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Resumo Fisiopatologia da Reprodução II 1ª Prova

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CONTROLE FARMACOLÓGICO DO CICLO ESTRAL DE BOVINOS
IATF – inseminação artificial em tempo fixo
- Aumenta as taxas de prenhes
- Consegue inseminar todas as fêmeas ao mesmo tempo usando hormônios da reprodução para mimetizar o ciclo e todas as fêmeas ovularem na mesma época.
MANIPULAÇÃO DO CICLO ESTRAL 
POR QUÊ? 
- Para não precisar detectar o cio (falha de detecção estral)
*observa o cio e insemina após 12 horas, que coincide com o final do estro → gado europeu de corte tem um cio mais longo, enquanto vacas holandesas tem um cio mais curto (duração do estro reduzida, isso se deve ao alto metabolismo desses animais → quanto mais come, maior metabolismo, maior fluxo sanguíneo hepático e consequentemente uma maior metabolização dos esteroides).
- Anestro lactacional : bloqueio do cio devido à amamentação.
COMO ?
- Anatomia, fisiologia, farmacologia, princípio da sincronização.
QUANDO?
- dia aleatório do ciclo estral
QUE CATEGORIA PODE TER O CICLO SINCRONIZADO?
- qualquer uma. 
CICLO ESTRAL
O hipotálamo produz GnRH que estimulará a Hipófise a secretar FSH e LH, ambos atuando sobre os ovários das fêmeas domésticas.
O FSH no período de recrutamento dos folículos faz com que o folículo dominante tenha um aumento do número de receptores para LH. Enquanto há um predomínio dos níveis de P4, o folículo dominante não ovula. Quando esses níveis abaixam, é que se tem a ovulação.
As fêmeas bovinas vão apresentar de 2 a 3 ondas foliculares para que se tenha uma ovulação efetiva. Esse número varia de acordo com a permanência do corpo lúteo, até que os níveis de progesterona (P4) caiam e se tenha a ovulação.
No hipotálamo há o centro tônico (libera pouco GnRH) e centro de pico (libera grande quantidade de GnRH para ter pico de LH e ovulação).
Os hormônios utilizados para controle da reprodução: Prostaglandina, P4/Progestágenos, E2 (estrógeno),GnRH/LH/hCG, FSH e eCG.
1. Prostaglandina
Nos protocolos pode-se usar a prostaglandina natural ou análogos sintéticos.
Em bovinos dentre os análogos é comum usar o cloprostenol; ao ser usado em outras espécies domésticas usa-se ½ dose e faz o acompanhamento do animal (Prostaglandina age em músculo liso, podendo ter como efeitos colaterais taquicardia e sudorese).
A prostaglandina natural Dinoprost (Lutalyse©) é usada na dose de 5ml para bovinos e tem a vantagem de ter menos efeitos colaterais quando comparada aos análogos sintéticos.
*Preço define a escolha (mesma ação das naturais e sintéticas).
A prostaglandina promove a lise do corpo lúteo → promove uma queda das concentrações de Progesterona.
A PG induz luteólise em animais com presença do CL responsivo (entre o dia 6 – 17º do ciclo estral).
Variabilidade da resposta depende do “status” folicular no momento da aplicação da PG. 
***** PG age no corpo lúteo
Folículos grandes vão ovular em 2 dias após a aplicação de PG, enquanto os médios em 4 dias e os pequenos somente 6 dias após a ovulação.
*****NÃO ESQUECER!! A prostaglandina age em animais que apresentam CICLICIDADE (presença de corpo lúteo). Vale ressaltar que este corpo lúteo deve estar maduro (em metaestro a protaglandina não funciona – ou seja, não há ovulação.
O tratamento somente com a prostaglandina não sincroniza a ovulação e não permite a IATF.
2. PROGESTERONA (P4)
A P4 natural pode ser encontrada nas seguintes versões: dispositivo intravaginal; esponjas intravaginais, injetável, oral e subcutâneo*
*a via subcutânea é realizada por um implante auricular (posicionado no terço médio da orelha, região com menor irrigação) e permanece de 7 a 9 dias no animal. 
As formas injetáveis de progesterona podem ser de curta ação – cronipres ou de longa ação – sincrogest.
