Buscar

Mineralogia_II_-_Aula_17_-_Tectossilicatos_-_Feldspatoides_e_zeolitas_-_2012-2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Mineralogia II
Classificação dos minerais - 
Silicatos: Tectossilicatos:
Feldspatóides e Zeolitas
Professor Msc. Vinicius Matté
2012/2 (21/03/2013)
ISOLADOS
DUPLAS
ANÉIS
FOLHAS
3D
CADEIA DUPLA
CADEIA
SILICATOS:
 Minerais a serem abordados nos 
 Tectossilicatos:
01) Grupo da Sílica
02) Grupo dos Feldspatos 
	 Série K (alcalinos) e Série Ca-Na (plagioclásios)
03) Grupo dos Feldspatóides
04) Grupo das Zeolitas
	
Feldspatóides
Silicatos quimicamente semelhantes aos feldspatos, mas menos abundantes;
A principal diferença está no teor de sílica: os feldspatóides contém apenas 2/3 da sílica dos feldspatos;
Os feldspatóides têm densidade menor que os 
feldspatos (<2,5); 
Formam-se de soluções ricas em álcalis (Na,K) e pobres em sílica.
Como consequência, os feldspatóides não são 
encontrados em associação com o quartzo. 
Relacionados a rochas de grande importância econômica.
5
Os feldspatóides mais comuns são:
Leucita KAlSi2O6
Tetragonal (alta-T)/Cúbica
Nefelina/Kalsilita NaAlSiO4/KAlSiO4 
Grupo da Sodalita, formado por: 
Sodalita Na8(AlSiO4)6Cl2 ; 
Noseana Na8(AlSiO4)6SO4 ; 
Hauyna Na,Ca8(AlSiO4)6S,SO4 ; 
Lazurita (Na,Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2
Hexagonal
Cúbicas
A estrutura dos 
feldspatóides consiste em 
anéis ligados lateralmente, 
formando uma rede de 
tetraedros com estrutura 
tridimensional. 
Contém grandes cavidades 
ocupadas por cátions 
grandes, como Na+ ou K+, e, 
no grupo da sodalita por 
ânions como Cl-, SO42- e 
S2-. Nestas posições os 
cátions são facilmente 
trocáveis. 
Nefelina (KNa3 [AlSiO4 ]4)- simetria hexagonal
Outros exemplos: CO3- na cancrinita o ,SO4- na noseana e SO4-, S- e Cl- na lazurita.
Os feldspatóides podem ser entendidos como derivados dos feldspatos pela falta de sílica, dessa forma:
 a leucita constitui-se pela falta de um tetraedro de SiO4 na estrutura do ortoclásio (KAlSi3O8), resultando KAlSi2O6;
 a nefelina, pela falta de dois tetraedros de SiO4 na albita (NaAlSi3O8), resultando NaAlSiO4; 
 a sodalita resulta de três moléculas de nefelina acrescida de uma molécula de NaCl, resultando Na4(AlSiO4)3Cl;
 a noseana, por seis moléculas de nefelina mais uma de Na2SO4, resultando Na8Al6Si6O24SO4.
8
Diagrama composicional
 LEUCITA KAlSi2O6
Tetragonal 
Cristais trapezóidais
Dureza 5,5-6
Densidade 2,5
Brilho vítreo
Branco, cinza
Translúcido (microscópio)
Rochas vulcânicas pobres em Si
• A leucita é um mineral incomum, encontrado em lavas máficas ricas em K e em intrusivas rasas associadas. 
 • Geralmente associa-se com plagioclásio, nefelina, sanidina, clinopiroxênio e anfibólio sódico ou sódico-cálcico. 
• A leucita tem estrutura cúbica acima de 600°C, com o abaixamento da T ela adquire estrutura tetragonal. Esta transformação polimórfica leva à formação da Macla em “Parquê”, típica da leucita.
