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REVISÃO DO MÓDULO 2 - TUTORIA UNICID

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REVISÃO DO MÓDULO 2
MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO SEXUAL
A escala de Tanner (ou estágios de Tanner) é uma avaliação da maturação sexual através do desenvolvimento físico de crianças, adolescentes e adultos. 
A escala define as medidas físicas de desenvolvimento baseado nas características sexuais externas primárias e secundárias, tais como o tamanho das mamas, os órgãos genitais, o volume dos testículos e o desenvolvimento de pelos pubianos e axilares. Estes quadros são usados ​​universalmente e permitem uma avaliação objetiva da progressão do púbis.
	ESTÁGIOS DE TANNER
	MAMAS (sexo feminino)
	GENITAIS (sexo masculino)
	PELOS PUBIANOS
	M1: mama infantil
	G1: pênis, testículos e escrotos infantis
	P1: ausência de pelos
	M2: broto mamário, aumento inicial
	G2: aumento do testículo, mudança na pele escrotal
	P2: aparecimento de pelos finos e levemente pigmentados
	M3: aumento da mama e da aréola
	G3: crescimento peniano, dos testículos e escroto
	P3: maior quantidade de pelos, mais grossos e escuros na sínfise púbica
	M4: aumento da mama e aréola com saliência no contorno da mama
	G4: crescimento em diâmetro do pênis, pele pigmentada no escroto
	P4: pelos adultos sem cobrir a face interna da coxa
	M5: mamas adultas
	G5: genitais adulto
	P5: pilosidade pubiana adulta
Existe também a avaliação da maturação sexual do sexo masculino pelo volume testicular, usando diferentes instrumentos e técnicas:
Orquidômetro de Prader - conjunto de 12 modelos de testículos, de forma elipsóide, feitos de madeira ou plástico e montados numa corda, com volumes de 1 a 25ml. O médico segura no testículo do paciente com uma mão enquanto a outra encontra a representação testicular correspondente.
Régua: régua com 15 formatos diferentes
Ultrassom
Avaliações antropométricas do peso e da estatura
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE 
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, tendo início com as mudanças corporais da puberdade, terminando quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade.
Critério dos limites cronológicos desse período é usado para fins estatísticos e políticos, diferindo pra cada órgão e país:
OMS – 10 a 19 anos
ONU – 15 a 24 anos
ECA – 12 a 18 anos 
A puberdade é o fenômeno biológico que se refere às mudanças morfológicas e fisiológicas (forma, tamanho e função) resultantes da reativação dos mecanismos neuro-hormonais do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal-gonadal.
Estas mudanças corporais conhecidas como os fenômenos da pubarca ou adrenarca e gonadarca são parte de um processo contínuo e dinâmico que se inicia durante a vida fetal e termina com o:
Completo crescimento e fusão total das epífises ósseas
Desenvolvimento das características sexuais secundárias
Completa maturação da mulher e do homem e de sua capacidade de fecundação (gametogênese)
Variabilidade no tempo de início, duração e progressão do desenvolvimento puberal, com marcantes diferenças entre os sexos e entre os diversos grupos étnicos e sociais de uma população, inclusive de acordo com estado nutricional e fatores familiares, ambientais e contextuais. O clima também exerce grande influência. 
Hebiatria é a parte da medicina que cuida dos adolescentes, sendo também conhecida como Medicina do Adolescente cuidando de jovens a partir de 10 anos, faz acompanhamento do crescimento e desenvolvimento físico tendo o conhecimento das alterações hormonais, urológicas, ginecológicas, dermatológicas, ortopédicas, psicológicas e outras que podem ocorrer na adolescência. A hebiatria é uma especialização da pediatria.
MENARCA: é a primeira menstruação. 
As primeiras menstruações têm pouco fluxo, num período médio de três dias de duração. 
A adolescente já alcançou 95,5% de sua estatura final. 
Marca o início da vida fértil da mulher.
A primeira menstruação em si pode não estar necessariamente associada a uma ovulação, ocorrendo exclusivamente por ação do estrogênio sobre o endométrio. 
PUBARCA: aparecimento apenas de pêlos pubianos
Manifestação de amadurecimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal (HHG) 
TELARCA: aparecimento da mama
Variação: 8 a 13 anos
Intervalo entre o aparecimento da mama e a primeira menstruação é 2 a 5 anos.
	O mecanismo de start da puberdade ocorre quando as células receptoras de hormônios perdem sua sensibilidade e, portanto, aumenta a produção de GnRH que estimulará a hipófise a produzir LH e FSH. 
Antes da puberdade, a secreção do GnRH é contínua e não consegue despertar a secreção de gonadotrofinas pela hipófise. 
Com a maturação do sistema límbico, a produção de GnRH torna-se pulsátil (primeiro na fase REM do sono, depois sono não-REM e finalmente 24 horas por dia) 
Células receptoras de hormônios são altamente sensíveis
Como o córtex adrenal produz esteroides, a quantidade produzida inibe, por meio de feedback negativo, a produção do GnRH. 
Com a perda da sensibilidade, devido a maturação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, aumenta-se a produção do GnRH – que se dá no hipotálamo – que irá estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e FSH.
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-GONADAL
A HIPÓFISE possui células glandulares (parte ADENOHIPÓFISE, provenientes da bolsa de Rathke, formada por células ectodérmicas) e células neurais com função secretora (parte NEUROHIPÓFISE, proveniente da parte inferior do 3º ventrículo, persistindo um pedículo de conexão ao hipotálamo). 
A neurohipófise depende do pedículo
A adenohipófise depende do sistema hipotalâmico porta hipofisário
O HIPOTÁLAMO tem papel crucial na função hipofisária, com a regulação da liberação de fatores hipotalâmicos que são veiculados no sangue porta-hipofisário. 
	PRINCIPAIS FATORES HIPOTALÂMICOS
	HORMÔNIO
	AÇÃO
	TRH
	AUMENTA A LIBERAÇÃO DE PROLACTINA E TSH
	GnRH
	AUMENTA A LIBERAÇÃO DE LH E FSH
	SOMATOSTATINA (GHIH)
	INIBE A LIBERAÇÃO DE PROLACTINA, TSH E GH
	DOPAMINA
	INIBE A LIBERAÇÃO DE PROLACTINA
SISTEMA HIPOTALÂMICO-PORTA-HIPOFISÁRIO: sistema tem como finalidade conduzir os hormônios do hipotálamo para a hipófise para controlá-la. 
Primeiro vai para a adenohipófise e depois para a neurohipófise. 
Os hormônios tem caráter estimulante (hormônios de liberação – LH) ou inibidor (hormônio de inibição – IH)
Os HORMÔNIOS DA ADENOHIPÓFISE são o LH e FSH – pertencem a família dos hormônios glicoproteicos. Esses hormônios regulam:
Crescimento
Desenvolvimento
Maturação pubertária
Processos reprodutivos
Secreção de esteroides sexuais nas gônadas
A gonadotrofina coriônica é produzida muito cedo na gestação, antes mesmo da implantação, as células trofoblásticas do blastocisto começam a produzi-la – aparecendo no sangue e na urina (testes de gravidez) 
A secreção do LH e FSH é pulsátil, periódica, cíclica e varia com a fase da vida. 
