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FACULDADE ASSIS GURGACZ 
DAYANE WIECZORKOWSKI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE NUTRICIONAL E DE ROTULAGEM EM SUPLEMENTOS PROTEICOS 
PARA ATLETAS A BASE DE SORO DO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASCAVEL 
2015 
 
 
 
FACULDADE ASSIS GURGACZ 
DAYANE WIECZORKOWSKI 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE NUTRICIONAL E DE ROTULAGEM EM SUPLEMENTOS PROTEICOS 
PARA ATLETAS A BASE DE SORO DO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a Faculdade Assis Gurgacz, FAG, 
Curso de Farmácia. 
Professor Orientador: Patricia Stadler Rosa 
Lucca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASCAVEL 
2015 
 
 
 
DAYANE WIECZORKOWSKI 
 
 
ANÁLISE NUTRICIONAL E DE ROTULAGEM EM SUPLEMENTOS PROTEICOS 
PARA ATLETAS A BASE DE SORO DO LEITE 
 
 
Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob orientação da Professora 
Patrícia Stadler Rosa Lucca. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
__________________________ 
Patrícia Stadler Rosa Lucca 
Faculdade Assis Gurgacz 
 
 
__________________________ 
Giovane Douglas Zanin 
 Faculdade Assis Gurgacz 
 
 
__________________________ 
Jacqueline Godinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cascavel/PR., 09 de Junho de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridade, 
os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridade e corra riscos para 
executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenhas medo 
dos tropeços da jornada. Não podemos esquecer que nós, ainda que incompleto, fomos o 
maior aventureiro da história.” 
 
Augusto Cury 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
A Deus, pela proteção e benção nessa etapa da vida, na qual um sonho que se concretiza. 
Dedico aos meus pais e irmão, os quais incansavelmente me acolheram em seus braços e com 
uma simples palavra ajudaram-me a continuar essa batalha. Obrigada pelo amor, apoio e 
compreensão durante toda essa etapa. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por sempre estar comigo nos momentos de 
angústia e de desânimo; quando pensei que não iria conseguir sempre encontrei em ti aquela 
“força” que me moveu para estar aqui hoje; mostrando-me que eu era forte perante qualquer 
coisa que acontecesse em meu caminho. Por todas as graças concedidas: Obrigado Senhor! 
Aos meus Pais; Irma e Dirceu e meu irmão Diego, pelas palavras de coragem e 
constante apoio em toda a trajetória desta batalha; aqueles que me esperaram até altas horas, 
que rezaram para que eu estivesse bem e que me acolheram em todos os momentos que 
precisei. Sem vocês, não teria sido possível. 
Ao meu namorado, que esteve comigo durante estes passos, me mostrando que a vida 
não é um mar de rosas, mas que podemos juntar nossas forças e ser cada dia melhores juntos 
em nossos planos. A ele o agradecimento pelo apoio nos momentos de angústia e pela ajuda 
proporcionada. 
Aos meus avôs paternos: Constante (in memorian); o qual perdi durante esta trajetória; 
mas sei que aí do céu mandou seus anjos para me protegerem continuando com seu plano de 
pessoa amada. Também pela avó: Bárbara e avó materna: Dolfina; pelas orações que me 
fortaleceram a cada dia. 
Aos amigos que fiz durante este tempo; às amizades dignas de se carregar para a vida 
toda: Claudia Mara Dessanti, Pithieli Damiani; obrigada por me ouvirem nas horas que mais 
precisei, por aqueles conselhos de amigas, irmãs que jamais vou esquecer. Vocês, concerteza 
conquistaram um lugar especial em meu coração; o qual quero que ocupem por todo o tempo 
de minha vida. 
Aos meus amigos, que desde a infância me conhecem e souberam o que precisei para 
que fosse uma pessoa melhor, aqueles que doaram um pouco de sua felicidade para que a 
minha força ficasse ainda maior. Este momento de festa são a vocês as pessoas em que quero 
retribuir e dividir um pouco da minha imensa alegria. 
À minha orientadora Patricia Stadler Rosa Lucca pela competência e incentivo durante 
todo o período acadêmico. 
Aos colaboradores, Dermânio Tadeu Lima Ferreira e Eleone Tozzo Guzzi, pelo 
auxílio durante as análises, meus sinceros agradecimentos. 
Enfim, a todos os professores da Faculdade Assis Gurgacz que participaram da 
construção do conhecimento; ao professor Giovane, pelas "chamadas de atenção"; as quais 
foram necessárias para concluir a graduação. 
 
 
SUMÁRIO 
1.REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................................07 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................23 
2.ARTIGO...............................................................................................................................30 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................44 
ANEXO I – TABELA DE RESULTADOS...........................................................................47 
ANEXO II - NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA........................................................48
7 
 
 
1. REVISÃO DA LITERATURA 
 
O ORGANISMO HUMANO E A ATIVIDADE FÍSICA 
 
No mundo moderno, com as tecnologias e avanços sociais, as práticas de atividades 
físicas ganharam um espaço importante na preocupação de manter a saúde do corpo humano. 
Com isso se confirmou o velho princípio: “a atividade física constitui uma parte integral da 
vida humana e o homem necessita dessa prática para manter-se sadio” (MAHN, 2004). 
Ser saudável não é somente deixar de apresentar doenças, mas envolve uma grande 
variedade de características do comportamento do ser humano, ligados a um estado de 
completo bem-estar físico, mental e social (PITANGA, 2002). 
Pesquisas sobre as adaptações do organismo nas funções musculares, pela atividade 
física; têm avançado muito nos últimos tempos, pois possibilitam melhora significativa do 
desempenho e nos padrões fisiológicos. Estas demonstraram exibir melhorias na capacidade 
funcional relacionadas com o transporte de oxigênio para as células, e efeitos favoráveis para 
as funções cardíacas (SILVA, 2014). 
Para Nahas (2003), a atividade física regular, reduz o risco de uma pessoa desenvolver 
algumas doenças cardiovasculares, ajuda no controle da pressão arterial, auxilia no controle 
de peso corporal e o bem-estar psicológico, dentre outros. Alguns estudos, como o de Araújo 
(2002), reforçam a idéia de que a prática regular de atividades físicas contribui para a 
melhoria da qualidade de vida das pessoas agindo nos níveis de sociabilidade. 
Com relação à obesidade, o estudo realizado por Negrão et al., (2001), destacou que a 
dieta associada ao treinamento físico gera a perda somente da massa gorda, ao contrário da 
dieta isolada que associa-se a perda da massa magra. Outro fator de destaque promovido por 
esta associação foi a melhora expressiva na sensibilidade à insulina, quando comparada a 
dieta isolada. O exercício aumenta a biodisponibilidade de óxido nítrico e com isso o fluxo 
sanguíneo muscular em indivíduos obesos(TROMBETTA et al., 2003). 
O exercício físico é uma situação que retira o organismo da sua homeostase, pois 
implica no aumento da demanda energética sob a musculatura exercitada e, 
conseqüentemente, no organismo todo. Assim, para suprir essa nova demanda metabólica, 
ocorrem várias adaptações fisiológicas dentre elas a função cardiovascular (BRUM et al., 
2004). Segundo Panza (2007), tais alterações fisiológicas e os desgastes nutricionais gerados 
pelo esforço físico podem levar ao atleta ao limiar de saúde e da doença. Por isso o 
8 
 
