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apostila apicultura

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APICULTURA BÁSICA 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 A criação racional de abelhas vem despertando nos últimos anos crescente 
interesse dos agricultores, graças principalmente a produção do mel como um dos 
produtos naturais de maior nutritivo para o homem, sendo também utilizado como 
remédio e sua conseqüente valorização econômica. Esses fatores têm levado muitas 
pessoas a ingressarem no campo da exploração apícola. 
 A exploração desses insetos passando da condição de hobby ou lazer para 
se transformar em uma das explorações pecuárias bastante rentável. Consorcia-se 
facilmente com outras culturas. Desde que sejam observadas as distâncias técnicas 
que garantam segurança para a polinização das culturas, proporcionando 
significativos aumentos na produção agrícola, uma melhor qualidade dos frutos e 
sementes, bem como assegurar menor ocorrência de pragas e doenças nas 
culturas. 
 Ser apicultor pode tornar-se uma atividade fácil, desde que sejam observadas 
as técnicas essenciais de manejo com as abelhas, e os objetos da exploração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HISTÓRICO 
 
Dados históricos revelam que as abelhas existem no mundo há mais de 50 
milhões de anos e o mais curioso é que quase não sofreram mutações durante este 
tempo. 
O início da atividade apícola foi oficialmente reconhecido no Egito, há cerca 
de 2.400 anos a.C. Os egípcios são considerados os primeiros apicultores, uma vez 
que 2.500 anos a.C. já criavam abelhas em colméias de barro. Até hoje, os egípcios 
mantêm uma dança típica denominada “Passo da Abelha”. 
As abelhas sempre foram muito importantes para estes povos, tanto que a 
valorizavam no comércio e na literatura, as estampavam em moedas, medalhas e 
roupas. 
Todos os povos primitivos da Ásia, África e Europa conheceram as abelhas e 
utilizavam seus produtos e derivados. 
Durante séculos a apicultura foi mantida no estado rudimentar e primitivo. 
Aristóteles fez os primeiros estudos formais sobre as abelhas. 
No século XVII com a ajuda do microscópio é que se fizeram importantes 
descobertas sobre os aspectos biológicos das abelhas e foram criados os 
equipamentos especiais para sua exploração racional e exploração econômica, 
técnicas de manejo só foram aperfeiçoadas no final do século por apicultores como 
Lorenzo Langstroth, que desenvolveu as bases da apicultura moderna. 
No Brasil antes 1840 – só existiam abelhas nativas (Indígenas ou Meliponas) 
que produzem mel em menor quantidade. 
Abelhas apis mellifera mellifera foram trazidas por Padres Jesuítas que se 
adaptaram muito bem por serem dóceis e de fácil manejo. 
Em 1956, o Dr. Warwick Estevam Kerr trouxe da África, para fins científicos. 
Cerca de 50 abelhas rainhas das subespécies Apis mellifera adansonii e Apis 
mellifera capensis e as introduziu em Piracicaba, interior de São Paulo. Hoje a 
população de abelhas africanas e africanizadas no Brasil é estimada em 90%. 
Atualmente a apicultura se desenvolve através de métodos altamente 
técnicos e científicos. 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO - RESUMO 
 
 As abelhas existem há milhões de anos e a técnica de criação racional data 
de 2400 a.C. . Existem dados que os Sumérios já usavam mel 5.000 a.C. 
 Aristóteles foi quem primeiro fez estudos científicos a respeito das abelhas. 
 No século XVII e XIX, pesquisadores e filósofos europeus marcaram o início 
do progresso apícola. 
 Os maiores mestres na apicultura são: 
 JAN SWAMMERDAN - 1670, Holandês foi o primeiro a desvendar o sexo da 
rainha pela dissecação; 
 JANSCHA – Austríaco, 1771, descobriu o mistério da fecundação da rainha, 
ocorre ao ar livre; 
 FRANÇOIS HUBER – Suíço, 1778, descobre o vôo e retorno de rainhas virgens 
e/ou fecundadas; 
 JONH DZIERZON – Alemão, descobriu a partogênese em 1845; 
 LORENZO LORRAINE LANGSTROTH – EUA, descobriu o espaço abelha e o 
quadro móvel; 
 J. MEHRING – 1857, inventou a cera alveolada; 
 FRANZ HRUSCHSKA – 1865, inventou a máquina extratora de mel; 
 MOISES QUIMBY – 1810 – 1875, americano, foi um grande divulgador e 
professor de apicultura; 
 A.T.ROOT - 1923, foi o responsável pela primeira indústria de colméias e 
material apícola; 
 Padres e Jesuítas – Brasil, 1839, introduzida a apicultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO 
 
 Pode ser definida como a criação de abelha do gênero Ais mellifera 
objetivando o aproveitamento sócio econômico da exploração. 
 
 OBJETIVOS: 
 
A criação de Abelhas pode ser feita com três objetivos: 
 Como fator de produção: 
 
Pela exploração dos produtos apícolas: mel, geléia real, própolis, cera e pólen, 
apitoxina. A criação racional de abelhas pode vir a ser uma segura fonte de renda 
para pequenas propriedades rurais. De todos os produtos apícolas o mais procurado 
ainda é o mel, por isso todo o planejamento econômico, é baseado nas condições 
da flora apícola da região, que se reflete diretamente na produtividade. 
 
 Como suporte à agricultura: 
 
Quando é utilizada na polinização das culturas agrícolas. Pesquisas mostram que 
a ação polinizadora das abelhas é de quinze a vinte vezes mais importante na 
produção de frutos e grãos comparados à produção de mel. Exercida de maneira 
racional, pode tornar-se uma atividade de grande importância sócio–econômica. 
 
 
Produção de frutas resultante da polinização. Cerca de 
50% da qualidade e quantidade dessas frutas foram 
obtidas, basicamente, através da polinização por 
abelhas. 
 
 Como meio ecológico: 
 
Atuando na perpetuação das espécies nativas, que dependem da polinização 
cruzada. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÂO SOCIAL 
 
 As abelhas são seres que vivem coletivamente em grandes sociedades, 
apresentam como características: 
 Uma metamorfose completa durante o ciclo evolutivo. 
 As responsabilidades são divididas de acordo com o tipo de indivíduo ou casta. 
 A divisão de trabalho entre as operárias obedece ao desenvolvimento interno do 
organismo, de acordo com a idade. 
Sendo da classe dos insetos, possuem sangue frio (linfa), mesmo assim 
conseguem manter a temperatura interna da colméia variando entre 30 e 36°C, 
necessários para a eclosão dos ovos, desenvolvimento das crias e maturação do 
mel, (WIESE (1990). 
 Se a temperatura externa baixa as operárias se aglomeram em forma de bola, 
em cima das crias e passam a consumir mais mel, para assim liberar calor e aquecer 
o ambiente. 
Se a temperatura fica alta as abelhas utilizam um sistema de ventilação, 
formando uma corrente de ar, através do movimento das asas e se há pouca 
entrada de néctar elas passam a carregar água e evaporar garantindo as condições 
ambientais desejadas. 
 