No feto, a secreção é significativa entre o segundo e o quinto mês. Com a produção de esteroides gonadais, reduz a produção das gonadotrofinas. Após o nascimento, com o fim da produção placentária de esteroides gonadais, volta a elevar os níveis de gonadotrofinas por alguns meses, até que diminuem e se mantém em suspensão até a puberdade. 
Na puberdade, inicia-se a produção de GnRH e reestabelece a secreção de LH e FSH. 
A secreção do GnRH é controlada pelo gerador de pulsos do GnRH – está ativa no fetoe na fase inicial da infância e depois suprimida até a puberdade. 
A função menstrual e a espermatogênese são comprometidas em períodos de stress físico, psicológico ou perdas abruptas de peso pela ação inibitória de GnRH – exercidas pelos níveis aumentados de CRH (hormônio liberador de corticotrofina).
A pulsatilidade na secreção do LH depende da pulsatilidade do GnRH.
Os pulsos nos homens são mais próximos e tem um intervalo mais constante, a cada três horas. 
A pulsatilidade na secreção do FSH é sincronizada com a do LH
Tem uma amplitude menor que a do LH
Existe LH e FSH na vida uterina (mais FSH que LH) – proveniente da gonadotrofina coriônica 
Na senescência – maisLH que FSH.
No homem – eixo hipotálamo-hipófise-testículo: 
O hipotálamo secreta GnRH que estimula a hipófise a secretar o LH e FSH
O LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelas células intersticiais (Células de Leydig) – dando origem aos caracteres sexuais secundários.
O FSH estimula principalmente a produção de espermatozoide – espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos.
Quando o feto começa a se desenvolver, seus testículos secretam a testosterona, auxiliando o desenvolvimento do órgão sexual masculino e suas características secundárias
Formação do pênis, bolsa escrotal, próstata, vesículas seminais e ductos deferentes. 
É o que induz que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal 
É estimulada pela gonadotrofina coriônica, formada pela placenta. Após o nascimento, com a perda da conexão com a placenta – removendo o fator estimulante – os testículos deixam de produzir a testosterona, interrompendo o desenvolvimento das características secundárias masculinas até a puberdade 
Essa produção volta com a puberdade, induzindo o órgão sexual a retomar seu crescimento 
Na mulher – eixo hipotálamo-hipófise-ovário:
O hipotálamo secreta GnRH que estimula a hipófise a secretar o LH e FSH
O FSH estimula a multiplicação das células da granulosa, que convertem os androgênios (produzidos pelas células da teca, sob a influência do LH) em estrogênio através da enzima aromatase – que é dependente de FSH. 
A progesterona e o estrógeno atuam sobre o endométrio: espessando-o quando os níveis estão altos ou afinando-o quando os níveis estão baixos. São secretados pelo corpo lúteo. 
CICLO MENSTRUAL
A duração habitual do fluxo menstrual é de aproximadamente 3 a 5 dias. 
O primeiro dia da menstruação é comumente orientador do primeiro dia do ciclo.
Um ciclo geralmente tem 28 dias. Ciclos de 26 a 32 são considerados normais, acima disso são considerados patológicos.
No brasil, a média de sobrevida do corpo lúteo é 14 dias.
CICLO OVARIANO
	FASE FOLICULAR
	OVULAÇÃO
	FASE LÚTEA
	Início no primeiro dia do ciclo menstrual 
Dura de 10 a 14 dias
O hipotálamo é o iniciador da fase, estimulando a hipófise através do GnRH a liberar o FSH. 
O FSH vai estimular o desenvolvimento e amadurecimento do folículo.
As células foliculares em amadurecimento secretam ESTRÓGENO – induzindo a proliferação do endométrio e miométrio, tornando-o espesso. 
	Rompimento do folículo maduro em resposta ao pico de LH, liberando um óvulo maduro.
Nessa fase, os níveis de estrogênio caem. 
O cérvice produz um muco fino, claro e elástico que tem como finalidade ajudar o transporte do óvulo para o útero.
O óvulo tem cerca de 24 horas de vida.
	Inicia-se na ovulação e estende-se até a fase menstrual. 
Após o folículo romper e liberar o óvulo, ele se degenera formando o corpo lútero.
O corpo lúteo secreta quantidades crescentes de progesterona, que induz a tumefação e o aumento da secreção do endométrio 
A progesterona aumenta a temperatura corporal em 0,5 a 1ºC.
A progesterona promove um crescimento adicional ao endométrio, tornando-o qualificado e funcional.
Não ocorrendo a fertilização, o corpo lúteo regride para corpo albicans e os níveis de hormônio caem, ocasionando a involução do endométrio. 
CICLO UTERINO
	FASE PROLIFERATIVA
	FASE SECRETORA
	FASE MENSTRUAL
	Crescimento mitótico progressivo da decídua funcional em resposta aos níveis circulantes crescentes de estrogênio. 
Pico máximo de células endometriais corresponde ao pico de estrogênio.
Grande número de glândulas, células estromais e vasculares endoteliais.
Desenvolve-se vasos tortuosos – artérias espiraladas. 
	Ocorre 48 a 72 horas após a ovulação
Início da secreção de progesterona pelo corpo lúteo.
Produtos secretados ricos em proteínas eosinofílica na luz glandular. 
	Ausência da implantação
A secreção glandular de progesterona cessa pela regressão do corpo lúteo. 
Ruptura irregular, espasmos vasculares que levam a isquemia e perda de tecido 
Quando as arteríolas se rompe, o sangue não coagula pela ação da FIBRINOLISINA
Sangue não coagulado + células necrosadas + baixas concentrações de estrógeno = contrações do miométrio que levam a expulsão do material.
VARIAÇÕES HORMONAIS
No início de cada ciclo menstrual normalmente, os níveis dos esteroides gonadais são baixos e estiveram diminuindo desde o fim do ciclo anterior. 
Com o desaparecimento do corpo lúteo, os níveis de FSH começam a aumentar e um grupo de folículos em crescimento é recrutado. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio, à medida que crescem durante a fase folicular. Por sua vez, o aumento do estrogênio é o estímulo para a proliferação do endométrio uterino. 
A “escolha” do folículo dominante é dado pela SENSIBILIDADE aos hormonios – quanto mais receptores, maior a sensibilidade. 
Os outros folículos sofrem atresia – não se tornam folículo de Graaf.
Níveis crescentes de estrogênio produzem feedback negativo sobre a secreção hipofisário de FSH, que começa a diminuir no meio da fase folicular. Além disso, os folículos em crescimento produzem inibina-B, que também suprime a secreção de FSH pela hipófise. 
No fim da fase folicular (logo antes da ovulação), há receptores para LH induzidos pelo FSH nas células granulosas e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona. 
Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, é deflagrado o pico hipofisário de LH, que é a causa imediata da ovulação que ocorre 24 a 36 horas depois. 
Ovulação anuncia a transição para a fase lútea-secretora.
O nível de estrogênio diminui no início da fase lútea desde logo antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a aumentar novamente, em virtude da secreção do corpo lúteo. Da mesma forma, a inibina-A é produzida pelo corpo lúteo. 
Os níveis de progesterona aumentam subitamente após a ovulação e podem ser usados como sinal presuntivo de que houve ovulação. 
