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MATÉRIA DIREITO PROCESSUAL CIVIL I ATÉ A1

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Processo civil I
26.09
Competência 
Competência e a medida da jurisdição. Competência e a forma de organização entre os diversos órgãos para exercício da atividade jurisdicional.
O juiz não pode prestar a jurisdição sem que ela seja provocado. 
1)competência internacional
Art 21 e 22 - competências concorrentes - RELATIVA
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
Art 23- competência exclusiva -ABSOLUTA 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
2)Competência interna- qual justiça brasileira é competente? (Absoluta)
- Justiças comuns 
* Estadual 
Competência residual. 
Art 109 CF
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. 
* Federal
Competente para para julgar e processar quem figura no polo ativo como autor ou no polo passivo como réu. 
Que tratam de algum interesse da união, ou a alguma de suas autarquias, fundações e empresas públicas. 
Ex:banco do Brasil, Petrobras não são competência da justiça federal.
- Justiças especiais:
* Eleitoral
* Trabalho
* Militar
Exceção: DESLOCAMENTO DA COMPETÊNCIA 
em casos de usucapião
A ação começa na estadual, quando notificados os estados e municípios, quadro demonstrado interesse da união ocorre o deslocamento da competência. 
3)Competência interna de Foro (lugar)
Onde ajuizar a ação?
* Quando se tratar de direito pessoal, (obrigações) ou de direito real sobre bens móveis = domicílio do réu. 
- Artigo 46 (relativa)
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. 
* Quando se tratar de direito real imobiliário onde = está situada a coisa. 
- Art 47 - absoluta
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; 
III - do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; 
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
4)Competência de juízo. (Absoluta)
Identificar o juízo competente . 
Cada estado é dividido de uma forma diferente de acordo com o codgerj.
Olhar depois: classificação de competências 
* Se a hipótese é de incompetência absoluta o juiz deve reconhecer de oficio
* Se a hipótese é de competência relativa o juiz deve aguardar a manifestação do réu.
Enunciado 33 da Súmula Do STJ -
Sumula 33- A incompetência relativa não pode ser declarada de oficio. 
Seção III 
Da Incompetência 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. 
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. 
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativapode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar. 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 
Conexão 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. 
Continência 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
Reunião juízo
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
02.09
Sujeitos processo 
Todos os que estiverem participando, partes, juiz, advogados. 
Parte da demanda: credor e devedor
Suposto titular do direito material e responsável pela satisfação dele. 
Geralmente são partes da demanda aqueles que figuram como autor é réu, mas pode acontecer de figurar no processo alguém que não é parte da demanda. 
LO=P+P Legitimidade ordinária: pessoa em nome próprio pleiteando direito próprio. 
LÊ= P+ A Legitimidade extraordinária: pessoa pleiteando direito alheio - expressa previsão legal
Pressupostos do processo
* Existência: - juiz
 - partes 
 - demanda 
* Validade: - juiz deve ser competente e imparcial
 - partes capazes
 - regulamente formulada 
Juiz: artigos 139 até 143 
* Poderes deveres e responsabilidade do juiz:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
I - assegurar às partes igualdade de tratamento; 
II - velar pela duração razoável do processo; 
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; 
 (Cláusula geral de cautela- tornar efetiva alguma decisão: 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; 
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; 
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; 
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; 
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; 
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; 
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. 
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. 
* Proibição da não decisão (vedação do non liquet)
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
* Princípio da demanda: só é lícito ao magistrado julgar as questões que lhe são apresentadas pelas partes. Não pode o magistrado julgar além do pedido, fora do pedido ou abaixo do pedido. Esse princípio se relaciona com o princípio da congruência previsto no 492.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. 
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 
Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé. 
* O magistrado só pode responsabilizado civilmente caso fique comprovado dolo ou fraude no exercício da função ou ainda quando deixar de praticar ato que deveria sem justo motivo. 
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: 
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; 
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. 
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias. 
•Imparcialidade do juiz: 144 até 148
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. 
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. 
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente noprocesso. 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. 
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. 
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 
§ 2o Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: 
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente. 
§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. 
§ 4o Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. 
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. 
§ 6o Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado. 
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou de suspeição. 
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal. 
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: 
I - ao membro do Ministério Público; 
II - aos auxiliares da justiça; 
III - aos demais sujeitos imparciais do processo. 
