Buscar

Matéria Direito Penal III 2º Bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

CONCURSO DE CRIMES
1) Conceito: Consiste na prática de vários crimes praticado com uma única conduta ou várias condutas.
2) Espécies:
2.1 - Concurso Formal de Crimes (art. 70 do CP): É aquele praticado por meio de uma única conduta produtora de vários resultados.
Única Conduta + Vários Resultados = Concurso Formal de Crimes => Consequência Jurídica = Exasperação (aumento) da pena de 1/6 a 1/2.
Espécies de Concurso Formal de Crimes:
a) Homogêneo: Resultados iguais.
b) Heterogêneo: Resultados distintos.
c) Perfeito: O agente possui um único desígnio, ou seja, ele deseja apenas um único resultado.
d) Imperfeito: O agente possui desígnios (vontade) autônomos. 
Aplicação da Pena no Concurso Formal de Crimes (Exasperação da pena):
a) Homogêneo Perfeito: Leva em consideração um único crime e no final exaspera a pena de 1/6 a 1/2.
b) Heterogêneo Perfeito: Adota-se o crime mais grave e exaspera a pena no final.
c) Imperfeito: Não importa se homogêneo ou heterogêneo, pois soma-se as penas como no Concurso Material de Crimes.
Observação: Se a exasperação for pior que a soma para o réu, então soma-se as penas.
2.2 - Concurso Material de Crimes (art. 69 do CP):
Várias Condutas + Vários Resultados = Concurso Material de Crimes => Consequência Jurídica = Soma das penas.
Observação: No Concurso Material de Crimes o sujeito que pratica as infrações será condenado de forma individualizada e ao final terá a sua pena somada (Os crimes não precisam ser praticados em um mesmo contexto fático, no mesmo local, no mesmo tempo, o que precisa é a identidade do agente).
2.3 - Concurso de Crime Continuado (art. 71 do CP):
No crime continuado temos: Várias Condutas + Vários Resultados + Crimes da mesma espécie + Condições de tempo, lugar, maneira de execução + Outras semelhantes => Consequência Jurídica = Exasperação da pena.
1) O que significa crimes da mesma espécie? Resposta - Há duas correntes:
1ª Corrente: Segundo Cesar Roberto Bitencourt, crime da mesma espécie é aquele que pertence ao mesmo bem jurídico tutelado. Exemplo: 155 + 171.
2ª Corrente: Constitui crime da mesma espécie aquele previsto no mesmo tipo penal. Exemplo: 155 + 155. Corrente defendida por Luiz Flávio Gomes e Rogério Greco.
Observação: A corrente majoritária é a segunda, pois se trata de uma norma de exceção e por isso deve ser feita uma interpretação restritiva.
2) O que significa condições de tempo? Resposta: Exige-se certa uniformidade entre a prática de um e outro crime. A jurisprudência fala em um mês o período entre uma conduta e outra. 
3) O que significa condições de lugar? Resposta: Entende-se que os crimes devem ser praticados no máximo em cidades vizinhas.
4) O que significa maneira de execução? Resposta: O agente deve-se utilizar de instrumentos, objetos e formas semelhantes na execução do crime.
Observação: 1) Conduta é qualquer movimento humano voltado ou destinado a um fim; 2) O que diferencia o Concurso Formal do Material são os números de condutas e a consequência jurídica.
DA AÇÃO PENAL
1) Ação Penal Pública
Titular: Ministério Público (Estado)
Petição Inicial: É a denúncia.
Pode ser: a) Incondicionada: Quando a lei nada falar da Ação Penal, ela será uma Ação Penal Pública Incondicionada. As autoridades agem de ofício, não é levada em conta a opinião da família; b) Condicionada: Necessita de uma condição: a representação da vítima.
Quem pode representar na ausência do ofendido? Reposta: Com a impossibilidade da vítima representar por motivo de morte, ausência ou incapacidade, poderá o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) fazê-lo. 
Prazo: O prazo para representação é de 06 meses após a descoberta do autor, caso não seja representado nesse período ocorrerá a decadência.
2) Ação Penal Privada: 
Titular: É o ofendido, que por meio de uma queixa-crime dará início a ação.
Petição inicial: Queixa crime.