A progesterona, o estrogênio e a inibina-A atuam em nível central para suprimir a secreção de gonadotrofina e o crescimento de novos folículos. Esses hormônios permanecem elevados durante toda a vida do corpo lúteo e depois diminuem com sua extinção, assim estabelecendo o estágio para o próximo ciclo. 
GAMETOGÊNESE FEMININA
É o processo de formação dos ovócitos maduros. Este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa.
Maturação pré-natal dos ovócitos: Durante a vida fetal inicial, as ovogônias se proliferam por divisões mitóticas para formar os ovócitos primários antes do nascimento. 
O ovócito primário circundado por uma camada de células epiteliais foliculares constitui um folículo primordial. Os ovócitos iniciam sua primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas param na prófase I (na fase do diplóteno) até a adolescência.
Maturação pós-natal dos ovócitos: Após o nascimento, não se forma mais nenhum ovócito primário, ao contrário do que ocorre no homem, e existem cerca de 2 milhões de ovócito primários. Estes permanecem em repouso até a puberdade, motivo responsável pela alta freqüência de erros meióticos que ocorrem com o aumento da idade materna. Na adolescência restam cerca de 40 mil e destes cerca de 400 tornam-se ovócitos secundários e são liberados na ovulação.
A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a primeira divisão meiótica e pára na metáfase da segunda divisão. Forma-se o ovócito secundário que recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que logo degenera) recebe muito pouco.
Antes da ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas progride até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozóide penetra nesse ovócito, a segunda divisão é completada e novamente maior parte do citoplasma é mantida em uma célula, o ovócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, é uma célula também pequena, nãofuncional, que logo degenera (figura 1).
O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares - folículo primário - a seguir por um epitélio estratificado - folículo secundário - e, finalmente, por células que delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro - folículo terciário ou vesicular.
Alguns dias após a menstruação, um novo folículo será escolhido (folículo dominante), o ovócito atinge a segunda divisão meiótica, aumenta rapidamente de tamanho mediante a produção de fluido intercelular, e atinge o estágio de folículo secundário e, posteriormente, de folículo terciário (folículo de De Graaf). A maioria dos folículos secundários e terciários regride formando folículos atrésicos.
O ovócito adquire uma cobertura chamada zona pelúcida, que é secretada tanto pelo ovócito, como pelas células foliculares. Envoltório transparente, acelular, glicoprotéica que age como barreira para os espermatozóides. Depois da fertilização, ela bloqueia a poliespermia e protege o embrião. Durante a formação do antro, as células foliculares se comprimem periféricamente e formam o estrato granuloso, em torno do qual o estroma ovariano se condensa formando uma camada glandular, a teca interna. O desenvolvimento folicular completo e a ovulação dependem do estímulo do ovário pelo hormônio FSH e LH, provenientes da hipófise.
Formação das ovogônias (2n), que entram em meiose, interrompida na prófase I. (fase embrionária)
Do nascimento até a puberdade, essas ovogonias crescem e amadurecem, formando o ovócito I. (2n)
Durante a puberdade, o ovócito terminará a meiose formando o ovócito II (cél. grande) e um corpúsculo polar (cél. pequena), que se degenera. (n)
No final da meiose, o ovócito II dá origem ao óvulo e ao segundo corpúsculo polar. (n)
GAMETOGÊNESE MASCULINA
É a seqüência de eventos onde a espermatogônia torna-se um espermatozóide, o gameta masculino.
As espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal, e na puberdade aumentam de número e sofrem maturação que continua até a velhice - nesse momento, sofrem várias divisões mitóticas, crescem e se desenvolvem, formando os espermatócitos primários. 
Cada um desses sofre a primeira divisão meiótica (divisão reducional) para formar dois espermatócitos secundários haplóides. 
Em seguida sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides. 
Gradualmente as espermátides vão sendo transformadas em espermatozóides por um processo chamado espermiogênese.
O espermatozóide maduro é uma célula móvel, formada por cabeça, colo e cauda. 
A cabeça é a maior parte e contém o núcleo haplóide e o acrossoma, organela em forma de capuz que contém várias enzimas importantes para a fertilização, pois facilita sua penetração ovular. 
O colo é a região que une essas duas estruturas. 
A cauda é constituída por três segmentos: a peça intermediária, peça principal e peça terminal. Essa estrutura, formada a partir dos centríolos, favorece a motilidade durante a fecundação. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP para a atividade desse flagelo. 
As células de Sertoli que revestem os túbulos seminíferos dão suporte e nutrição para células germinativas. 
Os espermatozóides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se maduros. Ele é continuo com o ducto deferente que transporta os espermatozóides para a uretra.
A espermatogênese dura por volta de 64 dias nos túbulos seminíferos e 12 dias no epidídimo, etapa fundamental do ciclo senão os espermatozóides morreriam dentro de 24 – 36 horas. Eles adquirem sua motilidade somente mediante a adição de secreções das glândulas sexuais acessórias- próstata e vesículas seminais- no ejaculado.
	CRESCIMENTO são divisões celulares, aumento de uma variável em um certo intervalo de tempo
	DESENVOLVIMENTO é o ganho de uma função, capacitação ou aprimoramento. 
	Os MÉTODOS CONTRACEPTIVOS são divididos em: 
Barreiras físicas – camisinha masc e fem, diafragma
Barreiras químicas – espermicida e DIU
Métodos hormonais – pílulas, adesivos, injetáveis, PDS
Métodos comportamentais – abstinência, coito interrompido, tabelinha
Métodos definitivos – vasectomia e laqueadura
	ESCOLHA E INDICAÇÃO:
Preferência da mulher, homem ou casal. Escolha livre e informada. Leva-se em conta a idade, perfil de saúde, valores culturais, planejamento familiar, modo de ação, eficácia, complicações, benefícios.
OMS – critérios de elegibilidade para uso de métodos anticoncepcionais: 
	PÍLULA COMBINADA: controle do ciclo, disminorreia, dor ovulatória, síndrome pré-menstrual, síndrome de androginização.
PILULA SÓ COM PROGESTATIVO – amamentação, contraindicação à utilização de estrogênios.
DIU COM PROGESTATIVO – hipermenorreia/menorragia, hemorragia com diu de cobre, hiperplasia simples do endométrio
DIU DE COBRE – contraindicação a contracepção hormonal, dificuldade com outros métodos, contracepção de emergência 
IMPLANTE COM PROGESTATIVO – contraindicação aos estrógenos, dificuldade com outros métodos, fluxo m. abundante
ANEL VAGINAL – as mesmas da contracepção oral combinada, intolerância a toma oral do estroprogestativos 
LAQUEADURA – opção por um método definitivo, contraindicação médica para gravidez 
VASECTOMIA – opção por um método definitivo
CAMISINHA MASCULINA – risco de DST, contracepção masculina 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
É um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, bem como a prevenção de gravidez indesejadas. 
Contribuiu para a redução das taxas de morbimortalidades materna e infantil
É um direito reprodutivo e dever e obrigação do estado
PRÉ-NATAL
Acompanhamento da mulher durante a gravidez – detectando e tratando possíveis problemas que possam trazer danos a saúde da mãe ou do bebe. 
Faz parte do planejamento familiar.
EXAMES PEDIDOS: grupo sanguíneo e fator RH; toxoplasmose; glicemia; HIV; sífilis; rubéola; urina e urocultura; hepatite B e ultrassonografia.