Os progestágenos (sintéticos) são comercializados sob a forma de esponjas intravaginais, solução injetável, solução oral e implante subcutâneo.
O dispositivo intravaginal deverá permanecer na fêmea entre 7 a 9 dias, de acordo com o protocolo estabelecido.
*A P4 é muito permeável, recomenda-se o uso de luvas!!!!!!
A progesterona pode provocar atresia de folículos, com consequente emergência de nova onda de crescimento folicular.
A queda brusca de Progesterona provoca manifestação de estro com a ovulação de folículo dominante. Ao remover os implantes/esponjas/dispositivos se tem uma quebra da concentração de P4, o que vai desencadear a ovulação.
Sensibiliza o sistema reprodutor e induz a emergência de onda folicular e ovulação em animais em anestro (usa P4 p/ fornecer hormônios que ela não tem, se não fosse manipulado).
A progesterona bloqueia LH e o Estrógeno bloqueia FSH → menor frequência e amplitude de LH em fêmeas em anestro → fêmeas ciclando tem muito LH; ovula sob condições adequadas. O tratamento com pulsatilidade de LH temporariamente → quando remove o dispositivo, a fêmea ovula (como se fêmea economizasse o LH que produz e fizesse um estoque p/ usar depois).
	Nem todo dispositivo bloqueia o LH da mesma maneira (o dispositivo intravaginal bloqueia mais do que o bloqueio do dispositivo auricular).
	Categorias + sensíveis, como novilhas pré púberes, usar o auricular ou dispositivo intravaginal já usado outras 2 ou 3 vezes (usar na 3ª ou 4ª vez) → dispositivo novo não bloqueia novilha pré púbere.
	Progesterona é imunossupressor e o dispositivo é um corpo estranho – produz uma vaginite → lavar o dispositivo em água corrente e deixar 1 minuto em amônia quartenária, para limpar o muco.
** O aumento da progesterona → acúmulo de LH (não é liberado), para quando houver uma redução da concentração de P4 a fêmea ovule.
*Efeitos Positivos da P4 da Reprodução 
- ↑frequência dos pulsos de LH em vacas em anestro.
- evitar a ocorrência de ciclos de curta duração após a indução da ovulação em vacas em anestro.
- melhorar desenvolvimento embrionário e a manutenção da gestação (melhora sinalização).
A progesterona provoca uma queda da pulsatilidade de LH durante o tratamento, depois há uma elevação. Isso se dá pois a progesterona ativa o centro de pico (alta amplitude e alta frequência).
Dependendo do dispositivo e das vezes de uso, tem uma intensidade de pulsatilidade diferente.
O embrião produz Interferon tau (INF – τ) → com maiores níveis de progesterona o embrião cresce mais e melhor sinaliza para a fêmea sua presença no trato reprodutivo.
Vacas pré-púberes → têm luteólise precoce (ciclo curto) → ao serem tratadas com P4 evita-se o ciclo curto.
3. ESTRÓGENOS
- 17 β-estradiol (estrógeno natural) → não tem no Brasil, só tem os análogos sintéticos (benzoato de estradiol – BE); Cipionato de E2 – CE e Valerato de E2 - VE [crestar©].
*O cipionato de E2 é usado como abortivo na clínica de pequenos animais.
→ Os análogos sintéticos tem ação diferente devido a disponibilidade diferente no organismo.
17β e BE → curta ação (pico muito elevado e rapidamente metabolizado) → deixar menor tempo o dispositivo.
CE e VE → longa ação (não tem pico tão grande, mas são metabolizados mais lentamente) → deixar mais tempo o dispositivo de P4.
E2 bloqueia FSH → queda das [FSH]
******ASSOCIAÇÃO DE E2 E P4
E2 bloqueia FSH → folículo em recrutamento
P4 bloqueia LH → folículo dominante (quando cai os níveis de LH, o folículo entra em atresia).
↑ E2 e ↓FSH → folículos entram em atresia
*Todos os folículos entram em atresia → se tem uma atresia de todas as ondas foliculares.
E2 estimula centro do pico.
BE → metabolização em 4 dias → começa nova onda.
CE ou VE – longa ação (metabolização em 5 dias).
