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RESUMO DO LIVRO PERCEPÇÃO

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Livro: Psicologia da Percepção
2º Capítulo
Conceitos Gerais em Neurociência
O objetivo de todo organismo é viver, e para isso é preciso manter uma infinidade de cascatas de processos químicos que garantam a funcionalidade do organismo. Alguns organismos como os vertebrados, desenvolveram um sistema centralizado para o controle e ajustes que permitem otimizar as interações com o meio, o sistema nervoso central. O SNC é um sistema composto por um conjunto de unidades, altamente interconectadas, que permitem uma intensa comunicação de natureza físico-química. As células do SNC têm a capacidade de alterar as voltagens de suas membranas plasmáticas, características que as distingue das demais células do corpo. 
O neurônio tem uma forma peculiar que está relacionada à sua função, em geral, podemos separá-la em quatro regiões principais: soma ou corpo celular (local que se encontra o material genético da célula, ocorre também boa parte da síntese protéica, e também onde estão localizadas também muitas organelas celulares); os dendritos (uma região especializada em receber sinais de outros neurônios ou de outros tipos celulares); o axônio (um prolongamento que tem como função conduzir o impulso nervoso ou potencial de ação; e os botões sinápticos (constituintes das sinapses que é a região onde ocorre a comunicação entre os neurônios).
Sinapses são estruturas dos neurônios especializadas em comunicação química, ou seja, em liberar substâncias que vão influenciar o funcionamento das células seguintes. A sinapse pode ser separada em três elementos: a membrana pré-sináptica, a qual é responsável pela liberação dos neurotransmissores, a fenda sináptica, local onde os neurotransmissores são liberados, e a membrana pós-sináptica, local onde encontramos uma série de estruturas protéicas que funcionam como verdadeiros receptores moleculares. Os receptores moleculares podem ser classificados em duas famílias diferentes que promovem também diferentes efeitos nas células. Os canais iônicos controlados pro comporta dependentes de ligantes que a partir de agora chamaremos de receptores ionotrópicos.  Receptores metabotrópicos, não abrem diretamente canais iônicos, mas promove profundas modificações no metabolismo celular que podem produzir desde expressão de genes e síntese protéica até inclusive abertura de canais iônicos.
2.2 Aspectos Funcionais do Sistema Nervoso Central
O SNC tem duas estratégias de organização. Uma que chamarei de sedimentar, pois se trata de uma organização em camadas, com diferentes níveis se sobrepondo, sendo que a cada nível temos um aumento de complexidade no processamento das informações. Uma forma de organizar o SNC a partir dessa perspectiva seria separar o encéfalo em três camadas gerais: o tronco cerebral, o diencéfalo e o telencéfalo. A segunda estratégia é um sistema de rede com unidades interligadas que processam diferentes características das informações sensoriais ou corporais. 
Podemos perceber  que o sistema nervoso é uma estrutura altamente conectada com capacidade de processar informações coletadas no organismo e no ambiente, analisar as características destas informações , associá-las de maneira a constituir um mapa do ambiente e um mapa do estado fisiológico e metabólico do organismo permitindo planejar ações no ambiente e produzir modificações no organismo. As informações podem ser processadas em etapas sequenciais ou ao mesmo tempo em paralelo.
A percepção é dentro deste contexto a forma como dados do ambiente e do corpo são coletados processados, associados a outras funções cognitivas para produzir planos de ação e mudanças fisiológicas adaptativas. Portanto para entender a percepção devemos  
entender a natureza das informações ambientais e como elas são captadas.
2.3 Sensação e as Vias Sensoriais
A primeira etapa do processo perceptivo é coletar informações do ambiente, ou seja, interagir com o ambiente captando determinadas formas energéticas. Quando falamos em informações ambientais falamos de um conjunto de energias que podem produzir efeitos em determinados grupos de células chamados de receptores sensoriais, essas formas de energias químicas e físicas interagem com esses receptores de maneira a extrair informações de intensidade, duração e frequência por exemplo.
Em relação a natureza do estímulo físico podemos classificá-los em estímulos químicos, produzidos pela interação de moléculas e partículas. Em estímulos físicos, que são energias mecânicas, como as ondas do som, e a energia mecânica dos objetos que deformam a pele no tato, ou ainda a energia mecânica da contração muscular. Energias eletromagnéticas, como a luz.