 
estabelecimento de um consumo energético e nutricional adequado é essencial para o 
desempenho atlético. 
Em relação aos tipos de exercícios, podemos caracterizar dois principais: exercícios 
dinâmicos ou isotônicos (onde há uma contração muscular, seguida de movimento articular) e 
estáticos ou isométricos (onde há contração muscular sem movimento articular) e cada um 
desses exercícios demandam de respostas distintas (FORJAZ; TINUCCI, 2000). 
As respostas aos estímulos do corpo são, portanto, maiores quanto maior for a 
intensidade do exercício e não se alteram com a duração do exercício. Em conseqüência disso, 
quanto maior for a massa muscular exercitada durante o exercício realizado de uma forma 
dinâmica, maior também é o aumento da freqüência cardíaca e menor é o aumento da pressão 
arterial (FORJAZ; TINUCCI, 2000). 
Segundo estudo feito por Rezk (2004); a queda da pressão arterial em indivíduos após 
a realização de exercícios físicos se dá por meio de redução do débito cardíaco pela 
diminuição do volume sistólico, sendo que essa queda não é compensada pelo aumento da 
resistência vascular periférica (SANTOS; GONÇALVES, 2011). 
A prática adequada e regular de exercício físico deve ser recomendada para a 
prevenção e tratamento da hipertensão arterial. Os exercícios físicos podem ser associados ao 
tratamento farmacológico, reduzindo os efeitos adversos e os custos para o paciente 
(RONDON; BRUM, 2003). 
O exercício físico pode ser utilizado como uma das ferramentas não medicamentosas 
mais acessíveis e eficientes pela população para a promoção e manutenção da saúde (ABAD 
et al., 2010). Estudos sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada, atua na 
redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas 
como as cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, doenças respiratórias, dentre 
outras. São relatados efeitos positivos no processo de envelhecimento, no controle da 
obesidade e em alguns tipos de câncer (ASSUMPÇÃO; MORAIS; FONTOURA, 2002). 
Em indivíduos em tratamento da dependência do álcool, recomenda-se a execução de 
exercícios sempre que possível, pois o exercício físico além de induzir a melhora do 
organismo, também melhora as funções corporais diretamente afetadas pelo uso abusivo do 
álcool, como o metabolismo hepático e as funções cognitivas. Isto porque, o exercício 
aumenta a atividade das enzimas hepáticas envolvidas no metabolismo do álcool e o seu 
clearance sanguíneo, aumentando a sua metabolização (MELLO et al., 2005). 
A transferência de energia dos alimentos dentro do organismo se processa através de 
milhares de reações químicas complexas que necessitam de macronutrientes, micronutrientes 
9 
 
 
e oxigênio. Dois sistemas fornecem energia para o organismo, um dependente do oxigênio e 
outro independente do oxigênio. Porém o maior uso de um sistema ou outro; dependem da 
duração, intensidade e tipo de atividade física (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015). 
A procura por recursos que aumentam a performance durante as atividades físicas, faz 
com que as pessoas consumam suplementos, os quais proporcionam aumento da força e 
ganho de massa muscular em curto período de tempo com prevenção do cansaço muscular 
(JESUS e SILVA, 2008; ALVES, 2002). Os suplementos protéicos são os mais populares 
entre os praticantes das atividades físicas com a finalidade de aumentar a massa magra 
(American Dietetic Association Dietitian of Canadá, 2012), porém o uso indiscriminado 
desses suplementos podem acarretar danos a saúde, uma vez que o excesso de proteína será 
convertido e armazenado na forma de gordura (ALVAREZ; BRASIOLI e NABHOLS, 2007). 
A sua utilização indevida pode trazer: desequilíbrio, antagonismo e toxidez (ALVES; 
NAVARRO, 2010). 
 
 
SUPLEMENTAÇÃO ESPORTIVA 
 
A busca incansável pela qualidade de vida e por um corpo adequado ao padrão 
estético, presente na sociedade e na mídia, faz com que pessoas de diferentes classes sociais 
passem a realizar exercícios físicos em academia entre eles, diversas modalidades esportivas, 
além de provocar o interesse por hábitos saudáveis, que muitas vezes evolui para o uso de 
suplementos alimentares (SILVA et al., 2008). 
Os praticantes de atividades físicas buscam suplementação para melhorar o 
desempenho das suas atividades e alcançar com rapidez os seus objetivos do corpo (LIMA; 
LIMA, 2013). Isso porque durante a prática de exercícios, o organismo utiliza os substratos 
para a obtenção de energia, sendo eles: carboidratos, lipídeos e proteínas (LAPIN et al., 
2007). 
A seguir, no quadro 1, destaca-se a importância dos substratos para a obtenção de 
energia. 
 
Quadro 1. Importantes papéis das vitaminas no metabolis mo energético 
10 
 
 
 
Fonte: (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015) 
 
Por definição, suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar 
a dieta diária de uma pessoa saudável, com as calorias e nutrientes necessárias, ou quando a 
dieta requer suplementação (RESOLUÇÃO-CFN380/2005). Este produto, para ser 
considerado suplemento; obrigatoriamente deve conter um dos seguintes ingredientes em sua 
composição: vitaminas, minerais, ervas, aminoácidos, enzimas, dentre outros (VERONEZ, 
2012). 
A suplementação protéica é amplamente utilizada com o objetivo de hipertrofia 
muscular, pelo aumento da secção transversa do músculo, ou seja, aumento do tamanho e 
número de filamentos de actina e miosina e, adição de sarcômeros dentro das fibras 
musculares já existentes (MORAIS et al., 2008). 
De uma forma geral, os suplementos são utilizados para atender e melhorar alguns 
aspectos do desempenho físico, como: aumentar a massa muscular, reduzir a gordura 
corporal, prolongar a resistência, melhorar a recuperação do músculo e ainda promover 
melhor rendimento esportivo. Também auxilia na perda de peso; melhora a estética corporal e 
diminui os efeitos adversos do envelhecimento (TAKINAMI et al., 2013). 
Nos Estados Unidos, o FDA é responsável por tomar medidas contra qualquer risco 
após o produto ser comercializado. Suas responsabilidades incluem a verificação da 
rotulagem, registros de possíveis efeitos adversos e acompanhamento científico dos produtos, 
11 
 
 
através de um conjunto de regras específicas diferentes de alimentos convencionais 
(LINHARES et al., 2013). 
Já no Brasil, o órgão responsável pelo controle efetivo, normatização, aperfeiçoamento 
e identidade dessas substâncias é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do 
Ministério da Saúde, onde sua regulamentação é fixada através da Portaria n° 32/1998. Esta 
estabelece que os suplementos vitamínicos e ou de minerais, são alimentos que servem apenas 
como complementação, com os nutrientes oferecidos para uma dieta diária de uma pessoa 
saudável, sendo necessária somente para pessoas em que a dieta recomendável seja deficiente 
ou quando necessitar de uma suplementação (ANVISA, 1998). 
Segundo a Portaria nº 222/1998; que define os produtos como suplementos dietéticos 
para praticantes de atividades físicas, os suplementos são classificados como: 
-Repositores hidroeletrolíticos: produto com concentraçãode eletrólitos, que atua 
como repositor eletrolítico decorrente da atividade física. 
-Repositores energéticos: produtos elaborados com nutrientes para a manutenção do 
nível de energia, onde a adição de aminoácidos, vitaminas e minerais é opcional e os 
carboidratos devem constituir 90% dos constituintes. 
-Alimentos protéicos: predominam as proteínas hidrolisadas ou não com o propósito 
de aumentar a digestão dos nutrientes ou complementares à dieta dos atletas. Neste produto, 
pelo menos 65% das proteínas devem ser de alto valor biológico e a adição de aminoácidos só 
será permitida com o intuito de repor as perdas que podem ocorrer. 
-Alimentos compensadores: produtos de formas variadas, utilizados na adequação de 
nutrientes da dieta dos praticantes de atividades físicas. 
-Aminoácidos de cadeia ramificada: são produzidos a partir de aminoácidos: valina, 
leucina e isoleucina. Devem possuir no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da 
formulação, fornecendo assim, 100% da necessidade diária de acordo com o IDR. 
Em seguida, com classificação mais específica, segundo a RDC18/2010, os 
suplementos protéicos passaram a ser considerados alimentos para atletas, ficando revogadas 
as portarias anteriores. Nesse novo grupo foram incluídos, além da proteína, os suplementos 
energéticos, hidroeletrolíticos, substitutos parciais de refeições, creatina, cafeína e outros que 
podem ser autorizadas desde que haja segurança no uso e eficácia cientificamente 
comprovada. 
O consumo de produtos com fins específicos para praticantes de atividades físicas 
cresceu muito nos últimos anos no Brasil e no mundo. A maioria dos consumidores, não são 
orientados por profissionais nutricionistas (RAMOS, 2001). Devido à falta de orientação 
12 
 
