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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Recife, 18 de Abril de 2017 Direito do Trabalho – Mudanças na Lei 4302/98 e Lei 4330/2004 Aluno: Elias Porfirio e Gustavo Oliveira Disciplina: Direito do Trabalho Profª: Isabele D’Angelo Turma: 4N O trabalhador X A lei de terceirização O tema Terceirização era tratado com base na súmula 331, de 2003, do TST que permitiram a terceirização de atividades-meio; a lei atual libera este tipo de contratação também para atividades-fim valendo tanto para empresas privadas como públicas. O que trará um problema a aplicação do Decreto nº 7.203, de 4 de Junho de 2010, contra a prática de Nepotismo. Sabe-se que o maior número de causas trabalhistas é com pessoas terceirizadas, o que implica também no maior número de acidentes de trabalho e denúncias de trabalho análogo a escravidão. A lei não prevê vínculo empregatício entre a empresa que contratou o serviço terceirizado e os trabalhadores que prestam tal serviço, sendo a responsabilidade não mais solidaria e sim subsidiaria. Na lei é permitido que a empresa de terceirização possa subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho a ser realizado por seus trabalhadores na dependência da contratante. Tornando uma instabilidade e insegurança cada vez maior nessa relação de hipossuficiência onde se tem uma dificuldade maior de responsabilização e pagamento nas causas trabalhistas. A lei também aumenta de 3 para 6 meses o tempo máximo de duração dos contratos temporários, consecutivos ou não, quando permanecerem as mesmas condições ou ainda pode ser prorrogado por acordos coletivos, o que fere totalmente a nossa CLT, a qual protege e defende o empregado de abusos em face do empregador. A lei dificulta a identificação e responsabilização dos sujeitos processuais, como também sabe-se que são os trabalhadores terceirizados que recebem os menores salários e estes não terão nenhum tipo de benefício ou auxilio por não configurar uma relação de trabalho. É nítido que a mesma fere o Art. 7 da CF/88 que versa sobre os direitos dos trabalhadores brasileiros, não respeita em nenhum quesito a CLT ferindo também o princípio da dignidade da pessoa humana, indo contra os acordos internacionais, e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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