→ Associação acaba com todos os folículos presentes. Quando o E2 é metabolizado se inicia uma nova onda. Se inicia um ciclo conhecido (nova onda começa quando E2 for metabolizado, em 4 ou 5 dias – manter o dispositivo).
BE – emergência em 4 dias, remove com 8 dias.
VE – emergência em 5 dias, remove com 9 dias.
Em combinação com a P4 induz a atresia folicular, com subsequente sincronização de nova onda de crescimento folicular, após 4 dias e meio.
Melhora a eficiência da sincronização por potencializar o pico de LH.
Provoca ovulação com manifestaçãode estro (mesmo em animais em anestro).
Sensibilização dos receptores de ocitocina inibindo a luteólise precoce. Se usar o VE não precisa usar PG no final. 
BONS INDUTORES DE EMERGÊNCIA FOLICULAR: BE e VE + BONS INDUTORES DE OVULAÇÃO : BE e CE → A EFICIÊNCIA É A MESMA, OS DIAS SÃO DIFERENTES!!
Dose:
BE - 2ml / 1ml → emergência/ ovulação
VE – 5 ml → emergência
CE – 1 – 0,5 ml → ovulação
4. GnRH/LH/hCG
GnRH → atua na hipófise para liberar LH → indutor direto
hCG – agonista de LH → indutor direto; vetecor© ou lutropin© (quase não se usa o lutropin devido ao $$$$$)
GnRH natural e análogos sintéticos → Gonadorelina; Lecirelina; Buserelina (+usada); Fertirelina; Deslorelina (equino). 
Promover a ovulação e/ou luteinização de folículos com subsequente emergência sincronizada de uma nova onda de crescimento folicular após 1 dia e meio.
Sincroniza a ovulação em animais tratados previamente com P4.
Melhora a eficiência da sincronização por potencializar o pico de LH
Promove redução das manifestações comportamentais do estro.
GnRH – 2ml → 1ml no final / ouro fino 2,5 ml → 1,25 no final
**Começar nova onda: P4 + E2 → atresia folicular; GnRH/LH – induz nova onda.
Intervalo tratamento / ovulação
 	
	
	TRATAMENTO
	OVULAÇÃO
	
Indutor Direto
	LH 
	24 A 26 H
	
	hCG
	24 A 26 H
	Estimula hipófise p/ liberar LH → prática se usa 24 h p/os 3
	GnRH
	26 A 30H
	
	BE*
	40 A 45H
	
	CE**
	67 A 70 H
 
*BE → E2 estimula o hipotálamo
**CE → longa duração → demora mais para induzir o efeito 
5. FSH/eCG
- pluset © - 50% FSH/ 50% LH
- Folltropin - V © 80% FSH / 20 % LH
- eCG - Ecegan©, Novoman©, Folligen©, Sincro eCG© → égua: 45 dias os cálices produzem eCG; Nos não equídeos a função do FSH
500 – 300 UI de ECG → função LH e FSH; meia vida longa; Função FSH quando usado no começo da onda. 
*****NÃO USAR eCG em IATF!!!!
eCG: aumenta da taxa de crescimento do folículo; quanto maior o folículo, maior o corpo lúteo formado, maior a quantidade de progesterona produzida.
PRINCÍPIOS DA MANIPULAÇÃO DO CICLO ESTRAL
1. Sincronização da emergência folicular
GnRH
E2 + P4
2. Controle da fase progesterônica
PGF2α (na retirada do dispositivo, só não usa quando usa VE)
P4/Progestágeno
Estradiol
3. Indução da ovulação → raramente associa (costuma-se usar um só)
Estradiol
GnRH
LH
hCG
Em novilhas pré púberes usar o P4 que bloqueia menos o LH.
Anestro → pós parto e pré púbere; P4 e eCG (aumento do tamanho do folículo para ocorrer a ovulação).
Redução do escore corporal → o animal não está ciclando
PROTOCOLOS PARA SINCRONIZAÇÃO DO CICLO ESTRAL DE BOVINOS
1º DIA 
Dispositivo intravaginal de P4 + Estrógeno : BE (2ml) → em 4 dias ele será metabolizado e se tem a emergência folicular.
8ºDIA 
Tira-se o dispositivo + aplica PGF2α (2ml) → induzir regressão do CL.