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. 
§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária. 
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada pelo regimento interno. 
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha. 
O juiz deve manter-se equidistante do conflito de interesses. 
O juiz deve disponibilizar o mesmo tratamento para as duas partes. 
* Impedimento e suspeição : LER SOBRE 
Impedimento: pode alegar após o prazo de 15 dias 
Suspeição: prazo de 15 dias para alegar, após isso não é mais possível. 
Autor alegar suspeição : simples petição
Deu alegar suspeição: pre eliminar de contestação 
09.09
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 
§ 2o Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: 
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente. 
§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. 
§ 4o Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. 
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. 
§ 6o Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado. 
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou de suspeição. 
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: 
I - ao membro do Ministério Público; 
II - aos auxiliares da justiça; 
III - aos demais sujeitos imparciais do processo. 
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. 
§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária. 
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada pelo regimento interno. 
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha. 
Incompetência é do juízo.
Imparcialidade é do Juiz. 
 Partes 
DA CAPACIDADE PROCESSUAL 
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
RIA 
Relativamente incapaz é assistido.
Absolutamente incapaz é representado. 
Obs: (A pessoa jurídica é presentada pelo seu gerente e etc. E não representada. 
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: 
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; 
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. 
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. 
Capacidade postulatoria é aquela segunda qual a parte deve estar acompanhada de profissional tecnicamente habilitada. 
Quem possui capacidade postulatoria: advogados inscritos na OAB
Ministério público e defensoria pública tem capacidade postulatoria derivada da lei. 
	1. DOS PROCURADORES 
Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. 
O advogado é constituído pelaparte através de um contrato de mandato. Este contrato pode ser escrito ou verbal. O instrumento de procuração é o que oficializa o contrato de mandato. 
Não é possível ao advogado postular ao juízo sem o instrumento de procuração, salvo para praticar atos urgentes, evitar decadência, prescrição e preclusão. Caso ele pratique o ato sem procuração ele tem quase 15 para exibi-la. Este prazo de 15 dias pode ser prorrogado por uma única vez por igual período. Art 104
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. 
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. 
Existe a procuração para o foro em geral (procuração ad juditia) só autoriza o advogado a praticar atos processuais ao longo do processo. 
e a procuração com poderes especiais ( procuração ad juditia et extra), além de praticar os atos, é possível práticas atos também relacionado ao direito material, ao próprio objeto discutido no processo. O poder especial deve constar expressamente no instrumento. 
Esses poderes especiais devem constar de maneira expressa na procuração. 
A parte pode revogar um mandato, neste caso pode já informar o outro procurador. 
Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o disposto no art. 76. 
Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. 
§ 1o Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo 
§ 2o Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia. 
Art. 107. O advogado tem direito a: 
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos; 
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; 
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 
§ 1o Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio. 
§ 2o Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. 
§ 4o O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3o se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz. 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. 
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: 
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
Se o problema de capacidade é do autor, o processo é instinto. Se o problema de capacidade é do réu, ele pode ser declarado revel. Se o problema de capacidade é de um terceiro, ele é excluído do processo. 
Quando há o falecimento de uma das partes, seja autor ou réu, deve-se observar se o direito discutido naquela ação é transmissível. Se o direito for transmissível (patrimonial) o falecido é sucedido pelo seu espólio ou sucessores. 
Se o direito for intransmissível, a morte de uma das partes leva a extinção do processo. 
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1o e 2o. 
É possível a alteração à sucessão não só por causa mortis mas também por inter vivos. 
O artigo 109 trata de uma das opções de sucessão inter vivos.
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes. 
§ 1o O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária. 
§ 2o O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente. 
§ 3o Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário. 
Exemplo:
Apesar da cessão de direito, o autor permanece na qualidade de autor. Mas O terceiro pode pleitear seu ingresso na ação para assumir o lugar do autor, juntando o contrato de cessão. Então, o juiz despachará para intimar o réu, para o réu aceitar ou não. Se o réu não concordar, o processo continua entre as partes originárias. Se o réu concordar, o autor sai, e o terceiro passa a ser parte. esse procedimento, tem o nome de extromissão. 
6. Ministério público 
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis. 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
§ 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. 