INFERTILIDADE
	INFERTILIDADE conjugal é a incapacidade de um casal para conceber após 18 meses de relações sexuais frequentes sem o uso de contraceptivos
NO HOMEM:
Variocele, falência testicular, endocrinopatias, criptorquidia, estresse, fumo excessivo, hipertermia, obstruções ductais congênitas, pós infecções ou pós vasectomia.
PROBLEMAS RELACIONADOS À DEPOSIÇÃO DO SEMEN NA VAGINA
Hipospádia 
Impotência 
Distúrbios ejaculatórios
	NA MULHER:
CAUSAS OVARIANAS E OVULARES
- SOP, Menopausa precoce
CAUSAS TUBÁRIAS E DO CANAL ENDOCERVICAL
- Endometriose, infecções pélvicas, cauterização do colo do útero, câncer de colo de útero
CAUSAS LIGADAS A FERTILIZAÇÃO 
-Defeito nos cromossomos, estruturas que regulam a fusão dos gametas, maior idade da mulher 
CAUSAS LIGADAS A IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO
- Falhas hormonais (endométrio inadequado), desenvolvimento inadequado do endométrio, malformações uterinas, sinéquias uterinas.
SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS NA GRAVIDEZ
O ÁCIDO FÓLICO é um importante redutor de risco dos defeitos do tubo neural: 
Interfere no aumento dos eritrócitos, no alargamento do útero e no crescimento da placenta e do feto.
Requisito para o crescimento normal, na fase reprodutiva
Atua na formação de anticorpos e como coenzima no metabolismo de aminoácidos (glicina) e na síntese de purinas e pirimídicas. 
Pode interferir no metabolismo da homocisteína – contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares.
Suplementação periconcepcional e durante o primeiro trimestre reduz os riscos de defeitos do tubo neural cerca de 50 a 70%
DEFEITOS DO TUBO NEURAL – grave e altamente morbimortalidade
Sua deficiência pode ocasionar alterações na síntese de DNAe alterações cromossômicas. 
FONTES NATURAIS: vísceras, feijão, espinafre, aspargo e brócolis, abacate, couve, abóbora, cenoura e batata.
O CÁLCIO e FERRO. 
A FECUNDAÇÃO
União de um espermatozóide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto.
Fases da fecundação:
Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito (reação acrossômica): Auxiliado pela ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, e também, pelo movimento da cauda do espermatozoide.
Penetração na zona pelúcida: Formação de um caminho na zona pelúcida através da ação de enzimas. Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida desencadeia o fim da segunda meiose e uma reação zonal, mudanças das propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides.
Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito na área de fusão.
Término da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e o segundo corpo polar.
Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, enquanto que a cauda do espermatozóide se degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos replicam seu DNA.
 Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 cromossomos de cada núcleo resulta em um zigoto) para a divisão celular mitótica e primeira clivagem do zigoto.
DETERMINAÇÃO SEXUAL
É o homem que determina o sexo da prole 
MULHER: XX
HOMEM: XY
CÉLULAS-TRONCO
CÉLULAS-TRONCO são células capazes de autorrenovação e diferenciação em muitas categorias de células, podendo ser programadas para desenvolver funções específicas. 
PODEM SE AUTORREPLICAR – gerando novas células-tronco 
PODEM SE DIFERENCIAR EM DIVERSOS TIPOS CELULARES 
São divididas entre EMBRIONÁRIAS e NÃO-EMBRIONÁRIAS. 
Células tronco não embrionárias
Também conhecidas como células tronco adultas estão presentes em pequenas quantidades no organismo, dispersas nos diferentes tecidos.
Possui um potencial de diferenciação bastante diminuído, sendo categorizadas como células multipotentes. 
Restrição em qual tipo celular será originado – não formam células do folheto embrionário. 
Exemplos clássicos desse tipo celular são algumas células epiteliais, da medula óssea – esse tipo de células tronco desempenha importante papel na regeneração tecidual.
MULTI: medula óssea vermelha
UNI: produz só um tipo de célula, célula epitelial e célula muscular 
Células tronco embrionárias
As células tronco embrionárias se tratam das células oriundas de etapas bastante iniciais do desenvolvimento fetal. 
Têm alta capacidade de diferenciação, podendo dar origem à quase todos os tipos celulares do organismo. 
PLURI: blastocisto - existem estruturas específicas que elas não conseguem formar, como os anexos embrionários.
TOTI: podem gerar todo e qualquer tipo de tecido que compõe o organismo, inclusive a porção fetal da placenta. ZIGOTO. 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Clivagem do Zigoto
Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros - tornam-se menores a cada divisão. 
Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o concepto é chamado de mórula.
Formação e Implantação do Blastocisto
A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar a cavidade blastocística 
À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes
TROFOBLASTO: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.
EMBRIOBLASTO: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião.
Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. 
Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. 
Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas:
CITOTROFOBLASTO: Camada interna de células.
SINCICITROFOBLASTO: Camada externa de células.
No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero
O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. 
Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.
Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino
Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas:
EPIBLASTO: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica.
HIPOBLASTO: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino.
Concomitante a esses processos, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. 
O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. 
Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto, logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo. 
As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino - assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino.
Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino.
Desenvolvimento do saco coriônico
O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas:
MESODERMA SOMÁTICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: reveste o trofoblasto e o âmnio.
MESODERMA ESPLÂNCNICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: envolve o saco vitelino.
Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto.
Gastrulação: Formação das camadas germinativas
Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar - início da morfogênese. 
Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, placa precordal e notocordal. 
Cada uma das três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos:
ECTODERMA: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas;
MESODERMA: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor;
ENDODERMA: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas.	
Formação da Linha Primitiva
No início da terceira semana a linha primitiva surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediando do disco embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. 
Na sua extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. 
O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário.
Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão origem as três camadas germinativas do embrião: 
O MESÊNQUIMA ou MESOBLASTO, que origina os tecidos de sustentação e conjuntivos do corpo, um pouco forma o mesoderma intra-embrionário e outras deslocam o hipoblasto e formam ENDODERMA INTRA-EMBRIONÁIRO. 
As demais células que permanecem no epiblastoformam o ECTODERMA INTRA-EMBRIONARIO.
A linha primitiva regride e desaparece na quarta semana do desenvolvimento.
Formação do processo notocordal
Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano o processo notocordal. 
Esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. 
Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). 
Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus).
A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. 
O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e degeneram. 
Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda
A notocorda:
Define o eixo do embrião;
Base para formação do esqueleto axial;
Futuro local dos corpos vertebrais.
Formação do Alantóide
O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. 
Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco, a qual nos adultos corresponderá ao ligamento umbilical mediano.
Neurulação: Formação do tubo neural
A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento.
Por volta do 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em cada lado. 
No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC - este logo se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele.
A fusão das pregas neurais avança em direção cefálica e caudal, permanecendo abertas na extremidade cranial - neuroporo rostral – até o 25º dia e na extremidade caudal – neuroporo caudal – até o 27º dia.  
Concomitante a esse processo, as células da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo neural, a crista neural. 
Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios do sistema autônomo e as meninges.
Desenvolvimento dos somitos
Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: 
MESODERMA PARAXIAL, INTERMEDIÁRIO E LATERAL (contínuo com o mesoderma extra-embrionário). 
Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. 
No fim da 5° semana 42 a 44 pares de somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente.
 Desenvolvimento do celoma intra-embrionário
No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas:
CAMADA PARIETAL/SOMÁTICA – que cobre o âmnio;
CAMADA VISCERAL/ESPLÂNCNICA – que cobre o saco vitelino:
SOMATOPLEURA = mesoderma somático + ectoderma sobrejacente
ESPLANCNOPLEURA = mesoderma esplacnico + endoderma subjacente
Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades:
Cavidade pericárdica;
Cavidades pleurais;
Cavidade peritoneal.
Desenvolvimento do sistema cardiovascular
No início da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. 
A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos – ilhotas sanguíneas. 
Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. 
Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais.
O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica. 
Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. 
No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária.
Dobramentos do embrião
Os dobramentos levarão à transformação de um disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico.
O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal.
A velocidade de crescimento lateral do embrião não acompanha a velocidade de crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento.
Os dobramentos das extremidades cefálica e caudal e o dobramento lateral ocorrem simultaneamente.
Dobramentos do embrião no plano mediano
O dobramento ventral nas extremidades cefálica e caudal do embrião produz as pregas cefálica e caudal.
Prega cefálica: 
No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. 
Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. 
Concomitantemente, o septo transverso, Coração Primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião.
Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório).
A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário já que após o dobramento, o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao Septo Transverso.
Nesse estágio, o celoma intra-embrionário se comunica com o celoma extra-embrionário.
Prega caudal:
Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. 
A medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal.
Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a cloaca.
Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de conexão), primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantóide é parcialmente incorporada.
Dobramento Lateral no Plano Horizontal
Pregas laterais:
Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico.
Conforme as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporada como intestino médio, que antes do dobramento tinha conexão com o Saco Vitelino.
Após o dobramento, essa conexão fica reduzida a um canal vitelino ou ducto vitelino. 
Quando as pregas do embrião fundem-se ao longo da linha média ventral, forma-se o celoma intra-embrionário. 
Os dobramentos do embrião são responsáveis pela arquitetura anatômica das membranas serosas no indivíduo: o interior da parede do corpo será coberto por mesoderma somático; e as vísceras, pelo mesoderma esplâncnico.
O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo” no qual o tubo ectodérmico externo forma a pele, e o tudo endodérmico interno formam o intestino. 
Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está a mesoderme.
 Derivados dos folhetos germinativos
Os Três Folhetos Germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma) que dão origem a todos os órgãos e tecidos são formados durante a Gastrulação.
Alguns derivados dos folhetos germinativos são:
Quarta Semana
O embrião torna-se ligeiramente encurvado decorrente das pregas cefálica e caudal.
O primeiro arco faríngeo (maior parte formará a mandíbula, enquanto uma extensão rostral formará a maxila) e arco hióideo são claramente visíveis.
Coração produz uma grande saliência ventral e já bombeia o sangue. Rudimentos do Sistema Cardiovascular (Figura 1) e de outros orgãos estão desenvolvidos.
O Neuroporo Anterior já está fechado. O neuroporo caudal se fecha ao final da quarta semana.
O Prosencéfalo produz uma saliência e o dobramento do embrião lhe confere uma formade “C” característica.
Uma longa cauda encurvada está presente.
Os brotos dos membros superiores são reconhecíveis no 26° dia. E brotos dos membros inferiores são reconhecíveis ao final da quarta semana.
As fossetas ópticas e placóides cristalinos também são visíveis.
Ao final da quarta semana a cauda delgada é uma caracteristica marcante.
Quinta semana
Rápido crescimento do encéfalo e proeminências faciais, fazendo com que o crescimento da cabeça exceda o crescimento de outras regiões e a face fica em contato com a eminência cardíaca.
Formação do seio cervical, uma depressão ectodérmica lateral, formado pelo crescimento do segundo arco faríngeo lateral que se superpõe ao terceiro e quarto arcos.
Os brotos dos membros superiores adquirem a forma de remos, e os dos membros inferiores, de nadadeiras.
As Cristas Nefrogênicas indicam o sítio dos Rins Mesonéfricos.
Sexta Semana
As placas das mãos se desenvolvem nos membros superiores. Os raios digitais (primórdio dos dedos) começam a se desenvolver. Os membros inferiores se desenvolvem um pouco mais tarde que os membros inferiores.
Os embriões nessa semana já apresentam movimentos espontâneos como contrações bruscas do tronco e dos membros.
Saliências auriculares se formam em torno do sulco branquial faríngeo, entre os dois primeiros arcos. Esse sulco formará o meato auditivo externo e as saliências se fundem para formar a aurícula.
Olho é bem evidente e o pigmento retiniano já se formou. 
A cabeça é muito maior que o tronco e se dobra sobre a grande saliência cardíaca. Essa posição da cabeça resulta do encurvamento da região cervical.
O tronco e o pescoço já se tornaram retos.
O embrião nessa fase apresenta resposta reflexa ao toque.
Sétima Semana
Formam-se depressões entre os raios digitais que separam os futuros dedos. 
Forma-se o canal vitelino (ducto estreito que antes formava uma comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelínico)
O intestino entra no celoma extra-embrionário na porção proximal do cordão umbilical, formando a hérnia umbilical fisiológica que se dá por razão de a cavidade abdominal ser pequena demais para acomodar o intestino em crescimento.
Oitava Semana
Os dedos das mãos estão separados, mas unidos por membranas. São vistas depressões entre os raios digitais dos pés.
A cauda ainda está presente mas é curta e rombuda.
O plexo vascular do couro cabeludo apareceu e forma uma faixa característica em torno da cabeça.
Ao final da oitava semana todas as regiões dos membros estão aparentes, os dedos se alongaram e estão completamente separados.
Ocorrem os primeiros movimentos propositados dos membros.
Ossificação começa nos membros inferiores.
Todos os sinais da cauda desapareceram.
Ao final da oitava semana o embrião tem feições nitidamente humanas; entretanto a cabeça é proporcionalmente grande (metade do corpo do embrião).
As pálpebras estão se fechando por fusão epitelial.
O intestino ainda está na porção proximal do cordão umbilical
As aurículas estão adquirindo sua forma final, porém estão implantadas numa região mais baixa da cabeça. 
Ainda não é possível fazer diferenciação sexual por observação da genitália externa.
	9 – 12 SEMANA
Rápida aceleração no crescimento do comprimento do corpo 
Centros de ossificação primária 
Genitália externa em fetos masculinos e femininos são semelhantes até o final da 9ª semana.