48 H DEPOIS DA RETIRADA DO DISPOSITIVO → 10ºdia fazer GnRH (1ml) – liberação da ovulação + 10º dia inseminar .
OVSYNCH → BOVINO LEITEIRO
GnRH (D0) – 24 h depois ovulação; entre 1 – 2 dias nova onda
PgF2α (D7) – Corpo lúteo formado e maduro
GnRH (D9) – {48h depois da PG} → ovulação 24h após GnRH
IATF (16h depois do GnRH) – atresia
*Tem que ter folículo (quase pré ovulatório) dominante no início do protocolo, se não não funciona. Nelore tem anestro lactacional/pós parto, por isso não se usa (não funciona).
Progesterona / Progestágenos
BE ou VE (D0) + P4 (dispositivo)
→ média de 72h p/ ovular depois da retirada do dispositivo.
-PGF2α (D7 a D9) → quando retira o dispositivo
-BE(24h após a retirada), GnRH, hCG, LH ou CE (CE + PGF2α – junto com a retirada do dispositivo).
IATF – entre 16 – 24 horas antes da ovulação
____ intervalo_____
CE e IATF : 48 h – 54 h (insemina 400 animais/dia) – 1 vaca/min 
Inseminar 30h depois da administração do BE (indutor) → induz a ovulação em até 48h
*faz PGF2α junto com a retirada → p/ remover duas fontes de P4 que possam estar ocorrendo.
GnRH: manejo (IATF junto com GnRH) → 48 h após remoção do dispositivo, inseminar de 24 a 16h antes da ovulação, por isso faz IATF e aplica o GnRH no mesmo momento.
*Quando tirar o dispositivo → é imitação do fim de diestro e início de proestro → ovulação em 72h (IATF antes da ovulação). 
Anotações do livro de bioténicas e do Hafez
Em bovinos de corte para ter uma boa eficiência econômica depende da taxa anual de bezerros nascidos e desmamados, lembrando que o valor ideal é de 1 bezerro a ano. Para esses índices serem alcançados, é necessário que a estação de monta não ultrapasse 60 dias e que as vacas com cria ao pé estejam novamente gestantes em até 90 dias pós-parto. 
A sincronização dos estros entra como uma ferramenta fundamental na concentração do parto dessas fêmeas e assim programar a chegada da nova geração em períodos de melhor disponibilidade de forragem nos sistemas de criação extensivos.
Além disso, a identificação de estros é um dos grandes problemas para o uso e sucesso da inseminação artificial. A sincronização de estros, associada com os processos de IATF, é um importante para fecundar vacas sem observação de estro.
→ Sincronização e indução de estro em bovinos com progestágenos.
A utilização de progestágenos na sincronização de estros é para aumentar a vida útil do corpo lúteo, permitindo que as vacas apresentem sua regressão sem manifestar o estro que virá ocorrer posteriormente à remoção do progestágeno justamente com as outras vacas do mesmo grupo.A liberação do hormônio deve ser lenta e constante. 
De forma geral se verifica manifestação do estro entre 2 e 3 dias após a retirada da progesterona/progestágeno e fertilidade normal ao primeiro serviço. 
As associações hormonais utilizadas na sincronização de estros com progestágenos têm o objetivo de induzir a luteólise, sincronizar as ondas foliculares e de alguma maneira promover um grau de sincronização das ovulações.
O estrógeno pode estimular ou inibir a liberação de gonadotrofinas, dependendo da dose e das concentrações sanguíneas de progesterona. Em doses fisiológicas e baixas concentrações de progesterona, o estrógeno estimula a liberação de LH para que ocorra a ovulação. No momento em que há altas concentrações de estrógenos junto a altas doses de progesterona, há um bloqueio das gonadotrofinas, inibindo principalmente a produção de FSH. 
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO MASCULINA
O sistema reprodutivo do touro e dos outros machos domésticos tem por função produzir sptz que vem em conjunto com o sêmen. O sêmen é o produto dos espermatozoides juntamente com o plasma seminal, este plasma é o conjunto das secreções das glândulas acessórias do trato reprodutivo masculino.