 As três castas 
 
As abelhas vivem em alojamentos, onde 
organizam seus ninhos, esta, colônia ou 
enxame de abelhas significa uma família, é 
composta por três tipos de indivíduos 
chamados de casta. Os indivíduos que 
formam a família das abelhas são: 
 
 
 RAINHA – uma só, que é a mãe da família; 
 OPERÁRIAS – são a maior parte da população, em média 80.000; 
 ZANGÕES – são os machos da família, existem de zero a algumas centenas. 
 
 
 
 
 A quantidade de operárias e zangões em uma colméia depende: 
 Das condições de alimento (floradas); 
 Capacidade de postura da rainha; 
 Espaço disponível na colméia; 
 Época do ano (inverno ou seca). 
 CICLO EVOLUTIVO DAS TRÊS CASTAS 
 
É o período de desenvolvimento do inseto, que vai da fase de ovo até a 
formação do inseto adulto, através de uma metamorfose completa, obedecendo umasequência lógica: 
 
 
 INDIVÍDUOS 
FASES 
OVOS LARVA PUPA ADULTO 
Rainha 3 dias 5,5 dias 7,5 dias 16 dias 
Operárias 3 dias 6,0 dias 12,0 dias 21 dias 
Zangão 3 dias 6,5 dias 14 dias 24 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A RAINHA 
 
Cada colméia possui uma rainha, que é a mãe de todas as 
abelhas e a responsável pelo equilíbrio populacional da 
colméia. 
Nasce de um ovo fecundado, 16 dias após a postura do 
ovo pela rainha mãe, período conhecido como ciclo 
evolutivo. Sua formação decorre da alimentação integral com 
geléia real, durante todo o período larval. Se desenvolver num 
berço especial, chamado “realeira”. Mais ou menos, no quarto 
dia, faz vôos de treinamento, e está sexualmente madura 
após o sexto dia de vida adulta (WIESE 1991). 
Após oitavo dia (aproximadamente), a rainha faz o vôo de acasalamento, chamado 
de “vôo nupcial”, quando copula com até dez zangões selecionados pela resistência 
física, provada durante a revoada nupcial. Os zangões são procedentes de várias 
colméias, existentes num raio distância de até dez quilômetros. O sêmen coletado 
no acasalamento, é armazenado em uma bolsa especial conhecida como 
“espermateca” que será utilizado durante toda ávida útil da rainha. 
 Funções 
Mantém as abelhas da colônia unidas, através da emissão constante de seu 
cheiro chamado de “substância da rainha”, que tem também a propriedade de 
manter os ovários das operárias atrofiados, evitando que desencadeiem uma 
postura que só daria origem a zangões. 
 Reprodução 
Têm a propriedade de pôr ovos fecundados que dão origem às fêmeas, 
(operárias e ou rainhas) dependendo da alimentação fornecida durante o período 
larval, e os não fecundados dão origem aos zangões. 
 Quando a rainha envelhece, há diminuição da postura e da emissão de 
cheiro, fatores que fazem com que as operárias preparem a sua substituição. O 
apicultor pode forçar as abelhas operárias a criar uma nova rainha, mediante a 
“puxada natural”, ou criá-la artificialmente. A rainha pode viver até cinco anos, mas, 
em média sua vida útil, com uma boa postura, não passa de um a dois anos. Por 
 
 
isso uma rainha nova, mais prolífera, ajuda à colméia a produzir mais mel, mediante 
um maior número de operárias. 
 Outras Características da Rainha 
 
 
 A rainha pode pôr, quando nova e bem alimentada pelas nutrizes, até três mil 
ovos diários, o que corresponde a duas vezes o seu próprio peso. É alimentada 
pelas abelhas jovens (nutrizes) exclusivamente com geléia real, enquanto for útil a 
comunidade apícola. No entanto, consegue sobreviver até 25 horas sem alimentar-
se. Possui os órgãos de reprodução perfeitamente desenvolvidos, razão por que tem 
o abdômen mais comprido. Para facilitar as longas caminhadas sobre os favos, em 
busca de células vazias para postura, à rainha possui patas mais compridas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OPERÁRIAS 
 
 
Cada colméia possui em média 80 mil operárias, que 
são responsáveis pela execução de todos os 
trabalhos internos e externos, realizados 
instintivamente de acordo com sua idade. 
 As abelhas operárias são dotadas de e órgãos de 
trabalho perfeitamente desenvolvidos, e os de reprodução atrofiados e 
transformados em órgão de defesa (ferrão) WIESE (1990). 
 Funções 
Responsáveis por todo trabalho na colméia, distribuído de acordo com a idade. 
 Divisão de trabalho 
 
IDADE (dias) ATIVIDADES 
1º ao 3º 
Faz a limpeza dos favos e da colméia, aquecendo os 
ovos e as larvas. È a faxineira da casa. 
4º ao 14º 
Elabora o alimento que fornece às larvas, produz 
geléia real e cuida da criação de novas rainhas, sendo 
por isso chamada de abelha-nutriz. 
15º ao 18º 
Neste período produz cera, constrói os favos e 
também é responsável pela criação de uma nova 
rainha, través da construção da realeira. 
A cera é produzida nos quatro pares de glândulas 
cerígenas existentes na parte inferior do abdômen, e 
devido a isto é denominada de abelha-cerígena ou 
engenheira. 
19º ao 20º 
Nesta idade, fica de guarda no alvado para defender 
a colônia contra os inimigos. 
21º em diante 
Serviços externos no campo para coleta de néctar, 
pólen, própolis e água, para atender às necessidades 
* As operárias vivem em média 42, de extensivo trabalho, esse período porém 
chegar até seis meses em regiões de invernos prolongados. 
 
 
 