 
apropriada, muitos indivíduos consomem suplementos esportivos de maneira errônea, o que 
pode agravar algumas desordens na saúde, pois a suplementação deve ser baseada em uma 
adequação do consumo alimentar, definição do tempo de utilização da suplementação e 
reavaliação sistemática do estado nutricional e do plano alimentar (BRASIL, 2006b). 
Atualmente existe uma grande quantidade de suplementos esportivos disponíveis no 
mercado, o qual, certamente, é um fator que dificulta o entendimento adequado sobre os 
verdadeiros benefícios dos suplementos nutricionais no esporte (MOREIRA et al., 2013). 
Essa grande gama disponível no mercado brasileiro promete desde melhoras na saúde até 
melhorias no desempenho. Infelizmente, muitos desses produtos, não tem uma base legítima 
(WILLIAMS, 2002). 
Uma pesquisa realizada na Universidade Paranaense mostrou que a informação à 
disposição do consumidor precisa ser de fácil entendimento. Mais de 58% dos entrevistados 
disseram ter algum tipo de dificuldade para entender o significado da informação nutricional, 
24,4% afirmaram que não compreendem e apenas 17,2% disseram entender as informações 
dos rótulos (BRASIL, 2010). 
Muitas questões importantes sobre o consumo de suplementos ainda precisam ser 
respondidas. O que se percebe é a grande falta de informação sobre o assunto, até mesmo nos 
diversos meios de comunicação, que remetem as mais variadas dúvidas quanto ao seu uso 
(BARBOSA et al., 2002). 
 
 
PROTEÍNA 
 
As proteínas são polímeros resultantes da desidratação de aminoácidos, e cada resíduo 
de aminoácido liga-se a seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2000). 
Duas moléculas de aminoácidos podem ser unidas por meio de uma ligação amida 
substituída, chamada de ligação peptídica para formar um dipeptídeo. Tal ligação é formada 
por remoção dos elementos da água de um grupo alfa-carboxila de um aminoácido e de um 
grupo alfa-amino de outro. Quando um pequeno número de aminoácidos é reunido dessa 
forma, a estrutura e chamada de oligopeptídeo e, quando muitos aminoácidos são reunidos, o 
produto é chamado de polipeptídeo. As proteínas podem ter milhares de unidades de 
aminoácidos. Embora os termos “proteína” possam ser, algumas vezes, intercambiáveis as 
13 
 
 
moléculas referidas como polipeptídeos geralmente tem peso molecular abaixo de 10.000 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2000). 
As proteínas foram descobertas no século XIX através de estudos realizados com 
sangue e ovos. O material orgânico mais utilizado eram as claras dos ovos de aves, as quais se 
solidificavam quando expostas ao aquecimento. Portanto, essas substâncias originadas pela 
solidificação, eram chamadas de albuminóides por terem características parecidas com o 
albúmen (FOOD AND INGREDIENTS, 2012). 
Embora as proteínas variem muito o seu peso molecular e forma, a maioria delas nos 
líquidos existentes no organismo tem peso molecular de mesma ordem e não desviam da sua 
forma esférica ou elipsóide. Portanto, se apresentam como compostos orgânicos de alto peso 
molecular sendo formadas pelo encadeamento de aminoácidos. Representam cerca de 50 a 
80% do peso seco da célula; sendo, portanto, o composto orgânico mais abundante (FOOD 
AND INGREDIENTS, 2012). 
As funções das proteínas incluem suporte estrutural, proteção, transporte, catálise, 
defesa, regulação e movimento. As subunidades monoméricas das proteínas são cerca de vinte 
aminoácidos. A composição de uma proteína varia de tamanho desde pequenas até moléculas 
enormes e consistem de relativas quantidades de aminoácidos que são dobradas em forma 
tridimensional, fornecendo um ambiente químico e fís ico que influencia o modo em que as 
moléculas interagem com a proteína. Existem quatro níveis da estrutura de proteínas: 
primária, secundária, terciária e quaternária. Sua sequência consiste em um aminoácido e um 
peptídeo. Os aminoácidos têm um grupo funcional amino ligados ao mesmo átomo de 
carbono alfa (SADAVA et al., 2009). 
As proteínas juntamente com os ácidos nucléicos, estão diretamente relacionadas com 
o controle das funções celulares, catalisadores de funções biológicas, motilidade, reguladoras 
e proteínas de defesa do organismo, como os anticorpos, o fibrinogênio e a trombina. Em cada 
célula existem vários tipos de proteínas, cada uma cumprindo uma função específica. O papel 
principal das proteínas está no fato da informação genética ser expressa em proteínas. Para 
cada proteína existe um gene que codifica uma seqüência específica de aminoácidos 
(SNUSTAD; SIMMONS, 2008). Estas encontram-se em diversos tipos de alimentos e, 
quando ingeridas, são absorvidas para desempenhar funções no organismo, seja na 
composição do músculo, propiciando a sua contração, na defesa do organismo ou na 
transformação em energia (FOOD AND INGREDIENTS, 2012). 
14 
 
 
Para Garrett (2003), as proteínas além de servirem de substratos para o crescimento e 
desenvolvimento do organismo, quando ingeridas em quantidades levam ao fornecimento de 
energia. 
Com a clivagem de suas ligações peptídicas, as proteínas são transformadas em 
peptídeos de diferentes tamanhos e em aminoácidos livres. Com isso, a diminuição da massa 
molecular é responsável pela melhora de parâmetros biológicos, tais como: digestibilidade e 
utilização protéica (MARTINS et al., 2009). 
As proteínas, gorduras e carboidratos, são possíveis fontes combustíveis para a 
contração muscular. A via glicolítica é restrita à glicose que pode se originar do carboidrato 
proveniente da dieta ou glicogênio (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015). 
A atividade física eleva as necessidades de ingestão protéica a fim de manter o balanço 
nitrogenado, ou o balanço positivo em fases de treinamento hipertrófico, quando há efetivo 
anabolismo de proteínas musculares (LOLLO, 2007). O gasto energético de um atleta pode 
ser de até quatro vezes mais do que o de um indivíduo sedentário ou moderadamenteativo. 
Para que essa necessidade seja cumprida e preciso oferecer alimentos energéticos, com 
bom teor protéico (TIRAPEGUI, 2000). 
 