9 semanas – fígado é o principal local de eritropoese (formação de hemácias) 
12 semana – a eritropoese diminui no fígado e passa a ser realizada no baço
Formação da urina
	13 – 16 SEMANA
Crescimento rápido 
Movimentos dos membros (pouco perceptíveis para a mae mas perceptíveis para o ultrassom)
Ossificação do esqueleto fetal é ativa – ossos tornam-se claramente visíveis no ultrassom
Movimento dos olhos – 14 semanas 
Padrão do cabelo e couro cabeludo 
Ovários diferenciados e já contendo folículo primordiais com ovogonias 
	17 – 20 SEMANA
Crescimento mais lento
Movimentos fetais – pontapés 
Pele material gorduroso – verniz ceroso – células da epiderme mortas e por um material gorduroso 
20 semanas – sobrancelhas e cabelos visíveis 
Lanugo – ajudando a manter preso a pele o verniz ceroso 
Formação da gordura parda
20 semanas – testículos começam a descer, mas ainda estão localizados na parede abdominal posterior 
	21 – 25 SEMANA
Ganho de peso e feto proporcional 
21 semanas – movimento rápido dos olhos 
Células epiteliais do pulmão secretam SURFACTANTE, um lipídio tensoativo que mantem abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento
24 semanas – unhas das mãos presentes
	26 – 29 SEMANA
Pulmões e vasculatura pulmonar alcançaram um desenvolvimento suficiente para realizar trocas gasosas adequadas
SNC já madureceu 
28 semana a medula óssea torna-se o principal local desse processo
	30 – 34 SEMANA
Reflexo pupilar
Com 32 semanas fetos sobrevivem se nascerem prematuramente
35 – 38 SEMANA
Fetos seguram-se com firmeza e se orientam espontaneamente em direção a luz 
36 semana – circunferência da cabeça e abdome são quase iguais, depois disso a do abdome passa a ser maior
Crescimento lento
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
	ÂMNIO 
O QUE É: saco membranoso que envolve o embrião.
FORMAÇÃO: O âmnio é formado com as células que se separaram do epiblasto.
ORIGEM: com a implantação do blastocisto no endométrio surge um espaço no embrioblasto, entre células do epiblasto, chamada de cavidade amniótica 
FUNÇÃO: líquido amniótico que inicialmente dever ser sintetizado pelas próprias células do âmnio + do soro materno
1. crescimento simétrico;
2. protege contra choques mecânicos;
3. impede a fixação do embrião contra as paredes que o contém;
4. mantém a temperatura corporal
5. movimento fetal
QUANDO APARECE: 7 dias de desenvolvimento
SE DEGENERA: 
CONSTITUIÇÃO: podemos dizer que o líquido amniótico se compõe de células fetais descamadas e de substâncias orgânicas e inorgânicas e cerca de 98% de água.
	SACO VITELINICO 
O QUE É: É uma estrutura em forma de saco ligada a região ventral do embrião. Constituída de um nutriente o vitelo.
FORMAÇÃO: Do hipoblasto origina-se uma camada de células denominadas membrana de Heuser que revestirá a cavidade interna do blastocisto que então passará a se chamar cavidade vitelina primitiva 
ORIGEM: revestida externamente pela mesoderme e, internamente, pela endoderme
FUNÇÃO: armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do embrião. 
QUANDO APARECE: saco vitelínico primitivo – 2ª semana de gestação
SE DEGENERA: 
	CÓRION
O QUE É: é uma membrana delgada
FORMAÇÃO: Por volta do 12º dia surgem células que revestem o retículo extra-embrionário (mesoderma extra-embrionário) que passarão a formar cavidades preenchidas por fluido e que posteriormente serão unidas formando a cavidade coriônica. Na medida em que a cavidade coriônica se expande ocorre a separação do âmnio e do citotrofoblasto. Na vesícula vitelínica ocorre a proliferação do hipoblasto seguida de contração de parte da cavidade, formando vesículas exocelômicas que se destacam e são degeneradas. A porção da cavidade remanescente denomina-se agora cavidade vitelina definitiva
ORIGEM: ectoderme e a mesoderme
FUNÇÃO: proteção térmica, proteção contra a entrada de microorganismos patogênicos, e juntamente com o alantóide auxilia nas trocas gasosas.
QUANDO APARECE: 12º dia.
SE DEGENERA: 
	ALANTÓIDE
O QUE É: um saco alongado, sendo formado por um epitélio endodérmico revestido por mesoderma extra-embrionário. 
FORMAÇÃO: A alantóide surge como um pequeno divertículo na parede caudal do saco vitelino. Em embriões humanos está envolvido na formação inicial do sangue e no desenvolvimento da bexiga
ORIGEM: deriva do teto do saco vitelino no ponto em que este está em contato vem a área posterior do disco germinativo ou blastoderma 
FUNÇÃO: 1. função hematopoiética 2. vasos sangüíneos derivados do alantóide formam a veias e as duas artérias que correm no cordão umbilical.
QUANDO APARECE: 3 semana de gestação
SE DEGENERA:a porção intra-embrionária do alantóide vai do umbigo à bexiga urinária, com a qual é contínua. À medida que a bexiga cresce, o alantóide regride para formar o úraco. Após o nascimento o úraco torna-se um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano que vai do teto da bexiga ao umbigo.
A PLACENTA
A placenta é um órgão fetomaterno que separa o feto do endométrio. 
É o local onde ocorrem as trocas gasosas e de nutrientes entre mãe e feto. 
Ela e o cordão umbilical funcionam como um sistema de transporte dessas substâncias: nutrientes e oxigênio passam pela placenta da mãe para o feto, enquanto que o dióxido de carbono e excretas passam do feto para a mãe. 
A placenta, suas membranas fetais e o cordão umbilical são estruturas temporárias que serão expelidas/retiradas após o parto. 
A placenta possui três funções principais: 
METABOLISMO PLACENTÁRIO: a placenta é responsável, principalmente na fase inicial da gravidez, pela síntese de glicogênio, colesterol e ácidos graxos, utilizados como fontes de energia e nutrientes para o embrião/feto. 
TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS (TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA): ocorre nos sentidos feto-materno e materno-fetal, por meio de um dos quatro mecanismos: 
Difusão simples (transporte passivo)
Difusão facilitada
Transporte ativo
Pinocitose. 
As substâncias transportadas são gases (troca gasosa de oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono por difusão simples), substâncias nutritivas (como água, glicose, aminoácidos e vitaminas), hormônios, eletrólitos, anticorpos maternos, produtos de excreção, agentes infecciosos, drogas/fármacos e seus metabólitos. 
SECREÇÃO ENDÓCRINA: hormônios proteicos sintetizados na placenta são o hCG, somatotropina coriônica humana (ou lactogênio placentário humano), tireotropina coriônica humana e corticotropina coriônica humana. 
A glicoproteína hCG é detectada por um exame de sangue denominado beta hCG utilizado para o diagnóstico de gravidez já após o sexto dia de gestação, uma vez que este sites médicos hormônio começa a ser sintetizado pelo sincíciotrofoblasto durante a nidação. 
Com a formação da placenta, esta assume a síntese de hCG e também da progesterona e estrogênio. 
A placenta é constituída por: 
Uma porção fetal, originária do saco coriônico – córion viloso (frondoso); 
Uma porção materna, derivada do endométrio – decídua basal. 
A decídua refere-se à camada funcional do endométrio de uma mulher grávida (endométrio gravídico) que se separa do restante do útero ao nascimento. 
É dividida em 3 regiões: 
DECÍDUA BASAL: parte que fica abaixo do concepto, formando o componente materno da placenta. 
DECÍDUA CAPSULAR: parte superficial da decídua que recobre o concepto. 
DECÍDUA PARIETAL: todas as outras partes restante da decídua. 
As células deciduais são formadas quando as células do estroma (ou tecido conjuntivo) da decídua aumentam de tamanho por conta do acúmulo de glicogênio e lipídios em seu citoplasma como resposta aos níveis crescentes de progesterona no sangue da mãe. 