 
 Outras Características das Operárias 
 
 
O mel, a operária transporta o néctar na vesícula melífera, papo ou falso 
estômago, onde se inicia a transformação em mel, durante o vôo de retorno a 
colméia. Na colméia, a operária repassa o néctar para as outras abelhas, as quais 
se encarregam de determinar a elaboração do mel, que é finalmente depositado nos 
alvéolos, em forma de mel verde, passando a maduro depois de desidratado. 
O pólen é transportado nas duas patas traseiras, no lugar chamado de 
corbícula ou cesto, é a fonte de proteínas para as abelhas. 
A água é transportada na vesícula melífera da abelha operária campeira 
A própolis, resina vegetal coletada de certas plantas, é levada até a colméia 
nas patas traseiras das operárias. Serve para tapar frestas e também para imunizar 
a colméia contra enfermidades. 
 A cera produzida pela secreção de quatro pares de glândulas cerígenas, 
localizada na parte inferior do abdômen e que se encontra em atividades na idade 
de 15 a19 dias. As operárias gastam de 6 a 7 quilos de mel, para fazerem um de 
cera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ZANGÃO 
Nascem de ovos não fecundados ou óvulos, em 
células maiores que as das operárias por isso têm o corpo mais desenvolvido. Os 
apicultores experientes evitam o seu nascimento em grande número, pelo uso de 
lâminas completas de cera alveolada, porque estes não trabalham e consomem 
muito mel. Não possui órgãos de trabalho nem de defesa (ferrão), sua única 
função é cruzar com a rainha no vôo nupcial. 
Diariamente, com bom tempo, faz um vôo matinal de higiene e quando consegue 
fecundar uma rainha, morre depois do ato. As próprias abelhas os eliminam quando 
há falta de flores ou reservas de alimento. 
 Haploidia no Zangão 
Como foi visto os zangões são indivíduos que nascem de óvulos, por um processo 
conhecido como partenogênese, que quer dizer parto de virgem por são seres 
haplóide, isto é tem metade dos cromossomos das fêmeas (rainhas e/ou operárias); 
Nas abelhas Apis melliferas, as fêmeas têm 2n (32) e os machos n (16) “A 
haploidia dos zangões pode trazer tanto vantagens quanto desvantagens à 
procriação e genética apícolas. Por exemplo; não se”. pode produzir uma geração 
F2 nas abelhas, porque uma geração F2 é o resultado do acasalamento de dois 
indivíduos FI. Um indivíduo FI é um híbrido. Um zangão, haplóide nunca pode ser 
um híbrido. É precisamente por causa desta haploidia que os espermatozóides de 
um zangão são geneticamente idênticos. Um gameta de uma rainha (ovo não 
fertilizado) se torna até 10 milhões de gametas idênticos (espermatozóides) em um 
zangão”. 
 ( FONTE: Revista Planeta n° 129-B) 
 
 
 
 ENXAMEAÇÃO 
 
Enxameação é o processo natural e espontâneo de divisão de família, baseada 
no instinto de conservação da espécie e sua expansão pelo mundo. 
 
 Conseqüência Da Enxameação 
 
Para uma apicultura racional, enxameação acarreta sérios prejuízos; primeiro, 
porque as abelhasao se prepararem para enxamear, se abastecem levando boa 
parte do mel reservado na colméia; segundo, a família dividida fica fraca, porque a 
maioria das operárias campeira acompanha a rainha mãe, ficando em casa apenas 
a rainha nova, que vai levar no mínimo 10 dias para começar a postura e mais 21 
dias para começar a nascer operárias, que ainda vão passar mais 21 dias de 
trabalho interno para então começar a postura. 
 
 O que leva as abelhas a enxamearem? 
 
 Falta de espaço na colméia, que pode ser ocasionada por excesso de zangões, 
ou por número muito grande de abelhas ou ainda por muito mel maduro no 
ninho. 
 A raça também tem muita influência, por exemplo, as abelhas africanas 
enxameiam muito mais que as italianas. 
 Rainha velha: quando isso acontece afeta a distribuição de substância da 
rainha, o que leva as operárias a formarem realeiras. 
 
 O que fazer para evitar ou controlar a enxameação? 
 
 Substituir as abelhas velhas ou com defeitos. Dar espaço suficiente, 
colocando mais uma melgueira. A melgueira nova deve ser colocada em cima do 
ninho para facilitar o trabalho das abelhas. 
 Controlar o nascimento de zangões, colocando quadros com folhas 
alveoladas, para evitar a formação de favos de zangões. 
 Retirar as realeiras existentes, evitando o nascimento de novas rainhas. 
Quanto à colméia está órfã, deve-se retirar as realeiras, deixando apenas uma. 
 
 
 HABITAÇÃO DAS ABELHAS 
Habitação é o local onde as abelhas formam suas moradas. Elas podem se 
alojar por conta própria ou serem levadas pelo homem. Portanto, as abelhas podem 
se alojar em: 
 Alojamentos Naturais: 
 Esses são considerados inadequados, porque nem sempre atendem as 
necessidades biológicas das abelhas e muito menos as exigências da apicultura 
moderna. Entre estes podem ser destacados: 
Oco ou galhos de árvores, locas de pedras, tetos de casas ou edifícios, ou 
qualquer outro lugar que ofereça condições mínimas para formar seu ninho. Porem, 
não permitem ao apicultor prestar nenhum manejo às famílias e nem beneficiar o 
mel e a cera, e tão pouco explorar outros produtos. 
 Caixas Rústicas: 
 
São caixotes, sem dimensões nem 
formas definidas, que são 
aproveitados para criar abelhas. Estas 
como os alojamentos naturais, não 
permitem o manejo adequado do 
apiário, a vantagem é só em relação 
aos alojamentos naturais, por que permitem a 
localização da criação. 
 Colméia Mobilista 
Muitas tentativas foram feitas até se chegar a um 
ambiente que oferecem condições adequadas para 
as abelhas, ao mesmo tempo em que permite o 
manejo das famílias facilitando o trabalho do 
apicultor. Em 1852, o americano Lorenzo Langstroth 
criou o modelo de caixa que ficou conhecida como 
colméia Langstroth ou Stand americano. 
 
 
Na opinião de técnicos e apicultores em geral esse modelo é o que melhor 
atende as necessidades biológicas das abelhas, respeitando o chamado “espaço 
abelha” que é uma medida que permite o livre transito das três castas no interior da 
Alojamento 
Natural 
Caixa 
Rústica 
 
 
colméia. Já para o apicultor oferece condições de manejo rápido e eficiente. È 
fundamental ressaltar a importância da padronização de todo o material apícola, 
principalmente das colmeias e quadros, que vai facilitar tanto o manejo do apiário 
como o intercâmbio de material entre os produtores. 
 
 Partes componentes de uma colméia 
 
 Um fundo que pode ser reversível ou não, conhecido também como assoalho 
que serve de base sobre o qual se assenta o ninho da colméia; 
 Um ninho ou compartimento de incubação dos ovos, é a parte reservada à 
postura da rainha e o desenvolvimento da criação; 
 Uma ou duas melgueiras, conhecidas também pelo nome de alça ou sobre 
caixas, servem de compartimento para armazenamento do mel; 
 Uma tampa que é o teto, que irá proteger a colméia, contra o frio e a entrada de 
elementos prejudiciais; 
 Quadros ou caixilhos, servem de moldura para favos de mel ou cria, e recebem 
como base a cera alveolada que dará uniformidade aos mesmos. LANGSTRTH 
descobriu que as abelhas constroem os favos obedecendo a uma medida que 
varia entre seis a nove milímetros, e que esse espaço , que ele chamou de 
espaço abelha é uma medida que permite o livre transito das três castas no 
interior da colméia. 
 VANTAGENS DA COLMEIA MOBILISTA 
 
 Permite: 
 Substituição da rainha; 
 Fácil Manejo pelo apicultor; 
 Alta produção de mel; 
 Aproveitamentos dos favos usados; 
 Exploração de qualquer produto; 
 Evita doenças; 
 Centrifugação dos favos; 
 E outros. 
MEDIDAS INTERNAS DA COLMEIA LANGSTROTH 
 
 Ninho Comprimento 46,5 cm 
interna 
 
 
 
Largura 37,0 cm 
Altura 24,0 cm 
Melgueira Comprimento 46,5 cm 
 
 
 