 
WHEY PROTEIN 
 
O Whey Protein é um composto formado pelo soro do leite e foi descoberto a partir da 
produção do queijo a mais de 25 anos. O soro do leite é um subproduto resultante da 
fabricação de queijos, por coagulação da caseína, obtido por adição de ácido ou de enzima. 
Possui alto valor nutricional, conferido pela presença de proteínas com elevado teor de 
aminoácidos essenciais. Os aminoácidos presentes nas proteínas do soro superam as doses 
recomendadas a crianças de dois a cinco anos e aos adultos, aspecto que torna esta fonte 
protéica a mais concentrada em aminoácidos essenciais em relação às demais fontes de 
proteínas (CAPITANI et al., 2005). 
No quadro a seguir, está disposto a composição nutricional em 100g de Whey Protein. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Quadro 2: Composição nutricional das proteínas dos soro do leite bovino. 
Proteínas do Soro do Leite Bovino 
Composição Nutricional em 100g 
Kcal 414 
Proteínas 80g 
Carboidratos 8g 
Lipídios 7g 
AA essenciais 42,7% 
AA BCAA s´ 21,2% 
Fe 1,2mg 
Ca 600mg 
Na 170mg 
 Fonte: Oliveira et al., (2015). 
 
As proteínas do soro do leite apresentam uma estrutura globular contendo algumas 
pontes dissulfeto, que conferem certo grau de estabilidade estrutural. As frações, ou peptídeos 
do soro são constituídas de: beta-lactoglobulina (BLG), lactoalbumina (ALA), albumina do 
soto bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig´s) e lactoferrina. Essas frações podem variar em 
tamanho, peso molecular e função, fornecendo às proteínas do soro características especiais 
(SGARBIERI, 2004). 
Haraguchi et al., (2008) destaca em seus estudos, que o perfil de aminoácidos das 
proteínas do soro do leite são principalmente ricos em leucina que podem favorecer o 
anabolismo muscular. Pois estes aminoácidos são muito similares ao das proteínas do 
músculo esquelético; fornecendo quase todos os aminoácidos em proporção similar ao 
músculo levando a característica de suplemento anabólico de efetivo resultado. 
A proteína do soro do leite (Whey Protein) é um interesse crescente pelos esportistas; 
pois ela é responsável por melhorar a proteção imunológica e na recuperação após o exercício 
porque contém aminoácidos que adiam a fadiga durante a atividade física. Os aminoácidos 
são elementos básicos das proteínas e podem estar em inúmeras formulações de suplementos 
(ALVES; NAVARRO, 2010). 
Em vários artigos, demonstrou-se que os concentrados de proteínas do soro do leite 
bovino, apresentam ação inibitória para diversos tipos de câncer em animais e em culturas de 
células cancerígenas. Algumas pesquisas realizadas no interior de Campinas-SP mostraram 
16 
 
 
que proteínas do soro do leite podem atuar protegendo o sistema circulatório e cardíaco, 
contribuindo para redução dos riscos de patologias cardiovasculares (SGARBIERI, 2004). 
Um estudo realizado por Fischborn (2009); mostrou que a proteína hidrolisada 
proporcionou melhor desempenho físico em animais treinados, e conseqüentemente maior 
resistência a exaustão; já o hidrolisado produziu diminuição do lactato sanguíneo, 
apresentando vantagem significativa quanto à manutenção de albumina e proteínas séricas 
totais (SGARBIERI, 2004). 
O Whey Protein reúne proteínas de alto valor biológico, em outras palavras contém 
todos os aminoácidos – as moléculas constituintes das proteínas – de que o nosso organismo 
necessita, mas é incapaz de fabricar. São elas: betalactoglobulina (65%), alfalactoalbumina 
(25%), albumina de soro bovino (8%) e imunoglobinas. A quantidade de proteínas no 
suplemento Whey Protein é elevada, entre 35 a 90%, na sua composição. Já no leite não se 
ultrapassa de 20% (QUINTA; MANARINI, 2014). 
A principal característica é a digestibilidade, uma vez no corpo ele é quebrado e envia 
rapidamente aminoácidos essenciais para o tecido muscular. Isso é importante devido a alguns 
momentos do dia precisarmos de aminoácidos rapidamente, como ao acordar, antes e após 
treinamento. Outra característica importante é que a proteína do soro do leite possui alguns 
peptídeos que aumentam o fluxo sanguíneo no tecido muscular. A ingestão antes do treino é 
essencial, pois o músculo recebe mais oxigênio e hormônios para potencializar a síntese 
protéica (OSVALDO NETO, 2012). 
Esse suplemento carrega, em especial, níveis elevados de leucina, isoleucina e vanila, 
aminoácidos usados quase que exclusivamente para reforçar os tecidos musculares. Quando 
se escolhe o Whey, esta velocidade da recuperação muscular acontece em tempo recorde. 
Recorrer ao suplemento também é um recurso utilizado para a recuperação de bíceps, tríceps e 
outros músculos ligados ao movimento. Além da leucina, um aminoácido do Whey capaz de 
contribuir com essa empreitada é a arginina, que aumenta o fluxo sanguíneo pelo corpo. Com 
isso, mais nutrientes e oxigênio migram para a musculatura para repará- la. A recuperação dos 
incômodos causados pelos exercícios é cessada mais rapidamente e há uma maior disposição 
para voltar a se exercitar no dia seguinte. Portanto, quanto menor o tempo entre o término das 
atividades físicas e a ingestão protéica, melhor será a resposta em termos de ganho muscular 
(QUINTA; MANARINI, 2014). 
O exercício físico exaustivo causa depressão imunológica. As proteínas do soro de 
leite e seus hidrolisados agem estimulando o sistema imune (celular e humoral) através do 
estímulo linfocitário e produção de anticorpos; várias proteínas e seus produtos metabólicos 
17 
 
 
são antioxidantes e sequestrantes de radicais livres, essas proteínas são rapidamente digeridas 
e absorvidas e a composição de aminoácidos das mesmas favorecem a síntese de proteínas 
musculares (aminoácidos de cadeias ramificadas), destaca que a proteína do soro do leite 
possui ação altamente benéfica ao organismo humano, antes; durante e após período s de 
exercícios intensos e prolongados (SGARBIERI, 2004). 
O exercício físico em geral requer uma maior demanda protéica, o que se deve a uma 
maior utilização de aminoácidos como fonte energética no metabolismo. No exercício, a 
diminuição da disponibilidade de aminoácidos pode limitar o efeito estimu lante da insulina 
sobre a síntese tecidual de proteínas (SGARBIERI, 2004). 
Um estudo feito por Alves e Navarro (2010), destacou que o suplemento mais 
utilizado por uma população entrevistada foi o Whey Protein com 30%, pois o objetivo do uso 
foi o ganho de massa muscular e definição dos músculos com 24%. E 53% dos indivíduos 
relataram fazer uso diário dos mesmos. 
Como o Whey Protein é extraído do soro leite, o teor de água ainda é muito grande, 
chegando a representar 93 a 95% do que foi retirado e apenas 0,7 a 1,2% de proteínas, um 
valor muito baixo ainda. Para isso é necessário passar pelo processo de microfiltração e 
ultrafiltração através de precipitação por ácidos ou bases, com troca iônica ou separação por 
membranas, resultando em uma maior concentração de proteínas. O que vai resultar em 3 
tipos de Whey Protein: 
-Concentrado: Possui de 35 a 80% de proteína. Quanto mais alto o valor, menor a 
presença de lactose, gorduras e minerais (QUINTA; MANARINI, 2014). 
-Isolado: Mais puro, reúne cerca de 90% de proteína, com resquícios mínimos dos 
demais compostos do soro do leite (QUINTA; MANARINI, 2014). 
-Hidrolisado: Costuma concentrar 80% de proteínas. A vantagem: elas estão 
quebradas em pequenos pedaços, chamados: peptídeos. Logo, sua digestão e absorção são 
facilitadas (QUINTA; MANARINI, 2014). 
As necessidades energéticas protéicas são maiores em praticantes de atividadesfísicas 
e se modificam de acordo com o tempo freqüência e duração do exercício (MAUGHAN; 
BURKE, 2004). No entanto, a recomendação protéica para os praticantes de atividades físicas 
varia de 1,2 a 1,6g/Kg de peso diariamente, (HIRSCHBUCH; CARVALHO, 2008), mas há 
um consumo excessivo com propósito de aumentar a massa muscular e, esse uso abusivo de 
proteína pode acarretar em danos pela sobrecarga nos rins e fígado, pelo aumento de 
compostos nitrogenados, além de insucesso para o ganho de massa muscular (VIEBIG; 
NACIF, 2010). 
18 
 
