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Revisão - Antropologia

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ETAPAS CIENTÍFICAS DO ESTUDO DO HOMEM
ETNOGRAFIA: Etnografia (éthnos, povo: graphein, escrever) – Consiste em um dos ramos da ciência da cultura que se preocupa com a descrição das sociedades humanas. Para Lévi-Strauss (1967) etnografia consiste na observação e análise dos grupos humanos considerados em sua particularidade, visando a reconstituição, tão fiel quanto possível a vida de cada um deles.
ETONOLOGIA: Etnologia (ethnos, povo: logos, estudo) é outro ramo da ciência da cultura, cujos pesquisadores utilizam os dados coletados e oferecidos pelo etnógrafo. Eminentemente comparativa, preocupa-se com a análise, a interpretação entre as mais variadas culturas existentes, considerando suas semelhanças e diferenças
 ANTROPOLOGIA: É a ciência da humanidade e da cultura, bem como toda a produção cultural do homem. Necessita da colaboração de outras áreas do conhecimento e ganhou autonomia científica no século XlX, onde foi usada pelas potências imperialistas da Europa para dominar as nações africanas, asiáticas.
CULTURA
Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, as artes, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. (Tylor, 1871)
- TEORIAS DA CULTURA
EVOLUCIONISMO: Constituiu na primeira escola cultural que surgiu no século XlX, segundo a qual toda a vida do universo se desenvolveu graças ao crescimento e às mudanças, num processo temporal-formal, contínuo e geralmente acumulativo e progressivo, por meio do qual todos os fenômenos culturais sistematicamente organizados sofrem mudanças, uma forma ou estágio sucedendo ao outro. Os argumentos em favor da teoria, segundo Tylor, fundamentam-se nas semelhanças de tipos de cultura observados em distintas raças do mundo inteiro, que só pode explicar-se como sobrevivência de outras antigas, que tinham um significado mais profundo em um período distante, e ainda se encontram em pleno vigor entre os povos primitivos. 
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO EVOLUCIONISMO:
SUCESSÃO UNILINEAR: Civilização Europeia > Povos Bárbaros
PRINCIPAIS REPRESENTANTES 
TYLOR (1832-1917): Em seu livro Primitive Culture (1865) Tylor centrou seu interesse na religião, no folclore e em outros aspectos não materiais da cultura. Empregou o termo sobrevivência significando processos, costumes, opiniões etc. de um estágio para outro da sociedade, por força do hábito. Deu ao termo cultura uma nova conotação. Atribuía aos antropólogos a tarefa de estabelecer, de modo geral uma escala de civilização, colocando as nações num extremo superior e as selvagens noutro extremo inferior
MORGAN (1818-1881): Apresentou a tese evolucionista na introdução de seu livro Ancient Society (1877). Para ele, era incontestável que parte da família humana viveu em estágio de selvageria, outras em estágio de barbárie e outras ainda em estágio de civilização, sendo também inegável que essas três condições distintas estavam ligadas umas às outras por uma sequência do progresso natural
ESQUEMA DE MORGAN
1) Selvageria (Antigo) – Arco e flecha, dieta do peixe, uso do fogo, pré-hominídeos.
2) Barbárie (Intermediário) – Fundição do ferro, domesticação dos animais, cerâmica, irrigação.
3) Civilização (Recente) Desde invenção do alfabeto fonético, com o uso da escrita até nossos dias. 
NEOEVOLUCIONISMO: 
Definição: Constitui numa das formas do evolucionismo social que está ligado a evolução tecnológica, tendo por base as etapas de desenvolvimento e o consumo de energia que uma sociedade dispõe.
REPRESENTANTES: Leslie White, Childe e Juliean Steward
ESQUEMA DE WHITE
1 -Selvageria(Baixo)- Energia do corpo, do fogo, do vento e da água
2 – Barbárie (Médio) – Energia da domesticação dos animais, cultivo das plantas, na fabricação e uso de instrumentos, invenção do calendário e escrita
3 – Civilizaçao (Alto) – Energia na descoberta e aplicação da máquina a vapor ( Revolução Industrial).