 
Largura 37,0 cm 
Altura 14,2 cm 
Fundo Comprimento 60 cm 
Externa 
 Largura 41 cm 
Tampa Comprimento 51 cm 
 Largura 44 cm 
Rebaixe Largura 1,0 cm 
 Altura 1,8 cm 
 
QUADROS (MODELO HOFFMAN) 
 
 Quadros do Ninho Quadro da Melgueira 
Vareta Superior 
Comprimento 48 cm 48,0 cm 
Largura 2,5 cm 2,5 cm 
Espessura 2,0 cm 1,2 cm 
Extremidades 
Comprimento 1,5 cm 
Largura 2,5 cm 
Espessura 1,0 cm 
 Vareta Lateral 
comprimento 23,3 cm 13,5 cm 
Largura 2,5 cm 2,5 cm 
Espessura 1,0 cm 1,0 cm 
Vareta Inferior 
Comprimento 45,0 cm 
Largura 1,5 cm 
Espessura 1,0cm 
 
 
 
 Dar espaço suficiente, colocando mais uma melgueira. A melgueira nova deve 
ser colocada em cima do ninho para facilitar o trabalho das abelhas; 
 Controlar o nascimento de zangões, colocando quadros com folhas 
alveoladas, para evitar a formação de favos de zangões; 
 Retirar as realeiras existentes, evitando o nascimento de novas rainhas. 
Quanto à colméia está órfã, deve-se retirar as realeiras, deixando apenas uma. 
 
 MATERIAL APÍCOLA 
 
Para que o apicultor possa trabalhar com as abelhas de maneira racional, 
precisa de alguns instrumentos e ferramentas como os abaixo relacionados: 
 
 
 FUMIGADOR 
 
É utilizado com a finalidade de controlar a agressividade das 
abelhas pelo uso da fumaça. É composto de duas partes; fole e 
fornalha. 
 
 FORMÃO DO APICULTOR 
 
É uma espátula, utilizada para deslocar as peças coladas com 
própolis pelas abelhas e para limpar as colméias. 
 
 ESCOVA 
 
Utilizada para varrer as abelhas aderentes, com a finalidade de 
não feri-las ou esmagá-las durante o manejo do apiário. 
 
 
 GARFO DESOPERCULADOR 
 
Serve para retirar a película de cera usada pelas abelhas para 
guardar o mel maduro. Isto é, quando o produto se encontra 
com o teor de água, adequado para não fermentar. 
 
 
 MESA DESOPERCULADORA 
Serve para apoiar os quadros durante a 
desoperculação, contem uma peneira onde a cera dos 
opérculos é depositada para o escoamento resto do 
mel que fica retido nestes. 
 
 CENTRÍFUGA 
 
 
Utilizada para extrair o mel sem destruir os favos e garantir 
sua pureza. Existem dois tipos de centrífuga, a facial e a 
 
 
radial, que é atualmente a mais usada por ser de mais fácil 
manejo. 
 
 
 INDUMENTÁRIA DO APICULTOR 
 
 Com a introdução das abelhas africanas (Apis mellifera scutelata), o manejo 
sofreu alterações, a começar pelo vestuário. 
 Para se trabalhar com as abelhas africanizadas é importante que o apicultor 
esteja bem protegido, para evitar além de um trabalho incômodo com possíveis 
ferroadas, a perda das abelhas que morreriam ao ferroarem quando sentirem 
contato e cheiroda pele. O uniforme completo é formado por: macacão, máscara, 
chapéu, luvas e botas. 
Apicultor corretamente vestido, deve está usando: 
 
1. MÁSCARA 
2. CHAPEU 
3. MACACÃO 
4. BOTA 
5. LUVAS 
 
 
 
 
 
 APIÁRIO 
 
 É o local onde está distribuído, de maneira organizada, um certo número de 
colméias povoadas com abelhas do gênero Apis. 
Os apiários podem ser caracterizados de acordo com objetivo que se propõe. 
Podemos ter: Apiários destinados ao ensino, a pesquisa, empresa e outros. Todos 
estes podem ser fixos ou migratórios. 
 
 Apiários fixos 
2 
 4 
5 
3 1 
 
 
 São formados por grupos de colméias povoadas e, distribuídas em suportes 
fixos, geralmente guardados por cercas vivas ou de arame e protegidas por quebra-
ventos naturais ou artificiais. 
 
 Apiários migratórios 
 
Os apiários migratórios são formados por um determinado número de colméias 
que são levadas de um lugar para outro e instalado provisoriamente, para o 
aproveitamento da flora ou para polinização de culturas agrícolas. Localização de 
apiários 
 LOCALIZAÇÃO DO APIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sucesso da criação depende da boa localização do apiário, para isso pelo 
menos cinco pontos devem ser observados: 
1. Pastagem apícola 
 A presença de uma boa florada pode ser um dos principais fatores para o 
sucesso da criação. As abelhas campeiras percorrem um raio de até 3 Km em busca 
de alimento, porém , já foi considerado um raio econômico de ação que é de 1,5 Km. 
No entanto, é bom saber que quanto mais próximo da fonte de alimento estiver o 
apiário, mais rápido as abelhas vão produzir. (foto) 
 
 
Obs.: O raio de 1,5 Km corresponde a 707 há. A produção do apiário vai depender 
do equilíbrio entre o número de abelhas, a abundância e a qualidade de flores 
existentes no mesmo período, dentro dessa área. 
2. Presença de Água 
 É necessário que a água esteja a uma distância máxima de 500 m. Pode ser 
um rio, um açude, ou até mesmo um poço ou cacimba. Quando não existe uma fonte 
natural a esta distância, o produtor pode cria um bebedouro artificial, como um 
tanque, um tonel, etc. 
3. Facilidade de Acesso 
 É importante que o apiário seja bem localizado, possibilitando a chegada do 
meio de transporte o mais próximo possível, para ajudar o apicultor a levar o material 
necessário para o manejo das colméias, assim como o transporte da produção. 
Também é importante para as abelhas que o apiário não seja instalado em lugar 
muito alto. Para que as operárias não sejam obrigadas a ir buscar alimentos (néctar 
ou pólen) nas partes mais baixas e ter que subir carregando pesadas cargas, que 
neste caso acarretaria um desgaste maior do animal e menor produção. 
4. Correntes de Ventos 
 Áreas muito descampadas que possibilitam correntes de ventos muito fortes, 
podem trazer conseqüências para a produção porque : exigem muito esforço das 
abelhas; causam acidentes e mortandade; ressecam as flores paralisando a 
secreção de néctar; dispersam os enxames. 
5. Segurança 
 As abelhas africanizadas são mais sensíveis e mais agressivas, por isso 
algumas distâncias já foram determinadas como medidas de segurança para 
prevenir acidentes, a seguir: 
 
 Distância para segurança: residências, instalações de animais, estradas, 
áreas de agricultura e outros locais freqüentados, no mínimo 200 m; 
 Distância de escolas, no mínimo 500 metros; 
Outras distâncias que devem ser observadas: 
- Para qualidade dos produtos: 
 Plantações de cana-de-açúcar, mínimo de 2 Km; 
 Fábrica de doce, armazém e usina de açúcar, sorveteria e outras do ramo, pelo 
menos 1 Km ; 
- Para facilidade de manejo: 
 