 
A quantidade de proteína dietética recomendada varia para indivíduos adultos sadios e 
o indivíduo em situações específicas, como crescimento, gestação e convalescença; o qual 
necessita de uma quantidade maior de proteínas dietéticas para manter um balanço 
nitrogenado positivo (LOMBARDI; GODOY, 2006). Porém, são diferentes para indivíduos 
sedentários e para praticantes de exercícios com peso. Isso porque o exercício intenso 
aumentar a excreção de nitrogênio e quando as ingestões protéicas e energéticas são 
insuficientes, diminui o balanço nitrogenado, tornando-o negativo, o que é indesejado para 
atletas (MAESTÁ et al., 2008). 
O horário de consumo da proteína interfere diretamente nos resultados, indica-se que 
deve ser logo após o treino, horário em que há um intenso anabolismo auxiliando na 
reconstrução muscular (MAUGHAN; BURKE, 2004). 
Observou-se que a principal preocupação na fabricação de suplementos protéicos é 
manter baixos níveis de nutrientes como carboidratos e lipídios e, em detrimento destes, 
elevada concentração de proteínas na porção. Há também a preocupação em fornecer estas 
proteínas em sua forma fracionada. Processos para a filtragem e concentração de proteínas 
contidas no soro do leite são caros e apresentam diversas desvantagens em relação à q ualidade 
do produto final (FREITAS et al., 2015). 
Os métodos de filtração, microfiltração e ultrafiltração aparentemente são os mais 
efetivos para produzir concentrados do soro, principalmente se combinados, entretanto, os 
métodos ainda enfrentam problemas relacionados à temperatura e pressão, que podem 
modificar o comportamento do aglomerado protéico durante a filtração (FREITAS et al., 
2015). 
 
 
CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS E OS RÓTULOS NUTRICIONAIS 
 
O glicogênio muscular é um componente muito importante no fornecimento de 
energia durante a realização do exercício. O consumo de carboidratos durante e após os 
exercícios, causa alterações hormonais que são benéficas para a reposição de glicogênio 
muscular (BACURAU, 2009) e são essenciais para os estoques iniciais do glicogênio, 
manutenção dos níveis de glicose sanguínea durante o exercício e a adequada reposição das 
reservas de glicogênio (LOLLO, 2007). A fadiga, geralmente está associada à depleção de 
seus estoques. O cansaço durante o exercício pode ser evitado na presença de concentrações 
adequadas do glicogênio muscular (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015). Isto ocorre em 
19 
 
 
atividades anaeróbicas intensas à medida que são repetidas. Portanto é de se esperar que 
indivíduos suportem períodos de treinamentos mais brandos sem necessidade de dietas com 
alto teor de carboidrato (BACURAU, 2009). 
Os carboidratos fornecem energia às células do corpo, particularmente ao cérebro, que 
é um órgão dependente desse nutriente. Já os lipídeos, são a maior fonte de energia para o 
corpo e ajudam na absorção de vitaminas A, D, E e K lipossolúveis e outros componentes 
como os carotenóides (MAIHARA et al., 2006). 
Os carboidratos devem contribuir com 60 a 70% do total de calorias ingeridas durante 
o dia, pois esta quantidade garante a recuperação do glicogênio muscular, manutenção do 
peso corporal e a adequada composição corporal, maximizando os resultados do treinamento e 
contribuindo para a manutenção da saúde. Para aprimorar a reposição do glicogênio 
recomenda-se que seu consumo esteja entre 5 e 8g/kg de peso/dia, sendo que em atividades de 
longa duração ou treinos intensos a recomendação pode chegar até 10g/kg de peso/dia. Já em 
provas longas, os atletas devem consumir entre 7 e 8g/kg de peso ou 30 a 60g de carboidratos, 
para cada hora de exercício. Assim, evitam-se os quadros de hipoglicemia, depleção de 
glicogênio e de fadiga. Após o exercício, recomenda-se a ingestão de carboidratos simples 
entre 0,7 e 1,5g/kg de peso no período de quatro horas, o que é suficiente para a ressíntese de 
glicogênio muscular (PALMEGIANO; MOREIRA, 2014). 
As gorduras, também conhecidas como lipídios são nutrientes responsáveis por 
inúmeras funções importantes para o organismo. Depois dos carboidratos, elas são a principal 
fonte de energia durante o exercício. Os lipídios não participam somente como fonte de 
energia, são componentes essenciais das membranas celulares, auxiliam no transporte e 
liberam maior quantidade de calorias por grama. Atuam também, como excelentes veículos de 
vitaminas lipossolúveis (solúveis em gorduras), síntese de hormônios esteróides e modulação 
da resposta inflamatória. Além disso, fornecem moléculas fundamentais para o organismo 
(prostaglandinas, lipoproteínas e colesterol) e, ácidos graxos essenciais (LIPAROTTI; 
SIQUEIRA, 2015). 
Os lipídios são de fácil absorção e consideram-se fundamentais para o 
desenvolvimento cerebral, necessários para a mielinização e crescimento dos neurônios, para 
o desenvolvimento das retinas e são partes componentes de fosfolipídios da membrana celular 
(AULER; DELPINO, 2008). 
As necessidades lipídicas variam de acordo com diversos fatores, mas no geral faz-se 
necessário a ingestão diária em cerca de 1g de gordura por kg/peso corporal, o que equivale a 
30% do valor calórico total da dieta. Valores muito baixos <15% podem levar a efeitos 
20 
 