Pode ser: a) Propriamente Dita: É aquela promovida pela queixa-crime com prazo de 06 meses da descoberta do autor. Ex.: art. 145 do CP. Na ausência do ofendido poderá o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) ingressar com a queixa-crime; b) Personalíssima: Somente o ofendido poderá ingressar com a queixa-crime (Promove através de advogado). O artigo dirá essa situação. Ex.: § único do art. 236 do CP; c) Subsidiária da pública (Ver o § 3º do art. 100 do CP): Poderá ser promovida pela iniciativa privada quando nos crimes de Ação Pública, o MP não oferecer a denúncia ou providências (Oferecer denúncia, Requerer diligência ou Arquivamento) no prazo legal (15 dias). Quando o réu está solto o prazo é de 15 dias. Passado este prazo, poderá ser oferecida queixa-crime no prazo de até 06 meses do término do prazo legal do MP.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1) Conceito: Consequência prática da infração penal. É o direito que tem o Estado de aplicar a pena cominada no preceito secundário da norma penal incriminadora, contra quem praticou a conduta prevista no preceito primário, causando dano ou perigo de dano ao bem jurídico tutelado.
2) Hipóteses de extinção da punibilidade: O art. 107 do CP nos traz um rol exemplificativo (Quer dizer: existem outras causas fora as do art. 107 do CP). 
a) Morte do agente: Quem é o agente? Resposta: O indiciado, o acusado, o réu. O STF entende que se foi apresentado Certidão de Óbito constatado depois do trânsito em julgado, o processo volta no ponto que parou e o réu responderá em processo em separado por crime de falsidade documental.
b) Anistia, Graça e Indulto: Obs.: É possível falar de anistia, graça e indulto nos crimes de Ação Penal Pública e Privada.
	ANISTIA
	GRAÇA
	INDULTO
	Será sempre concedida por meio de lei.
	Será concedida por meio de Decreto Presidencial.
	Será concedida por meio de Decreto Presidencial.
	Pode ser concedida antes, durante ou depois do processo, ou seja, pode ou não ter condenação.
	Pressupõe condenação.
	Pressupõe condenação.
	Concedida a anistia apagam-se todos os efeitos penais, sejam eles principais ou secundários.
	Apaga somente os efeitos principais, prevalecendo os efeitos secundários (reincidência e antecedentes).
	Apaga somente os efeitos principais, prevalecendo os efeitos secundários (reincidência e antecedentes).
	Atinge a todos que estão na mesma situação.
	É um benefício individual.
	É um benefício coletivo.
c) Abolitio Criminis: Ver art. 2º do CP. Apagam-se apenas os efeitos penais, continuando os efeitos civis.
d) Renúncia do direito de queixa e Perdão aceito: Queixa é a peça inaugural da Ação Penal Privada. A renúncia do direito de queixa só ocorre antes do início do processo. Perdão aceito só ocorre na Ação Penal Privada, pressupõe o início do processo. O perdão concedido a um dos agentes estende-se aos demais, porém o perdão é bilateral, quer dizer o querelado tem que aceitar.
e) Pela retratação do agente nos casos que a lei permite: A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia (art. 25 do CP). Obs.: O professor disse que na prova vai cair uma questão que vai está escrito recebida a denúncia essa vai está errada ou falsa.
f) Perdão judicial: O juiz só vai conceder o perdão judicial quando houver previsão expressa na lei. Ex.: §5º do art. 121do CP.
Natureza Jurídica da sentença que concede perdão judicial.
A doutrina é divergente. Conforme as correntes a seguir:
1ª corrente: Entende ser natureza condenatória.
2ª corrente: Entende ser natureza declaratória.
3ª corrente: Entende ser natureza constitutiva.
Existe uma grande discussão na doutrina e jurisprudência, o STJ considerou que seria de natureza declaratória, porém uma grande parte da doutrina defende que seria de natureza condenatória, uma vez que o art. 120 do CP diz que a sentença que concede o perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
g) Análise do inciso IV do art. 107 do CP (Decadência, Perempção e Prescrição).
g.1) Decadência: O particular perde em razão do transcurso do tempo o direito de promover a ação ou autorizarque o Estado o promova. O particular possui 06 meses para ingressar com a queixa-crime na Ação Penal Privada ou para representar, nas Ações 
Penais Públicas Condicionadas. Observação: A decadência na contagem do prazo não se prorroga, não se interrompe e nem suspende.
g.2) Perempção (Ver art. 60 do CPP): Só é possível nas Ações Penais Privadas, é tida como uma sanção aplicada ao querelante nos termos do art. 60 do CPP.
g.3) Prescrição: É a perda do direito de punir ou de executar uma pena já imposta por parte do Estado em razão do decurso do tempo.