Por esse motivo receptores para  estes estímulos energéticos são coletivos para cada uma dessas formas de energias, por isso recebem o nome da energia que apresentam a melhor resposta, dessa forma temos a seguinte classificação: os químioceptores, que são receptores para estímulos químicos, como os receptores olfativos e gustativos. Os mecanoceptores receptores para estímulos mecânicos, como as células ciliadas da cóclea no ouvido interno, ou os receptores táteis. Os termoceptores, que são receptores sensoriais sensíveis a variações de temperatura. E os fotoceptores, que respondem a intervalo de freqüência da onda eletromagnética, a saber, a luz e nos permitem enxergar. Ainda temos detectores especiais que só vão responder a partir de uma determinada intensidade deste estímulos, que são responsáveis por proteger os tecidos de lesões, esses receptores, que têm uma importância vital para manter os tecidos do corpo intactos são chamados de nocirreceptores, e são responsáveis pelas sensações dolorosas ou nocivas.
 	Um aspecto importante de lembrarmos é que esses receptores respondem a um intervalo dos estímulos, isto é, não responde a todas as variações de intensidade ou freqüência. A lógica implícita nesse processo é otimizar a coleta de dados ambientais para a sobrevivência de evitar gasto energético com dados irrelevantes. Cada via sensorial vai conduzir as informações para áreas corticais específicas, assim teremos no córtex áreas modalidade específica. Por exemplo, as informações táteis que são produzidas primeiramente por mecanoceptores nas camadas da pele depois seguem por axônios das raiz dorsal na medula, ascendem até o núcleo grácil ou o núcleo cuneiforme, dali cruzam contralateralmente, e seguem ascendendo pelo lemnisco medial até o núcleo ventral póstero-lateral do tálamo de lá o giro pós-central a área somestésica primária. Cada sensação tem vias adequadas a processar suas próprias características, além do mais as características desse processamento são específicas para cada espécie e a importância destas informações no nicho que a espécie habita.
	Para o processamento das informações ambientais temos que transformar as informações do ambiente em uma linguagem compreensível para o sistema nervoso central. Esse processo corresponde a traduzir as energias ambientais em um código bioelétrico que será conduzido ao SNC. Esse processo foi chamado de transdução. Os receptores, além do mais, podem ser classificados pela forma como são ativados ou desativados. Dessa maneira temos receptores fásicos que geram um pico de resposta no início da estimulação com uma diminuição abrupta e rápida e um novo pico de resposta ao fim da estimulação. E os receptores tônicos que apresentam uma atividade no receptor semelhante ao estímulo físico, porém com uma lenta diminuição da resposta até que o estímulo seja interrompido, são chamados também de receptores de adaptação lenta. Para fins didáticos consideramos sensações as seguintes modalidades: somatoestesia, incluindo o tato, a percepção térmica. A propriocepção e a percepção de dor. A visão, a audição, a gustação e o olfato. 
2.5 Os Receptores Somestésicos
A somestesia são as sensações do corpo e dependem de uma diversidade de receptores espalhados pelos tecidos corporais. Esses receptores têm adaptações morfofuncionais para os estímulos ou características destes. Dessa formateremos a seguinte classificação:
Terminações nervosas livres;
Os órgãos tendinosos de Goigi;
Fusos musculares;
Bulbos de Krause;
Discos de Merkel;
Corpúsculos de Pacini;
Corpúsculos de Meissner;
Corpúsculos de Ruffini.
Esses receptores podem constituir vias diferentes para chegarem ao córtex, podendo constituir dois sistemas de acordo com suas características morfofuncionais. Um relacionado com informações mais discriminadas e com maior acuidade chamado de epicrítico, e outro que transmite informações sobre dor e temperatura, além de informações táteis menos desenvolvidas, chamado protoprático. 
2.6 A Audição e o Equilíbrio
A audição depende das vibrações do ar. Essas vibrações são chamadas de ondas sonoras e são deformações nas camadas de ar que formam ondas que viajam até nossos ouvidos. São separados em três partes, ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.
2.7 Equilíbrio
O aparelho vestibular é o órgão do equilíbrio. Tem duas regiões cada uma especializada em um tipo de movimento retilíneo( para frente ou para trás) e rotacional (em curvas, também chamado de aceleração angular). A região que detecta a aceleração retilínea é conhecida como órgãos otolíticos e uma região especializada em movimento em curda ou rotação chamada em canais semicirculares.
2.8 Olfação e Gustação
Através da químiocepção é a gustação, tanto ela quanto a olfação, nos permitem uma análise química das substâncias que ingerimos, para evitar substâncias que poderiam prejudicar nosso organismo. As estruturas que fazem a transdução química responsáveis pelo sabor são os receptores gustativos.

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