Essas mudanças celulares e vasculares no endométrio gravídico constituem a reação decidual, sendo utilizada no diagnóstico da gravidez inicial através do ultrassom. 
Muitas células da decídua degeneram próximo ao sincíciotrofoblasto, e, juntamente com a circulação materna e as secreções uterinas, fornecem uma fonte nutricional rica para o embrião. 
FORMAÇÃO DA PLACENTA
O desenvolvimento inicial da placenta conta com a rápida proliferação do trofoblasto, bem como com o desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. 
As vilosidades coriônicas cobrem inteiramente o saco coriônico até o início da oitava semana do desenvolvimento. 
As vilosidades coriônicas associadas à decídua capsular são comprimidas com o crescimento do saco coriônico até degenerarem, levando à formação do córion liso, uma estrutura relativamente avascular. 
Com a formação do córion liso, as vilosidades associadas à decídua basal proliferam, ramificam e crescem, constituindo o córion viloso (frondoso), porção fetal da placenta.
O crescimento do feto faz com que o útero, o saco coriônico e a placenta aumentem de tamanho. 
Ainda durante o desenvolvimento da placenta e com o crescimento do concepto, observamos que o saco amniótico cresce mais rápido do que o saco coriônico, resultando na fusão entre o âmnio e o córion liso formando a membrana amniocoriônica, que posteriormente irá se fusionar com a decídua capsular. 
A decídua capsular, por sua sites médicos vez, faz protuberâncias na cavidade uterina e torna-se bastante atenuada, aproximando-se da decídua parietal no lado oposto, e se fusionando com esta, o que acarreta a obliteração da cavidade uterina. 
A falta de circulação na decídua capsular entre a 22ª e a 24ª semanas do desenvolvimento, leva à sua degeneração e desaparecimento, fazendo com que a membrana amniocoriônica se fusione com a decídua parietal. 
É a membrana amniocoriônica que se rompe no trabalho de parto e leva à expulsão do líquido amniótico através do colo e da vagina em direção ao exterior. 
A ruptura precoce desta membrana é o evento mais comum que ao parto prematuro.
TRANSPORTE PLACENTÁRIO
	DIFUSÃO SIMPLES
	DIFUSÃO FACILITADA
	TRANSPORTE ATIVO
	ENDOCITOSE
	A favor do gradiente de [ ]
	Proteínas transporte, a favor do gradiente de [ ]
	Contra o gradiente de [ ] 
	Invaginação membrana celular, formando vesículas
	DROGAS, benzeno, ureia, etanol e gases
	Açúcares, nucleosídeos e íons
	Aminoácidos e resíduos metabólicos
	ANTICORPOS, igg materno
CIRCULAÇÃO FETAL
Mãe – feto
As artérias e veias endometriais da decídua basal, se abrem diretamente na capa citotrofoblástica através de fendas, fazendo com que o sangue materno chegue ou seja drenado do espaço interviloso. 
Cerca de 80 a 100 artérias endometriais espiraladas da decídua basal se abrem na capa citotrofoblástica, onde o fluxo sanguíneo é pulsátil e lançado em jatos por força de pressão.
Esse sangue altamente oxigenado e cheio de nutrientes terá pressão mais alta que a do espaço interviloso, sendo jorrado em direção à placa coriônica. 
Com a diminuição gradativa dessa pressão, o sangue flui lentamente ao redor das vilosidades, garantindo a troca de produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal. 
Das vilosidades coriônicas, o sangue segue por vasos cada vez mais calibrosos, passando pela placa coriônica e chegando ao feto através de uma veia umbilical através do cordão umbilical. 
Note que a veia umbilical transporta sangue ricamente oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto.
Feto – mãe
O sangue pouco oxigenado e rico em excretas deixa o feto através do cordão umbilical e é transportado por duas artérias umbilicais. 
Na região onde o cordão umbilical se une à placenta, essas artérias, dividem-se em vários ramos dispostos radialmente, as artérias coriônicas, que se ramificam livremente na placa coriônica antes de entrar na vilosidade coriônica. 
O sangue fetal e o sangue materno ficam próximos graças a um sistema arteriocapilar-venoso, formado pelos vasos sanguíneos, dentro das vilosidades coriônicas, fornecendo uma grande área para que ocorram troca gasosas e metabólicas. 
Geralmente, não há mistura entre o sangue materno e o fetal, mas pequenas quantidades de sangue fetal podem passar para o sangue materno por pequenos defeitos que vez ou outra acontecem na membrana placentária. 
O sangue fetal então, passa dos capilares das vilosidades coriônicas para o espaço interviloso, sendo captado pelas veias endometriais que se abrem na capa citotrofoblástica e retornando para a circulação materna.
MEMBRANA PLACENTÁRIA
A membrana placentária é uma estrutura responsável em separar o sangue materno do fetal. 
É composta, até a 20ª semana, pelo sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. 
Após a 20ª semana, ocorrem algumas alterações celulares no citotrofoblasto, que acaba por perder grandes quantidades de células em várias áreas das vilosidades,deixando apenas o sincíciotrofoblasto
A membrana placentária passa a ser formada por três camadas, tornando-se atenuada e fina. 
A membrana placentária age como barreira somente quando a molécula é de tamanho, configuração e carga específicos. 
Alguns metabólitos, toxinas e hormônios, embora presentes na circulação materna, não atravessam a membrana placentária em quantidades suficientes para afetarem o embrião/feto. 
Com o avanço da gestação, a membrana placentária torna-se progressivamente mais fina de modo que o sangue presente em diversos capilares fetais torna-se extremamente próximo ao sangue materno no espaço interviloso.
GEMELARIDADE
A gestação gemelar pode ser de dois tipos: 
MONOZIGÓTICOS: (idênticos ou gêmeos verdadeiros)
DUAS PLACENTAS + DUAS BOLSAS – 4º dia 
UMA PLACENTA + DUAS BOLSA – de 4º ao 8º dia
UMA PLACENTA + UMA BOLSA – 9º dia
DIZIGÓTICOS: (não idênticos ou fraterno)
DUAS PLACENTAS + DUAS BOLSAS 
Número de “bolsas” refere-se ao número de âmnio.
Número de “placentas” refere-se ao número de córion. 
Apenas os gêmeos dizigóticos são influenciados por fatores genéticos: a mulher tem que ovular mais de um óvulo – que não é o normal.
Outros fatores que podem influenciar uma gestação gemelar: 
Influencia hereditária;
Partos anteriores; 
Gestação em idade avançada; 
Genética (afroamericanos); 
Fatores externos, como fertilização in vitro
A o tempo gestacional para gêmeos é menor do que as gestações únicas – pela falta de espaço dentro do ventre materno.
Quanto maior o número de fetos, mais cedo é o parto e mais leves serão os bebês. 
SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL ou INTERFETAL
É uma complicação que pode ocorrer nas gestações de gêmeos quando os dois fetos estão dividindo a mesma placenta porém estão em bolsas diferentes (são as chamadas gestações monocoriônicas e diamnióiticas). 
Resultado do desequilíbrio no fluxo de sangue entre os dois bebês através de comunicações entre vasos (artérias e veias) na placenta. 
Este desequilíbrio vai fazer com que um dos bebês receba mais sangue do que o outro, portanto um feto é classificado como doador de sangue e o outro como receptor. 