 Leucita KAlSi2O6
2 cm
10 cm
Leucita em rocha vulcânica, Roccamonfina, Campania, Italy
Leucita KAlSi2O6
Tetragonal (pseudo-isométrico) U(+)
ω				1,508 – 1,511
ε				1,509 – 1,511
δ 0,000-0,001
Clivagem não observada em lâmina 
Maclas “parquê”
Cor Incolor
Relevo			negativo fraco
Luz natural
Luz polarizada
Luz natural
Luz polarizada
Os cristais de leucita estão assinalados em azul: incolores e de relevo baixo.
Luz Natural, aumento de 5x .
Fenocristal hexagonal com baixa birrefringência.
Nicóis cruzados, aumento de 5x.
Luz natural
Luz polarizada
Natureza quase isótropa destas grãos de leucita. 
Características mineralógicas:
Sistema Cristalográfico		: Pseudo-cúbico
Caráter e Sinal Óptico		: Uniaxial positivo U(+)
Índices de Refração		: ne= 1,509 a 1,511 nw= 1,508 a 1,511 
Relevo				: Baixo negativo
Cor				: Incolor em seções delgadas
Hábito				: Cristais euédricos
Clivagem			: Inexistente
Birrefringência			: Muito baixa, próxima a 0,001
Extinção			: Ondulante
Macla				: “Parquê”
Sinal de Elongação		: Indeterminado
Paragênese			: A leucita ocorre em rochas vulcânicas potássicas e hipabissais. Geralmente está associada a olivina, nefelina, sanidina, clinopiroxênio, flogopita, apatita e anfibólios sódicos e calco-sódicos. A pseudoleucita pode ser encontrada em rochas plutônicas alcalinas. Por ser um mineral de fácil alteração não pode ser encontrado em sedimentos. 
Confusões possíveis:
O microclínio possui uma birrefringência maior e um relevo mais baixo em relação à leucita.
 NEFELINA (Na,K)AlSiO4
Hexagonal 
Maciço, cristais prismáticos
Dureza 5,5-6
Densidade 2,65
Brilho vítreo
Incolor, branco, cinza (cristais), cinza, esverdeado, avermelhado (maciço)
Translúcido (microscópio)
Rochas vulcânicas pobres em Si
A nefelina é comum em rochas plutônicas e vulcânicas alcalinas insaturadas em sílica, tais como nefelina sienitos e fonolitos. 
Pode ser encontrada em rochas de metamorfismo de contato adjacentes a intrusivas alcalinas.
Pode estar associada a outros minerais alcalinos insaturados em sílica. 
Quando presente em grande quantidade e com pureza adequada, a nefelina é minerada para uso na fabricação de vidro e de porcelana.
 
4 mm
Monte Somma, Napoli, Campania, Italia 
Nefelina sienito Loch Borralan, Escócia
Hexagonal U( - )
ω				1,529 – 1,546
ε				1,529 – 1,546
δ 0,003-0,005
Clivagem Fraca segundo {100}, não 					observada em lâmina 
Maclas não observadas
Cor Incolor
Características ópticas
UNIAXIAL NEGATIVO
SEÇÃO BASAL HEXAGONAL, LATERAL RETANGULAR
Luz natural
UNIAXIAL
SEÇÃO BASAL HEXAGONAL, LATERAL RETANGULAR
Luz polarizada
Luz natural
Fenocristal de nefelina ao centro, rodeado por feldspato alcalino manchado de marrom (argilização), em sienito.
						Luz natural, aumento de 20x 
Idem ao anterior, mostrando a baixa birrefringência da nefelina.
					Luz polarizada, aumento de 20x 
Cristais de nefelina em basalto. 			Luz polarizada
Características mineralógicas:
Sistema Cristalográfico	: Hexagonal
Caráter e Sinal Óptico	: Uniaxial negativo
Índices de Refração	: ne= 1,526 a 1,542 ; nw= 1,529 a 1,546 
Relevo			: Baixo positivo ou negativo
Cor			: Incolor podendo apresentar inclusões
Hábito			: Cristais prismáticos hexagonais
Clivagem		: Imperfeita paralela a {10-10}
Birrefringência	: Baixa, variando de 0,003 a 0,004
Extinção		: Paralela nas seções retangulares
Sinal de Elongação	: Negativo nas seções retangulares
Paragênese		: A Nefelina ocorre em rochas ígneas ricas em sódio, como Nefelina-sienitos, fonolitos e em alguns basaltos.