 
negativos. Para os atletas, tem prevalecido a mesma recomendação nutricional destinada à 
população em geral, nas respectivas proporções de ácidos graxos essenciais: 10% saturados, 
10%poli- insaturados e 10% monoinsaturados (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015). 
A Legislação Brasileira define rótulo como toda matéria fundamental para a saúde 
pública, a qual pode ser descritiva, legenda ou imagem, impressa, estampada, gravada 
litografada ou colada sobre a embalagem do alimento. Tais informações destinam-se a 
explicar a origem, composição e as características nutricionais dos produtos permitindo seu 
rastreamento (BOTTAN, 2010). De acordo com o código de defesa do consumidor no Brasil, 
as informações neles contidos devem ser claras e adequadas às especificações corretas de 
quantidade, característica e composição, qualidade, preço e riscos que podem apresentar 
(CARVALHO SILVA, 2005), uma vez que essas informações preparam o consumidor para o 
ato de consumir, ou seja, baseado nas informações recebidas através da publicidade, o 
consumidor fará a escolha do produto através do livre consentimento (PERES, 2012). 
A rotulagem além de orientar na quantidade e qualidade dos constituintes alimentares, 
auxilia também no processo de escolha de alimentos adequados para o consumo (Coutinho, 
2007); sendo indispensável à fidedignidade das informações nela contidas; pois falhas na 
Legislação Vigente induzem o repasse de informações incorretas que podem gerar confusão, 
principalmente no que envolvem as informações nutricionais complementares e às normas 
para alimentos com fins especiais (ARAÚJO, 2001). Portanto, o acesso à informação correta 
sobre o conteúdo dos alimentos, por ser uma prática que adota hábitos e estilos de vida 
saudáveis, promove-se como uma questão de segurança nutricional e alimentar (VALENTE, 
2002). 
A legislação brasileira de rotulagem tem por determinação do Codex Alimentarius, 
principal órgão internacionalresponsável pelo estabelecimento de normas sobre segurança na 
rotulagem de alimentos; o qual estabelece as diretrizes necessárias desde o plantio até a 
comercialização de alimentos (KIMBREL, 2000). 
Em relação aos suplementos protéicos para atletas, a legislação vigente RDC18/2010, 
preconiza que o produto pronto para consumo deve conter no mínimo, 10g de proteína e 15g 
de carboidratos na porção do produto e estabelece um limite de variação de 20% para mais ou 
para menos nas quantidades de carboidratos, lipídios e proteínas (BRASIL, 2010). 
Em pesquisa realizada por Borges e Silva (2011); com 62 amostras de suplementos a 
base de Whey Protein, evidenciou-se que todos os rótulos apresentavam alguma 
inconformidade com a legislação em vigência. 
21 
 
 
Uma pesquisa realizada na Universidade Paranaense mostrou que a informação à 
disposição do consumidor precisa ser de fácil entendimento, pois mais de 58% dos 
entrevistados disseram ter alguma dificuldade para entender o significado da informação 
nutricional (MOREIRA; CARDOSO; SOUZA, 2013). 
Em estudo com suplementos alimentares de marcas nacionais e importadas feito por 
Lisbôa, Liberali e Navarro (2011) em relação à Resolução RDC360/2003, a qual determina 
que hajam informações nutricionais adequadas de carboidratos, proteínas, gorduras totais, 
gorduras saturadas, gordura trans, fibra alimentar e sódio; evidenciou-se que 40% dos 
produtos importados e 28,5% dos produtos nacionais apresentaram inadequação. 
Com relação à rotulagem e os carboidratos; Lombardi e Godoy (2006) destacaram em 
estudo que há inadequação da quantidade de carboidratos recomendada por fabricantes de 
suplementos analisados, os quais apresentam-se acima da quantidade estabelecida nos rótulos. 
Seu consumo superior ao recomendado pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética 
(SBME) pode prejudicar o desempenho do atleta e, em conseqüência da elevada quantidade 
consumida, eleva também a taxa de glicose, com aumento da liberação de insulina com 
procedente de hipoglicemia e distúrbios gastrointestinais, fatores que podem diminuir o tempo 
de exercício e fadiga precoce (WILLIAMS, 2002). 
Em pesquisas feitas recentemente pelo Inmetro (2014), destaca-se que em ensaios 
realizados em suplementos protéicos para atletas, 93% das marcas apresentaram algum tipo de 
não conformidade. Em relação ao teor de proteínas declarado pelo fabricante e a quantidade 
encontrada, 13% das marcas analisadas apresentaram diferenças superiores à 20% em suas 
declarações, apresentando menos proteína como o indicado. Já no ensaio de teor de 
carboidratos, 73% das marcas apresentaram diferenças superiores à 20% entre os valores 
efetivamente encontrados. 
De acordo com Zimberg et al., (2012), no que tange as exigências feitas pela 
ANVISA, 80% das rotulagens não possuem as frases exigidas pela portaria vigente. O rótulo 
é o principal meio através do qual o consumidor tem acesso às informações nutricionais sobre 
o produto. A partir disso supõem - se que neles não devam conter informações que induzam o 
consumidor na hora da compra de produtos que causem prejuízos a saúde dos mesmos, 
principalmente quando se tratam de alimentos para fins especiais (LOMBARDI; GODOY, 
2006). Levando em consideração essas rotulagens de suplementos esportivos; pode-se 
perceber que as mesmas contêm informações errôneas; induzindo as pessoas a consumi- los 
inadequadamente (LOMBARDI; GODOY, 2006). 
22 
 
 
Em estudo feito por Barbosa (2002), ao analisar rótulos de alimentos para praticantes 
de atividades físicas, distribuídos em categorias: alimentos protéicos, alimentos 
compensadores, repositores energéticos, repositores hidroelétrolíticos, aminoácidos de cadeia 
ramificada, entre outros; verificou-se que mais da metade, 56,4% dos rótulos foram 
classificados como não adequados. 
De acordo com estudo realizado por Antunes e Nunes (2014), o qual analisou 54 
suplementos alimentares compostos por soro de leite (Whey Protein), disponíveis para 
consumo no mercado nacional; destacou-se que 65,6% das amostras não atenderam aos 
critérios da legislação brasileira, no que se refere à concentração de proteínas segundo a 
RDC18/2010. Percebeu-se também que 89,4% das amostras não cumprem os critérios de 
rotulagem preconizados pela legislação vigente RDC360/2003. 
Diante do exposto, demonstra-se a relevância do presente estudo, onde o mesmo 
pretendeu contribuir com o assunto, verificando as quantidades de proteínas, carboidratos e 
lipídios, bem como as irregularidades presentes nas rotulagens de suplementos protéicos para 
atletas, considerando como instrumento mais relevante o Código de Defesa do Consumidor 
(CDC) pela Portaria 222/98 SVS/MS, a Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional 
de Alimentos Embalados RDC360/2003 e a legislação em suplementos protéicos para atletas 
RDC18/2010. 
23 
 
 
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30 
 
 
2. ARTIGO CIENTÍFICO 
Análise nutricional e de rotulagem em suplementos protéicos para atletas a base de soro 
do leite 
Análise nutricional e de rotulagem em suplementos protéicos 
 
Nutritional and labeling analysis in whey based proteic supplement for athletes 
Nutritional and labeling analysis in proteic supplement 
 
 
RESUMO 
 
O exercício físico é uma das ferramentas não medicamentosas mais acessíveis e eficientes que 
podem ser utilizadas pela população para promoção e manutenção da saúde. Na academia, a 
procura por recursos que aumentam a performance durante o treinamento de força, faz com 
que as pessoas consumam suplementos, os quais proporcionam aumento da força e ganho de 
massa muscular em curto período de tempo prevenindo o cansaço muscular. O Whey Protein 
é um suplemento que reúne proteínas de alto valor biológico, contendo todos os aminoácidos 
que o nosso organismo necessita. A quantidade de proteínas no suplemento Whey Protein é 
elevada, entre 35 a 90% de sua composição. As proteínas são componentes essenciais das 
células e estão relacionadas a praticamente todas as funções fisiológicas, por isso a 
suplementação proteíca é amplamente utilizada com o objetivo de hipertrofia muscular, 
aumentando a secção transversa do músculo. O objetivo do trabalho foi avaliar o teor de 
proteínas, carboidratos e lipídios apresentados nos rótulos de suplementos protéicos. As 
análises foram realizadas em duplicata, sendo o teor de proteínas realizado segundo a 
metodologia de Kjedahl; o teor lipídios segundo Soxhlet e o teor carboidratos pelo método de 
diferença. Os resultados apresentaram indícios de que os produtos analisados não estão 
totalmente de acordo coma legislação vigente, pois as quantidades declaradas na rotulagem 
não condizem com as realmente existentes, evidenciando a necessidade de uma fiscalização 
contínua e rigorosa, bem como a aplicação de penalidades em empresas que estão em 
desacordo com as legislações vigentes no país. 
 