 
 Mínimo de dois metros entre as colméias, melhor seria de 3 a 5 m, dependendo 
da área disponível. 
- Para evitar a saturação da flora: 
 Entre apiários de 30 ou mais colmeia, a distância deve ser de pelo menos 3km, 
que vai garantir melhor produção. 
 INSTALAÇÃO DO APIÁRIO 
 Escolhido o local, é hora de começar a instalar a criação para isso devem ser 
avaliados alguns fatores como: 
 Época apropriada: 
O melhor período é durante a florada, quando as rainhas estão em franca 
postura, as famílias populosas, com as operárias em grande atividade. 
 Povoamento do apiário: 
Povoar o apiário quer dizer, colocar nele colméias habitadas com abelhas do 
gênero Apis mellifera, que pode ser feito de duas maneiras: 
A partir da aquisição em criatórios racionais ou pela captura de enxames 
silvestres encontrados em alojamentos naturais. 
O povoamento pela a compra de famílias, oferece algumas vantagens para o 
apicultor iniciante porque: 
- Pode ser escolhida a idade e a qualidade da rainha: avaliando-se capacidade 
da postura e a agressividade da família. 
- Pode se conhecer as condições da família, quanto: a população, sanidade, 
condições de postura da rainha, produção, e outras características inerentes a 
uma boa matriz. Estas observações são feitas pela avaliação da ficha de 
acompanhamento, onde devem estar anotados as produções dos anos 
anteriores. Com a família adquirida já na colméia padronizada, tem a vantagem 
de não precisar se adquire uma nova caixa e a inda pode oferecer produção no 
primeiro ano. Já o núcleo se torna mais barato, porém a produção pode só vir na 
próxima florada. A única desvantagem é que se torna mais caro. 
 
Tipos de enxame 
 Nidificados – são aqueles que já construíram favos e formaram seus ninhos. 
 
 
 Não nidificados – são aglomerados de abelhas, onde estão presentes as três 
castas e que estão à procura de alojamento. 
 
Preparo das caixas para captura de enxames não nidificados 
 
 Colméia padronizada: 
Colocar três quadros com folhas de cera alveoladas completas, sete quadros com 
tiras de cera de 2 a 5 cm, pegando o primeiro arame, os quadros com lâminas de 
cera completa ficarão um no centro e um em cada lado da caixa. 
 Núcleo: 
 Colocar dois quadros com folhas de cera alveoladas completas, e três quadros com 
tiras de cera de 2 a 5 cm, pegando o primeiro arame, os quadros com lâminas de 
cera completas ficarão um em cada lado da caixa e os com tiras no centro para dar 
condições às abelhas de formarem favos naturais. Pois, as abelhas quando 
enxameiam, enchem o papo de mel se preparando para formar os quadros da nova 
casa. 
 
Captura de enxame não nidificado 
 
Esta operação obedece a seguinte seqüência: 
 
 Ao chegar no local, dar algumas baforadas de fumaça no enxame e esperar 3 
a 5 minutos; 
 Aproximar a caixa por baixo do enxame de abelhas. Com uma escova varrê 
lãs para dentro da caixa tendo cuidado de não machucar as abelhas, 
principalmente a rainha. 
 Colocar uma tela excluidora de rainhas no alvado, a fim de garantir, a 
permanência da família na caixa. 
 Transporta lá à noite para local definitivo. 
É bastante comum a ocorrência de enxames em galhos de arvores. Isso acontece 
quando uma família esta enxameando, isto é multiplicando a colônia a colônia e 
procurando nova moradia. São enxames que estão sempre de passagem, por isso é 
bom captura los assim que forem localizados. 
 Devem ser levados também, tela ventilada, um pedaço de espuma (para 
tampar o alvado) e uma tira de borracha ou barbante para amarra a tela. 
 
 
Ao chegar no local o apicultor e seu ajudante, já deve estar equipados 
com vestimentas completas e um fumigador acesso. 
 
Distribuição de caixa isca para capturade enxame móvel 
 
 Como atrativo para caixa isca, podem ser utilizadas ceras e própolis outro 
recurso é o capim santo que alguns pesquisadores descobriram como 
ótimo recurso devido à presença do geroniol, elemento também presente 
na substancia da rainha, podem ser usadas as folhas maceradas, porem a 
melhor maneira é o óleo de capim santo ou capim cidreira, porque segura 
o cheiro por mais tempo. As caixas iscas devem ser distribuídas nos 
locais onde são mais freqüentes as passagens de enxames. Depois de 
povoados as colméias são levadas ao anoitecer para local definitivo. 
 
 
Captura de enxames nidificados 
Para passagem de um enxame nidificado para uma padronizada devem ser 
observadas as seguintes etapas: 
 
1° ETAPA: preparo do material 
 
 Caixa: núcleo ou ninho, metade dos quadros (cinco) só com arame e os 
outros cinco com cera alveolada; 
 Fumigador mais material de combustão de preferência serragem. 
 Indumentária completa; 
 Faca, escova, gaiola de introdução de rainha, cordão de algodão e outras 
ferramentas de acordo com a localização do enxame, um balde com 
tampa para colocar os favos de mel. 
 
2° ETAPA: controle do enxame 
 
 Deve ser aplicada bastante fumaça na entrada do local onde esta alojada 
a família, esperar de três a cinco minutos, dar outra fumaçada e so depois 
começar a operação. 
3° ETAPA : 
 
 
 
 Afastar as abelhas com auxilio da fumaça e cortar os favos um a um; 
 Os favos com crias serão amarrados nos quadros sem cera. Deve se ter 
cuidado de coloca los sempre na posição de construção feita pelas 
abelhas no local de origem. 
 Os favos com mel não deverão ser aproveitados para a colméia, evitando 
que a caixa fique suja de mel, tornando se um focos para predadores. 
 Tentar localizar a rainha, se possível prende lá em uma gaiola durante 
três dias, para garantir a permanência da família. 
 Por a colméia no local onde se encontrava o enxame e colocar algumas 
operarias para dentro da caixa para aquecer as crias ao mesmo tempo em 
que protegem a rainha. 
 Se possível deixar a colméia no local durante 8 a 10 dias, se não for 
possível fechar a caixa no final da tarde e transporta las para o apiário. 
 
Considerando que a origem destas abelhas é desconhecida, é bom manter 
vigilância sanitária durante as primeiras semanas e fazer uma avaliação de 
produção,agressividade e capacidade de postura da rainha. 
 
 
 MANEJO DO APIÁRIO 
 
 Revisão Periódica das Colméias 
Podemos dizer que a atividade apícola 
começa a partir do momento que as colméias 
povoadas chegam ao apiário. Do manejo 
correto, por parte do apicultor vai depender o 
sucesso da exploração. A revisão deve ser 
feita a cada quinze dias. 
 