Confusões possíveis:
Quartzo: U(+)
  
Ortoclásio e sanidina: apresentam melhor clivagem e são B(-)
Leucita KAlSi2O6
Tetragonal (alta-T)/Cúbica
Nefelina/Kalsilita NaAlSiO4/KAlSiO4 
Grupo da Sodalita, formado por: 
Sodalita Na8(AlSiO4)6Cl2 ; 
Noseana Na8(AlSiO4)6SO4 ; 
Hauyna Na,Ca8(AlSiO4)6S,SO4 ; 
Lazurita (Na,Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2
Hexagonal
Cúbicas
 SODALITA Na8(AlSiO4)6 Cl2
Isométrico 
Maciço, cristais raros (dodecaédros)
Dureza 5,5 - 6
Densidade 2,3
Brilho vítreo
Azul (geral), cinza, verde
Transparente, azul pálido (microscópio)
Rochas ígneas pobres em Si (sienitos, traquitos, fonolitos)
Ocorrência - Os minerais do grupo da sodalita são encontrados em rochas alcalinas ígneas plutônicas e vulcânicas, como sienitos, fonolitos e álcali-basaltos.Também podem ocorrer em rochas calcáreas de metamorfismo de contato.
Propriedades diagnósticas - Identifica-se a sodalita pela sua isotropia; teste com ácido nítrico, tendo como produto da reação cristais
cúbicos de halita; cor (azul) e associação mineral.
15 cm
3 cm
Luz natural
Luz polarizada
Luz natural
Luz polarizada
Características mineralógicas:
 Sistema Cristalográfico	: Isométrico (Cúbico, em octaedros)        
 Índices de Refração	: so = 1,487 , ne = 1,495, ha=1,496 a 1,504
 Cor				: incolor, cinza, azul pálido
 Hábito			: Cúbico
 Clivagem			: Má, dodecaédrica
 Birrefringência		: baixa
 Paragênese			: Normalmente está associada a nefelina, 				cancrinita, melanita e fluorita. 
 Propriedades Diagnósticas : Identifica-se a sodalita pela sua isotropia em luz polarizada; teste com ácido nítrico, tendo como produto da reação cristais cúbicos de halita; cor (azul) e associação mineral.
NOSEANA Na8(Al6Si6O24)SO4.H2O
Isométrico
Relevo		moderadamente negativo
Clivagem Não observada 
Cor Incolor, cinza, azul pálido
Luz natural
Luz polarizada
Luz natural
Luz polarizada
 LAZURITA (Na,Ca)8(AlSiO4)6 (SO4,S,Cl)2
Isométrico 
Maciço, cristais raros (dodecaédros)
Dureza 5 - 5,5
Densidade 2,4
Brilho vítreo
Azul escuro, azul esverdeado
Translúcido, azul pálido (microscópio)
Metamorfismo de contato em calcáreos
Lapis lazuli- mistura de lazurita com pequena quantidade 
de calcita e piroxênio, geralmente com pirita
Quartzo
Feldspato
alcalino
Feldspatóide
ROCHAS ÍGNEAS PLUTÔNICAS
ROCHAS ÍGNEAS VULCÂNICAS
Plagio-
clásio
DIAGRAMA QAPF (Streckeisen 1976 e 1978)
Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de metais alcalinos e alcalino-terrosos com uma rede de ânions tridimensional infinitamente alargada. 
As espécies apresentam marcantes semelhanças:
quanto às composições químicas e modo de ocorrência,
dureza entre 3,5 e 5,5, 
densidade relativa entre 2 e 2,4, e
Através da derivação das palavras gregas zeo (ferver) e lithos (pedra), uma vez que aparentam ferver em sua própria água, quando aquecidos. São principalmente minerais secundários encontrados, de forma característica, em cavidades e veios de rochas ígneas básicas e disseminados em arenitos.