Palavras-chave: Atividade Física. Composição Centesimal. Rotulagem. Legislação. 
 
 
ABSTRACT: Physical exercise is one of most accessible and efficient non-pharmacological 
tools that can be used for the population for the promotion and maintenance of health. At the 
gym, the search for resources that enhance performance during strength training, make people 
consume supplements, which provide increased strength and muscular mass in a short period 
of time preventing muscular fatigue. Whey Protein is a supplement that combines high 
biological value proteins, containing all the amino acids that our body needs. The amount of 
 
31 
 
 
protein in Whey Protein supplement is high, between 35-90% of its composition. Proteins are 
essential components of all cells and are related to almost all physiologic functions, so the 
protein supplementation is widely used for the purpose of muscular hypertrophy, increasing 
the transverse section of the muscle. The work objective was to evaluate the protein, 
carbohydrates and lipids content on labels of protein supplements. The analyzes were 
performed in duplicate, with the protein content performed according to the Kjeldahl method; 
the lipid content according to Soxhlet and carbohydrate content by the difference method. The 
results showed indications that the analyzed products are not fully in accordance with current 
legislation, since the declared amounts on the label do not match with the actually existing, 
showing the need of a continuous and rigorous monitoring, and the application of penalties in 
companies which are in disagreement with the current legislations in the country. 
 
Keywords: Physical activity. Centesimal composition. Labeling. Legislation. 
 
 
DAYANE WIECZORKOWSKI ¹; PATRÍCIA STADLER ROSA LUCCA² 
¹Acadêmica do Curso de Farmácia Bacharelado da Faculdade Assis Gurgacz. Endereço: Rua 
Rio Grande do Sul, 2254, Centro, Nova Laranjeiras/PR. Email: dayane_dw@hotmail.com 
²Professora da Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço: Av. das Torres, 500, 
Loteamento FAG, Cascavel/PR. Email: patricialucca@fag.edu.br 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia Bacharelado) apresentado com o 
título “Teor de lipídeos, carboidratos e proteínas em suplementos protéicos para atletas – 
Whey Protein”, da Instituição Faculdade Assis Gurgacz, da cidade de Cascavel no estado do 
Paraná, no ano de 2015. 
Departamento de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz. 
Nome do autor responsável e seu respectivo endereço: Dayane Wieczorkowski, Rua Rio 
Grande do Sul, 2254, CEP: 85350-000. Nova Laranjeiras – PR. 
 
32 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo Mahn (2004) no mundo moderno, as práticas de atividades físicas ganharam 
um espaço importante na preocupação de manter a saúde do corpo humano. Com isso 
confirma-se o velho princípio: “a atividade física constitui uma parte integral da vida humana 
e o homem necessita dessa prática para manter-se sadio”. Em conseqüência disso, a 
preocupação da manutenção da saúde se acentua cada vez mais na população, surgindo então 
pesquisas que evidenciam os malefícios do sedentarismo, com maior intensidade em cidades 
grandes (MAHN, 2000). 
O exercício físico pode ser utilizado como uma das ferramentas não medicamentosas 
mais acessíveis e eficientes pela população para a promoção e manutenção da saúde 
(KELLEY; KELLEY, 2008). Estudos sugerem que as práticas de atividades com intensidade 
moderada atuam na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de 
doenças degenerativas como as cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, doenças 
respiratórias, dentre outras. São relatados efeitos positivos no processo de envelhecimento, no 
controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (ASSUMPÇÃO; MORAIS; FONTOURA, 
2002). 
A procura por recursos que aumentam a performance durante as atividades físicas faz 
com que as pessoas consumam suplementos, os quais proporcionam aumento da força e 
ganho de massa muscular em curto período de tempo com prevenção do cansaço muscular 
(JESUS e SILVA, 2008; ALVES 2002). Os suplementos protéicos são os mais populares 
entre os praticantes das atividades físicas com a finalidade de aumentar a massa ma gra 
(American Dietetic Association Dietitian of Canadá, 2012), porém seu uso indiscriminado 
pode acarretar danos para a saúde, uma vez que o excesso de proteína será convertido e 
armazenado na forma de gordura (Alvarez, Brasioli e Nabhols, 2007). A sua utilização 
33 
 
 
indevida pode trazer: desequilíbrio, antagonismo e toxidez em relação ao organismo (ALVES; 
NAVARRO, 2010). 
Em estudo realizado por Bezerra e Macêdo (2013) constatou que os principais motivos 
que levam ao uso dos suplementos na prática da musculação são: o ganho de massa magra, 
hipertrofia e definição muscular, sendo que o tipo de suplemento mais consumido pela 
população entrevistada foi o Whey Protein (proteína do soro do leite) com 60%. 
As proteínas são polímeros resultantes da desidratação de aminoácidos, e cada resíduo 
de aminoácido liga-se a seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente. Duas 
moléculas de aminoácidos podem ser unidas por meio de uma ligação amida substituída, 
chamada de ligação peptídica para formar um dipeptídeo. Tal ligação é formada por remoção 
dos elementos da água de um grupo alfa-carboxila de um aminoácido e de um grupo alfa-
amino de outro. Quando um pequeno número de aminoácidos é reunido dessa forma, a 
estrutura e chamada de oligopeptídeo e, quando muitos aminoácidos são reunidos, o produto é 
chamado de polipeptídeo. As proteínas podem ter milhares de unidades de aminoácidos. 
Embora os termos “proteína” possam ser, algumas vezes, intercambiáveis as moléculas 
referidas como polipeptídeos geralmente tem peso molecular abaixo de 10.000 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2000). 
O Whey Protein reúne proteínas de alto valor biológico, em outras palavras contém 
todos os aminoácidos – as moléculas constituintes das proteínas – de que o nosso organismo 
necessita, mas é incapaz de fabricar. São elas: betalactoglobulina (65%), alfalactoalbumina 
(25%), albumina de soro bovino (8%) e imunoglobinas. A quantidade de proteínas no 
suplemento Whey Protein é elevada entre 35 a 90% na sua composição. Já no leite não 
ultrapassa de 20% (QUINTA; MANARINI, 2014). 
34 
 
 
Segundo Lollo (2007), o consumo adequado de carboidratos é essencial para os 
estoques iniciais de glicogênio muscular e, para manutenção dos níveis de glicose sanguínea 
durante o exercício e a adequada reposição das reservas de glicogênio. 
O conteúdo do glicogênio muscular é importante no fornecimento de energia durante o 
exercício, isto fica evidente à medida que são realizadas as múltiplas seções, e que o mesmo 
vai sendo gradualmente depletado, apresentando sinais de fadiga (GUERRA, 2004). 
Outra biomolécula essencial são os lipídeos, tais nutrientes são responsáveis por 
inúmeras funções importantes no organismo. Depois dos carboidratos, elas são a principal 
fonte de energia durante o exercício. Grande parte do substrato lipídico é provenie nte dos 
ácidos graxos livres derivados do tecido adiposo (LIPAROTTI; SIQUEIRA, 2015). 
A Legislação Brasileira salienta que o rótulo é o principal instrumento que fornece 
todas as informações necessárias; as quais destinam-se a explicar a origem, composição e as 
características nutricionais dos produtos permitindo seu rastreamento(BOTTAN, 2010). De 
acordo com o código de defesa do consumidor no Brasil, as informações neles contidos 
devem ser claras e adequadas às especificações corretas (CARVALHO SILVA, 2005), uma 
vez que essas informações preparam o consumidor para o ato de consumir, ou seja, baseado 
nas informações recebidas através da publicidade, o consumidor fará a escolha do produto 
através do livre consentimento (PERES, 2012). 
Alguns estudos destacam-se a não conformidade da rotulagem com o produto, como 
em pesquisa realizada por Borges e Silva (2011); com 62 amostras de suplementos a base de 
Whey Protein, evidenciando que todos os rótulos apresentavam alguma inconformidade com 
a legislação em vigência. 
Os rótulos dos alimentos permitem aos consumidores acesso às informações sobre os 
produtos consumidos, de acordo com o código da Defesa do Consumidor há uma tolerância 
de inconformidades de 20%, tanto para mais quanto para menos. Estas informações devem ser 
35 
 
 
verdadeiras, pois são elas que auxiliam os consumidores em suas escolhas, e aos profissionais 
de saúde para melhor orientarem em relação às dietas de seus pacientes (LOBANCO et al., 
2009). 
 