As estruturas do sistema reprodutor masculino são: testículo, epidídimo, plexo pampiniforme (conjunto de vasos que circunda o cordão espermático e tem por função a termorregulação e regulação do fluxo sanguíneo), pênis (órgão copulador), glândulas anexas (produção do plasma seminal) e ducto deferente (ejaculação), além disso há uma estrutura muscular que participam do ato da cópula.
Diferenciação sexual 
A primeira condição para ocorrer a diferenciação sexual é os cromossomos que os gametas possuem, ou seja, XX ou XY. No cromossomo Y há um gene para o fator de diferenciação testicular. Tendo a formação embrionário do testículo, já se inicia a produção de testosterona. Os ductos paramesonéfricos sofrerão degeneração na presença do fator de inibição Mulleriano. Os ductos mesonéfricos na presença da testosterona vão se diferenciar formando o epidídimo e ductos deferentes.
Espermatogênese
O testículo em linhas gerais pode ser caracterizado por um enovelado de tubos seminíferos compactados, que vão desembocar na região central do órgão denominada rete testis.
Os espermatozoides prontos serão armazenados na cauda do epidídimo.
O túbulo seminífero é um conjunto celular, a espermatogênese ocorre da membrana em direção a luz do túbulo. Ao cair na rete testis, caminha pelo canal do epidídimo até a sua cauda, sendo assim armazenados.Diferente das fêmeas que já nascem com um número pré estabelecido de gametas, os machos só começam a produzir na puberdade.
As células de Sertoli servem como uma estrutura de apoio na diferenciação e transformação das células em espermatozoides.
A espermatogênese é um conjunto de eventos meióticos e mitóticos.
Oogônia → espermatogonia → mitose → espermatócitos primários → meiose I → espermatócitos secundários → meiose II → espermátides → corpo residual +espermatozoide
O acrossoma constitui de uma bolsa repleta de enzimas. Essas enzimas estarão envolvidas no processo de fertilização. 
Na espermatogênese há uma redução do volume plasmático; o DNA encontra-se compactado no núcleo. 
A peça intermediária é um composto de células mitocondriais que fornecerão energia para o funcionamento do flagelo. 
As células germinativas sofrem uma série contínua de divisões celulares e modificações no desenvolvimento, começando na periferia em direção à luz tubular.
As células tronco ou gonócitos, se diferenciam em espermatogônias e estas dividem-se várias vezes até a formação de espermatócitos.
Os espermatócitos passam pela meiose (várias divisões meióticas, denominadas de espermatocitogênese), formando então as espermátides.
*O macho consegue produzir grande quantidade de gametas de uma vez , graças a grande multiplicação das células tronco (gonócitos).
Espermiogênese
Constitui a metamorfose das espermátides arredondadas – elas irão sofrer uma série de modificações morfológicas progressivas.
Durante esta fase, vários processos ocorrem simultaneamente para a organização deste tipo celular tão peculiar que é o sptz. São eles: condensação de cromatina, formação do acrossoma – vesícula (complexo de Golgi), formação de cauda, formação da peça intermediária – conjunto de mitocôndrias , maturação celular – regressão de citoplasma e metamorfose completa.
Espermiação
Fase de liberação de células formadas para a luz dos túbulos seminíferos. As espermátides alongadas estão orientadas perpendicularmente à parede tubular, e vão sendo expulsas gradativamente para a luz dos túbulos.
Aexpulsão dos componentes espermáticos continua até que reste apenas uma delgada haste de citoplasma no corpo residual da célula.
As células de Sertoli participam ativamente deste processo, removendo restos celulares em degeneração e os restos citoplasmáticos desprendidos.
*O testículo necessita de uma temperatura ente 4 -5ºC que a temperatura corporal para que a formação do sptz não seja prejudicada.
***Em função da massa testicular, as espécies possuem diferentes níveis de produção e concentração espermática.
Espermatozoide – gameta masculino
 - Cabeça + capucho (acrossoma) → a cabeça do sptz tem aspecto achatado oval, contendo cromatina altamente condensada; o acrossoma contém enzimas que vão atuar no processo de fertilização.
- Na peça intermediária há um conjunto de mitocôndrias distribuídas em hélice, as quais vão fornecer energia para o movimento flagelar.
-O flagelo é um conjunto de centríolos e seu tamanho vai variar de acordo com a espécie. 
- No momento de avaliar os espermatozoides e sua morfologia, verificar se eles não estão em corte sagital.
Células de Sertoli
As células de Sertoli possuem como função principal:
- fornecer suporte (sustentação)
-controlar a nutrição dos espermatozoides em formação (regulação da passagem de nutrientes)
-fagocitar e digerir restos dos citoplasmas que se desprendem das espermátides.
-secreção de fluidos cuja composição é essencial para a espermatogênese – produção de proteína que se liga ao espermatozoide e possui alta capacidade de ligação com a testosterona, essencial a espermatogênese, denominada ABP (androgen binding protein)
-Barreira hemato-testicular, cuja principal função é dar condições ideiais aos túbulos seminíferos, a espermiogenese, isolando-os do sistema imunológico (vasos sanguíneos e linfáticos).
-Produção de estradiol a partir de testosterona.
-Produção de inibina
-Produção de TGF, IGF e EGFs (fatores de crescimento) – que terão efeitos estimulatórios sobre a esteirodogênese.
-Produção de fator proteico estimulado pelo PSH, que agirão na Leydig para produção de testosterona (ativinas)
- As células de Sertoli são células cujo metabolismo é dependente do controle hipofisário, através da ação hormonal direta do FSH (gonadotrofina hipofisária), é indiretamente do LH /testosterona (metabolismo das células de Leydig)
Células de Leydig
Função principal é produção de andrógenos (sendo o principal, a testosterona), responsáveis pelos caracteres sexuais masculinos.
Produz ocitocina e vasopressina, que terão papel na contratilidade dos túbulos seminíferos e peptídeos opióides (B endorfinas)
As células de Leydig funcionam no 2º - 3º mês de gestação para produzir testosterona ajudando na diferenciação sexual, após isso só serão ativadas na puberdade.
As células de Leydig estão bem próximas dos vasos sanguíneos.
Seu metabolismo é dependente de estímulo hormonal hipofisário – LH, que por sua vez é dependente do GnRH hipotalâmico que por sua vez é dependente de estímulos do SNC (que liberam catecolaminas, endorfinas e dopamina)
A diferenciação das células da Leydig ocorre na 7ª semana de vida fetal, entrando num estado de indiferenciação pós nascimento que será revertido pós puberdade. 
Resposta biológica aos andrógenos
A diferenciação dos ductos de Wolf nos fetos- diferenciação e crescimento do trato reprodutor masculino: pênis / prepúcio, bolsa escrotal, epidídimo/ducto deferente e glândulas anexas (próstata, bulbo uretral e vesículas seminais).
Ações no SNC – diferenciação das regiões hipotalâmicas. Área pré-óptica e córtex cerebral (fase de diferenciação sexual).
Indução ao comportamento sexual masculino – desenvolvimento da libido, agressividade, demarcação de território, etc.
Crescimento da genitália externa (pênis e escroto), crescimento de glândulas anexas, alteração de voz.
Ação anabolizante – crescimento do esqueleto, musculatura esquelética (massa corporal), distribuição gordura subcutânea e ação anabólica proteica.
Outros efeitos que afetam indiretamente a reprodução – receptores – metabolismo enzimático.
Duração da Espermatogênese
O ejaculado de hoje começou a ser produzido 60 dias atrás (há variação de espécie para espécie).
Onda espermatogênica → o que garante grande quantidade de gametas.
Já foram identificados no mínimo 14 tipos ou estágio celulares num túbulo seminífero. O ciclo completo dos estágios depende do tempo ou ciclo do epitélio seminífero. Este tempo varia entre as várias espécies domésticas. 09 – dias no porco; 10 dias no carneiro; 12 dias no cavalo e 14 dias no touro. 
Dependendo da espécie de 4 a 5 ciclos devem ocorrer para que a espermatogônia do tipo A do primeiro ciclo tenha completado a metamorfose na espermiogênese.
Onda espermatogênica: modificação sequencial dos estágios do ciclo do epitélio seminífero modificam de acordo com o tempo, local do túbulo, idade do animal.
Controle Endocrinológico da Gametogênese
Os espermatozoides que não são ejaculados, entram em regressão / senescência . Com níveis razoáveis de testosterona e alta libido, o animal ejacula mesmo sem estímulo de cópula.