Zeolitas
58
GRUPO DAS ZEOLITAS
Natrolita 		Na2Al2Si3O10 2H2O
Escolecita		CaAl2Si3O10 3H2O
Chabazita 		Ca2Al2Si4O12 6H2O
Heulandita 	CaAl2Si7O18 6H2O
Estilbita 		NaCa2Al5Si13O36 14H2O
Analcima 		AlSi2O6Na.H2O 
Laumontita 	CaAl2Si4O12.4H2O
Cavidades em rochas vulcânicas (basaltos)
Natrolita 	Na2Al2Si3O10 2H2O
Ortorrômbico 
Cristais prismáticos, aciculares (agrupamentos radiados), fibroso
Dureza 5-5,5
Densidade 2,25
Brilho vítreo
Incolor, branco
Transparente a translúcido (microscópio)
Clivagem perfeita
11 cm
Nasik District, Maharashtra, India
escolecita 	CaAl2Si3O10 3H2O
Monoclínico 
Cristais prismáticos, aciculares (agrupamentos radiados), fibroso
Dureza 5-5,5
Densidade 2,25
Brilho vítreo
Incolor, branco
Transparente a translúcido (microscópio)
Clivagem perfeita
Jalgaon District, Maharashtra, India
20 cm
Santa Catarina, Brasil
8 cm c
6 cm
Pune District, Maharashtra, India
Chabazita 	Ca2Al2Si4O12 6H2O
Hexagonal 
Cristais romboédricos, semelhantes a cubos
Dureza 5-5,5
Densidade 2,25
Brilho vítreo
Incolor, branco
Transparente a translúcido (microscópio)
Clivagem perfeita
4-5 mm cristais
5-10 mm cristais
6-10 mm cristais
Heulandita 	CaAl2Si7O18 6H2O
Monoclínico 
Cristais com simetria ortorrômbica (cunhas triangulares)
Dureza 3,5-4
Densidade 2,2
Brilho vítreo
Incolor, branco, amarelo, rosa
Transparente a translúcido (microscópio)
Clivagem perfeita
5-10 mm cristais
6 cm geodo
BerufjörOur, Suour-Múlasysla, Islândia
5-10 mm cristais
Pune District, Maharashtra, India
  
8-11 mm cristais
Gunnedah, New South Wales, Australia
Estilbita 	NaCa2Al5Si13O36 14H2O
Monoclínico 
Cristais tabulares, agregados (maço)
Dureza 3,5-4
Densidade 2,2
Brilho vítreo
Branco, raramente amarelo, marrom
Transparente a translúcido (microscópio)
Clivagem perfeita
72
ANALCIMA - AlSi2O6Na.H2O
Cristalografia – Isométrico; Classe-Trapezoédrica
Hábito - Trapezoidal, cúbico 
Clivagem - Fraca {001}
Dureza - 5,5 
Densidade relativa - 2,24 - 2,29
Fratura - Subconchoidal
Brilho - Lustroso
Cor - Branco, rosa ou verde
Associação - Associada a prehnita e outras zeólitas.
Ocorrência - Ocorre como mineral primário em algumas rochas ígneas intermediárias a básicas, também a partir de soluções hidrotermais e em vesículas e transformações mineralógicas na transição diagênese/metamorfismo.
74
Analcima
75
LAUMONTITA - CaAl2Si4O12.4H2O
Cristalografia - Monoclínico  Classe - Pinacoidal
Hábito - Prismático 
Dureza - 3,5 - 4 
Densidade relativa - 2,25 - 2,35
Brilho - Vítreo
Cor - Branco a amarelado
Propriedades Diagnósticas - Quando exposta ao ar fica opaca e pulverulenta. 
Ocorrência - Encontrada em xistos e 
ardósias ou cavidades de rochas ígneas.
76
Sodalita isótropa ao centro e feldspatos em volta. Luz polarizada. 
A lazurita (da família da sodalita), apresenta uma cor azul característica. Luz Natural.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando