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ris2013 prova saude mental coletiva (1)

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PROCESSO SELETIVO DA RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE – RIS-ESP/CE
 EDITAL Nº 03/2013
ÊNFASE EM SAÚDE MENTAL COLETIVA 
CATEGORIA PROFISSIONAL: ________________________________
MUNICÍPIO: ________________________________________________
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO PARA CONFERÊNCIA 
CONHECIMENTOS GERAIS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
LEIA COM ATENÇÃO E SIGA RIGOROSAMENTE ESTAS INSTRUÇÕES
1. A Prova Escrita Objetiva terá a duração de 4 horas, incluído o tempo para o preenchimento do cartão-resposta e as 
orientações iniciais sobre o processo de aplicação das provas.
2. A Prova Escrita Objetiva versa sobre Conhecimentos Gerais e sobre Conhecimentos Específicos inerentes à respectiva 
ênfase, previstos no conteúdo programático, sendo composta de 50 questões de múltipla escolha, 0,2 (dois) décimos 
cada questão. A prova total vale 10 (dez) pontos. As questões de 1 a 25 são referentes à matéria de Conhecimentos 
Gerais. As questões de 26 a 50 são referentes à matéria de Conhecimentos Específicos.
3. As questões da prova apresentam um enunciado seguido de quatro alternativas designadas pelas letras A, B, C e D, 
existindo somente uma alternativa correta.
4. Para cada questão da prova, assinale somente uma alternativa que você considera como a resposta correta.
5. Examine se o caderno de provas está completo e se há falhas ou imperfeições gráficas que causem dúvidas. Nenhuma 
reclamação será aceita após trinta minutos do início da prova.
6. Decorrido o tempo determinado pela Coordenação Local, será distribuído o cartão-resposta, o qual será o único 
documento válido para a correção da prova. 
7. Ao receber o cartão-resposta verifique se seus dados estão corretos.
8. Assine o cartão-resposta no espaço reservado para este fim. Não haverá substituição do cartão-resposta ou de prova em 
caso de erro ou rasura efetuado pelo candidato.
9. Não amasse nem dobre o cartão-resposta, para que não seja rejeitado pela leitura ótica.
10. Não serão considerados os pontos relativos a questões quando, no cartão-resposta, forem assinaladas mais de uma 
resposta, ou houver rasura, ou marcação a lápis ou não for assinalada nenhuma alternativa.
11. É vedado o uso de qualquer material, além da caneta esferográfica (tinta azul ou preta) para marcação das respostas.
12. Qualquer forma de comunicação entre os candidatos implicará em sua eliminação.
13. O candidato somente poderá ausentar-se definitivamente do recinto da prova após decorrida 1 (uma) hora de sua 
realização.
14. É vedada a saída do candidato do recinto da prova sem autorização e acompanhamento do fiscal de sala.
15. Os três últimos candidatos só poderão retirar-se da sala de prova simultaneamente, tendo que registrar sua assinatura 
em Ata.
16. O candidato, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, o cartão-resposta e o caderno de prova, devendo, ainda, 
assinar a lista de frequência. 
17. Eventuais erros de digitação de nomes e números de inscrições deverão ser corrigidos no dia das provas, registrados 
em Ata, pelos fiscais de salas. 
18. O gabarito abaixo, para simples conferência, pode ser destacado para uso do candidato.
Processo Seletivo da Residência Integrada em Saúde – RIS-ESP/CE 
Escola de Saúde Pública do Ceará – 2
CONHECIMENTOS GERAIS
1. É competência da direção Nacional do Sistema Único da Saúde (SUS), segundo a Lei nº 8.080/90:
a) Promover a descentralização para os municípios dos serviços e das ações de saúde.
b) Promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com 
entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde.
c) Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde.
d) Formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade 
para produtos e substâncias de consumo humano.
2. Sobre a Lei nº 8.080/90 é correto afirmar que:
a) As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante 
participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em 
níveis de complexidade decrescente.
b) A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental em circunstâncias 
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção 
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.
c) Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, 
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
d) Entende-se por vigilância ambiental um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, 
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
3. A constituição de uma Região de Saúde, conforme especifica o decreto nº 7.508/11, deve conter no mínimo:
a) atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e 
hospitalar; e vigilância em saúde.
b) atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e 
hospitalar; e atenção a saúde do trabalhador.
c) atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; vigilância ambiental; e vigilância em saúde.
d) atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e 
hospitalar.
4. Com a regulamentação da Lei Orgânica da Saúde, a partir do Decreto nº 7.508/11, o controle e a fiscalização do 
Contrato Organizativo de Ação Pública será realizado por:
a) Conselho Nacional de Saúde
b) Conferência Nacional de Saúde
c) Comissões intergestoras
d) Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS
5. Sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, a Lei nº 8.142/1990 de 28/12/1990, define:
a) Que o Conselho de Saúde é um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo cujo papel é atuar na 
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, 
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder 
legalmente constituído em cada esfera do governo. 
b) Que a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada oito anos com a representação dos vários segmentos sociais, 
para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis 
correspondentes. 
c) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação a cada 
segmento de representantes, que compõem essas instâncias colegiadas, ou seja, representações do 
segmento do governo, de prestadores de serviço e de profissionais de saúde. 
d) As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento 
definidas em regimento único aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde. 