 DIFUSIONISMO 
O termo difusionismo (do inglês diffusionism) foi empregado pela primeira vez em 1930 para designar a corrente antropológica que procurava explicar o desenvolvimento cultural através do processo de difusão de elementos culturais de uma cultura para outro, enfatizando a relativa raridade de novas invenções e a importância de constantes empréstimos culturais da humanidade (Barbosa in Silva, 1982). Para os adeptos dessa corrente de pensamento, as semelhanças e diferenças culturais resultaram mais da presença ou ausência dos processos de difusão ao que das invenções isoladas de diferentes culturas. Tentaram explicar as similitudes e diferenças entre as culturas particulares, enfatizando o fenômeno da difusão e dos contatos entre os povos. 
 Pode-se dizer que o difusionismo foi um movimento de reação ao evolucionismo do século XlX
TIPOS DE DIFUSIONISMO
Difusionismo Inglês
Essa escola cultural inglesa também é chamada de heliocêntrica, hiperdifusionista ou de Manchester, caracteriza-se pelo dogmatismo e atitude anticientífica que teve pequena duração. Seus principais representantes, impressionados com as descoberta arqueológicas do Egito no início do século XX, atribuiu a eese lugar oa origem da cultura. 
Difusionismo Alemão-austríaco: 
A escola difusionista alemã foi também chamada histórico-cultural, histórico-geográfica e alemã-austríaca, em virtude de alguns de seus representantes virem da 'Escola de Viena'. O método histórico-cultural considerava o 'Kulturkreise (círculos culturais), de onde a cultura teria se propagado da Ásia para os locais mais distantes a partir de círculos culturais que se encontravam
Difusionismo Norte-americano: 
A escola difusionista norte-americana, que também recebeu o nome de historicismo, focalizou a atenção antropológica na análise específica da história cultural. Defendeu a histórica da cultura para poder compreendê-la. Caracterizou-se pela formulação de conceitos tais como traço cultural, complexo cultural, padrão cultural e área cultural, válidos até hoje pela pesquisa de campo. O difusionismo norte-americano reagiu fortemente às especulações do evolucionismo e estudavam cuidadosamente e detalhadamente os fenômenos locais, dentro de uma área bem definida geograficamente.
PRINCIPAIS DIFUSIONISTAS
Inglês: Smith, Perry
Alemão-austríaco: Grabner, Schmidt
Norte-americano: Franz Boas, Wissler, Kroeber.
FUNCIONALISMO
Função pode ser entendida com a correspondência entre uma instituição e as necessidades de determinada organização social, vale dizer, pode ser entendida como a atividade pela qual uma instituição contribui para a manutenção do organismo social. Com esse conceito de função; a teoria funcionalista coloca em evidência o aspecto conservador, a harmonia ou o equilíbrio do sistema social. (Manual de Antropologia Jurídica pag. 121)
Em antropologia, funcionalismo é uma vertente que resulta da reação ao evolucionismo, que no início do século XX, era o paradigma dominante também nas ciências sociais. Os funcionalistas buscaram explicar os fenômenos em termos das suas funções. Assim, cada fato social seria determinado por uma ou várias funções, e cada elemento da cultura destinar-se-ia a cumprir uma determinada tarefa — uma função — dentro de uma estrutura social mais abrangente. 1 Influenciados por algumas ideias de Durkheim, Malinowski e Radcliffe-Brown são geralmente considerados como fundadores da antropologia funcionalista - e da própria antropologia social.
Para o funcionalismo, uma sociedade, bem como sua cultura, deve ser estudada na sua totalidade, seu funcionamento no momento da observação(etnografia). A cultura deve ser vista como um todo interligado, numa integração de funções interdependentes das partes, como num organismo vivo. A análise cultural aqui se afasta do ingrediente histórico e passa pela análise da lógica do sistema: “As partes em relação ao todo”.
O funcionalismo é uma escola antropológica que tem por objetivo analisar o funcionamento da cultura a partir de funções específicas de cada elemento da sociedade.
Suas características básicassão:
 O funcionamento da sociedade se dá por funções de cada elemento cultural em relação do todo
 A convivência com o povo estudado é essencial para entender o funcionamento da cultura
 O funcionalismo apresenta uma visão sincrônica do povo estudado, contrapondo a diacronismo do difusionismo e evolucionismo. 
 O funcionamento cultural leva à formação de instituições para satisfação das necessidades básicas da sociedade.