FSH atua em sertoli e céls germinativas → estimulando espermatogênese. O estímulo é ampliado devido a ação do LH sobre as células de Leydig, que são induzidas a produzir testosterona. Essa testosterona atua em Sertoli e germinativa, como também as células de Leydig estão próximas aos vasos sanguíneos, a testosterona ganha a corrente sanguínea.
Vitamina A → fundamental!! Betacaroteno são fontes de vitamina A. Ela auxilia no processo de espermatogênese, principalmente nas células germinativas, a espermatogênese se assemelham a processos de epitelização.
A inibina é quem faz o feedback negativo nas células de Sertoli.
Excesso de proteína atrapalha desempenho reprodutivo (recomenda-se Max 12% no concentrado). Animais de pista têm qualidade seminal inferior, devido a influência da dieta. O excesso de proteína aumenta o númerode defeitos morfológicos do sptz. Os danos podem ser permanentes.
→ EPIDÍDIMO
Trânsito Epididimário
Não há apenas o transporte dessas células, mas também um processo de maturação no qual o sptz começa adquirir potencial de fertilização.
O transporte depende de concentrações localizadas na parede do ducto deferente, cuja porção de musculatura aumenta a caminho da cauda do epidídimo.
As contrações são estimuladas por prostaglandinas, entre outras substâncias (vasopressina, endorfinas, etc).
O tempo de trânsito varia entre as espécies: touro – 7 dias, cachaço – 12 dias e carneiro 16 dias; Esse tempo pode variar ou ser reduzido em 10 a 20%; com aumento da frequência de coleta de sêmen ou ejaculação).
Maturação Espermática
Envolve várias modificações funcionais, todas dependentes de andrógenos testiculares, como:
- maturação de organelas, modificação quali e quantitativa nos padrões metabólicos do aparelho flagelas e na flexibilidade e nos padrões do movimento flagelar; Adquirindo capacidade e motilidade.
-Secreções epididimárias – imobilina – fator queiscente que prolongam a sobrevivência do sptz ao prevenir metabolismo desnecessário, economizando energia.
-Progressiva perda de água.
-Modificações na cromatina no núcleo do sptz – maior condensação da cromatina (complexo DNA/proteínas).
- Migração distal e perda da gota citoplasmática da região do colo para o final da cauda. A presença do número considerável de gota no ejaculado é sinal de imaturidade sexual. A gota é perdida na ejaculação.
- Maturação do acrossoma com redução de seu tamanho.
- Alterações na membrana plasmática – adesão de proteínas.
A maturação espermática envolve várias modificações funcionais, todas dependentes de andrógenos testiculares. O desenvolvimento de completa capacidade fertilizantes do sptz é dependente da maturação epididimária + capacitação + reação acrossomal.
O sptz que sai do epidídimo não tem capacidade da fecundação. Esse precisa passar pela capacitação e da reação acrossomal no genital feminino.
*Maturação epididimária → o sptz pronto com baixa movimentação.
Armazenamento de SPTZ
O principal local é a porção caudal da cauda do epidídimo – contendo cerca de 70% do número total de células dos ductos.
Os espermatozoides não ejaculados são gradualmente eliminados por excreção na urina, ou aos poucos vão sofrendo senescência, perdendo a habilidade de fertilização, depois a motilidade e finalmente desintegram. Ejaculados obtidos após períodos longo de abstinência sexual contém muitos sptz “velhos”ou senis. 
Barreira Hemato – Testicular
A composição bioquímica dos fluidos encontrados no lúmen dos túbulos seminíferos é muito diferente da composição do plasma sanguíneo e linfa (íons K, Na, Cl, glicose, inositol e proteínas). Tal diferença é mantida pois NÃO há uma comunicação livre entre os túbulos seminíferos e a corrente sanguínea, sendo que esta “parede” que dificulta a comunicação, é denominada de Barreira Hemato Testicular.
A barreira permite a passagem livre, por difusão simples, apenas moléculas de glicose.
Em animais jovens, antes da puberdade, a barreira hemato-testicular ainda está ausente.
A principal função da barreira é criar condições necessária para meiose e, também manter o isolamento das células germinativas do sistema imunológico.