§ 5º - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
§ 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolemos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
O mp pode atuar como parte propriamente dita ou pode ele atuar como fiscal do ordenamento. 
Art 180
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. 
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público. 
* O mp tem prazo em dobro para prática de todos os atos processuais. Além do prazo dobrado, o mp tem a prerrogativa de intimação pessoal ( entrega dos autos). 
* MP atua como fiscal nas hipóteses do artigo 178. Como fiscal ele é sempre ouvido depois das partes e pode ainda requerer a produção de provas e interpor recursos. 
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: 
I - interesse público ou social; 
II - interesse de incapaz; 
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público. 
181
16.09
1. Advocacia pública 
CF
DA ADVOCACIA PÚBLICA
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. 
CPC
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta. 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. 
Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções 
	2. Defensoria pública 
CF
DA DEFENSORIA PÚBLICA 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013) 
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CPC
DA DEFENSORIA PÚBLICA 
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. 
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 
§ 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o. 
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada. 
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. 
§ 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. 
Litisconsórcio 
"
É a pluralidade de partes.
Classificações:
* Ao polo que se verifica a pluralidade 
- Ativo (mais de um autor)
- Passivo (mais de um réu)
- Misto (mais de um autor é mais de um réu. 
* Quanto ao momento da formação do litisconsórcio. 
- Inicial (aquele que se verifica desde o momento da formação do processo) 
- Ulterior, superveniente ( em que se verifica a formação do litisconsórcio no curso do processo)
ESTUDAR A FUNDO!
* Quanto a obrigatoriedade da formação do litisconsórcio 
- Facultativo (quando a sua formação decorre da vontade das partes) 
- Necessário ( quando a sua formação decorre de expressa previsão legal ou em razão da incindibilidade da relação jurídica de direito de material)
* Quanto a sorte de cada um dos litisconsortes ou quanto à necessidade de decisão uniforme. 
- Simples ( quando cada um tem a sua própria sorte)
- Unitário (quando todos têm a mesma sorte) 
~ Via de regra o litisconsórcio facultativo também é simples.~Via de regra o litisconsórcio unitário é necessário. Mas nem todo necessário é unitário. Por que em virtude da lei, o necessário pode ser simples. 
~Se o litisconsórcio necessário for unitário a decisão é nula. 117
~Se o litisconsórcio for simples a decisão é ineficaz em relação aquela que não participou da relação jurídica processual. 
DO LITISCONSÓRCIO 
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: 
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. 
* Se o juiz determinar ao autor a citação é correção dos litisconsortes falantes, se o autor alertado não promove a citação, o processo é extinto sem julgamento do mérito. 
 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. 
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos. 
TÍTULO III 
23.09
 Litisconsórcio multitudinário 
"
Quando ele for facultativo 
Se for necessário todos deverão participar .
Ocorre por decisão fundamentada do juiz por duas razões:
* Quando o número exagerado atrapalhar a rápida solução do litígio. Pode o juiz independentemente de requerimento das partes prover tal ato de ofício. 
* Quando o exagero dificultar a o direito de defesa. A doutrina majoritária entende que só pode haver limitação quando houver requerimento do réu. O juiz não pode entrar de oficio. Quando o requerimento é formulado pela parte, ocorre a interrupção do prazo para manifestação. 
TÍTULO II 
DO LITISCONSÓRCIO 
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. 
Dinâmica do litisconsórcio 
Art 117
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 
Litisconsórcio simples 
Se o litisconsórcio for
Unitário, cada um também é considerado individualmente mas os atos e omissões que trazem benefício são extensíveis aos demais. 
Se for prejudicar nunca estende. 
Regra 
Art 345 cpc
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
Os litisconsortes com procuradores diferentes tem a prerrogativa do prazo em dobro para prática dos atos processuais. 
Art 229
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
Intervenção de terceiros 
Interesse jurídico do 3 que vai autorizar a sua participação no processo. 
Existem 2 hipóteses de intervenção:
* Voluntária: a assistência e a manifestação como amigo da cúria. 
* intervenção de terceiro provocada:
- Denunciação da lide 
- Chamamento ao processo 
- Idpj - incidente de despersonalização da personalidade jurídica 
O terceiro inicialmente não participa do processo.
Definição de Barbosa Moreira: Terceiro é aquele que não é parte. 
- DA ASSISTÊNCIA 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. 
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar. 
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo. 
Da Assistência Simples 
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. 
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. 
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: 
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; 
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. 
Da Assistência Litisconsorcial 
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relaçãojurídica entre ele e o adversário do assistido. 
A assistência é possível enquanto pender a causa, ou seja, em qualquer fase do procedimento em qualquer grau de jurisdição sendo certo que o assistente recebe o processo no estado em que se encontrar. 
Via de regra, a assistência é possível no procedimento comum, sendo também permitida nos procedimentos especiais salvo quando houver disposição em contrário. 
Exemplo de procedimento especial que não é permitida a assistência: juizados especiais, Art 10 da lei 9099/95. 
O assistente atua como auxiliar da parte quando se tratar de assistência simples, que é a regra. Como auxiliar, ele tem interesse que seu assistido seja vitorioso.
Deve elaborar uma demonstrando o interesse jurídico. Se o juiz acata, ele determina a intimação das partes para manifestação das partes quanto ao pedido. 
Se houve impugnação, o juiz decide. A sucessão das partes, caso impugnada, pode pleitear a sua entrada como assistente. Ele pode fazer tudo aquilo que as partes podem fazer ao longo do processo ( recorrer, contestar, etc plano processual ) no plano material ele fica vinculado à vontade do assistido por não ser o titular do direito. Fica também vinculado à justiça da decisão que for proferida naquele processo ( não pode ele ajuizar ação, descurtir assunto julgado [ fundamentos da decisão ] no processo anterior). Duas hipóteses para discussão da justiça da decisão;
Quando ele receber o processo em estado já muito avançado e não for possível a ele a sua participação e quando desconhecer alguma alegação ou prova que o seu assistido dolosamente omitiu. 
Assistente litisconsorcial ou assistência qualificada. Art 124 não é assistente. O assistente listsconsorcial é aquele que poderia ter sido parte, mas não foi . Possui relação não só com uma das partes, mas diretamente com o que está sendo discutido. Torna-se verdadeiramente parte, assumindo uma posição idêntica àquela. É hipótese de formação de litisconsórcio ulterior facultativo ( a pluralidade se iniciou no curso do processo). É também titular de direito material. 
- Denunciação da lide 
A denunciação da lide é um regresso que acontece dentro do próprio processo, e não de forma autônoma. 
Antes do cpc2015, era permitido terceira, quarta denunciação e etc. Com o novo cpc, só é permitido uma denunciação sucessiva. Ou seja, até a denunciação da primeira denunciação (duas denunciações).
A sentença que condena o denunciante a pagar também deverá resolver a denunciação. Deverá dizer se o denunciado deverá ou não ressarcir o denunciante. 
 
125 até 129
DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. 
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. 
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. 
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. 
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. 
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: 
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; 
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; 
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. 
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. 
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. 
30.09
Chamamento ao processo 
Artigos 130 até 132 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. 
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. 
Ainda que a obrigação seja solidária, se o juiz julga procedente o pedido, você pode exigir o cumprimento da sentença apenas de quem figura no título (sentença). (Polo passivo)
A ideia do chamado ao processo é evitar novas ações de cobrança. Tem a ver com economia e celeridade processual. 
Quando há por exemplo 3 devedores e o credor ajuíza ação apenas em face de um deles, pede o demandado chamar ao processo os demais devedores para então já cumprirem com sua obrigação dentro do mesmo processo. 
O chamado ao processo é uma modalidade exclusiva do reu. 
O réu deve realizar o chamamento na contestação. 
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica - IDPJ
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. 
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. 
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. 
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica. 
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvidopor decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. 
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 
Art 50 cc e Art 28 consumidor 
* Suspensão da autonomia patrimonial da pessoa jurídica em relação ao patrimônio dos que a integram. 
CC
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
C consumidor 
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1º -Vetado.
§ 2º - As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3º - As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4º - As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5º - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
A desconsideração nunca ocorrerá de oficio. Sempre deverá ser requerida pelo interessado. (Art 133)
Desconsideração inversa 
Pessoa física passa os bens para a PJ para não responder com os seus bens. Ex: divórcio. Tenho um bem e passo para a PJ para não responder com esse bem na partilha. 
No requerimento, a pessoa que não participa do processo (que é aquela que tem o bem a ser atingido), será obrigatoriamente citada para que apresente uma resposta quanto ao pedido de desconsideração em 15 dias. (Art 135)
Se o Juiz acolhe, aquela pessoa, o 3 que havia sido citado, torna-se parte do processo. Ele deixa de ser 3 e assume a posição de litisconsorte. 
Essa intervenção cabe em qualquer fase do processo, inclusive na fase de cumprimento de sentença e no
Processo de execução. 
Art 50 - CC / Art 28 - CDC 
Possibilidade de suspensão da autonomia patrimonial da PJ em relação ao patrimônio dos que a integram. 
Art. 1.062 cpc: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais. 
Lei 9099/95
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
Especificamente a desconsideração de PJ aplica-se do juizado especial, pois o Art 10 1999/95 - veda a intervenção de 3. 
Quando é instaurado o incidente da PJ, o processo fica suspenso - Art 134 parag 3, CPC
Salvo em algumas hipóteses: 
O incidente de desconsideração não promoverá a suspensão do processo, quando a sua instauração for requerida na inicial. (Art 134, parag 2)
Amicus curiae ( amigo da cúria/amigo do juízo) 
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. 
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o. 
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. 
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. 
É alguém (pessoa jurídica, pessoa física ou sem personalidade) que comparece espontaneamente ou é convocado para ser manifestar em determinada ação de seu interesse (pertinência temática) .
Apresentar um parecer sobre um tema que guarda alguma correspondência com atividade ou função por ele desenvolvida.
A oposição agora é tratada como procedimento especial. 
CAPÍTULO VIII 
DA OPOSIÇÃO 
Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. 
Art. 683. O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação. 
Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias. 
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. 
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. 
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. 
Art. 686. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar. 
AULA 9 
DESPESAS Processuais 
Art 82 até 90 
Art 85
Pg 1
Pg 2
Pg 3 
Pg 14
Pg 17
Pg 19
Art 98 a 102- gratuidade de justiça 
07.10
Casos concretos 
Semana 1
1 - 
A) Pode ser proposta no Brasil. Poderia ajuizar em outro país se a legislação desse outro país permitir. 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
2- letra b artigo 23 
3- Art 27
Letra a
Semana 2
1- 
A) não. As ações possessórias de ações imóveis tem o mesmo tratamento das ações de direito real sobre imóvel.Ajuiza-se a ação onde permanece a coisa. 
Art 47 pg 2
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
2- errada é letra d- Art 47
3- letra a - Art 42 
Semana 3
1- 
A) não. A competência é da vara de família. 
B) o magistrado deverá declarar-se incompetente e remeter os autos ao juízo competente. 
Art 64 e 65
 2- b certa
3- d
Enviei até aqui 
Semana 4
1. 
A) não. A hipótese é de suspeição, Art 145, inciso I do CPC
B) deve ser alegado no prazo de 15 dias contatados da data em que você tem conhecimento do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição. Feita por peticao 
2. Objetiva. Letra E (hipótese de suspeição)
3. objetiva. Letra. A (Art 149) 
Impedimento: Presunção é absoluta Art 144
Suspeição: presunção relativa Art 145
Art 146 - procedimento de impedimento e suspeição 
Semana 5 
1. A) Sim. Sucessão das partes por ato entre vivos, Art 109 CPC. Cleber pode requerer sua admissão no processo como assistente. Deverá demonstrar o interesse jurídico. 
B) 
Sim. 
Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário. 
2. B
Art 110, Art 313 
3. C
Art 70
Semana 6
1. A. Sim.Litisconsórcio multitudinário, facultativo, em que o número exagerado de Litsconsortes prejudica o processo em direito de defesa e o andamento do processo, 113, prg 1 
A interrupção do caso é uma consequência da apresentação do requerimento de limitação. Art 113, prg 2.
Prazo é interrompido. Volta a contar do início. Inicia Na data em que a parte é intimada da decisão que resolve o requerimento. 
B) facultativo. 
Se for necessário não é possível a limitação. 
2. Letra B Art 116
Todo litisconsórcio unitário é necessário. Mas nem todo necessário é unitário. 
3. D
Semana 7
A) intervenção de assistência, Art 119 cpc 
B) voluntária 
2. Objetiva letra C. Ação regressiva, sempre denunciação da lide 
3. Objetiva A
Semana 8
1. Muito embora o Art 10 da lei 9099/95 tenha redação proibitiva de qualquer modalidade de intervenção de terceiros no juizado, o artigo 1062 do ncpc tornou possível o incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
2. B Art 134 
3. B é a correta 
Semana 9
1. Não. O advogado de Jonas pode sim requerer a condenação. Art 85 parágrafo I
2. Objetiva letra B Art 85 pg segundo 
3. Letra D artigo 85 parágrafo 12 
Prova aula 1 até aula 9
Litisconsórcio (classificação quanto a obrigatoriedade em sua formação e quanto a sorte de cada um dos litisconsortes, uniformidade da decisão. Dinâmica do litisconsórcio.
(Geralmente são Casos concretos com a B e C )
1 questão discursiva Intervenção de terceiros 
Assistência e denunciação da lide
Caso concreto: Semana 1, 2 ou 3. 
Focar litisconsórcio, intervenção de terceiros, partes, juiz. 
Pode acontecer de ter uma sobre competência. 
Trazer qualquer caso concreto. Passagem de Doutrina e ementa. 
14.10
21.10
Av1
28.10
Pós av1 
Atos processuais 
* Os sujeitos processuais manifestam-se no processo por meio da prática de atos processuais. Ato processual é pois espécie de ato jurídico e modalidade de fato processual. Como ato jurídico o ato processual cria, extingue ou impulsiona determinada relação jurídico-processual. Como fato, o ato processual é manifestação de vontade da parte que o pratica.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 
* Do artigo 188 Cpc/2015 decorre a regra geral de que os atos processuais são de forma livre cabendo ao interessado observar a legislação quando esta exigir forma específica . 
* Todos os sujeitos processuais ( juiz, partes, mp e auxiliares) estão aptos a prática dos atos processuais. 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. 
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
Atos do juiz 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
* O artigo 203 apresenta os atos processuais passíveis de serem praticados pelo juiz. 
Conceito de sentença 
Art 203 § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
* Sentença é o ato processual por meio do qual o juiz extingue a fase cognitiva ou de conhecimento do processo, quer seja com fundamento no artigo 485, quer seja com fundamento no artigo 487. Por meio de sentença o juiz também declara extinto o processo de execução de acordo com o artigo 925.
* Art 203, pg1, c/c 485: sentença terminativa. (O recurso é de apelação). Pelo fato dessa sentença não resolver o mérito da relação conflituosa submetida ao poder judiciário a parte por ela prejudicada poderá repropor, isto é, repetir a mesma ação, tal como permite o artigo 486.
* Art 203, pg1, c/c 487: sentença definitiva. Extingue a fase de conhecimento com a resolução do mérito de modo que a parte insatisfeita deverá interpor o recurso adequado para o fim de evitar a imutabilidade do comando da sentença. 
As sentenças acima referidas distingue-se em razão da sua aptidão ou não de se tornar definitiva. Afirma-se que as sentenças terminativas dão ensejo a coisa julgada formal. Também denominada endoprocessual pois impedem nova discussão apenas nos processos em que foram proferidas. Não impedindo renovação da discussão em outro processo. 
As sentenças resolutórias de mérito fazem coisa julgada material de modo que esgotadas as vias recursais a sentença torna-se definitiva. 
Obs: a expressão (coisa soberanamente julgada) deve ser reservada as sentenças que não possam ser desconstituídas por meio de ação rescisória. 
Conceito de decisão interlocutória 
Art 203 § 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. 
Conceito despacho
Art 203 § 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
Atos meramente ordinatórios 
Art 203 § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
Conceito de acórdão 
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. 
28/10/2016
GUSTAVO -> substituto! 
(Foco em prazos processuais!)
Semana - 10
ATOS PROCESSUAIS
Os sujeitos processuais manifestam-se no processo por meio da pratica de atos processuais. Ato processual é os espécies de ato jurídico e modalidade de fato processual. Como ato jurídico, o ato processual cria, estingue ou impulsiona determinada relação Juridico-processual. Como fato, o ato processual é manifestação de vontade da parte que o pratica.
Do art. 188, CPC/15, decore a regra geral de que os atos processuais são de forma livre, cabendo ao interessado observar a legislação quando está exigir forma específica. 
Todos os sujeitos processuais (juiz, partes, MP e auxiliares) estão aptos a pratica dos atos processuais. 
OBS: [audição da parte contrária -> OUVIDA! / outiva é para testemunhas!]
*atos do juiz 
O art. 203, CPC, apresenta os atos processuais passíveis de serem praticados pelo juiz.
Sentença:
O art. 203, pg 1º - sentença: ato processual por meio do qual o juiz extingue a fase cognitiva ou de conhecimento do processo, quer seja com fundamento no art. 485 (terminativa) quer seja com fundamento no art. 487 (definitiva). Por meio de sentença o juiz também declara extinto o processo de de acordo com o art, 925. 
Art. 203, pg 1º c/c art. 485: SENTENÇA TERMINATIVA. Pelo fato dessa sentença não resolver o mérito da relação conflituosa submetida ao poder judiciário, a parte por ela prejudicada poderá repropor, isto é, repetir a mesma ação. Tal como permite o art. 486. 
Art. 203, pg 1º c/c art. 487: SENTENÇA DEFINITIVA. A sentença definitiva extingue a fase de conhecimento com a resolução do mérito de modo que a parte insatisfeita deverá interpor o recurso adequado para o fim de evitar a imutabilidade do comando da sentença (transito em julgado)
As sentençasacima referidas distinguem-se em razão da sua aptidão ou não de se tornar definitiva. Afirma-se que as sentenças terminativas dão ensejo a coisa julgada formal, também denominado endoprocessual, pois impedem nova discussão apenas nos processos em que foram proferidas, não impedindo renovação da discussão em outro processo.
As sentenças resolutórias de mérito fazem coisa julgado material, de modo que, esgotada as vias recursais a sentença torna-se definitiva. 
OBS: a expressão "coisa soberanamente julgada" deve ser reservada as sentenças que não possam ser desconstituída por meio de ação rescisória! 
As sentenças deverão ser proferidas no prazo de 30 dias a contar da data em que os autos foram remetidos para a conclusão, na forma do art. 226, III, CPC. 
Decisão interlocutória
*art. 1.015, CPC/15
Art. 203, pg 2º, CPC c/c art. 1015, CPC, - decisão interlocutória: considera-se interlocutória a decisão que, sem por fim a lide, decide questão incidente ao mérito do processo e, por isso, auxilia a correta solução deste.
Se a decisão interlocutória versar sobre qualquer das matérias referidas no rol do art. 1.015, CPC, contra ela caberá agravo de instrumento. Se a parte não o interpuser opera-se a preclusão! 
Caso a interlocutória não possa ser objeto de agravo de instrumento não se verificará a preclusão, podendo, o interessado, dela recorrer quando E se interposto recurso de apelação. 
As decisões interlocutórias devem ser proferidas no prazo de 10 dias de acordo com o art. 226, II, CPC. 
Despachos 
Art. 203, pg 3º c/c 1001, CPC - despachos: considera-se despachos os atos de impulso do processo e que sejam despidos ou destituídos de conteúdo decisório. Os despachos são irrecorríveis (1001) e devem ser proferidos no prazo de 5 dias (226, I). 
PRAZOS PROCESSUAIS
(Dia útil para o direito processual é o dia útil forense. Greve, desde que impossibilite o acesso das partes aos autos, não é dia útil) 
Com a vigência do novo CPC os prazos processuais serão contados em dias úteis. 
OBS: segundo o aviso conjunto COJES/TJRJ nº 15/2016: a contagem processual em dias úteis não é aplicável no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais 
Todo prazo processual possui termo inicial e final. Diz-se termo ou "dies a quo" com relação a data de início da fluência do prazo processual. Denomina-se termo ou "dies ad quem" o último dia para a pratica do ato processual.
O prazo, via de regra, é previsto em lei. Havendo omissão legislativa deve o juiz fixa-lo. No silêncio deste será o prazo de 5 dias. 
PRERROGATIVA PROCESSUAL DE PRAZO DIFERENCIADO
O MP (180), a advocacia pública (183) e a DP (186) gozam da prerrogativa processual de prazo em dobro para as suas manifestações.
Não se observa a prerrogativa quando for fixado prazo específico para qualquer dos sujeitos processuais acima referidos
04.11
11.11
18.11
25.11
02.12
09.12
Av2
16.12
Av3

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