Processo Seletivo da Residência Integrada em Saúde – RIS-ESP/CE 
Escola de Saúde Pública do Ceará – 3
6. No que diz respeito à alocação de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os municípios, é correto afirmar que:
a) Os municípios não necessitam ofertar contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento. 
b) Os recursos referidos neste artigo serãodestinados, pelo menos cinquenta por cento, aos Estados, afetando-
se o restante aos Municípios. 
c) É vedado o estabelecimento de consórcios entre os municípios para execução de ações e serviços de saúde, 
com os recursos previstos na Lei nº 8.080. 
d) Só poderão acessar os recursos, aqueles municípios que contarem com: Fundo de Saúde; Conselho de 
Saúde, com composição paritária; plano de saúde e relatórios de gestão. 
7. Sobre a Portaria n° 2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a nova Política Nacional de Atenção Básica e 
estabelece a revisão de diretrizes e normas para organização da Atenção Básica e a Estratégia Saúde da Família, 
é correto afirmar que:
a) Todos os profissionais de saúde, membros da equipe saúde da família, sem exceções, deverão cumprir carga 
horária de 40 (quarenta) horas semanais.
b) O número de agentes comunitários de saúde deverá cobrir no mínimo 50% da população cadastrada. 
c) Cada equipe de Saúde da Família deverá ser responsável por no máximo 5.000 pessoas.
d) A equipe de Saúde da Família deverá ser multiprofissional composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, 
auxiliar/técnico de Enfermagem, e ACS, podendo acrescentar a esta composição, dentista e auxiliar/técnico em 
saúde bucal.
8. Sobre as características do processo de trabalho das equipes da Estratégia Saúde da Família, assinale V ou F e 
em seguida assinale a alternativa correta.
( ) I. Promover à assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro atendimento as urgências por 
meio do acolhimento com escuta qualificada. 
( ) II. Planejar ações que promovam assistência apenas aos grupos de risco.
( ) III. Responsabilização sanitária para com os indivíduos / famílias de um determinado território definido. 
( ) IV. Realizar planejamento em saúde sem possibilidades para readequações. 
( ) V. Promover uma atenção integral, contínua e organizada.
Estão corretas APENAS: 
a) II, IV, V
b) I, III, IV, V
c) I, III, V
d) III, IV, V
9. Marque a alternativa correta que caracteriza a Atenção Primária em Saúde:
a) Garantia de serviços de saúde integrados com abordagem curativista e recepção passiva; viabilização da 
participação da comunidade.
b) Modelo de assistência centrado no papel hegemônico do médico com enfoque na prevenção, atenção e cura.
c) Porta de entrada dos sistemas e serviços sociais de saúde, atenção continuada com enfoque na saúde 
considerando os aspectos biopsicossociais dos indivíduos. 
d) Estratégia flexível, primeiro contato dos indivíduos, atenção por episódios e domínio pelo profissional. 
10. Segundo a OPAS (2005), os componentes que caracterizam um Sistema de Saúde baseado na APS são: 
( ) Acesso e cobertura universal; atenção integral e integrada; ênfase na prevenção e na promoção atenção 
apropriada; orientação familiar e comunitária; organização da gestão otimizadas.
( ) Intersetorialidade; participação; sustentabilidade; solidariedade e enfoque na doença.
( ) Acesso universal; territorialização; cadastramento individual; políticas e programas centralizadoras. 
( ) Políticas e programas que estimulem a equidade; primeiro contato; recursos humanos apropriados; 
recursos humanos adequados; sustentáveis e ações intersetoriais com enfoques comunitários.
Processo Seletivo da Residência Integrada em Saúde – RIS-ESP/CE 
Escola de Saúde Pública do Ceará – 4
Assinale a alternativa correta: 
a) V, V, F, F
b) F, V, V, F
c) V, F, V, F
d) V, F, F, V
11. Ao longo das últimas quatro décadas aconteceram mudanças significativas nas formas de participação. 
Considerando Escorel e Moreira (2008), assinale a alternativa que apresenta as diversas formas de participação 
no campo da política e das práticas sociais no setor saúde no Brasil.
a) Comissão Intergestora Bipartite, Comissão Intergestora Tripartite e Conselhos de Saúde.
b) Participação comunitária em programas de extensão de cobertura, participação popular, participação social.
c) Participação institucionalizada, participação não institucionalizada, CONASS e CONASSEMS.
d) Participação política em órgãos institucionais colegiados, conselhos de saúde e conferências de saúde.
12. Considerando a participação como um processo que não chega ao um final do percurso, mas a um ponto social 
de um ciclo dialético que se amplia ou se restringe em contextos individuais e coletivos, em um determinando 
período histórico, podemos afirmar que a participação social é:
a) Um conjunto de relações culturais, sócio políticas e econômicas, em que os sujeitos, individuais ou coletivos, 
diretamente ou por meio de seus representantes, direcionam seus objetivos para um ciclo de políticas, 
interferindo diretamente nos direitos de cada cidadão. 
b) Um conjunto de relações culturais, sócio políticas e econômicas, em que os sujeitos, individuais, por meio de 
seus representantes, direcionam seus objetivos para um ciclo de políticas, interferindo diretamente nos direitos 
de cada cidadão. 
c) Um conjunto de relações culturais, sócio políticas e econômicas, em que os sujeitos, coletivos, diretamente, 
direcionam seus objetivos para a implementação da política, interferindo diretamente nos direitos de cada 
cidadão. 
d) Um conjunto de relações econômicas, em que os sujeitos, individuais, diretamente, direcionam seus objetivos 
econômicos para o processo político partidários, interferindo diretamente nas relações de poder individuais. 