As células que se encontram do estágio de divisão meiótica paquítono em diante são consideradas estranhas ao organismo. Assim a barreira evita que o sistema imunológico inicie produção de Ac contra seus próprios espermatozoides.
A barreira é composta pela parede dos túbulos seminíferos, porém a principal estrutura envolvida é a célula de Sertoli.
Termorregulação Testicular
As estruturas que participam da regulação são:
- Receptores da temperatura – situados na pele do escroto. Tendem a baixar a temperatura total – através de respiração e sudorese.
-vascularização do testículo – capilares – pressão intracapilar variável.
-Inervação – fibras sinápticas adrenérgicas – atuam sobre musculatura lisa das arteríolas, gls sudoríparas em m.dartos.
-Gordura subcutânea – pouco evidente no escroto, justamente pra não prejudicar a perda de calor.
- Glândulas sudoríparas adrenérgicas – relação funcional com centros termorreguladores do hipotálamo e córtex cerebral. Produz 5x mais que as demais gls do corpo.
Referente à musculatura, são dois os músculos que estão envolvidos:
	- Dartos → que altera a espessura e a área superficial do escroto, enrugando ou distendendo a pele da bolsa escrotal.
	-CREMASTER → altera a proximidade de contato do testículo com a parede abdominal (aproxima plexo da parede, reduzindo a troca de calor e vice-versa).
Plexo Pampiniforme – relação das veias agem através de um mecanismo denominado de contra-corrente, que visa resfriar o sangue arterial que chegará no testículo, roubando o calor pelo sangue venoso. Esse mecanismo de contra corrente é o principal deles na termorregulação, podendo resfriar até 4 -5 ºC o sangue arterial. Além disso a disposição do plexo permite uma perda de calor direta através do contato com a pele.
Os gatos e os suínos possuem mecanismos de termorregulação um pouco diferente, isso se dá principalmente pela posição anatômica do testículo. Os suínos não possuem gordura subcutânea e há uma grande % de glândulas sudoríparas.
Plexo Pampiniforme → conjunto de veias no cordão espermático. As veias enoveladas nas artérias roubam o calor do sangue arterial, fazendo com que o sangue venoso retorne mais quente.
#As células germinativas mais susceptíveis a temperaturas elevadas são os espermatócitos primários, porém outras como espermatogônias B e espermátides arredondadas também podem ser afetadas.
Quando a termorregulação fica prejudicada por período prolongado, a espermiogênese fica imperfeita e passamos a encontrar formas teratologias no sêmen.
A consequência nos ejaculados é o aumento do número de sptz patológicos (infertilidade temporária, dependente do tempo de termorregulação prejudicada).
#Os espermatozoides armazenados no epidídimo também sofrem com aumento de temperatura com perda de funcionalidade, porém os sptz de equinos não apresentam alterações.
Glândulas Anexas
São as fontes constituintes do plasma seminal, que varia com as espécies, assim como o número e tamanho.
Todas as glândulas são lobulares e ramificadas tubularmente com músculo liso proeminente no tecido intersticial.
A próstata, glândulas bulbouretrais, vesículas seminais despejam suas secreções na uretra, no momento da ejaculação , se misturando com a suspensão de sptz e secreções ampola do ducto deferente.
→ Vesículas Seminais : são dois órgãos, cada um formado por um tubo, de comprimento variável, intensamente enrolado sobre si mesmo, de mucosa extremamente pregueada e epitélio rico em grânulos de secreção. Tal secreção é acumulada nesta glândula e liberada na ejaculação (ação de contração muscular – musculatura lisa) e é rica em metabólitos como proteínas, frutose e vitaminas C, importante para o espermatozoide.
→Próstata : conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas, recoberta por cápsula fibroelástica rica em musculatura lisa, cujos ductos desembocam na uretra. Produz e armazena no seu interior para expulsá-los na ejaculação.
→ Glândulas Bulbouretrais – glândulas tubuloalveolares com células do tipo mucoso. Apresentam músculo esquelético e liso nos septos que separam seus lóbulos. Secreção mucosa.
→ Ampola do ducto deferente – estrutura muscular envolvendo o ducto deferente pélvico, que permite a determinadas espécies uma ejaculação em forma de jatos.

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