Com isso ao exame de ultrassom observa-se bebês de tamanhos desproporcionais, onde o doador é normalmente um bebê pequeno e o receptor um bebê grande.
Durante o exame de ultrassom observa-se a presença de polidramnia (líquido amniótico aumentado) em uma das bolsas e oligodramnia (líquido amniótico reduzido) na outra. 
Na bolsa com o líquido amniótico aumentado encontra-se um feto maior e com bexiga urinária aumentada de tamanho (bexiga muito cheia). 
Na outra bolsa onde o líquido está diminuído o feto é pequeno e sua bexiga urinária é difícil de ser visualizada, pois encontra-se vazia. 
GESTAÇÃO DE RISCO
	Gestação – processo fisiológico 
“Portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problema, apresentando maiores probabilidades de evolução DESFAVORÁVEL” – alto risco
	“Aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido tem maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada (CALDEYRO, BARCIA, 1973)
	FATORES DE RISCO PRESENTES ANTERIORMENTE A GESTAÇÃO
	CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E SOCIODEMOGRÁFICAS DESFAV. 
Maior que 35 anos e menor que 15
Menos de 1,45 
Peso menor 45kg e maior 75kg
Anormalidades órgãos reprod.
Dependência (drogas, álcool, cig)
	HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR
Abortamento habitual, morte perinatal
RN crescimento restrito ou malformado
Esterilidade/infertilidade
Intervalo <2; >5
Síndromes hemorrágicas/hipertensiva
Diabetes gestacional
Cirurgia uterina anterior (2ou+ cesáreas)
	CONDIÇÕES CLÍNICAS PREEXISTENTES
Hipertensão, cardiopatia, pneumopatias
Nefropatias, endocrinopatias, hemopatias
Epilepsia, doenças infecciosas e autoimune
Ginecopatias e neoplasias
	CONDIÇÕES OU COMPLICAÇÕES NO DECORRER DA GRAVIDEZ
	DOENÇAS OBSTÉTRICAS NA GRAVIDEZ
Exposição a teratogênicos, desvio crescimento uterino, nº fetos, V liq. Amniót.
Trab. parto prematuro ou prolongado, ganho de peso inadequado
Pré-eclampsia e eclampsia, Diabete gestacional, Amniorrexe prematura
hemorragias, óbito fetal, insuficiência istmo-cervical, aloimunização
	INTERCORRENCIAS CLÍNICAS
Doenças infectocontagiosas (ITU, rubéola, toxoplasmose)
Doenças clínicas diagnosticadas na gravidez 
GRAVIDEZ DE RISCO NÃO É SINÔNIMO DE PARTO CESÁREA
	Teste de gravides +: inicia-se o pré-natal
Cartão do SUS em todas as consultas 
Anotações nos prontuários da UBS e no cartão da gestante
Toda consulta avalia-se o risco obstétrico e perinatal
HIV – diagnostico pré-concepcional ou no inicio da gestação possibilita menor controle de infecção materna e melhores resultados na profilaxia da transmissão vertical desse vírus
No mínimo 6 consultas e 3 US (OMS)
	PRIMEIRA CONSULTA: 
Anamnese, aspectos epidemios, antecedentes familiares, pessoas, gineco e obstétricos, situação da gravidez atual e exame físico 
EXAMES COMPLEMENTARES 
OUTRAS CONSULTAS: ]
Revisão da ficha do pré-natal, calendário de vacinas, calculo e anotação da IG, peso, PA, palpação obst. e altura uterina.
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Consiste em verificar a probabilidade de uma doença genética ocorrer em uma família
O médico realizará uma serie de perguntas para averiguar os riscos reais de doenças genéticas ou hereditárias – além de conhecer o histórico familiar
Equipe multidisciplinar 
Indicações para o aconselhamento: 
Histórico de câncer ou doenças degenerativa em parentes próximos
Casais com idade avançada
Casais portadores de alguma doença genética
Casais que possuem filhos com malformações e/ou anomalias 
Casos de aborto de repetição 
Infertilidade 
Presença de consanguinidade
MUTAÇÕES 
CONGÊNITO significa: Inato, característica presente à nascença: ou hereditária (genética) ou adquirida no útero, durante a gravidez.
	MUTAÇÃO GÊNICA
Alterações que ocorrem na sequência de bases na molécula de DNA, sofrendo mudanças em sua estrutura
Pode ser transmissíveis aos descendentes.
VARIABILIDADE GÊNICA
Podem ser por ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO ou SUBSTITUIÇÃO 
- Adição ou Subtração de bases: modifica o código genético, definindo nova sequência de bases, podendo modificar o tipo de aminoácido presente na cadeia proteica (alterando função ou inativando a expressão fenotípica).
- Substituição de bases: troca de uma base purina por outra purina ou pirimidina. 
EX: ANEMIA FALCIFORME – substituição do aminoácido ácido glutâmico pelo aminoácido valina, alterando a forma da proteína toda, modificando o formato do glóbulo vermelho, que se torna incapaz de transportar oxigênio.
	MODIFICAÇÕES EPIGENÉTICAS
Modificações do genoma que são herdados pelas próximas gerações mas que não alteram a sequência do DNA.
Depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que envolvem o DNA (HISTONAS).
Hábitos de vida + ambiente social podem modificar o funcionamento de seus genes. 
Existem três tipos de mecanismos de alterações epigênicas: METILAÇÃO DO DNA (1), MODIFICAÇÕES DE HISTONAS (2) e AÇÃO DE RNAs NÃO CODIFICADORES (3).
- 1: Silenciamento dos genes, regiões altamente metiladas estão associadas a heterocromatização. 
- 2: Acetilações, Fosforilações e Ubiquitinações, formando código de histonas determinando a conformação da cromatina
- 3: silenciamento através do mecanismo de RNA de interferência onde ocorre o bloqueio da tradução do RNAm alvo.
TERATOGÊNESE
	AGENTE TERATOGÊNICO é tudo aquilo que é capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez, podendo se refletir como perda da gestação, malformações, alterações funcionais (restrição do crescimento) e distúrbios neurocomportamentais (retardo mental) 
Thompson e Thompson (genética médica 6.ed) define teratogênia: 
Identificação e a compreensão dos mecanismos dos chamados teratógenos – drogas, infecções ou agentes ambientais que causam efeitos de nascimento. 
Defeitos congênitos, malformações congênitas e anomalias congênitassão termos sinônimos usados para descrever transtornos estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos presentes ao nascimento. 
São erros comuns entre a terceira e oitava semana de gestação embrionária
	MEDICAMENTOS – talidomida, ácido retinóico, hidantoinatos
DROGAS - álcool, tabaco, cocaína
FÍSICOS - radiações tipo raio-X, hipertermia (febre)
DOENÇAS MATERNAS - diabetes, epilepsia, fenilcetonúria
OUTROS AGENTES - vacinas, poluição ambiental, algumas ocupações
O período mais crítico do desenvolvimento é quando ocorre o pico da divisão celular, o pico da diferenciação celular e o pico da morfogênese 
As perturbações ambientais durante as duas primeiras semanas após a fecundação podem interferir com a CLIVAGEM DO ZIGOTO e IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO, podendo causar morte precoce e o aborto espontâneo.
TEORIA DO TUDO OU NADA

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