13. Considerando o enfoque da promoção da saúde radical desenvolvida na América Latina e suas principais 
características e componentes, assinale a afirmativa correta.
a) Patrimônio biológico, condições sociais e econômicas, estilo de vida e intervenções médico sanitárias.
b) Prevenção primária, secundária e terciária.
c) Biologia humana, estilos de vida, ambiente, serviços de saúde e participação institucionalizada.
d) Contexto de pobreza e desigualdade social, deslocamento do foco para as questões estruturais, priorização de 
processos comunitários voltados para mudanças sociais. 
14. Considerando o modelo social estruturalista assinale a afirmativa correta.
a) Fundamenta-se no modelo médico hegemônico e foi base no pensamento da Reforma Sanitária Brasileira. 
b) Fundamenta-se no modelo da história social da doença. Breilh e Granda, situam o processo saúde-doença 
como resultado de um conjunto de determinações que operam numa sociedade concreta, estabelecendo 
relação entre mortalidade e classe social.
c) Fundamenta-se no modelo da história natural da doença considerando o processo de prevenção primária, 
secundária e terciária proposto por Breilh e Granda.
d) Fundamenta-se no modelo do campo da saúde considerando a biologia humana, os estilos de vida, o ambiente 
e os serviços de saúde.
15. As conferências internacionais e a literatura apontam como princípios da Promoção da Saúde:
a) Multicausalidade, equidade, intersetorialidade, participação social, sustentabilidade.
b)Modelo médico hegemônico, integralidade, universalidade e equidade.
c) Clínica peripatética, clínica do sujeito e clínica da reforma psiquiátrica.
d) Gestão taylorista, administração pública e enfoque sistêmico. 
Processo Seletivo da Residência Integrada em Saúde – RIS-ESP/CE 
Escola de Saúde Pública do Ceará – 5
16. Assinale a afirmativa que apresenta a concepção da História Natural da Doença de Leavell & Clark (1965) na 
explicação da causalidade do processo saúde doença.
a) A perspectiva elaborada pelos autores trabalha com a abordagem médico-social do processo saúde-doença, 
considerando os determinantes sociais de saúde e a crítica ao modo de produção capitalista. O processo 
saúde-doença no contexto da história natural da doença parte dos determinantes econômicos onde estão 
inseridos os sujeitos, colocando a dimensão biológica secundária em relação ao contexto político social.
b)O modelo da história natural da doença trabalha com a perspectiva do modelo médico hegemônico aplicado as 
questões sanitárias e as práticas clínicas da atenção médica, desconsiderando a dimensão biológica do 
processo saúde-doença. 
c) Para os autores, microorganismos interagem com o ambiente que favorecem ou não sua sobrevivência e 
multiplicação como agente etiológico. A predisposição do indivíduo à doença é o seu comportamento genético 
e a sua resistência, sendo essa relacionada com os seus comportamentos ou estilos de vida. A partir da 
perspectiva da história natural da doença os autores propuseram medidas de intervenção nos diferentes 
estágios da doença: prevenção primária, secundária e terciária. 
d) De acordo com os autores, os microorganismos interagem com o ambiente que produzem o processo de 
adoecimento. Os determinantes sociais da saúde são um dos principais elementos de leitura do processo 
saúde-doença. A história natural da doença trabalha com os seguintes estágios: promoção da saúde, 
prevenção primária e secundária. 
17. A Educação Popular em Saúde contribui para as práticas de saúde coletiva por꞉ 
a) Dedicar-se à realização de campanhas massivas sobre questões de saúde pública, conduzidas e 
protagonizadas apenas pelos profissionais e instituições de saúde. 
b) Reorientar a globalidade das práticas nos serviços de saúde contribuindo para a manutenção de práticas 
biologicistas, autoritárias e que desprezam as iniciativas do doente e seus familiares.
c) Enfatizar a ampliação dos espaços de interação cultural e negociação entre os diversos atores envolvidos em 
determinada situação a partir da problematização, para a construção compartilhada do conhecimento e da 
organização política necessários à sua superação. 
d) Potencializar a participação popular nos serviços de saúde através de práticas centradas na inclusão de 
hábitos individuais considerados saudáveis. 
18. Sobre a educação popular em saúde, podemos afirmar que꞉
a) É considerada apenas um estilo de comunicação e ensino no campo da saúde. 
b) É um saber importante para a construção da participação popular, servindo para a criação de uma nova 
consciência sanitária, como também para uma democratização mais radical das políticas públicas. 
c) É amplamente generalizada no Brasil como forma de apoiar iniciativas de formação dos trabalhadores de 
saúde. 
d) Prioriza a relação com os movimentos sociais, cuja voz tem sido reconhecida e qualificada em negociações no 
âmbito dos serviços e políticas de saúde. 