 Por que a cada quinze dias? 
É que revisando as colméias periodicamente, o apicultor pode controlar a 
enxameação, retirando as realeiras existentes e evitando assim o nascimento de 
novas rainhas 
 
 
Para o trabalho de revisão, o apicultor deve estar devidamente vestido, com 
indumentária completa, fumigador aceso e ter em mãos o material necessário. 
 Cuidados a serem tomados durante a revisão: 
- Escolher para fazer fumaça sempre produtos que não irritem as abelhas, como 
serragem ou raspa de madeira, sabugo, cavaco, casa de cupim e outros desde 
que sejam de origem orgânica Nunca utilizar para tal fim pneu, óleo queimado, 
querosene, etc; 
- Não esquecer que todo primeiro contato com as abelhas deve ser com fumaça. 
Ao se aproximar do apiário, o apicultor deve fumaçar todas as colméias para inibir 
qualquer cheiro e, ao mesmo tempo desorganizar o ataque das abelhas; 
- Voltar a colméia que vai trabalhar, levantar um pouco a tampa e dar uma boa 
fumaçada sobre os quadros, esperar 2 a 3 minutos, que é o tempo necessário 
para as abelhas encherem o papo de mel; 
- Abrir devagar a colméia e antes de retirar a tampa, ver se a rainha não se 
encontra lá. Se ela estiver na tampa, deve ser forçada a voltar para o interior da 
caixa. Depois de retirar a tampa e colocar ao lado da caixa, sempre com a face 
interna voltada para cima; 
- Como as abelhas costumam selar os quadros com própolis, estes antes devem 
ser descolados com o auxílio do formão, sempre com cuidado para não machucar 
as abelhas; 
- Retirar primeiro o quadro mais vazio, este ficará fora da caixa, no alvado, dando 
espaço para receber as abelhas que voltam do campo; 
- Retirar um por um, todos os quadros, observando bem os dois lados, com todo o 
cuidado para que não passe nenhuma realeira despercebida; 
- As realeiras existentes devem ser retiradas para que a colméia não enxameie. 
Porém, muitas vezes durante a revisão são encontradas colméias órfãs, 
aconselhamos que sejam preservadas as primeiras realeiras encontradas. A 
colméia deve ser marcada e no final da revisão as realeiras que não forem 
utilizadas, devem ser destruídas; 
- Funcionar sempre e lentamente o fumigador para evitar que as abelhas se 
organizem para o ataque; 
- Providenciar para serem substituídos os quadros com cera muito escura ou 
defeituosa por outros com folhas de cera alveolada; 
 
 
- Recolocar a tampa. Fazendo-a deslizar sobre o trilho horizontal para evitar o 
esmagamento das abelhas que entram e saem pelas bordas da caixa; 
- Anotar as observações as providências mais urgentes a serem tomadas, como 
por exemplo, a falta de rainhas. A colméia órfã deve ser socorrida o mais breve 
possível, assim como, o que deve ser substituído na próxima revisão. 
 
 Outros cuidados 
Ter o cuidado de não ficar na frente da colméia, para não atrapalhar a linha de 
vôo das abelhas campeiras. Procure ficar sempre por trás ou dos lados da caixa. 
Evitando ferroadas e poupando abelhas. 
Não coloque o bico do fumigador muito próximo, para evitar que a fumaça 
quente e faíscas que queimam irritem as abelhas penetrarem no interior da caixa. 
Não bater com instrumentos nas caixas, nem fazer barulho. 
Caso uma abelha entre na máscara, não se apavore, saia de perto da caixa e 
retire-a fora do apiário. 
 
 
 
 
 Que deve ser observado durante a revisão: 
- Se existem realeiras 
Lembra o que é realeira? 
É um casulo em forma de casca de amendoim, onde se 
desenvolve a larva que será a rainha. A presença desta 
na colméia é indicativo certo de enxameação. Estas 
realeiras devem ser retiradas, podendo ser também 
aproveitadas para socorrer famílias órfãs ou com 
rainhas velhas. 
- Presença de Rainha e distribuição de postura 
Como identificar a presença da rainha? 
Para o técnico ou apicultor saber se existe rainha na 
colméia, não é necessário procurando-la até encontrar, 
basta observar a presença de ovos bem distribuídos 
nos favos. Para distinguir a postura das rainhas e a das 
 
 
operárias poedeiras, é só observar que a rainha põe 
apenas um ovo em cada alvéolo e as operárias, sem 
nenhuma organização, colocam vários óvulos em cada 
alvéolo; 
- Diz-se que a postura está regular quando se encontram favos completos com 
crias abertas e/ou com crias operculadas, isto que dizer que a rainha preencheu 
cada quadro em um só dia; 
- Sanidade: 
Verificar se existem larvas mortas e favos com crias com muitos alvéolos vazios. 
Esses sintomas indicam problemas de saúde, que pode ser doença (vírus ou 
bactéria), intoxicação por veneno, principalmente agrotóxica ou mesmo plantas 
tóxicas; 
- Presença de mel maduro: 
O apicultor deverá marcar na sua ficha quantos favos há com mel pronto para ser 
colhido. Diz-se que o mel está maduro, quando pelo menos 80% dos favos estão 
operculados. Ou seja, os favos estão fechados com uma fina película de cera.Quando isso acontece, o mel está pronto para ser colhido. 
 DIVISÃO DE FAMÍLIA 
 Objetivo 
 Ampliação do apiário a partir de colméias já existentes, ou formação de 
núcleos para comercialização. 
 Método 
- Preparar um ninho com dez quadros de cera alveolada 
- Escolher a colméia que vai ser dividida 
 Colocar a caixa vazia ao lado da colméia matriz 
- Dividir proporcionalmente as operárias; 
- Dividir a reserva de alimentos; 
- Dar condições para a colméia órfã produzir sua rainha 
- Ter cuidados com ataque de inimigos. 
Não é necessário se preocupar onde ficará a rainha, ela será localizada quando a 
colméia órfã começar a formar realeiras. 
 Condição para produção de uma nova rainha. 
Ao dividir a família devem ser deixados nas duas colméias, favos com ovos 
e/ou larvas menores de três dias, que possibilita a formação de realeiras, assim 
 