1) Hipóteses de imprescritibilidade
No Brasil a CF/88 taxou como imprescritível dois crimes: a) art. 5º, XLII do CP (Racismo); b) art. 5º, XLIV do CP (Ação de grupos armados civis e militares contra a ordem constitucional e Estado democrático de Direito). 
2) Observação: Segundo o Tratado Internacional de Direitos Humanos o crime de tortura é imprescritível. Deve ser observado que o STJ ao julgar ações de reparação de dano por crimes de tortura praticado durante o Regime Militar seja imprescritível. Porém, a CF/88 não recepcionou quanto aos crimes.
3) Fundamentos da prescrição: 1º fundamento - o decurso do tempo leva ao esquecimento do fato; 2º fundamento - o decurso do tempo recupera naturalmente o criminoso; 3º fundamento - o decurso do tempo enfraquece o suporte probatório (as provas); 4º fundamento - o decurso do tempo faz desaparecer o interesse social de punir.
4) Espécies de Prescrição: 
	Prescrição da Pretensão Punitiva
	Prescrição da Pretensão Executiva
	O Estado perde o direito de punir.
	O Estado perde o direito de executar uma pena já imposta.
	Ocorre antes do trânsito em julgado.
	Ocorre depois do trânsito em julgado.
	Apaga todos os efeitos penais e extra penais.
	Impede a execução da pena. Apaga os efeitos principais, permanecendo como causa de antecedentes.
5) Efeitos:
a) Prescrição da pretensão punitiva: Apaga todos os efeitos penais e extrapenais.
b) Prescrição da Pretensão Executiva: Apaga somente o efeito penal principal (a pena).
6) Espécies da Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP):
a) Propriamente dita ou Abstrata (art. 109 do CP): Começa da data do fato até o trânsito em julgado. A prescrição é calculada considerando-se a pena máxima do tipo penal que poderá ser imputada ao réu. É analisada antes da condenação.
Análise da Prescrição da Pretensão Punitiva Propriamente Dita (Abstrata):
	LEVA-SE EM CONTA PARA DESCOBRIR A PENA MÁXIMA
	NÃO LEVA EM CONTA
	Qualificadora.
	Circunstâncias judiciais (art. 59 do CP).
	Causa de aumento ou de diminuição. ATENÇÃO: Tratando-se de aumento ou diminuição variável (p. ex. 1/3 a 2/3), considerar o maior aumento e a menor diminuição.
	Circunstâncias agravantes e atenuantes. ATENÇÃO: A atenuante da menoridade (21 anos) e da maioridade (70 anos), reduz pela metade o prazo (art. 115 do CP).
	Reincidência somente quando estiver analisando a prescrição executória (art. 110, parte final do CP).
	Maus antecedentes
Observações:
Circunstâncias agravantes e atenuantes não influem no cálculo do prazo prescricional.
Cai pela metade o tempo da prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data do fato.
Cai pela metade o tempo da prescrição quando o agente for maior de 70 anos na data da sentença.
Agravantes: reincidência, causas interruptivas da prescrição, suspensão da prescrição, crimes complexos e conexos.
Conseqüência da Prescrição da Pretensão Punitiva Propriamente Dita (Abstrata)
a) Desaparece para o Estado seu direito de punir, inviabilizando a análise do mérito;
Observação: O art. 397 do CPP – (Reforma de 2008) – anunciou que a decisão que extingue a punibilidade é a Absolutória. 
b) Eventual sentença condenatória provisória e rescindida (não permite apurar qual quer efeito penal ou extra penal);
c) O acusado não será responsabilizado pelas custas;
d) Terá direito à restituição integral da fiança.
Termo Inicial da Prescrição (Ver art. 111 do CP).
a) Começa do dia da consumação do crime. Observação: A prescrição adotou a teoria do resultado.
b) No caso de tentativa começa no dia que o fato ocorreu.
c) Nos crimes permanentes no dia que cessou a execução (a permanência).
d) Nos crimes de bigamia e falsificação de documento, começa no dia que o fato foi conhecido.
e) Nos crimes contra a dignidade sexual contra criança ou adolescente começa no dia em que completarem 18 anos de idade.
Pergunta: Qual termo inicial da prescrição de um crime habitual?
Resposta: Crime habitual é aquele que precisa de reiteração de atos para sua tipificação. O STF decidiu que deve obedecer ao termo inicial previsto no art. 111, III do CP (crime permanente).
Iniciado o prazo prescricional (art. 111 do CP), é possível sua suspensão e interrupção. 
Causas suspensivas da prescrição: Congelar a contagem do tempo da pena (art. 116 do CP). Suspende em caso de incidente processual. Exemplo: ação na esfera cível e penal ao mesmo tempo.
Causas interruptivas da prescrição (art. 117 do CP): Zera a contagem do tempo da pena.
a) Recebimento da denúncia ou queixa; Observações: 1) A doutrina diverge-se a interrupção se dá com a despacho e recebimento ou sua publicação em cartório; 2) O simples aditamento da inicial para correção de irregularidades não interrompe a prescrição; 3) Súmula 709 do STF; 4) Anulado o despacho de recebimento da inicial o novo recebimento ser o marco interruptivo.
b) Pronúncia. Observação: Súmula 191 do STJ (ainda que o Tribunal do Júri entenda que não houve crime doloso contra a vida a pronúncia interrompe a prescrição).
c) Decisão confirmatória da pronúncia.
d) Publicação da sentença ou acórdão condenatório recorríveis.
ATENÇÃO: Acórdão meramente confirmatório não interrompe a prescrição.
Observação: É crescente a doutrina e jurisprudências no sentido que acórdão confirmatório que agrava a pena, causa a interrupção da prescrição.
Caso Prático: Maria abandonou um recém-nascido para ocultar desonra própria. Prática do crime previsto no art. 134 do CP (06 meses a 02 anos).
Qual o prazo da prescrição da pretensão punitiva em abstrato? Resposta: Pena máxima 02 anos – art. 109 do CP = 04 anos!!!
b) Retroativa: É calculada com base na pena em concreto, desde que haja trânsito em julgado para a acusação, ou seu recurso tenha sido improvido (§1º do art. 110 do CP). Retroage até no máximo da data do recebimento da denúncia.
Observação: Antes da sentença recorrível, não se sabe a quantidade da pena a ser fixada pelo juiz, razão pela qual o lapso prescricional regula-se pela pena máxima prevista em lei (teoria do princípios das hipóteses). Contudo, fixada a pena, ainda que provisoriamente, transitado em julgado para o acusado (ou sendo recurso improvido), não mais existe razão para levar em conta a pena máxima, foi que mesmo diante do recurso da defesa, é proibida a reforma para prejudicar o réu. A pena aplicada na sentença passa a ser o novo norte, parâmetro para o art. 109 do CP.
Característica Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa:
a) Pressupõe sentença ou acórdão penal condenatório;
b) Pressupõe trânsito em julgado da pena para a acusação na que se relaciona com a pena;
c) Tem como norte a pena aplicada na sentença;
d) Os prazos prescricionais estão no art. 109 do CP;
e) O termo inicial conta-se da publicação da condenação até o recebimento da inicial. (Contagem retroativa)
Observação: 1) Sendo espécies P.P.P – os seus efeitos são os mesmo do P.P.P.A; 2) Com a Lei 12.234/10, não mais se considera a P.P.P.R. entre o recebimento da inicial e a data do fato; 3) A lei nº 12.234/10 é prejudicial para o réu, portanto irretroativa (fato praticado antes admitem a P.P.P.R) entre o entre o recebimento da inicial e a data do crime; 4) O recurso da acusação só impede a P.P.P.R. se buscar aumento de pena. Se o MP recorrer contra o tipo de pena (e não quantidade) não impede a P.P.P.R.
A P.P.P.R – pode o juiz de 1º grau reconhecer de ofício? Resposta: 1º corrente – Com a sentença o juiz de 1º grau esgotousua jurisdição não podendo reconhecer a P.P.P.R. – Só o Tribunal. 2ª corrente – Tratando-se de ordem pública o Juiz de 1º grau pode reconhecer a P.P.P.R. de ofício ou provocado.
c) Superveniente ou Intercorrente: Ocorre entre a sentença condenatória e o trânsito em julgado. É calculada com base na pena em concreto. Exceção: Para inimputáveis e semi-inimputáveis, o prazo prescricional é feito com base na pena mínima abstrata. 
d) Virtual
Observações:
1) Pressuposto: Aplica-se a PPP Superveniente ou PPP Retroativa somente quando houver trânsito em julgado para o MP.