19. A Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS), foi instituída pelo Ministério da Saúde com o propósito de 
enfrentar os desafios quanto a implementação dos princípios do SUS na gestão e na atenção das práticas de 
saúde. Nesse sentido, oferece algumas tecnologias de humanização da atenção e da gestão, sendo uma delas a 
Clínica ampliada. Sobre essa tecnologia, também conhecida como um dispositivo da PNH, podemos afirmar que:
a) A Clínica Ampliada é uma responsabilidade médica quando bem acolhendo os usuários do SUS, prescreve um 
remédio ou solicita um exame para comprovar ou não a hipótese do paciente ter uma determinada doença.
b) A atuação dos profissionais dos serviços de saúde, a partir da Clínica Ampliada, deve focar sua intervenção no 
problema genético e em toda a tecnologia que ele dispõe para diagnóstico e tratamento, ignorando a história e 
a situação social das pessoas que estão sob seus cuidados.
c) A Clínica Ampliada propõe que os profissionais de saúde desenvolvam a capacidade de ajudar as pessoas, 
não só a combater as doenças, mas a transformar-se, de forma que a doença, mesmo sendo um limite, não a 
impeça de viver a sua vida.
d) A Clínica Ampliada reconhece os limites do conhecimento dos profissionais e das tecnologias por eles 
empregadas, buscando os conhecimentos no campo médico e da Enfermagem, alargando a compreensão 
sobre o processo saúde-doença.
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Escola de Saúde Pública do Ceará – 6
20. Uma equipe de Saúde da Família recebe um usuário idoso com queixas múltiplas. Após o processo de 
acolhimento e consulta, constatam que o idoso mora com um neto que faz uso de álcool e outras drogas. Na 
perspectiva da Clínica Ampliada, assinale a alternativa que apresenta o tipo de abordagem a ser implementada.
a) A prescrição de exames de maneira a esclarecer o diagnóstico do paciente idoso, apoiando-o no seu 
tratamento de saúde.
b) A constituição de uma equipe de referência e do seu projeto terapêutico, reconhecendo toda a complexidade 
do adoecer, frente ao contexto vivido pelo paciente com queixas múltiplas.
c) A escuta ao usuário, evitando toda a queixa ou relato que não interessa diretamente ao diagnóstico e ao 
tratamento.
d) O Projeto Terapêutico Singular como um dispositivo da PNH que colabora com a Clínica Ampliada, na medida 
em que a equipe de saúde, sabendo o que é melhor para o paciente, prescreve um tratamento mais adequado, 
a partir do seu olhar especializado. 
21. O modelo médico assistencial-privatista teve início em 1950 no Brasil e foi hegemônico até meados da década de 
1980, tendo como principal financiador a Previdência Social. Acerca dessa fase histórico-política, marque a 
alternativa correta:
a) A consolidação do modelo médico-assistencial privatista se deu com as transformações na economia 
brasileira, que de um modelo agrário-exportador passa para a indústria, impulsionando modificações na 
postura liberal do Estado e gerando a cisão entre o setor de saúde pública com o de assistência médica. 
b) O modelo médico-assistencial privatista esteve atrelado à iminente necessidade de controle sanitário, com foco 
no saneamento dos espaços de circulação de mercadorias exportáveis e o controle de doenças que 
prejudicassem a exportação.
c) Sob responsabilidade das cidades, a resolução com base local, dos problemas de saúde e higiene da 
população, demarcado pela assistência por baixos custos das Santas Casas de Misericórdia, conformaram o 
chamado modelo médico-asssitencial privatista.
d) Com intuito de prestar assistência médica social, moral e educacional à população brasileira, propôs-se o 
modelo médico-asssitencial privatista que tinha na assistência médico-hospilatar, saneamento básico e 
educação sanitária seu principal carro-chefe.
22. Acredita-se que o movimento da Reforma Sanitária Brasileira, desencadeado a partir dos anos 1970, tem perdido 
sua capacidade propositiva e seu caráter reflexivo, marcas que surpreenderam outros setores da sociedade 
brasileira na Assembleia Nacional Constituinte em 1988 (Cohn, 2009). Neste ínterim, entendendo a Reforma 
Sanitária como um projeto emancipatório que tem sofrido mudanças importantes nos últimos anos, marque a 
alternativa correta:
 
a) A Reforma Sanitária Brasileira tem tido como meta principal o desenvolvimento de estudos acerca da 
implementação técnica do SUS com bastante êxito nos aspectos da gestão do setor saúde, privilegiando-se a 
dimensão da gerência.
b) O que se percebe no contexto atual da Reforma Sanitária Brasileira é a sua intensa capilaridade entre a 
sociedade brasileira com forte politização a partir dos aspectos técnico-científicos da implementação do SUS.
c) Acerca da Reforma Sanitária no Brasil, tem-se percebido limitações em relação à proposição de novos projetos 
observando-se a produção de “reformas da reforma” em detrimento da produção de uma “contra-reforma”, 
como re-qualificação da dimensão política a partir da dimensões técnica e social.
d) A Reforma Sanitária Brasileira tem sido conquistada a partir da luta de diversos atores políticos. Por isso, 
observa-se diversosêxitos principalmente a partir da priorização do desenvolvimento de técnicas de 
formulação e implementação de políticas e programas, valorizando-se a dimensão do custo/efetividade.
23. São exemplos de medidas para aprimoramento de sistemas de vigilância:
a) Esclarecimento dos profissionais de saúde salientando a importância da notificação de doenças para o 
aprimoramento dos serviços de assistência à saúde.
b) Criação de novos sistemas de informações em saúde.
c) Criação de novas leis que obriguem a notificação por parte dos profissionais.
d) Criação de equipes de notificação dentro das unidades de saúde.
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Escola de Saúde Pública do Ceará – 7
24. Leia as alternativas abaixo e no tocante a formação para integralidade da atenção na contemporaneidade marque 
“V” se verdadeiro e “F” se falso. Em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) A educação superior deve ser problematizadora com foco nas questões locorregionais e nacionais e 
manter-se em diálogo com as necessidades reais da população.
( ) A universidade deve atuar independente da regulação e direção política do Estado.
( ) O governo federal deve desenvolver políticas que induzam explicitamente as universidades ao 
cumprimento de seu papel social.
( ) O modelo pedagógico hegemônico de ensino é centrado em conteúdos, que fomentam a problematização e 
que incentiva a especialização baseada nos perfis epidemiológicos baseados nas necessidades de saúde 
da população. 
A alternativa correta é:
a) V, F, V, V
b) V, V, F, V
c) V, V, F, F
d) V, F,V , F
25. No tocante a integralidade da atenção, ao se realizar processos formativos que culminem com a mudança 
na graduação, deve-se propor que ao término de sua formação o profissional da atenção a saúde, tenha 
capacidade de:
( ) I. Vincular-se ao território de atuação.
( ) II. Apropriar-se de ferramentas que viabilizem modos de dialogar com a população.
( ) III. Responsabilizar-se pelos resultados das ações de atenção a saúde.
( ) IV. Inserção no cotidiano do trabalho das práticas integrativas e complementares de saúde.
De posse dessas premissas, assinale a alternativa correta:
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as alternativas II e III estão corretas.
d) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
26. A Reforma Psiquiátrica é um movimento social no qual as formas de opressão e de exclusão, contra as quais luta, 
não podem ser abolidas com a mera concessão de direitos, como é típico da cidadania, mas exigem uma 
reconversão global dos processos de socialização. Portanto, é um(a):
a) Processo de desinstitucionalização do social, do nosso apego às formas de vida institucionalizada.
b) Olhar que não abandona o modo preconceituoso de ver a própria loucura.
c) Construção cotidiana e interminável das relações de dominação.
d) Busca do enclausuramento e culpabilização do indivíduo por seu adoecimento mental.
27. A Reforma Psiquiátrica, apesar dos diversos avanços evidenciados, ainda apresenta muitos desafios e impasses 
na gestão de uma rede de atenção em saúde mental para o cuidar em liberdade. A Reforma Psiquiátrica NÃO 
pretende favorecer:
a) Atenção às crises; integração com a atenção básica e a formação dos trabalhadores.
b) Aumento dos gastos com internação psiquiátrica.
c) Forma de alocação de recursos financeiros do SUS e suas repercussões no modelo assistencial proposto para 
os serviços substitutivos.
d) Imaginário social calcado na aceitação da loucura.
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Escola de Saúde Pública do Ceará – 8
Responda as questões 28, 29 e 30, com base no texto: Movimento da Luta Antimanicomial no Brasil 
e os Direitos Humanos dos Portadores de Transtornos Mentais 
(COSTA, GRUNPETER E MUSTAFÁ, 2007).
28. O tratamento centrado no hospital psiquiátrico serviu e continua servindo para o controle do Estado, sendo atrelado 
ao processo de desenvolvimento do capitalismo. Sobre a concepção da Psiquiatria acerca do tratamento da 
loucura, é correto afirmar que:
a) A psiquiatria foi desenvolvida por diversas instituições sociais, entre elas, instituições totais como igreja, 
escola, exército ligadas aos processos de emancipação humana das classes sociais com o sofrimento 
psíquico.
b) A psiquiatria é uma técnica repressiva que o Estado sempre usou para reprimir doentes pobres, isto é, a classe 
operária que não produz, ligada a lógica do capitalismo.
c) Durante a emergência do capitalismo surgiu a psiquiatria a partir de Pinel com ideários de mudança social, 
humanização e fim das instituições.
d) A psiquiatria se ancora no processo da Reforma Psiquiátrica Italiana e tem como principal bandeira de luta a 
construção de uma sociedade sem manicômios.
29. O processo de desinstitucionalização brasileira representa um processo de luta por mudança do modelo 
assistencial, destacando-se os seguintes atores:
a) Fórum Mineiro da Luta Antimanicomial, Associação do trabalho e produção solidária (SURICATO) e 
Associação dos usuários dos serviços de saúde mental de Minas Gerais (ASUSSAM).
b) Centro Brasileiro de Estudos em Saúde/ Núcleo de Estudos em Saúde Mental (CEBES), Movimento Estudantil 
e Movimento de Médicos Residentes.
c) Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental (MTSM), Centro Brasileiro de Estudos em Saúde/Núcleo de 
Estudos em Saúde Mental (CEBES) e Movimento da Luta Antimanicomial.
d) Movimento de Trabalhadores sem Terra (MST), Movimento pela Carestia e Diretas Já.