As instituições exercem o controle social sobre os indivíduos e garantem as condições de lidar eficazmente com os problemas sociais. Nesse sentido, as instituições são padrões normativos institucionalizados e profundamente arraigados na organização social, motivo pelo qual são, em geral, como um padrão natural (Manual de Antropologia Jurídica pag.126)
RADCLIFFE-BROWN (1881-1955)
Radcliffe-Brown entende a antropologia como a ciência que estuda as estruturas sociais em funcionamento e se posiciona contra as teses de que os europeus possuem estruturas sociais superior ao dos nativos, que esses últimos são inferiores aos primeiros. O direito, segundo Radcliffe-Brown, deve ser estudado como o conjunto de sanções negativas organizadas. As sanções prescritas em uma lei penal seriam o exemplo típico dessas sanções. Nessa estrutura, o direito aparece como controle social que se exerce mediante a aplicação sistemática de sanções negativas com o uso da força da sociedade organizada politicamente. (Manual de Antropologia Jurídica Pág. 137)
MALINOWSKI DIREITO
Para Malinowski os europeus numa postura etnocêntrica erram em afirmar que os povos primitivos consideram o direito e os costumes a mesma coisa, não existem regras jurídicas nessa sociedades, pois o que prevalece são os costumes.
Contra essas afirmações suas pesquisas afirmam que entre os nativos existem certos deveres e obrigações que geram obrigações mútuas, são conscientemente percebidas.
Em “Argonautas do Pacífico Ocidental (1978:23,24), Malinowski afirma que as sociedades nativas (primitivas) têm uma organização bem definida e são governadas por leis, autoridades e ordem em suas relações públicas e particulares… Existe uma separação entre o civil e o penal, onde a primeira consiste num conjunto de obrigações forçadas e consideradas justas, na penal são regras que protegem a vida a personalidade e a propriedade. 
Malinowski rompe os contados com o mundo europeu, passa a viver com as populações as quais estuda e a recolher seus materiais de seus idiomas. Faz da alterida o princípio maior de suas pesquisas, uma vez que ninguém antes dele tinha se esforçado tanto em penetrar na mentalidade dos habitantes das sociedades simples. (LAPLATINE, 2006:51)
ESTRUTURALISMO:
O estruturalismo é uma escola antropológica que tem por objetivo analisar o funcionamento da sociedade a partir de estruturas elementares que contribuem para a estabilização social. O aspecto cultural das sociedades está no inconsciente coletivo da cultura de um povo e é externa lizado através de sinais significativos da cultura como a música, mito pintura, adereços, arte etc. As sociedades frias (povos ágrafos) que não entraram em contado com a industrialização externalizam melhor esse inconsciente universal.
Claude Lévi-Strauss é o expoente da corrente estruturalista na Antropologia. Para fundá-la, Lévi-Strauss buscou elementos das ciências que, no seu entender, haviam feito avanços significativos no desenvolvimento de um pensamento propriamente objetivo. Sua maior inspiração foi a Linguística estruturalista da qual faz constante referência, por exemplo, a Jakobson.
Ao apropriar-se do pensamento estruturalista para aplicá-lo à Antropologia, Lévi-Strauss pretende chegar ao modus operandi do espírito humano. No seu entender, deve haver elementos universais na atividade do espírito humano, elementos entendidos como partes irredutíveis e suspensas em relação ao tempo, que perpassariam todo o modo de pensar dos seres humanos.
Nesta linha de pensamento, Lévi-Strauss chega ao par de oposições como elemento fundamental do espírito: todo pensamento humano opera através de pares de oposição. Para defender essa tese, Lévi-Strauss analisa milhares de mitos nas mais variadas sociedades humanas, encontrando modos de construção análogos em todas.
LEVI-STRAUSS (1908-2009)
Segundo o maior representante do estruturalismo Lévi-Strauss, estrutura constitui um sistema interligado de funções onde se modificar um elemento todo a estrutura é modificada.
 As estruturas não são visíveis, pois estão diluídas na consciência das pessoas que estão inseridas num contexto cultural. O que é visível são os símbolos construídos culturalmente a partir do inconsciente coletivo.
ESTRUTURALISMO E DIREITO
O positivismo jurídico (Hans Kelsen-Teoria para o Direito e Norberto Bobbio em Teoria do ordenamento jurídico, usam a noção de sistema e estrutura da Escola Cultural Estruturalista para organizar suas doutrinas.
Para o estruturalismo jurídico o direito é um sistema. O sistema jurídico é um todo que se interdependem, ou seja as normas jurídicas não desfrutam de autonomia, porque estão integradas ao todo sociocultural.

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