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Aula 02 complemento - História do Direito

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Universidade da Grande Dourados
Faculdade de Direito
Curso de Direito
Disciplina História do Direito
		Prof. Flávio Antonio Mezacasa
Aula – 02 Continuação: o Direito Grego- época Clássica 580-338 a.C – Acréscimos
Grécia (Atenas) - Não construíram uma ciência do Direito, nem sistematizaram seus institutos de direito privado, todavia, entendiam que o direito devia fazer parte da educação de todo cidadão. Para os gregos o direito era conseqüência da noção de justiça que estava presente na consciência coletiva.
Aspectos importantes – A fonte do direito é o nomos, lei ou costume que limita o poder das autoridades, já que a liberdade política consiste em não ter que obedecer senão à lei. Haviam poucas leis. Os gregos consideravam a participação na vida pública um dos maiores bens a serem almejados pelo homem, o cidadão que não participava era considerado inútil. Os gregos tinham o costume de aprender de cor recitando em forma de poética textos jurídicos.
Características do direito – A mais antiga legislação conhecida de Atenas que possui alguma representatividade são as leis de Drácon, de 621 a.C, as quais acabam com a solidariedade familiar, tornaram obrigatório o recurso aos tribunais para resolver os conflitos entre os clãs, introduziu no direito a distinção entre os diversos tipos de homicídio, voluntário, involuntário e legítima defesa. Posteriormente entre 594 e 593 a.C., Sólon alterou a essa legislação profundamente:
previdenciário – os pais eram obrigados a ensinar uma profissão aos filhos, caso contrário, esses não eram obrigados a ampará-los na velhice.
Institucional – criou o tribunal de Heliaia, ao qual qualquer pessoa podia apelar das decisões dos tribunais, com a idéia de que a lei se encontrava acima do magistrado. Os membros dos tribunal eram sorteados dentre os cidadãos.
Instaurou a igualdade civil, suprimiu a servidão por dívidas, limitou o poder paternal, suprimiu a propriedade coletiva dos clãs, instituiu o testamento e a adoção, etc.
NÃO HAVIA ADVOGADOS, JUÍZES, PROMOTORES PÚBLICOS: não havia profissionalização do direito. Aliás a profissão de alibdvogado era muito mal vista, contudo existia o logógrafo, o qual redigia discursos para defesa perante as assembléias.
Havia distinção entre lei substantiva e lei processual.
Existia a arbitragem privada- o arbitro não julgava, apenas procurava obter um acordo ou conciliação. Hoje o árbitro é juiz de fato e de direito.
Arbitragem pública – era utilizada nos estágios preliminares do processo de alguns tipos de ações legais. Eram sorteados e deveriam ter mais de 60 anos.
As ações dividiam-se entre públicas e privadas. Pública podia ser iniciada pelo cidadão comum, que se considerasse lesado pelo Estado. Privada: debate entre litigantes perante a assembléia (ex. assassinato, injúria, propriedade, violência sexual, roubo).
Direito processual tinha: publicidade de todos os atos, prisão preventiva, liberdade provisória.
Os escravos eram torturados antes de depor.
A propriedade se transfera apenas por contrato.
Tribunais 
assembléia do Povo - composta pelos Senadores e magistrados populares, que discutiam os crimes políticos mais graves.
Aerópago – inicialmente julgava todos os crimes, posteriormente apenas aqueles com pena capital.
Tribunal dos efetas – 51 juízes que julgavam o crime de homicídio não premeditado.
Heliaia – assembléia que se reunia na praça pública da cidade e tinha jurisdição comum, julgando recursos.

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