30. A atuação do movimento de luta antimanicomial tem tido um importante papel na efetivação da Reforma 
Psiquiátrica com o consequente fim dos hospitais psiquiátricos e fortalecimento da rede de atenção à saúde 
mental de base comunitária e atenção à saúde, em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema Único 
de Saúde (SUS). Nesse sentido a marca do movimento social é a luta pela(s):
a) Desospitalização e desmedicalização promovida por ambulatório especializado de saúde mental.
b) Mudanças no modo de cuidar do chamado louco, mantendo a alternância de modelos diferenciados de cuidar, 
tanto fundamentado no modelo asilar quanto no modelo dos novos serviços.
c) Garantia dos direitos trabalhistas dos trabalhadores médicos das instituições psiquiátricas.
d) Transformação das práticas e concepções sobre a relação sociedade e loucura no Brasil, na garantia de seus 
direitos e de sua reinserção social, sobretudo no que diz respeito às denúncias da violação de tais direitos.
Com base no texto Atenção Psicossocial: rumo a um novo paradigma na Saúde Mental Coletiva 
(COSTA-ROSA, ALUIZO, YASUI, 2003) responda as questões 31 e 32.
31. Os autores evidenciam uma variedade de dimensões e exigências que definem o paradigma psicossocial. Para as 
práticas da Atenção Psicossocial, dentre elas estão:
a) Implicação subjetiva e supressão sintomática.
b) Atenção Integral em todos os níveis da atenção à saúde.
c) Clínica Ampliada e Transdisciplinaridade.
d) Clínica da observação e da escuta.
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32. A origem do conceito psicossocial se reporta às experiências do Movimento da Reforma Psiquiátrica e agrega a 
seu objeto, aspectos psíquicos e sociais. Podemos afirmar em relação ao conceito psicossocial que:
a) Quando falamos do conceito psicossocial em saúde mental, o foco é a promoção de saúde, o reconhecimento 
precoce de problemas biopsicossociais que determinam alterações mentais e comportamentais na população e 
o seu tratamento.
b) O conceito de saúde mental coletiva está inserido no universoda saúde pública e para desenvolvê-lo é 
necessário incluí-lo no Sistema Único de Saúde em seus diversos níveis.
c) A atenção psicossocial se propõe a ser um novo modelo de atenção à saúde baseado na lógica da vigilância à 
saúde e da qualidade de vida.
d) Vai aspirar ao estatuto de conceito, a partir do momento em que lhe são acrescentadas às contribuições de 
movimentos de crítica mais radical à Psiquiatria, como a Antipsiquiatria, a Psiquiatria Democrática e alguns 
aspectos originários da Psicoterapia Institucional.
33. Por desinstitucionalização compreende-se que:
a) É o processo de desospitalizar pessoas com longa permanência nos hospitais psiquiátricos.
b) Constitui-se da lógica manicomial que sustenta saberes e práticas cronificadoras e de subjugação de uns 
pelos outros.
c) Propõe o rompimento com o encarceramento social da loucura, com transformação das formas 
institucionalizadas para um cuidar em liberdade, isto é, uma crítica à própria constituição da modernidade.
d) Fundamenta-se na melhoria do hospital psiquiátrico com elaboração de projetos de reinserção social.
34. Desejos de Manicômio, discutido no texto de Alverga e Dimenstein (2006), estão inseridos no contexto social. 
Diante disto, pode-se afirmar que:
a) Os serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico estão isentos de sua interferência.
b) As equipes inseridas nos serviços de saúde mental não reproduzem a institucionalização e, portanto, não 
afirmam o manicômio para atender aos interesses de sobrevivência dos hospitais psiquiátricos.
c) Os mesmos se expressam através de um desejo em nós de dominar, de subjugar, de classificar, de 
hierarquizar, de oprimir e de controlar.
d) Não alimentam clausuras existenciais.
35. Concepções da organização das relações intrainstitucionais, inclusive da divisão do trabalho interprofissional, 
procuram esclarecer o conceito de desinstitucionalização como estratégia global de superação do paradigma 
psiquiátrico. Sobre isso é correto afirmar que:
a) Quanto à concepção da organização das relações intrainstitucionais, inclusive da divisão do trabalho 
interprofissional são exigências da atenção psicossocial, principalmente: horizontalização das relações 
intrainstitucionais e não verticalização; distinção entre poder; livre trânsito do usuário e da população e não 
interdição e clausura; participação dos usuários e da população em forma de autogestão e cogestão e não 
heterogestão; divisão do trabalho interprofissional integrada em profundidade e não divisão do trabalho 
interprofissional segundo o modelo taylorista.
b) A Organização Mundial de Saúde (OMS) e seus parceiros não reconhecem a educação e a prática da 
colaboração interprofissional como uma estratégia inovadora que irá desempenhar um papel importante na 
atenuação da crise dos profissionais da saúde global.
c) A atenção psicossocial, como política interprofissional que atravessa todas as instâncias do SUS, propõe-se a 
atuar na centralização, isto é, na autonomia, na cogestão da rede de serviços de maneira a articular processo 
de trabalho e as relações entre os diferentes profissionais e a população atendida.
d) A interprofissionalidade na saúde mental coletiva é um valioso instrumento para a construção de mudanças 
nos modos de gerir e nas práticas de saúde, contribuindo para tornar o atendimento ainda mais fragmentado e 
motivador para as equipes de trabalho.
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36. A concepção de rede de cuidados parte do princípio de que:
a) A porta de entrada para a rede de cuidados em saúde mental é o CAPS tipo III, não considerando os demais 
serviços para atenção às crises.
b) O hospital psiquiátrico é um dos pontos de atenção da rede de cuidados.
c) A organização do território com os diferentes pontos da rede deve ser responsabilidade do CAPS.
d) Para cuidar em liberdade é preciso que as redes não sejam centradas em um único dispositivo, com 
abrangência do território enquanto espaço social.