 
OBJETIVO 
 
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi de verificar a quantidade de proteínas, 
carboidratos e lipídios; bem como irregularidades nas tabelas nutricionais presentes na 
rotulagem de alimentos para atletas, considerando como instrumentos mais relevantes o 
Código de Defesa do Consumidor – CDC pela Portaria 222/98 SVS/MS, a Regulamento 
Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados RDC360/2003 e a legislação 
em suplementos protéicos para atletas RDC18/2010. 
 
 
MÉTODO 
 
Amostra 
Foram utilizadas amostras de proteínas do soro do leite Whey Protein de dez 
diferentes marcas, quatro delas descritas no seu rótulo como concentrada, quatro descritas 
como isolada, e duas como: concentrada, isolada e hidrolisada. Estas amostras foram 
selecionadas aleatoriamente em academias de Cascavel-PR e comercializadas em comércios 
locais. Nove dessas amostras eram de origem Nacional e somente uma delas era de origem 
Internacional. 
 
36 
 
 
Teor de Proteínas 
Determinou-se o teor de proteínas por meio da análise do nitrogênio, segundo o 
método de Kjeldahl (Instituto Adolfo Lutz, 2008) que consiste na destruição da matéria 
orgânica com ácido sulfúrico concentrado, em presença de um catalisador pela ação do calor, 
com posterior destilação e titulação do nitrogênio proveniente da amostra, sendo utilizado o 
fator de conversão. 
 
Teor de Lipídios 
A determinação de lipídios realizou-se primeiramente pela hidrólise ácida prévia e 
posteriormente pela extração com o solvente éter submetido a uma extração contínua em 
aparelho do tipo Soxhlet, seguida da remoção por evaporação. Este método consiste no 
tratamento sucessivo e intermitente da amostra imersa no solvente puro: éter de petróleo, 
graças a um processo de separação de substâncias e subseqüente conde nsação do solvente 
aquecido extrai o lipídio da amostra. 
 
Teor de Carboidratos 
O teor de carboidratos foi doseado pelo método de diferença, onde são somados os 
macro nutrientes e pela subtração do valor da porção. As análises foram realizadas em 
duplicata e desenvolvidas no Laboratório de Bioquímica da FAG – Faculdade Assis Gurgacz 
em Cascavel-PR, juntamente com o Laboratório de Análises de alimentos A3Q. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
37 
 
 
Na tabela 1 (em anexo I), apresentam-se os valores encontrados referentes às análises 
dos teores de macronutrientes nos suplementos Whey Protein. As dez marcas analisadas 
foram nomeadas de amostras 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. 
Para analisar os dados obtidos nas análises, utilizou-se como critério de comparação, a 
RDC18/2010 que determina a quantidade mínima de proteínas, carboidratos e também a 
quantidade máxima de lipídios para que um produto seja considerado suplemento. 
Como pode-se observar na Tabela 1, quanto ao teor de proteínas as amostras 1, 2, 3, 5, 
6, 7, 8, 9 e 10 apresentaram-se de acordo com a RDC18/2010, a qual preconiza que a 
quantidade mínima de proteína na porção do produto pronto para consumo deve ser de 10g. 
Quanto ao teor de carboidratos, a RDC18/2010 estabelece que a quantidade mínima 
deve ser de 15g por porção, desta forma; as amostras 1, 2, 6, 8 e 10 apresentaram-se de 
acordo. 
Já no teor de lipídios, todas as amostras apresentaram-se dentro do limite máximo de 30% 
do valor energético especificado na RDC18/2010, a qual limita este parâmetro no produto 
pronto para consumo. 
A legislação Brasileira de rotulagem nutricional, RDC360/2003 (ANVISA), estabelece 
que as informações nutricionais devem ser expressas por porção, incluindo a medida caseira 
correspondente, conforme estabelecidas no Regulamento Técnico específico. As quantidades 
mencionadas devem ser as correspondentes ao alimento tal como oferece ao consumidor. 
Pode-se também declarar as informações do alimento preparado, desde que indiquem as 
instruções especificas de preparação. Nas marcas analisadas, observou-se que cada uma delas 
apresentou porção diferenciada, cada uma com suas particularidades e com sua rotulagem 
calculada para o valor da porção estabelecida. 
Também para a análise dos resultados utilizou-se como critério a RDC360/2003, que 
recomenda que a diferença entre os valores declarados e aqueles efetivamente presentes no 
38 
 
 
rótulo deve ser de no máximo 20%, para mais ou para menos. Esse limite estabelece o erro 
que as rotulagens podem apresentar comparadas com as quantidades realmente existentes. 
Considerando-se as informações encontradas durante as análises no quesito do macronutriente 
carboidrato, observou-se que todas as amostras apresentaram-se fora desse limite, exceto a 
amostra 4 que apresentou quantidade insuficiente para a realização das análises. No 
macronutriente proteína, as amostras 1, 6, 7 e 9, apresentaram-se fora do limite de erro de 
mais ou menos 20%. Já no macronutriente lipídio, as amostras 1, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 também 
apresentaram-se fora do limite determinado. E as amostras: 2, 3 e 4, apresentaram-se dentro 
do limite de erro. 
Verificando-se as amostras analisadas, observou-se que 44,44% das marcas 
apresentaram todos os parâmetros avaliados fora dos limites especificados e em desacordo 
com a rotulagem impressa no produto. Quanto as amostras que apresentaram pelo menos 1 
item fora das especificações,encontraram-se 11,11% das amostras, e as que apresentam 2 itens 
fora dos limites encontraram-se em 44,44%. 
Segundo Pimentel Gomes (1985), o coeficiente de variação dá uma idéia da precisão 
do experimento, e tendo-se por base os coeficientes encontrados nas análises do presente 
estudo, classificou-os em baixos, quando inferior a 10%; médios, quando de 10 a 20%; altos 
quando de 20 a 30%, e muito altos, quando superiores a 30%. Conforme a tabela 1 (ANEXO 
I), na análise do teor de lipídios, observou-se que 2 amostras apresentaram coeficiente baixo, 
2 amostras apresentaram coeficiente médio e 6 muito alto. Tal fato está diretamente 
relacionado à erros ocorridos durante o método analítico. 
Já no teor de proteínas, 7 amostras apresentaram coeficientes de variação baixo, 1 
médio e 1 muito alto. 
Essa divergência dos resultados e a variação no desvio padrão pode-se justificar, 
segundo Reis (2011), pelo fato de que há variações na calibração de equipamentos utilizados 
39 
 
 
(como as balanças e as estufas, e o próprio aparelho de Soxhlet, por exemplo) e o grau de 
pureza de alguns reagentes. Também deve-se levar em consideração outros fatores possíveis a 
interferir no plano de amostragem

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