessoa diz ter ouvido ele, mas nenhuma das testemunhas tem uma base dessa acusação.” Alguém perguntou sobre a faca que o garoto admitiu ter comprado naquele dia e pediram para ver a prova, enquanto isso retomaram a cena descrita no júri. O garoto havia dito que ele saiu as oito da noite, após ter sido socado várias vezes pelo pai, foi diretamente para a loja de quinquilharias, comprou uma faca de mola, que tinha o punho muito cavado e uma lâmina, o dono da loja disse que era o único tipo que ele tinha em estoque, encontrou uns amigos, as oito e quarenta e cinco, ele conversou com eles durante uma hora e os deixou as nove e quarenta e cinco e nesse momento viram a faca de mola, que foi identificada pelos mesmos no tribunal. Sendo assim o garoto teria chegado as dez da noite. Porém a versão do garoto é diferente da acusação, ele disse que foi ao cinema ás onze e meia da noite e voltou as três e dez da manhã, encontrando o pai morto e sendo preso. Contou que a faca caiu de seu bolso nesse tempo e nunca mais a viu novamente. A faca chegou e disseram que as impressões digitais foram limpadas, que ele teve tempo suficiente de limpar. O homem que diz que o menino é inocente, disse que poderia ser coincidência outra pessoa ter matado com uma faca parecida e tirou a faca igual a da prova de acusação, que comprou duas quadras perto da casa do garoto e que custou seis dólares. Houve uma discussão sobre ser possível ou não ter sido outra pessoa e foi pedido uma votação secreta em um papel pelo mesmo, se tivesse onze votos dizendo culpado, votaria como culpado. Porém se houvesse mais alguém que votasse inocente, eles iriam discutir. A votação ficou dez contra dois, se assustaram e começaram a achar ruim de mais um ter votado inocente. Foi retomado as histórias dos testemunhos pelo cara que disse desde o início que o garoto era inocente: “O velho diz que ouviu o garoto gritar “eu vou mata-lo”, um segundo depois. Ouvimos uma mulher jurar, que olhou pela janela e viu o assassino através dos dois últimos carros do trem que passava”. Começaram a discutir sobre o tempo que cada carro de tem demorava a passar e chegaram em um consenso de dez segundos. Após isso pensou que seria impossível identificar a voz do menino com o barulho do trem passando, afinal é um barulho alto e insuportável. O outro que votou como inocente disse que, o velho poderia ter dito isso por atenção, afinal era um velho apagado, que ninguém se lembrava e de repente se tornou importante, ele poderia acreditar que realmente foi a voz do menino que gritou no meio disso tudo. Outra votação foi pedida e ficou nove contra três para culpado. Começaram a falar sobre o porquê do menino ter voltado para casa, já que ela sabia que seria preso. Houve hipóteses de ir pegar a faca para não comparar com a que ele havia comprado. Outra votação e ficou oito a quatro. Fizeram uma “reconstituição” do que o velho disse, sobre o tempo que era de quinze segundos, mas a perna dele é machucado, anda arrastando a perna esquerda, onde refizeram o caminho e deu um total de quarenta e um segundos, então o homem não conseguiu ver o garoto correndo pelas escadas e pensou que foi ele quem gritou. Houve uma votação em aberto, onde ficou seis a seis. Houve pensamentos sobre o menino não conseguir lembrar do nome do filme, ou dos artistas, com tanta tensão emocional. Depois sobre a altura, o pai e o menino tem uma diferença de vinte e sete centímetros, onde o menino teria dificuldade para esfaqueá-lo. Um home que entendia sobre brigas de facas, sabendo que o menino também entendia não teria matado o pai daquele modo com a faca. Outra votação nove contra três para inocente. Repararam que um dos jurados, tinha a mesma marca de óculos da mulher que disse ter visto o menino matar o pai, onde descobriram que ela usava óculos e por acabar de levantar da cama, olhar pela janela não teria dado tempo de pegar os óculos e ver o assassinato, confirmando ser o garoto. Nova votação de onze contra um para inocente. O único que mantinha sua posição, de que o garoto era culpado disse que o seu argumento era, tudo o que já tinha visto no júri de acusação. Mas ele na verdade estava projetando a raiva de seu filho no caso, fazia dois anos que não conversavam, rasgou a foto dos dois juntos, chorou e disse que o garotoera inocente. Todo seguiram sua vida normalmente, o garoto foi dado como inocente. RELAÇÃO DE FILME COM TEORIA A teoria que escolhi a de Kurt Lewin e com progressos de W. C. Schutz, é “Comunicação humana e as relações interpessoais”. Lewin fala que deve ser mudado o modo como nos comunicamos, que todos devem estar de acordo em participar e com vontade de aprender a comunicar de modo autêntico. Ele e seus colaboradores, perceberam que eram inautênticos, pois não havia como base uma comunicação aberta entre eles, além de haver bloqueios, que gerava zona de silêncio, que comprometiam as próprias comunicações que chegavam de estabelecer entre eles. E isso é que aconteceu no começo do filme, onze pessoas com um pensamento, um com pensamento diferente e começaram a discutir sem ter um diálogo, havia homens que não queriam falar, a conversa foi criando diálogos aos poucos, conforme foram se entendendo. Schutz diz que há três necessidades interpessoais: necessidade de inclusão, a necessidade de controle e a necessidade de afeição. Duas delas foram identificadas no filme, a necessidade de inclusão e de controle. Ele diz que na necessidade de inclusão que, o membro em se perceber e se sentir aceito, integrado, valorizado, pelo grupo. Que é o que o homem que diz desde o começo do filme que o garoto era inocente, tentava mostrar que suas ideias eram importantes, que se tratava da vida de um menino, que ele queria ser ouvido e mostrar os seus pontos de vista e que todos pudessem ouvir e respeitar. Necessidade de controle ele diz que, os que se sentem rejeitados, mantidos a margem das responsabilidades no grupo, tendem a querer o poder e até mesmo assumir sozinhos o controle do grupo. Isso foi notado em um homem que disse que o menino era culpado do início ao fim, foi o último a mudar sua opinião, ele tentou o filme todo manter o grupo em suas mãos, mostrando o quando o garoto era culpado e ele teria de ir para a cadeira elétrica, porém os que estavam com ele foram convencidos de que o menino era inocente, se viu sozinho e se rendeu após um surto. Kurt Lewin, fala sobre bloqueios, filtragens e ruídos. Ele diz que os bloqueios e as filtragens em vias de se cristalizar, normalmente são inconscientes para as pessoas, assim as comunicações são prejudicadas, é raro conseguir restabelecer por eles mesmos o contato psicológico rompido ou inexistente. É como se tivesse que acontecer algum fenômeno da natureza, para que eles se tornem lúcidos e fazer com que liberem o que está dentro deles, que os impede de comunicar um com o outro. Isso aconteceu no filme, houve muitos bloqueios dos homens, muitas filtragens também, pois cada um filtrou o que achava melhor. Foi acontecendo conforme um falava, o outro rebatia, havia muita pressão, alguns deles faziam pressão para falar, onde aconteciam os bloqueios. Em geral, Lewin fala das formas de comunicação e de como elas funcionam, se conduzem e tem amostra disso no filme. Se prestarmos atenção, desde o início a conversa era diferente, eram brigas, conforme passaram o tempo juntos e viram que aquilo era algo realmente sério, começaram a dialogar melhor, ainda havendo brigas e discussões, mas que conseguiram se entender e chegar a um consenso.
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