De acordo com a Portaria nº 3.088/11, de 23 de dezembro de 2011, responda as questões de 37 a 40.
37. Quais as estratégias de desinstitucionalização que compõem a Rede de Atenção Psicossocial?
a) Serviço Hospitalar de Referência e Centro de Convivência.
b) Unidade de Acolhimento Adulto e Infanto-Juvenil.
c) Comunidades terapêuticas e Serviço Hospitalar de Referência.
d) Serviços Residenciais Terapêuticos e Programa de Volta para Casa.
38. Os CAPS Tipo I, II e III, as unidades básicas de saúde e as portas hospitalares de atenção à urgência/pronto 
socorro compõem uma rede substitutiva em saúde mental. São pertencentes aos componentes da Rede de 
Atenção Psicossocial, respectivamente: 
a) Atenção Psicossocial Estratégica, Atenção Básica em Saúde e Atenção de Urgência e Emergência.
b) Estratégias de Reabilitação Psicossocial, Atenção Básica em Saúde e Estratégias de Desinstitucionalização. 
c) Atenção Psicossocial Especializada, Atenção Básica em Saúde e Atenção de Urgência e Emergência.
d) Atenção Psicossocial Estratégica, Atenção Básica em Saúde e Atenção Hospitalar.
39. Qual serviço oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24 horas, em ambiente residencial, para 
pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que 
apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandam acompanhamento terapêutico e protetivo 
de caráter transitório?
a) Comunidade Terapêutica.
b) CAPS AD III.
c) Serviço Residencial Terapêutico.
d) Unidade de Acolhimento Transitório.
40. Constitui como uma das diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial:
a) Promoção da inserção, proteção e suporte de familiares preferencialmente no processo de reabilitação 
psicossocial.
b) Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.
c) Produção do Projeto Terapêutico Singular em equipe multiprofissional que acompanhe o usuário nos contextos 
cotidianos, promovendo e ampliando as possibilidades de vida.
d) Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde. 
41. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou a importância da integração de ações de saúde mental na 
atenção primária, ao recomendar o território, a comunidade e as redes de serviços de saúde que se organizassem 
de forma a reconhecer que a atenção à saúde mental é parte dos cuidados primários de saúde. No Brasil, essa 
relação colaborativa e interprofissional vêm sendo fortalecida pelo o apoio matricial entre as equipes da Estratégia 
de Saúde da Família (ESF/NASF) e as equipes da rede de atenção psicossocial. Sobre Apoio Matricial, pode-se 
afirmar que:
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a) O apoio matricial em saúde mental se estrutura exclusivamente com o objetivo de promover a interlocução 
entre os serviços especializados de saúde mental e as outras redes de atenção à saúde.
b) Destina-se a ampliação do olhar sobre a clínica de forma articulada e singular, e a promoção da saúde e da 
diversidade de ofertas terapêuticas, favorecendo a corresponsabilização entre as equipes de apoio / matriciais 
(especializadas e representadas por profissionais do CAPS) e de referência / matriciadas (equipes da 
Estratégia de Saúde da Família - ESF), com vistas à maior eficiência e eficácia das ações para a construção 
de um modelo tecnoassistencial centrado no usuário.
c) O trabalho colaborativo do apoio matricial foca sua atuação na concepção de processo individual, articulando 
vários recursos psicossociais.
d) O processo de Reforma Psiquiátrica tem avançado de um modelo baseado no território para um modelo 
centralizadono CAPS, que é onde as pessoas vivem, trabalham se relacionam.
42. O apoio matricial na sua dimensão técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para as 
equipes da Estratégia de Saúde da Família. A dimensão técnico-pedagógica influencia os processos de trabalho 
na área da saúde mental na atenção primária e abre espaço para uma reflexão acerca do processo de formação 
dos profissionais, voltados aos cuidados na rede de atenção psicossocial. Sobre isso, assinale verdadeira ou falsa 
e marque a opção correta:
( ) Na dimensão técnico-pedagógica há uma horizontalização das perspectivas na construção do projeto 
terapêutico do usuário, indo além do foco específico do saber e das práticas de cada categoria 
profissional.
( ) Apoio matricial é o momento de reflexão e construção coletiva que suscitam tensões, possibilidades e 
caminhos, por meio do trabalho dialógico, desconstruindo a lógica do trabalho centrado no procedimento 
o discurso do sujeito que problematiza a ampliação da sua atuação, a partir do trabalho coletivo.
( ) Esse momento é desenvolvido a partir da cogestão que indica o estabelecimento de compromissos com 
trabalhadores e usuários e entre a própria equipe, seja na atenção primária ou especializada, seja na 
ação individual ou coletiva sistemática de integração dos níveis de complexidade da atenção à saúde no 
SUS, para formular um arranjo institucional mais dinâmico e resolutivo do fluxo de atendimento.
( ) O apoio matricial promovem ações de ampliação da clínica e da integralidade do cuidado na diversidade 
das práticas no território.
Marque alternativa correta:
a) V, V, V, V
b) F, F, V, V
c) F, V, F, V
d) F, V, F, F
43. A formação dos trabalhadores da saúde mental perpassa pela desconstrução do saber psiquiátrico, ao mesmo 
tempo em que necessita dele para sustentar suas práticas. Portanto:
a) A formação é indispensável aos gestores, aos trabalhadores e aos usuários. Na sua ausência, permanecem 
impossibilitados de problematizar as questões advindas das inusitadas práticas que exercem.
b) As formações básica e permanente suprem as necessidades do cotidiano dos serviços de saúde mental.
c) A psiquiatria sustenta o saber necessário à atenção psicossocial.
d) O processo de educação permanente da equipe deve ocorrer nos espaços dos serviços de saúde mental, com 
ênfase na psiquiatria.
44. Superar o paradigma do modelo biomédico de atenção à saúde centrado nas doenças e na fragmentação, em que 
persiste o estigma da pessoa com transtorno mental é o desafio na formação dos profissionais para atuação na 
Rede Psicossocial. Em relação à mudança de paradigma na formação dos profissionais na rede de atenção 
psicossocial, é correto afirmar que:
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a) O processo de Reforma Psiquiátrica e o campo da saúde da família são propostas de cobertura familiar, não 
como estratégia de promoção da saúde, mas sim, de construção de consciência sanitária em defesa da 
qualidade de vida.
b) O modelo biomédico que tem como herança um sistema fortemente hospitalocêntrico, especialístico, 
medicalizador, assistencialista, curativista e hegemônico foi superado pelo SUS.
c) Os processos de trabalho são um desafio, já que o campo de atuação encontra-se influenciado pelo modelo 
biomédico, quer na formação profissional, quer na prática hegemônica. Os profissionais apontam a dificuldade 
em lidar com a saúde mental na ESF, seja por lacunas na formação, insegurança no profissional em lidar com 
o campo da saúde mental, seja na superação de alguns paradigmas, como o paradigma psiquiátrico, que ainda 
persiste no imaginário social, com sentimentos como o medo e o estigma em relação à pessoa com transtorno 
mental.
d) Cuidar do sofrimento psíquico no âmbito da saúde da família compõe um principio de radicalização da 
estratégia de institucionalização.
45. O movimento social deve:
a) Ser um espaço de atuação singular, com a lógica das instituições.
b) Ter uma relação de dependência entre seus atores.
c) Sustentar sua independência arduamente construída com preservação de seus princípios e posições que 
fundamentam sua luta.
d) Ser radical na sua atuação política, não aceitando críticas acerca de sua atuação.
46. Para orientar, informar e fortalecer os vínculos com a população de usuários de drogas são necessárias ações 
estratégicas e serviços especializados, dentre os quais destacamos o CAPS AD. Dentre suas atribuições podemos 
referir:
a) O acolhimento de usuários que demandem ajuda, mesmo que não demonstrem desejo de interromper o 
consumo de drogas.
b) O tratamento de abstinências graves e com agravos físicos.
c) A realização de internações voluntárias.
d) O direcionamento da abstinência de drogas como condição para admissão ao tratamento.
 
47. Estima-se que a população de usuários de crack é de 0,1% a 0,2% da população brasileira (CEBRID, 2005). Deste 
montante, um grupo de 15 a 25 mil pessoas encontra-se em extrema vulnerabilidade pessoal e social e com 
acesso restrito ao cuidado. No intuito de atender a esta população estão sendo ampliados os consultórios de rua 
em diversos municípios, entre suas principais atribuições estão:
a) Matriciamento e tratamento de abstinências leves.
b) Encaminhamento para internações voluntárias e involuntárias.
c) Ações de redução de danos e cuidados básicos de saúde.
d) Encaminhamento para abrigos e demais serviços de assistência social.
48. A atenção a usuários de crack, álcool e outras drogas se fundamenta nos referenciais de atenção em rede, acesso 
universal e intersetorialidade. Assinale a alternativa que NÃO corresponde aos componentes e serviços previstos 
na estruturação de uma Rede de Atenção Psicossocial para este público.
a) Atenção de Urgência e Emergência.
b) Atenção Residencial de Caráter Permanente.
c) Atenção Psicossocial Especializada.
d) Atenção Básica em Saúde.
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49. De acordo com o documento “Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil” (BRASIL, 2005) um dos 
princípios da atenção a saúde mental de crianças e adolescentes é:
a) Clínica ampliada.
b) Regionalização.
c) Participação comunitária.
d) Intersetorialidade na ação do cuidado.
50. No cotidiano dos Centros Atenção Psicossocial Infantil (CAPS i) é frequente a chegada de crianças encaminhadas 
pelas escolas com a queixa exclusiva de dificuldades de aprendizagem. Neste caso, considerando o princípio do 
acolhimento universal (BRASIL, 2005) e sendo confirmada a demanda apresentada pela escola, qual a resposta 
mais adequada a ser dada à equipe do CAPS i à demanda apresentada?
a) Admissão da criança para tratamento no serviço e a construção de um projeto terapêutico singular.
b) Intervenção junto à família e à comunidade, com o objetivo de melhor capacitá-las para o acompanhamento 
das atividades escolares das crianças.
c) Desenvolver ações junto à escola e à família, com o objetivo de contribuir para a desconstrução da 
compreensão da dificuldade de aprendizagem como demanda de tratamento em saúde mental.
d) Encaminhamento da demanda ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
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