 
como favos com abelhas nascentes, que vão servir para produzirem geléia real e 
alimentar as larvas. 
 Época apropriada 
O melhor período para a divisão é durante a florada, quando as colméias se 
encontram com as rainhas em franca postura formando famílias populosas e com as 
operárias em grande atividade e produção. 
 Como fazer: 
- Preparar um ninho com dez quadros de cera alveolada 
- Escolher a colméia que vai ser dividida 
- Colocar a caixa vazia ao lado da colméia matriz 
- Não é necessário se preocupar onde ficará a rainha, ela será localizada quando 
a colméia órfã começar a formar realeiras. 
- Para saber onde ficou a rainha, deve ser feita uma revisão rápida após uma 
semana a família que ficou sem rainha já deverá ter formado realeiras. 
- Concluído o trabalho, fecha-se a colméia que foi dividida com tela de transporte e 
leva-se para outro local, dentro do apiário ou para outro apiário. Se a colméia for 
deixada no mesmo apiário deve ficar fechada durante dois dias, retirando-se a 
tela na manhã do terceiro dia. 
- No caso da colméia ser transferida para outro apiário que fique distante pelo 
menos a dois quilômetros, poderá ser aberta imediatamente. 
- A colméia nova ocupará o local anterior e receberá as abelhas que restavam 
fora, assim as duas ficarão com população equilibrada. 
- Para formar um núcleo pela divisão de família; preparam-se cinco quadros com 
cera alveolada completa para repor os quadros retirados da colméia matriz e 
dessa são retirados três favos com crias operculadas e dois com larvas novas, 
menores de três dias para dar condições de ser criada uma nova rainha, todos os 
favos devem ir com as abelhas aderentes para a formação da nova família. 
Outra maneira de se fazer a divisão é retirar de cada família forte um ou dois 
quadros com as crias, sem as abelhas, colocar numa caixa vazia, retirar uma 
colmeia do local deixar nele o nova para ser povoada com as abelhas de retorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 UNIÃO DE FAMÍLIAS 
 Objetivos: 
É importante para o apicultor manter todas as colméias fortes e 
assim o apiário padronizado. Sabe-se que as famílias fracas não 
fazem reservas de mel, mesmo quando a florada é abundante. É 
melhor para o produtor. Ter 20 colmeias populosas do que 50 
fracas. Por isso aconselha-se a união das famílias que não 
apresentarem produção em pelo menos dois períodos de 
florada. 
 Época Apropriada: 
É durante a florada, quando se pode identificar uma colméia fraca por 
problemas genéticos. A união de famílias vai refletir na produção de mel. 
 Técnica: 
Consiste na junção de uma família de população baixa com outra em 
condições iguais. Porém, as colméias só podem ser avaliadas durante a florada, 
porque geralmente no período crítico as famílias reduzem a população. 
 Métodos: 
Existem vários métodos de união de famílias, porém, o mais utilizado é o 
conhecido como “método do jornal” por ser simples e fácil de ser feito pelos 
apicultores. 
 Etapas: 
- Escolher as colméias a serem unidas, cada uma em seu lugar. 
- Retire a rainha da colméia que parecer mais fraca, ou que já apresente sinais de 
esgotamento. Este trabalho deve ser feito pela manhã ou dia anterior, dando 
tempo para as abelhas se acalmarem. 
- Enquanto espera, providenciar duas folhas de jornal e um pouco de mel, caso 
não disponha de mel de abelhas, este poderá ser feito com açúcar ou rapadura. 
- No final do dia, retirar a tampa da colméia que está com rainha e colocar sobre 
esta uma folha de jornal. Espalhe sobre ela um pouco de mel, cobrindo-a com 
outra folha. 
 
 
- Deslocar o fundo da colméia órfã com cuidado, para que as abelhas não se 
dispersem. 
- Colocar a colméia órfã sobre a caixa que está coberta pelo jornal. Este trabalho 
deve ser feito sempre a tardinha, quando a maioria das campeiras estão em 
casa. 
- Após uma semana completar a operação, reunindo as abelhas e crias num só 
ninho, deve ser providenciada a melgueira. 
Outro método de união de famílias fracas, que oferece bons resultados, é feito 
com a unificação de cheiro, para isso podem ser utilizados produtos de cheiro forte 
como cânfora, naftalina e outros. Porém, o mais aconselhável são os de origem 
orgânica, como folhas de plantas que tenham odor característico, como o velame, 
marmeleiro, capim santo e outros, deste ultimo pode ser utilizado o óleo que tem 
cheiro forte e permanece por mais tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COLETA E BENEFICIAMENTO DE MEL 
 
- Antes de iniciar a coleta o apicultor deve, 
preparar a centrífuga, ao sair consultar as 
fichas de acompanhamento para saber quais 
as colméias que estão com mel. Levar para o 
apiário, melgueiras vazias, tampadas com 
bandejas ou com as próprias tampas das 
colméias. 
- Retirar os favos com mel maduro (operculados) sem feri-los, deixando as abelhas 
na colméia, retirando-as com auxílio de uma escova. Colocar os quadros de mel 
na melgueira vazia, mantendo-a sempre fechada. 
- Levar imediatamente as melgueiras para o quarto do mel, para evitar o saque. 
- Caso existam quadros com crias na melgueira, podem ser utilizados para reforçar 
colméias fracas. 
Quadros de melgueira com mel, recém depositado e não operculados. Mel ainda 
verde não devem ser colhidos. Em seguida as melgueiras são levadas para a sala 
de mel onde vai ser centrifugado. 
Um quadro de melgueira com mel maduro (operculados). Pesa mais ou menos 1,5 
Kg de mel. 
Quadro de ninho com mel maduro (operculados). Pesa 3,0 a 3,5 Kg de mel. 
 
 DESOPERCULAÇÃO DO MEL 
 
 
- Os favos são desoperculados (abertos) com auxílio de 
um garfo desoperculador, que retira a película de cera 
sem estragar o favo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CENTRIFUGAÇÃO DO MEL 
 
 
Colocar os quadros na centrífuga até completar 
a carga. O movimento giratório deve começar 
aumentando gradativamente. Se a centrifuga 
for facial, virar os quadros para retirar o mel 
dos dois lados. Depois de retirado o mel, os 
favos vazios serão devolvidos à colméia. 
Através da centrifugação pode à retirada do 
mel, é feita sem estragar os favos. O local para 
o beneficiamento do mel, deve ser bem 
fechado com tela, para evitar o ataque das 
abelhas 
 CONSERVAÇÃO DO MEL 
 
- Colocar para decantar, e após dois dias retirar as impurezas suspensas; 
- Utilizar sempre vasilhas bem secas, para não fermentar o produto; 
- Manter o produto sempre em vasilha bem fechada para evitar a entrada de 
insetos; 
- Não guardar por muito tempo em recipientes de lata, cobre ou zinco; 
- Se possível, mantê-lo ao abrigo da luz. 
 CERAS 
 
 As ceras podem ser oriundas do reino vegetal, mineral e animale como 
exemplos pode-se citar a cera da carnaúba, a parafina e a cera de abelhas, 
respectivamente 
 Produção pelas operárias 
 
 
A cera é secretada por quatro pares de glândulas 
localizadas do quarto ao sétimo segmentos do lado 
ventral do abdome das abelhas operarias com 
idade de 15 a 19 dias. As operárias utilizam é a 7 
kg de mel para produzir 1 kg de cera. O 
desenvolvimento das glândulas cerígenas depende 
da idade e da alimentação das operárias. 
 
 
A cera é secretada na forma liquida e solidifica em contato com o ar 
centenas de abelhas participam da edificação de um só alvéolo, sendo que cada 
operária pode manter-se em atividade num tempo médio de um minuto. 
 A cera é utilizada pelas abelhas para fabricação dos favos, operculação das 
crias e do mel. Os alvéolos são construídos num ângulo de 13 graus para cima da 
base ate a abertura, o que evita o escorrimento do mel. Pesquisas realizadas 
mostraram que o arranjo hexagonal favorece a presença de maior número de células 
por área, melhor aproveitamento do material utilizado e do espaço, assim como 
maior capacidade do armazenamento por área.Um favo pode suportar de 20 a 30 
vezes mais mel que o seu próprio peso em cera.(COUTO E COUTO 1996). 
 
 Extração e Purificação 
 
Para se extrair e purificar a cera, existem vários métodos, tais como: extrator a 
vapor, solar, prensa manual e extração por fervura. 
 A extração por fervura pode ser feita colocando os favos em um saco, que é 
colocado dentro de um recipiente com água para ferver. Esquenta-se a água até que 
a cera derreta, subindo à superfície livre de Impurezas, as quais ficarão retidas 
dentro do saco. Este método apresenta a desvantagem da perda de considerável 
quantidade de cera que permanece incorporada às impurezas. 
0 extrator solar é um aparelho cômodo e econômico, além de fornecer uma 
cera limpa, promovendo também o seu branqueamento. Consiste de uma caixa de 
madeira com as laterais pintadas de preto fosco, e coberto com uma tampa com dois 
vidros planos e paralelos, separados entre si por cerca de 1 cm. Deve conter um 
recipiente onde são colocados os favos, uma tela para segurar as impurezas e outro 
recipiente que in reter a cera (Figura 38). 
0 vidro deve distar cerca de 130 mm acima da cera. Neste tipo de extração 
observa-se perda de 1/3 a 2/3, sendo mais eficiente para favos novos ou opérculos. 
A temperatura interna pode chegar a 100o C com a externa de 33o C Após a 
extração, geralmente a cera apresenta ainda algumas impurezas. Uma das maneiras 
de se purificar , é coloca-la para ferver com um pouco de água, e depois de derretida 
e fria raspar as impurezas que se localizam sob o bloco. 
 
 
 
 
 
 Laminação 
 
A laminação é o processo que transforma a cera líquida 
em laminas lisas, que podem, posteriormente, ser 
alveoladas ou usadas diretamente nas colméias. 
Dos diversos métodos de se laminar a cera, o melhor 
deles, principalmente, para pequenos e médios 
apicultores, é o laminador simples, que pode ser 
horizontal ou vertical, constituído basicamente de dois 
recipientes retangulares de tamanhos diferentes. 
No maior é colocada água e no menor é colocada a cera que será liquefeita 
por meio de aquecimento em banho-maria. Esse aquecimento pode ser obtido 
colocando-se o laminador diretamente no fogo, no caso do laminador horizontal, ou 
com o auxílio de uma resistência elétrica no laminador vertical. 
Quando a cera estiver líquida, introduzir uma tábua com medidas medidas 
padronizadas, previamente umedecida em água fria por, no mínimo, duas horas. A 
cada imersão na cera líquida, a tábua deve ser mergulhada novamente na água fria 
para solidificar rapidamente e facilitar sua retirada. 
A espessura da lâmina depende da temperatura da cera (em torno de 70 a 
75o C), número de imersões, e do tempo (1 a 3), podendo render de 12 a 20 lâminas 
por kg de cera. 
Um outro processo, em síntese, é o de fundir os blocos de cera e passá-los 
pelo laminador de dois cilindros, obtendo-se assim as lâminas lisas para serem 
alveoladas. 
 
 Alveolação 
 
 
 A alveolagem é obtida através da passagem de 
lâminas lisas, em cilindros ou prensas com as 
matrizes dos hexágonos como base para os 
alvéolos, cuja imagem se imprime em relevo nas 
folhas lisas de cera recém-fabricadas. 
A prensa de alveolar é constituída por duas placas, cujas faces possuem 
estampas de favos. O cilindro deve ser molhado com água e sabão de coco neutro 
ou mel diluído em água para que a lâmina de cera não fique aderida. 
 
 
As vantagens do uso da cera alveolada são: limitação do nascimento de 
zangões, melhor aproveitamento do tempo das operárias e economia de mel na 
construção da base do favo. 
 Incrustação 
Os quadros devem ter 3 ou 4 arames n0 24 firmemente esticados no sentido 
horizontal (aramação). 
Após a alveolagem, processa-se a incrustação da placa de cera nos quadros. 
Para isso vários métodos podem ser utilizados: carretilha aquecida; 
Atualmente o método mais rápido e eficiente é o incrustador elétrico, ou 
acumulador comum de automóvel (bateria), já que aquece todos os arames 
simultaneamente. É importante lembrar que, para o uso do incrustador elétrico, as 
pontas do arame devem ficar separadas. 
Conservação da Cera e Favos 
A cera de favos pode ser extraída e guardada em blocos, com as vantagens 
de serem menos atacadas pela traça da cera e não ressecarem tão rápida quanto a 
cera alveolada. 
Existem alguns fatores que podem danificar a cera durante a sua extração e 
estocagem. Dentre eles, deve-se evitar: 
- Fermentação do mel no favo, que pode afetar o odor da cera; 
- Calor, especialmente se tiver própolis. A cera, quando derretida com própolis, fica 
impregnada com odor desagradável que não pode ser eliminado facilmente; 
- A presença de ácidos que podem deixar resíduo. Antigamente, utilizava-se muito 
o ácido sulfúrico. 
- Desenvolvimento da mariposa da cera. As mais destrutivas são as Galleria 
melonella e Acbroia grisella, que conseguem digerir a cera. 
Os favos devem ser bem guardados para que possam se conservar em perfeitas 
condições de uso até a próxima florada. Antes do armazenamento, deve-se deixar 
os favos em caixas empilhadas, a cerca de 100-200 metros das colônias, para que 
as abelhas possam retirar os resíduos, evitando a presença de grânulos que podem 
contaminar a próxima produção. A armazenagem deve ser feita em local coberto, 
evitando que sejam destruídos por roedores ou mariposas da cera. Local deve ter 
bastante claridade e boa ventilação, bem espaçado e com ou, no caso da 
inviabilidade desta, podem ser armazenados em caixas empilhadas e bem 
tampadas, sem frestas. 
 
 
 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFIA 
 
- MACHADO, J. O.; CAMARGO, J. M. F. de – Alimentação em Apis e composição 
de geléia real, mel, pólen. In: Manual de Apicultura – São Paulo: Agronômica 
Ceres. 1972. Cap.5, 252pp; 
- MARTINHO, M. R. – Produção de rainhas de abelhas: Apis mellifera Lin. 
Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.9, n.106, p.34-36, Out.1983; 
- QUEIROZ, M. de L. – Curso de Tecnologia para a Agropecuária do Semi-
árido Nordestino . Brasília: ABEAS, 1989. P.114:118: Produtos das abelhas, 
geléia real. (módulo 9); 
- WIESE, H. – Nova Apicultura. 6ª Ed. Porto Alegre, pp.490; 
- WIESE, H. – Apicultura – Brasília, EMBRATER. 1986. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL 
RURAL DE PERNAMBUCO 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APICULTURA BÁSICA 
 
Prof. Maria de Lourdesde Queiroz 
 
Prof. .Maria do Carmo Queiroz 
 
 2007

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