2) Para descobrir o tempo da prescrição pega-se a pena máxima em abstrato conjugando-o com o art. 109 do CP.
Cálculo Prescricional: art. 109, I ao VI do CP:
	PENA MÁXIMA EM ABSTRATO DO CRIME
	PRAZO PRESCRICIONAL
	Menor que 1 ano
	3 anos
	De 1 até 2 anos
	4 anos
	Mais de 2 até 4
	8 anos
	Mais de 4 até 8
	12 anos
	Mais de 8 até 12
	16 anos
	Mais de 12
	20 anos
d) Prescrição da Pretensão Executória
Trata-se de prescrição de pena efetivamente imposta, que tem como pressuposto sentença condenatória com trânsito em julgado para ambas as partes.
Verifica-se dentro dos prazos estabelecidos no art. 109 do CP, os quais são aumentados de 1/3 se o condenado for reincidente.
ATENÇÃO: Não é a pena que é aumentada em 1/3, mas sim o prazo prescricional. (art. 110 do CP)
Consequência da Prescrição da Pretensão Executória.
Extingue-se a pena aplicada sem rescindir a sentença condenatória (produz os demais efeitos penais e todos os extra penais).
Termo inicial da Prescrição da Pretensão Executória (art. 112 do CP).
Regra: Conta-se do dia do trânsito em julgado para o MP.
Causas interruptivas da Prescrição da Pretensão Executória.
a) Início do cumprimento da pena;
b) Fuga – O Estado possui um maior tempo para cumprir, levando em consideração o tempo que resta para o cumprimento.
Prescrição do Ato Prescricional: Súmula 338 do STJ (art. 115 do CP).
Atividades:
Questão 01: Tutu no auge dos seus 22 anos de idade, foi preso em flagrante no dia 01/02/2000 por furto qualificado, tenho o MP oferecido a denúncia em 01/02/2002 e o juiz a recebeu em 01/08/2004 porém a sentença condenatória ocorreu em 01/08/2007, sendo publicada somente em 01/09/2008. Foi condenado a uma pena de 2 anos, o MP não recorreu havendo recurso somente por parte da defesa, ocorreu o trânsito em julgado da sentença condenatória em 01/09/2011. Pergunta-se: Houve a prescrição? Se positivo qual? (Resposta fundamentada)
Informações:
Idade: 22 anos.
Preso em flagrante em 01/02/2000.
Furto qualificado: art. 155, §4 do CP => 2 a 8 anos.
(Ver art. 117 do CP)
Pena máxima em abstrato c/c art. 109 do CP
Os incisos II e III do art. 117 do CP são causas interruptivas contra os crimes contra a vida.
Resposta: Verifica-se a prescrição da pretensão punitiva na modalidade retroativa (entre a data da sentença condenatória recorrível e o recebimento da denúncia passaram-se mais de 4 anos). Apagando todos seus efeitos penais e extrapenais.
Questão 3: Alan, 19 anos, praticou um furto simples (art. 155 do CP) em 14/06/1995. Houve o respectivo Inquérito Policial e a denúncia foi oferecida em 14/06/1996 e recebida em 22/05/1997. O processo transcorreu normalmente e, ao final, ele foi condenado a um ano de reclusão em 23/08/1998 (publicação ocorreu na mesma data). O MP não recorreu, porém a defesa recorreu e o TJ confirmou a condenação, mas reduziu a pena em 6 meses, pois reconheceu que no caso houve a tentaiva (art. 14, II do CP). Essa decisão transitou em julgado em 15/02/1999. Pergunta-se: Houve prescrição nesse caso? Responda de forma fundamentada.
Informações:
Idade: 22 anos; Condenado por 1 ano; Diminuiu para 6 meses; Reduziu pela metade o prazo da prescrição (4 anos – art. 115 do CP); Não houve prescrição em nenhum dos casos, porém a doutrina majoritária entende que deve ser considerada a pena definitiva.
Resposta: Idem item anterior.