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Processo e Jurisdicao

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2014 Curitiba
Coleção CONPEDI/UNICURITIBA
Organizadores 
Prof. Dr. oriDes Mezzaroba
Prof. Dr. rayMunDo Juliano rego feitosa
Prof. Dr. VlaDMir oliVeira Da silVeira
Profª. Drª. ViViane Coêlho De séllos-Knoerr
Vol. 31
PROCESSO E JURISDIÇÃO 
Coordenadores 
Prof. Dr. celso hiroshi iocahaMa
Profª. Drª. Jânia Maria loPes salDanha
 2014 Curitiba
Nossos Contatos 
São Paulo 
Rua José Bonifácio, n. 209, 
cj. 603, Centro, São Paulo – SP 
CEP: 01.003-001 
 
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
Equipe Editorial
EDITORA CLÁSSICA
Allessandra Neves Ferreira
Alexandre Walmott Borges 
Daniel Ferreira 
Elizabeth Accioly 
Everton Gonçalves 
Fernando Knoerr 
Francisco Cardozo de Oliveira 
Francisval Mendes 
Ilton Garcia da Costa 
Ivan Motta 
Ivo Dantas 
Jonathan Barros Vita
José Edmilson Lima 
Juliana Cristina Busnardo de Araujo 
Lafayete Pozzoli
Leonardo Rabelo 
Lívia Gaigher Bósio Campello 
Lucimeiry Galvão 
Luiz Eduardo Gunther
Luisa Moura 
Mara Darcanchy 
Massako Shirai 
Mateus Eduardo Nunes Bertoncini 
Nilson Araújo de Souza 
Norma Padilha 
Paulo Ricardo Opuszka 
Roberto Genofre 
Salim Reis 
Valesca Raizer Borges Moschen 
Vanessa Caporlingua 
Viviane Coelho de Séllos-Knoerr 
Vladmir Silveira 
Wagner Ginotti 
Wagner Menezes 
Willians Franklin Lira dos Santos
Conselho Editorial
P963
Processo e jurisdição
Coleção Conpedi/Unicuritiba.
Organizadores : Orides Mezzaroba / Raymundo Juliano 
Rego Feitosa / Vladmir Oliveira da Silveira
/ Viviane Coêlho Séllos-Knoerr.
Coordenadores : Celso Hiroshi Iocahama / Jânia Maria 
Lopes Saldanha.
Título independente - Curitiba - PR . : vol.31 - 1ª ed. 
Clássica Editora, 2014.
607p. :
ISBN 978-85-8433-019-5
1. Direito - processo.
I. Título.
 CDD 341
Editora Responsável: Verônica Gottgtroy
Capa: Editora Clássica 
MEMBROS DA DIRETORIA 
Vladmir Oliveira da Silveira
Presidente 
Cesar Augusto de Castro Fiuza 
Vice-Presidente 
Aires José Rover 
Secretário Executivo 
Gina Vidal Marcílio Pompeu 
Secretário-Adjunto
 
 
 
Conselho Fiscal 
Valesca Borges Raizer Moschen 
Maria Luiza Pereira de Alencar Mayer Feitosa 
João Marcelo Assafim 
Antonio Carlos Diniz Murta (suplente) 
Felipe Chiarello de Souza Pinto (suplente) 
 
Representante Discente 
Ilton Norberto Robl Filho (titular) 
Pablo Malheiros da Cunha Frota (suplente) 
 
Colaboradores 
Elisangela Pruencio 
Graduanda em Administração - Faculdade Decisão 
Maria Eduarda Basilio de Araujo Oliveira 
Graduada em Administração - UFSC 
Rafaela Goulart de Andrade 
Graduanda em Ciências da Computação – UFSC 
Diagramador
Marcus Souza Rodrigues
XXII ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI/ UNICURITIBA
Centro Universitário Curitiba / Curitiba – PR
Sumário
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................
A SACRALIZAÇÃO DA COISA JULGADA E A POSSIBILIDADE DE SE DAR DEFINITIVIDADE A JUÍZOS 
LIMINARES (Cristiano Becker Isaia) ...........................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
DIREITOS SOCIAIS E PROCESSO CIVIL ORDINARIZADO ..........................................................................
A HERMENÊUTICA DA COISA JULGADA NAS SENTENÇAS LIMINARES ..................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A INEXISTÊNCIA JURÍDICA DA COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL E A QUERELA NULLITATIS 
COMO INSTRUMENTO PARA A SUA IMPUGNAÇÃO (Camilo de Oliveira Carvalho) ...............................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
HISTÓRICO DA QUERELA NULLITATIS NO DIREITO COMPARADO .........................................................
ENTRE A INEXISTÊNCIA E A NULIDADE. O CONCEITO DE QUERELA NULLITATIS ..................................
A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA ....................................................................................................
FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO, CELERIDADE, EFETIVIDADE E TEMPO RAZOÁVEL DO 
PROCESSO .................................................................................................................................................
PROPORCIONALIDADE, SEGURANÇA JURÍDICA E A COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL ..................
MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DA COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL E A PREVALÊNCIA DO 
INSTRUMENTO DA QUERELA NULLITATIS ...............................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
SEGURANÇA JURÍDICA, COISA JULGADA E ESTADO DE EXCEÇÃO (Back, Alessandra e Pellegrinello, 
Ana Paula) ...................................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
CONTORNOS DO DIREITO FUNDAMENTAL À SEGURANÇA JURÍDICA NO SISTEMA CONSTITUCIONAL 
BRASILEIRO ...............................................................................................................................................
A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA MATERIAL INJUSTA OU INCONSTITUCIONAL ..............................
O ESTADO DE EXCEÇÃO COMO REGRA ....................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
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REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
APONTAMENTOS SOBRE A SENTENÇA E A COISA JULGADA COLETIVA (Daniele Alves Moraes) ..........
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
SENTENÇA .................................................................................................................................................
SENTENÇA COLETIVA E COISA JULGADA COLETIVA: LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS ........................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
AÇÃO COLETIVA PASSIVA: UMA ANÁLISE FEITA À LUZ DO MICROSSISTEMA DE PROCESSO 
COLETIVO BRASILEIRO (Eduardo Bavose) ................................................................................................INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
AS AÇÕES COLETIVAS PASSIVAS ...............................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
NECESSIDADE DE SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO COLETIVO: BREVE ANÁLISE COMPARATIVA 
DA LEGITIMIDADE ATIVA NAS AÇÕES COLETIVAS NAS PROPOSTAS LEGISLATIVAS SOBRE O TEMA 
(Jaqueline Yoko Kussaba e Luiz Fernando Bellinetti) ...................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
EVOLUÇÃO DA TUTELA COLETIVA NO BRASIL E A NECESSIDADE DE UM CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL COLETIVO .........................................................................................................................................
MODELO DE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COLETIVO ELABORADO POR ANTONIO GIDI ........................
MODELO DE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COLETIVO ELABORADO PELO INSTITUTO IBERO-
AMERICANO DE DIREITO PROCESSUAL ...................................................................................................
ANTEPROJETO DE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COLETIVO ELABORADO PELO INSTITUTO 
BRASILEIRO DE DIREITO PROCESSUAL ....................................................................................................
ANTEPROJETO DE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COLETIVO ELABORADO PELOS PROGRAMAS 
DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO E UNIVERSIDADE ESTÁCIO 
DE SÁ .........................................................................................................................................................
PROJETO DE LEI 5.139, DE 2009 (ANÁLISE CONJUNTA DA REDAÇÃO APRESENTADA PELA CASA
CIVIL E DAS ALTERAÇÕES PROPOSTAS PELO DEPUTADO FEDERAL ANTÔNIO CARLOS BISCAIA NO
SUBSTITUTIVO) .........................................................................................................................................
REFORMA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ...........................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
SENTENÇA DE MÉRITO NO PROCESSO DE EXECUÇÃO (Rodrigo Ferreira do Amaral Silva) ........................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
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CONSIDERAÇÕES ACERCA DO INSTITUTO DA LIDE ................................................................................
CONSIDERAÇÕES ACERCA DO INSTITUTO DO MÉRITO ..........................................................................
MÉRITO E LIDE NO DIREITO BRASILEIRO ................................................................................................
DA SENTENÇA ............................................................................................................................................
DA EXISTÊNCIA DE SENTENÇA DE MÉRITO NO PROCESSO DE EXECUÇÃO ...........................................
CONSEQUÊNCIAS DA DISCUSSÃO ............................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
O MONOPÓLIO DA JURISDIÇÃO PELO ESTADO E AS TUTELAS DE URGÊNCIA EM PROCEDIMENTO 
ARBITRAL (João Americo de Sbragia e Forner) ..........................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
A SOCIEDADE, OS CONFLITOS E A FUNÇÃO ORDENADORA DO DIREITO. DA JUSTIÇA PRIVADA À 
JUSTIÇA PÚBLICA ......................................................................................................................................
A JURISDIÇÃO COMO MEIO DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS .....................................................................
A INSUFICIÊNCIA DA JURISDIÇÃO ESTATAL E A ARBITRAGEM COMO MÉTODO ALTERNATIVO DE 
SOLUÇÃO DE CONFLITOS NO DIREITO BRASILEIRO ................................................................................
A PERMISSÃO LEGAL DE CONCESSÃO DE TUTELAS DE URGÊNCIA EM ARBITRAGEM E O PODER DE 
IMPERIUM DA JURISDIÇÃO ESTATAL .......................................................................................................
A JURISDIÇÃO ESTATAL EXECUTIVA E AS TUTELAS DE URGÊNCIA EM ARBITRAGEM: O NECESSÁRIO 
CONVÍVIO DA JUSTIÇA PÚBLICA E A JUSTIÇA PRIVADA .........................................................................
IDEIAS PARA O FUTURO ............................................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................
TUTELAS DE URGÊNCIA: COGITAÇÕES SOBRE O JUÍZO DE VEROSSIMILHANÇA, A PROVA 
DIABÓLICA E A VIOLAÇÃO DE GARANTIAS PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS DO RÉU (Camilla Mattos 
Paolinelli) ...................................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
A VALORAÇÃO DA PROVA NO JUÍZO DE VEROSSIMILHANÇA9 QUE FUNDAMENTA AS TUTELAS 
CAUTELARES E ANTECIPADAS ..................................................................................................................
AS TUTELAS DE URGÊNCIA INAUDITA ALTERA PARTE E A TRANSFERÊNCIA DE ÔNUS DIABÓLICO DE 
PROVA PARA O RÉU ...................................................................................................................................
AS LIMINARES CONCEDIDAS SEM A OITIVA DO RÉU E A VIOLAÇÃO DE GARANTIAS PROCESSUAIS 
FUNDAMENTAIS ........................................................................................................................................
UMA POSSÍVEL SOLUÇÃO ........................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
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REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A NATUREZA JURÍDICA E A EFICÁCIA DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DEDEMANDAS REPETITIVAS 
PREVISTO NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (Adriana Fasolo Pilati Scheleder e 
Ricardo Soares Stersi dos Santos) ...............................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
O INCIDENTE DE DEMANDAS REPETITIVAS NO DIREITO BRASILEIRO ..................................................
A OPERACIONABILIDADE E A NATUREZA JURÍDICA DO INCIDENTE DE DEMANDAS REPETITIVAS 
PREVISTA NO PROJETO DE LEI N. 8.046/2010 DO SENADO FEDERAL .....................................................
O PROJETO DE LEI N. 8.046/2010 E A EMENDA 181/2011 PROPOSTA PELA COMISSÃO ESPECIAL DA 
CÂMARA DOS DEPUTADOS ......................................................................................................................
UMA ANÁLISE CONSTITUCIONAL DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS .......
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
O PRINCÍPIO DISPOSITIVO E A REGRA DA CONGRUÊNCIA NA ATUALIDADE (Hélio João Pepe de 
Moraes e Ricardo Carneiro Neves Júnior) ...................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
PRINCÍPIO DISPOSITIVO ...........................................................................................................................
REGRA DA CONGRUÊNCIA .......................................................................................................................
OS MOVIMENTOS PROCESSUAIS ATUAIS ................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
HORIZONTES DA PRISÃO CIVIL NAS TUTELAS DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER, NÃO FAZER E 
ENTREGAR COISA CERTA NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO: ESVAZIAMENTO ANTE A 
SÚMULA VINCULANTE 25/STF? (Peterson Zacarella e Mônica Bonetti Couto) ........................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
PREMISSAS NECESSÁRIAS ACERCA DA TUTELA EXECUTIVA ..................................................................
DA PRIMAZIA DA TUTELA ESPECÍFICA E DA OBTENÇÃO DO RESULTADO PRÁTICO EQUIVALENTE AO
ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO ...........................................................................................................
DA POSSIBILIDADE DA PRISÃO CIVIL NAS OBRIGAÇÕES DE ENTREGA DE COISA DIVERSA DE 
DINHEIRO ..................................................................................................................................................
CONCLUSÕES ............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A GARANTIA FUNDAMENTAL À RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO E A CELERIDADE DE 
TRAMITAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA: A CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS (Ivonaldo da 
Silva Mesquita) ...........................................................................................................................................
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INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
ESCORÇO HISTÓRICO ................................................................................................................................
GARANTIAS FUNDAMENTAIS: ASPECTOS CONCEITUAIS .......................................................................
O INCISO LXXVIII, DO ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA ........................................
O FATOR TEMPO ........................................................................................................................................
A EFETIVIDADE DO DISPOSITIVO E A CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS ................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A JURISDIÇÃO ENTRE CONSTITUCIONALISMO E DEMOCRACIA (William Soares Pugliese) ...................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
AS DIVERSAS FUNÇÕES DA JURISDIÇÃO .................................................................................................
DEMOCRACIA PROCEDIMENTAL E CONSTITUCIONALISMO ..................................................................
LIMITES À ATUAÇÃO DA JURISDIÇÃO ......................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO COOPERATIVO COMO INSTRUMENTO VIABILIZADOR DA 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (Silvana Mara Ferneda Ramos Peixoto e Prof. Dr. José Laurindo de 
Souza Netto) ...............................................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................
RELEVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS .................................................................................................................
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA ........................................................................
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E PRINCÍPIO COOPERATIVO / PARTICIPATIVO ..................................
PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO/PARTICIPAÇÃO PROCESSUAL, DO CONTRADITÓRIO E O PROCESSO 
CIVIL ...........................................................................................................................................................
PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO/PARTICIPAÇÃO PROCESSUAL, DO CONTRADITÓRIO E O PROCESSO 
DE EXECUÇÃO ...........................................................................................................................................
PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO/PARTICIPAÇÃO PROCESSUAL, CONTRADITÓRIO E PROCESSO 
CAUTELAR, ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E LIMINARES .............................................................................
PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO/PARTICIPAÇÃO PROCESSUAL, DO CONTRADITÓRIO E AS RELAÇÕES 
PRIVADAS ..................................................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A DESJUDICIALIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: NOVA 
297
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ONDA REFORMISTA? (Alexia Brotto Cessetti) ...........................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
AS ONDAS REFORMISTAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ..................................................................
FENÔMENO DA DESJUDICIALIZAÇÃO E CELERIDADE PROCESSUAL .....................................................
PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA E A LEI 11.441/2007 ..................................................
DA LIBERDADE DE ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL E A POSSIBILIDADE DE RETORNO 
À VIA JUDICIAL ..........................................................................................................................................
POSICIONAMENTO DO NOVO CPC EM RELAÇÃO AO INVENTÁRIO, PARTILHA E DIVÓRCIO 
EXTRAJUDICIAIS ........................................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................
O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO 
DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO (Alexandre Reis Siqueira Freire e Marcello Soares Castro) .....................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
ACESSO AO STF VIA RECURSO EXTRAORDINÁRIO ..................................................................................
AS SOLUÇÕES PENSADAS PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DOS ÓBICES JURISPRUDÊNCIAS E 
SOBRECARGA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ..................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
DO ACESSO À JUSTIÇA À GARANTIA DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: UMA ANÁLISE SOB A 
PERSPECTIVA DO DIREITO FUNDAMENTAL AO PROCESSO JUSTO (Marcelo Alves Nunes e Maria 
Paula Daltro Lopes) .....................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
O DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA .............................................................................................................
A GARANTIA DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: CONTEÚDO E ALCANCE .............................................
A DIMENSÃO CONSTITUCIONAL DO PROCESSO JUSTO .........................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................
O RESGATE DO DIREITO FRATERNO NAS MEDIAÇÕES NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (Cássia Cristina 
Hakamada Reinas) ......................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
O DIREITO FRATERNO ...............................................................................................................................
A LEI DO JUIZADO ESPECIAL ....................................................................................................................
366
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MEDIAÇÃO ................................................................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................................................................................
ENTRE A INFORMALIDADE E AS GARANTIAS PROCESSUAIS: A PRÁTICA DA MEDIAÇÃO SOB OS 
PARADIGMAS DO PROCESSO (Fabiana Alves Mascarenhas e Marcela Rodrigues Souza Figueiredo) ......
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
MEDIAÇÃO: LEGITIMAÇÃO PELO PROCEDIMENTO ................................................................................
CRISE DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA: MEDIAÇÃO COMO RESPOSTA? ............................................
REGULAMENTAÇÃO DA MEDIAÇÃO: PRESERVAÇÃO DE GARANTIAS OU FORMALIZAÇÃO 
EXCESSIVA? ................................................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
QUE É (OU O QUE DEVERIA SER) A “VERDADE” NO MODERNO PROCESSO CIVIL? (VITOR GONÇALVES 
MACHADO) .................................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE “VERDADE” ..........................................................................
A PROBLEMÁTICA DA BUSCA DA “VERDADE” NO PROCESSO CIVIL ......................................................
O QUE DEVE SER A “VERDADE” DENTRO DO MODERNO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO? ........................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
EXAME FÁTICO-PROBATÓRIO PELO STJ E STF (Simone Trento) ..............................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
AS FUNÇÕES DE NOSSAS CORTES DE VÉRTICE .......................................................................................
OS FATOS NA ANÁLISE EMINENTEMENTE PROBLEMÁTICA DAS QUESTÕES JURÍDICAS .........................
OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS HISTÓRICOS E ATUAIS PARA OS ENUNCIADOS 279 E 7 DAS SÚMULAS 
DO STF E STJ ...............................................................................................................................................A COMPATIBILIZAÇÃO COM O VERBETE N. 456 DA SÚMULA DO SUPREMO ........................................
QUANDO O FUNDAMENTO DO RECURSO EXCEPCIONAL DIZ RESPEITO A QUESTÕES FÁTICO-
PROBATÓRIAS ...........................................................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................
433
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A POLARIZAÇÃO DA JUSTIÇA INDIVIDUAL E O ESQUECIMENTO DA JUSTIÇA GERAL NA EFETIVAÇÃO 
DO DIREITO À SAÚDE (Hector Cury Soares) ..............................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
A MODERNIDADE TARDIA E O NEOLIBERALISMO À BRASILEIRA ..........................................................
A ESCASSEZ DE RECURSOS E O PODER JUDICIÁRIO RACIONALIZADOR ................................................
CONSEQUÊNCIAS (NEO)LIBERAIS: O AVANÇO DO INDIVIDUALISMO E O SOLAPAR DO PROJETO 
DEMOCRÁTICO DE ESTADO DE DIREITO ..................................................................................................
PRIORIZAÇÃO DE DEMANDAS COLETIVAS (COMUNITÁRIAS) COMO FORMA DE EFETIVAÇÃO DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE ..............................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
VÍTIMA DE CRIME E PROCESSO PENAL – NOVAS PERSPECTIVAS (Marisa Helena D’Arbo Alves de 
Freitas) ........................................................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA VÍTIMA ..........................................................................................................
A VÍTIMA E O PROCESSO PENAL ..............................................................................................................
REFORMAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................
TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRISÃO PREVENTIVA A PARTIR DE UMA NOVA POSTURA 
DO JUIZ CRIMINAL (Viviane de Freitas Pereira e Mariane Braibante Pereira) ...........................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
O TEMPO, O RISCO E A TUTELA DE CAUTELA NO PROCESSO PENAL .....................................................
A EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA COMO PANO DE FUNDO PARA O NOVO CENÁRIO: A SUPERAÇÃO 
DA CLÁUSULA ABERTA DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA ..................................................................
O FUNDAMENTAL PAPEL DO JUIZ CRIMINAL NA CONSTRUÇÃO DE NOVOS PARADIGMAS: DA 
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO AO COMPROMISSO DE FISCALIZAÇÃO DAS MEDIDAS EM 
CURSO ........................................................................................................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
A (IM)POSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DA MORATÓRIA PROCESSUAL AOS ENTES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: UM DIÁLOGO ENTRE A CONSTITUIÇÃO E O CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL (Marcos Antônio da Silva) .................................................................................................................
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................
A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E A DISCIPLINA JURÍDICA POR ELA PREVISTA 
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EM FACE DOS PRECATÓRIOS ....................................................................................................................
A REPÚBLICA, A DEMOCRACIA E O PRECATÓRIO ....................................................................................
PRECATÓRIO, MORATÓRIA PROCESSUAL E PRINCÍPIO DA IGUALDADE ...............................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................
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Caríssimo(a) Associado(a), 
 Apresento o livro do Grupo de Trabalho Processo e Jurisdição, do XXII Encontro 
Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito (CONPEDI), 
realizado no Centro Universitário Curitiba (UNICURUTIBA/PR), entre os dias 29 de maio e 1º 
de junho de 2013. 
 O evento propôs uma análise da atual Constituição brasileira e ocorreu num ambiente 
de balanço dos programas, dada a iminência da trienal CAPES-MEC. Passados quase 25 anos 
da promulgação da Carta Magna de 1988, a chamada Constituição Cidadã necessita uma 
reavaliação. Desde seus objetivos e desafios até novos mecanismos e concepções do direito, 
nossa Constituição demanda reflexões. Se o acesso à Justiça foi conquistado por parcela 
tradicionalmente excluída da cidadania, esses e outros brasileiros exigem hoje o ponto final do 
processo. Para tanto, basta observar as recorrentes emendas e consequentes novos 
parcelamentos das dívidas dos entes federativos, bem como o julgamento da chamada ADIN 
do calote dos precatórios. Cito apenas um dentre inúmeros casos que expõem os limites da 
Constituição de 1988. Sem dúvida, muitos debates e mesas realizados no XXII Encontro 
Nacional já antecipavam demandas que semanas mais tarde levariam milhões às ruas. 
 Com relação ao CONPEDI, consolidamos a marca de mais de 1.500 artigos submetidos, 
tanto nos encontros como em nossos congressos. Nesse sentido é evidente o aumento da 
produção na área, comprovável inclusive por outros indicadores. Vale salientar que apenas no 
âmbito desse encontro serão publicados 36 livros, num total de 784 artigos. Definimos a 
mudança dos Anais do CONPEDI para os atuais livros dos GTs – o que tem contribuído não 
apenas para o propósito de aumentar a pontuação dos programas, mas de reforçar as 
especificidades de nossa área, conforme amplamente debatido nos eventos. 
 Por outro lado, com o crescimento do número de artigos, surgem novos desafios a 
enfrentar, como o de (1)estudar novos modelos de apresentação dos trabalhos e o de (2) 
aumentar o número de avaliadores, comprometidos e pontuais. Nesse passo, quero agradecer a 
todos os 186 avaliadores que participaram deste processo e que, com competência, permitiram-
nos entregar no prazo a avaliação aos associados. Também gostaria de parabenizar os autores 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
13
 
selecionados para apresentar seus trabalhos nos 36 GTs, pois a cada evento a escolha tem sido 
mais difícil. 
 Nosso PUBLICA DIREITO é uma ferramenta importante que vem sendo aperfeiçoada 
em pleno funcionamento, haja vista os raros momentos de que dispomos, ao longo do ano, para 
seu desenvolvimento. Não obstante, já está em fase de testes uma nova versão, melhorada, e 
que possibilitará sua utilização por nossos associados institucionais, tanto para revistas quanto 
para eventos. 
 O INDEXA é outra solução que será muito útil no futuro, na medida em que nosso 
comitê de área na CAPES/MEC já sinaliza a relevância do impacto nos critérios da trienal de 
2016, assim como do Qualis 2013/2015. Sendo assim, seus benefícios para os programas serão 
sentidos já nesta avaliação, uma vez que implicará maior pontuação aos programas que 
inserirem seus dados. 
 Futuramente, o INDEXA permitirá estudos próprios e comparativos entre os 
programas, garantindo maior transparência e previsibilidade – em resumo, uma melhor 
fotografia da área do Direito. Destarte, tenho certeza de que será compensador o amplo esforço 
no preenchimento dos dados dos últimos três anos – principalmente dos grandes programas –, 
mesmo porque as falhas já foram catalogadas e sua correção será fundamental na elaboração da 
segunda versão, disponível em 2014. 
Com relação ao segundo balanço, após inúmeras viagens e visitas a dezenas de 
programas neste triênio, estou convicto de que o expressivo resultado alcançado trará 
importantes conquistas. Dentre elas pode-se citar o aumento de programas com nota 04 e 05, 
além da grande possibilidade dos primeiros programas com nota 07. Em que pese as 
dificuldades, não é possível imaginar outro cenário que não o da valorização dos programas do 
Direito. Nesse sentido, importa registrar a grande liderança do professor Martônio, que soube 
conduzir a área com grande competência, diálogo, presença e honestidade. Com tal conjunto de 
elementos, já podemos comparar nossos números e critérios aos das demais áreas, o que será 
fundamental para a avaliação dos programas 06 e 07. 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
14
 
 Com relação ao IPEA, cumpre ainda ressaltar que participamos, em Brasília, da III 
Conferência do Desenvolvimento (CODE), na qual o CONPEDI promoveu uma Mesa sobre o 
estado da arte do Direito e Desenvolvimento, além da apresentação de artigos de pesquisadores 
do Direito, criteriosamente selecionados. Sendo assim, em São Paulo lançaremos um novo 
livro com o resultado deste projeto, além de prosseguir o diálogo com o IPEA para futuras 
parcerias e editais para a área do Direito. 
 Não poderia concluir sem destacar o grande esforço da professora Viviane Coêlho de 
Séllos Knoerr e da equipe de organização do programa de Mestrado em Direito do 
UNICURITIBA, que por mais de um ano planejaram e executaram um grandioso encontro. 
Não foram poucos os desafios enfrentados e vencidos para a realização de um evento que 
agregou tantas pessoas em um cenário de tão elevado padrão de qualidade e sofisticada 
logística – e isso tudo sempre com enorme simpatia e procurando avançar ainda mais. 
 
Curitiba, inverno de 2013. 
 
Vladmir Oliveira da Silveira 
Presidente do CONPEDI 
 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
15
 
Apresentação 
 
Cabe-nos apresentar os trabalhos desta obra, frutos de estudos aprovados para o XXII 
ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI – Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação 
em Direito, realizado em Curitiba – PR, de 29 de maio a 01 de junho de 2013. 
 
Na coordenação das apresentações do GT (Grupo de Trabalho) Processo e Jurisdição, tivemos 
a satisfação de poder participar da disseminação do conhecimento produzido por pesquisadores 
das mais diversas regiões do Brasil, muitos vinculados aos Programas de Mestrado e 
Doutorado em Direito. Seus estudos, que compõem este livro, reafirmam a importância de se 
oportunizar o compartilhamento das pesquisas direcionadas ao processo judicial e à jurisdição, 
consolidando um foco de saber que congrega esforços para o aprimoramento da área e da 
própria Justiça. 
 
Assim sendo, o artigo intitulado A SACRALIZAÇÃO DA COISA JULGADA E A 
POSSIBILIDADE DE SE DAR DEFINITIVIDADE A JUÍZOS LIMINARES, de autoria 
de Cristiano Becker Isaia, propõe repensar a estrutura e a função da coisa julgada no universo 
composto pelas sentenças liminares. O texto refere que o processo, devido à marcada 
influência liberal, coloca destaque no procedimento. Contudo, essa é posição contrária ao 
universo hermenêutico. O instituto da coisa julgada, em vista disso, como tantos outros 
institutos de processo deve ser relido, sobretudo no que diz respeito aos procedimentos 
sumarizados, caracterizados pela emissão de sentenças liminares. É o próprio Estado 
Democrático de Direito que imprime uma reflexão hermenêutica sobre a coisa julgada, 
partindo-se do pressuposto de que não pode continuar a ser transformada numa metafísica 
ferramenta para acobertar o aparecer do caso concreto em sua singularidade. 
 
Na sequência, Camilo de Oliveira Carvalho trata sobre A INEXISTÊNCIA JURÍDICA DA 
COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL E A QUERELA NULLITATIS COMO 
INSTRUMENTO PARA A SUA IMPUGNAÇÃO. O intento foi analisar a querela nullitatis 
como instrumento para a impugnação da coisa julgada inconstitucional. Embora as 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
16
 
divergências doutrinárias sobre o instituto, e a querela nullitatis foi um dos primeiros 
mecanismos de impugnação autônoma da história. Ainda hoje é utilizada para subtrair do 
mundo jurídico decisões judiciais eivadas de vício gravíssimo. As divergências doutrinárias 
levam à adoção de um posicionamento que se coaduna com o entendimento do processo como 
instrumento e com a necessidade contemporânea de estudo do direito à luz da Constituição. O 
autor compara os meios de impugnação da coisa julgada para concluir pela prevalência dessa 
instituto processual para a impugnação de sentenças maculadas pela inexistência jurídica 
decorrente da coisa julgada inconstitucional. 
 
No artigo intitulado SEGURANÇA JURÍDICA, COISA JULGADA E ESTADO DE 
EXCEÇÃO, as autoras Alessandra BACK e Ana Paula PELLEGRINELLO, argumentam que 
a segurança jurídica não tem previsão expressa e nem conteúdo definido. Seus alcance e 
âmbito de proteção são construídos através de outros institutos constitucionalmente garantidos, 
dentre os quais se destaca a garantia da coisa julgada. Por isso, a intangibilidade da coisa 
julgada garante a segurança jurídica uma vez que assegura que os conflitos postos a julgamento 
pelo Poder Judiciário sejam, um dia, decididos definitivamente. No entanto, eis que surge uma 
nova realidade que provocou, inclusive, transformação na dogmática jurídica, possibilitando 
que a doutrina, a jurisprudência e até mesmo a lei permitissem que a coisa julgada fosse 
relativizada. O que deve ser considerado, segundo as autoras, é que essa relativização da coisa 
julgada pode abrir espaço para a ascensão do estado de exceção. 
 
No texto APONTAMENTOS SOBRE A SENTENÇA E A COISA JULGADA 
COLETIVA, Daniele Alves Moraes realiza reflexão sobre a coisa julgada coletiva. As novas 
realidades sociais apresentamconflitos de massa para cuja solução já não são mais suficientes 
os tradicionais institutos jurídicos. Daí a necessidade de nova proposta processual. Regras 
como legitimidade, coisa julgada, prescrição, que são aplicadas ao direito individual, não 
podem ser aplicadas do mesmo modo quando o processo tutela direitos que ultrapassam a 
esfera da individualidade, os direitos transindividuais. 
 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
17
 
Eduardo Bavose no artigo denominado AÇÃO COLETIVA PASSIVA: UMA ANÁLISE 
FEITA À LUZ DO MICROSSISTEMA DE PROCESSO COLETIVO 
BRASILEIROapresenta estudo sobre a ação coletiva passiva. Essa ação comporta no polo 
passivo a presença de grupos. Com o surgimento da sociedade de massas, após a metade do 
século XIX, demandou-se uma nova forma de tutelar os novos direitos surgidos, cujos objetos 
são denominados direitos coletivos. No direito brasileiro a Ação Popular – Lei 4.717/65, foi o 
primeiro diploma criado para salvaguardar mencionados direitos, depois foram instituídas a Lei 
da Ação Civil Pública - Lei 7.347/85 e o Código de Defesa do Consumidor - Lei 8.078/90, 
estas duas últimas formam o que a doutrina chama de microssistema de direitos coletivos. Esse 
novo gênero de direito necessita de institutos processuais adequados à resolução de conflitos 
em que são envolvidos os direitos coletivos, eis que o Processo Civil clássico não é suficiente 
para solução desses novos conflitos. A omissão nos diplomas criados refere-se justamente à 
ausência da coletividade no pólo passivo do processo coletivo. Dai defender, a autora, ser 
possível a aplicação da ação coletiva passiva no microssistema de processo coletivo, desde que 
seja realizada a aferição da representatividade adequada pelo magistrado, estendendo-se os 
efeitos da coisa julgada a todos os membros da coletividade demandada. O que justifica a 
inserção do grupo no polo passivo e o princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional. 
O texto NECESSIDADE DE SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO COLETIVO: 
BREVE ANÁLISE COMPARATIVA DA LEGITIMIDADE ATIVA NAS AÇÕES 
COLETIVAS NAS PROPOSTAS LEGISLATIVAS SOBRE O TEMA, de autoria de 
Jaqueline Yoko Kussaba e Luiz Fernando Bellinetti, trata acerca do processo coletivo. Para os 
autores, passados mais de vinte e dois anos da elaboração do Código de Defesa do 
Consumidor, em 1990, a prática forense revelou a necessidade de atualizar e sistematizar o 
processo coletivo, ante a quantidade de legislações esparsas e divergências doutrinárias e 
jurisprudenciais sobre os temas relativos. Tal necessidade é evidenciada pela quantidade de 
propostas de legislações processuais coletiva. Com base nesse fato, o trabalho apresenta uma 
comparação entre as seis principais propostas legislativas, atentando para a legitimidade ativa. 
Tratar da SENTENÇA DE MÉRITO NO PROCESSO DE EXECUÇÃO é o que faz 
Rodrigo Ferreira do Amaral Silva, cuja finalidade foi analisar a discussão existente na doutrina 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
18
 
pátria acerca da existência de mérito e da possibilidade de julgamento do mérito da causa no 
bojo do processo de execução. Essa conclusão exigiu análise acerca dos pressupostos, 
institutos e fundamentos que servem de embasamento para o posicionamento sustentado por 
cada corrente doutrinária, a favor ou contra a possibilidade de existência de sentença de mérito 
no processo de execução. O autor, desse modo, verificou o entendimento de inúmeros juristas 
sobre o tema, bem como se analisou as conseqüências mais relevantes advindas de cada 
posicionamento. 
 
João Américo de Sbragia e Forner analisa o tema relacionado ao MONOPÓLIO DA 
JURISDIÇÃO PELO ESTADO E AS TUTELAS DE URGÊNCIA EM 
PROCEDIMENTO ARBITRAL, ponderando que com a entrada em vigor da lei 9.307/96 – 
Lei da Arbitragem -, novavia de solução de conflitos foi disciplinada e colocada à disposição 
dos jurisdicionados, pessoas físicas ou jurídicas, como alternativa ao procedimento 
jurisdicional estatal de resolução de controvérsias. Tornou-se, então, a arbitragem, opção de 
resolução de controvérsias legal e expressamente prevista e disciplinada pelo ordenamento 
jurídico. Diante desse cenário que se descortinou com o novel dispositivo legal, questão 
interessante passou a ser debatida tanto pela doutrina especializada, quanto pelos Tribunais 
chamados a se manifestar sobre o tema: A da possibilidade do árbitro determinar tutelas de 
urgência em procedimentos de arbitragem. A importância do estudo repousa justamente nas 
exigências do mundo, cada vez mais globalizado, conectado e informado, no qual a adoção de 
meios rápidos, eficazes e efetivos de solução de é estratégia que, segundo o autor, se revela 
indispensável para atingir-se uma sociedade cada vez mais justa, harmônica e igual. 
 
Em TUTELAS DE URGÊNCIA: COGITAÇÕES SOBRE O JUÍZO DE 
VEROSSIMILHANÇA, A PROVA DIABÓLICA E A VIOLAÇÃO DE GARANTIAS 
PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS DO RÉU , Camilla Mattos Paolinelli traz como foco de 
análise a demarcação teórica das tutelas cautelares e antecipatórias a partir do gênero Tutelas 
de Urgência, tal qual proposto no projeto de Novo Código de Processo Civil aprovado no 
Senado em 15.12.2010. Analisa osos institutos sob o ponto de vista do requisito genérico da 
verossimilhança que fundamenta a concessão de tutelas cautelares e antecipatórias. Demonstra 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
19
 
que não há, na prática, quaisquer diferenças quanto ao grau de intensidade cognitiva exigida 
para deferimento de uma ou outra medida, de maneira que o juízo (grau de convicção) formado 
quando da prolação de decisões que concedem liminares, dificilmente será modificado. 
Pondera que a decisão final da demanda é incapaz de encontrar a verdade substancial dos fatos, 
mas tão somente um juízo de verossimilhança em grau máximo - verossimilhança que também 
fundamenta a convicção liminar. Enfim, procura apontar que, em razão dessa improvável 
alteração no juízo formado quando do deferimento das tutelas de urgência, ocorre a 
transferência de um ônus de prova para o Réu equivalente ao da produção de uma prova 
diabólica, praticamente impossível de ser atendido. A fim de resolver o problema, sugere-se 
que haja participação efetiva do Réu na formação do convencimento do magistrado quando a 
pretensão do autor envolver tutelas de urgência, evitando as conseqüências maléficas do 
contraditório postergado consistentes no aviltamento das garantias do contraditório paritário 
como efetiva influência, ampla argumentação como ampla defesa e participação de um terceiro 
imparcial, tudo em decorrência da prova diabólica transferida ao Réu. 
 
Perterson Zacarella e Mônica Bonetti Couto investigam as discussões pertinentes ao tema da 
prisão civil, em especial quanto ao tratamento das tutelas específicas previstas nos artigos 461 
e 461-A do Código de Processo Civil, questionando-as seu artigo intitulado HORIZONTES 
DA PRISÃO CIVIL NAS TUTELAS DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER, NÃO FAZER E 
ENTREGAR COISA CERTA NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO: 
esvaziamento ante a Súmula Vinculante 25/SFT? Mesmo diante de todo o contexto 
normativo envolvendo a prisão civil, os autores procuram colacionar diversos fundamentos 
para revisitar as discussões sobre a viabilidade de sua realização no Brasil, considerando a 
preocupação com a efetividade do processo diante das crises de inadimplemento e as ações que 
o Poder Judiciário pode tomar envolvendo os meios coercitivos. 
 
A NATUREZA JURÍDICA E A EFICÁCIA DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE 
DEMANDAS REPETITIVAS PREVISTO NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVILé tema abordado por Adriana Fasolo Pilati ScheledereRicardo Soares 
Stersi dos Santos. Ponderam que as demandas e os recursos repetitivos, segundo análises de 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
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alguns doutrinadores, representam a maioria das ações que tramitam na justiça atual do Brasil, 
resultando numa possível causa da morosidade da prestação jurisdicional. O projeto do novo 
Código de Processo Civil inova justamente ao trazer em sua redação a previsão do incidente de 
demanda ou recurso repetitivo. Dada a importância do tema, seus autores debruçam-se na 
análise do novo instituto no que diz respeito a sua finalidade de racionalizar o julgamento das 
causas repetitivas e na agilização seu do resultado para evitar divergência jurisprudencial. Daí 
ser importante, como o fazem, analisar a natureza jurídica do incidente de demandas 
repetitivas. 
 
No artigo O PRINCÍPIO DISPOSITIVO E A REGRA DA CONGRUÊNCIA NA 
ATUALIDADE , Hélio João Pepe de Moraes e Ricardo Carneiro Neves Júnior afirmam que o 
ordenamento jurídico brasileiro sempre foi metamórfico. No entanto, em face dos movimentos 
contemporâneos do publicismo e do neoconstitucionalismo, essa ocorrência tem aumentado 
significativamente as novas nuances da jurisdição como fator social. Passou-se a questionar a 
devida interpretação de regras e princípios clássicos do direito processual civil, dentre elas, a 
regra da congruência, apontando autorizada parte da doutrina pela flexibilidade atual do 
princípio dispositivo material (disponibilidade). Diante disso, o trabalho visa avaliar 
criticamente a influência desses fatores atuais sobre a regra da congruência.. 
 
Dotado de atualidade, o texto A GARANTIA FUNDAMENTAL À RAZOÁVEL 
DURAÇÃO DO PROCESSO E A CELERIDADE DE TRAMITAÇÃO NA 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA: A CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS, apresentado 
por Ivonaldo da Silva Mesquita analisa a garantia fundamental à razoável duração do processo 
e celeridade de tramitação e a situa no rol das garantias fundamentais individuais da 
Constituição Federal de 1988 (art. 5º, LXXVIII). Procura obter tal compreensão com base na 
jurisprudência, de sorte a evidenciar a construção de parâmetros concretizadores da garantia, 
sob os auspícios do que vem sendo aplicado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, 
como pela Corte Europeia de Direitos Humanos. O cerne da investigação é saber o que se deve 
compreender por “duração razoável do processo”. Aponta que, com a inserção do inciso 
LXXVIII, através da Emenda Constitucional nº. 45/2004, na nossa Constituição Federal, 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
21
 
revela- se a importância do processo e seu papel como instrumento para o alcance da justiça, 
reafirmando a sua utilidade e convidando a uma releitura do sistema processual vigente, 
deixando de lado o formalismo exacerbado, sem esquecer as garantias do devido processo 
legal, em prol de uma tutela jurisdicional efetiva. 
 
Ao tratar das interferências que as decisões jurisdicionais sofrem do Direito Constitucional e 
do Direito Processual Civil, William Soares Pugliese apresenta o estudo sob o título A 
JURISDIÇÃO ENTRE CONSTITUCIONALISMO E DEMOCRACIA, realizando uma 
abordagem histórica entre autores clássicos e modernos do Processo Civil, analisando as 
teorias procedimentalistas e fundamentalistas para o tratamento do constitucionalismo e a 
democracia. A colação do estudo norte-americano realizado por Frederick Schauer 
complementa sua abordagem envolvendo a jurisdição e processo democrático, apresentando 
importantes balizas para esta harmonia. 
 
A importância constitucional do princípio do contraditório vem a ser tratada por Silvana Mara 
Ferneda Ramos Peixoto e José Laurindo de Souza Netto, num contexto de sua valorização para 
além da perspectiva de defesa. Assim, sob o título O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
COOPERATIVO COMO INSTRUMENTO VIABILIZADOR DA JURISDIÇÃO 
CONSTITUCIONAL, os autores provocam o leitor à refletir sobre a função colaborativa do 
princípio, envolvendo a responsabilidade de todos na formação do convencimento e, assim, 
interferir substancialmente na decisão judicial. 
 
Considerando a importância de se somarem meios alternativos para a solução de conflitos, sem 
afastar a qualidade necessária para a pacificação, Alexia Brotto Cessetti apresenta seus estudos 
sob o título questionador: A DESJUDICIALIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 
ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: NOVA ONDA REFORMISTA?. De 
fato, o estudo procura demonstrar as reformas legislativas (realizadas e pretendidas) com sua 
contextualização ao fenômeno da desjudicialização, considerando os princípios fundamentais 
para uma adequada atenção à segurança jurídica e paz social. 
 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
22
 
No plano das reformas processuais, Alexandre Reis Siqueira Freire e Marcello Soares Castro 
analisam as repercussões do anteprojeto do Código de Processo Civil e o projeto de lei n. 
8046/2010 no funcionamento do Supremo Tribunal Federal, com o tema O JUÍZO DE 
ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO PROJETO DO NOVO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO. O estudo incita o leitor a considerar os 
problemas envolvendo a jurisprudência defensiva, bem como a refletir sobre a qualidade dos 
instrumentos de filtragem no âmbito recursal como importante medida para a busca de um 
equilíbrio da prestação jurisdicional esperada perante o referido Tribunal. 
 
Considerando a importância do acesso à Justiça e as dificuldades inerentes ao processo judicial 
por conta da cultura demandista, Marcelo Alves Nunes e Maria Paula Daltro Lopes tratam do 
tema com o estudo sob o título DO ACESSO À GARANTIA DO DUPLO GRAU DE 
JURISDIÇÃO: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO DIREITO FUNDAMENTAL 
AO PROCESSO JUSTO, tratando da dimensão constitucional de um processo justo, assunto 
que invoca para refletir sobre alternativas para atendimento desta perspectiva. 
 
Partindo da importância da mediação para a solução dos conflitos nos Juizados Especiais 
Cássia Cristina Hakamada Reinas apresenta seu estudo intitulado O RESGATE DO 
DIREITO FRATERNO NAS MEDIAÇÕES NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. A 
proposta procura resgatar nas noções do Direito Fraterno, elementos que possam contribuir 
para uma melhor solução dos conflitos, invocando a lei da amizade e os direitos humanos para 
contribuir na leitura dos princípios atinentes ao Juizado (pela Lei 9099/95) e projetá-los para 
uma melhor compreensão dos sentimentos e dos conflitos, objetivando sua pacificação. 
 
A mediação também é tratada por Fabiana Alves Mascarenhas e Marcela Rodrigues Souza 
Figueiredo quando lançam sua preocupação sobre a normatização do assunto e os reflexos do 
garantismo processual com os riscos de prejuízo por conta de sua regulamentação excessiva. 
Assim, com o trabalho ENTRE A INFORMALIDADE E AS GARANTIAS 
PROCESSUAIS: A PRÁTICA DA MEDIAÇÃO SOB OS PARADIGMAS DO 
PROCESSO provocam o leitor a avaliar este contexto de maior atenção normativa à 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
23
 
mediação, invocando o papel do mediador e as funções da mediação para atender às 
dificuldades enfrentadas pela Justiça, considerados os princípios constitucionais e a 
importância desta forma alternativa para a solução dos conflitos. 
 
Resgatando a importância da verdade para a compreensão do processo civil, Vitor Gonçalves 
Machado questiona sua compreensão a partir do trabalho intitulado QUE É (OU O QUE 
DEVERIA SER) A “VERDADE” NO MODERNO PROCESSO CIVIL?, transitando 
sobre o conceito de verdade e sua busca perante o processo civil com critérios para aplicá-la 
diante da perspectiva da prova e dos sujeitos envolvidos.Com o trabalho intitulado EXAME FÁTICO-PROBATÓRIO PELO STJ E STF, Simone 
Trento enfrenta a sistemática aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo 
Tribunal Federal com a vedação do reexame de prova, representada pelas Súmulas 7 (STJ) e 
279 (STF), destacando seu aspecto histórico e a importância da valoração dos elementos fático-
jurídicos diferenciando-a do exame ou reexame da prova. 
 
Ao tratar do controle de políticas públicas de saúde no Brasil, Hector Cury Soares apresenta 
seu trabalho sob o título A POLARIZAÇÃO DA JUSTIÇA INDIVIDUAL E O 
ESQUECIMENTO DA JUSTIÇA GERAL NA EFETIVAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE. 
O estudo procura apontar a importante intervenção do Poder Judiciário no tema direito à saúde, 
por conta da omissão que destaca dos demais poderes. De qualquer modo, aponta as 
dificuldades que o Poder Judiciário enfrenta para produzir decisões eficazes nesta área, 
ressaltando perspectivas para a influência coletiva de sua atuação, superando a valorização dos 
casos individuais. 
 
Marisa Helena D’Arbo Alves de Freitas apresenta seu artigo VÍTIMA DE CRIME E 
PROCESSO PENAL – NOVAS PERSPECTIVAS, resgatando a importância do olhar sobre 
a vítima num âmbito dos direitos humanos e seu reconhecimento como sujeito de direitos. 
Analisando profundamente a história que envolve a noção da vítima, demonstra o momento de 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
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seu resgate e do fortalecimento de seus direitos, com o apontamento de reformas 
legislativas e mecanismos para sua proteção. 
 
Com o trabalho intitulado O TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRISÃO 
PREVENTIVA A PARTIR DE UMA NOVA POSTURA DO JUIZ CRIMINAL, Viviane 
de Freitas Pereira e Mariane Braibante Pereira apresentam diversas críticas e alertas para a 
determinação de tal prisão, formulando observações para nortear a postura do juiz. 
Considerando o tempo do processo e as garantias relativas ao direito de liberdade, indicam 
orientações interpretativas para contrabalancear a determinação da prisão e a sua 
compatibilidade constitucional. 
 
Encerrando esta obra, Marcos Antônio da Silva apresenta seu estudo sob o título A 
(IM)POSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DA MORATÓRIA PROCESSUAL AOS 
ENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: UM DIÁLOGO ENTRE A 
CONSTITUIÇÃO E O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, abordando a forma de 
pagamento prevista pelo art. 745-A do Código de Processo Civil, que faculta ao devedor o 
pagamento com faculdades, condições e penalidades, com o cotejo da sistemática de normas e 
princípios constitucionais envolvendo o pagamento das dívidas pela fazenda pública. 
 
Nossos cumprimentos e parabéns aos autores e ao CONPEDI pelo importante papel de 
aprimoramento da cultura jurídica nacional. 
 
Coordenadoras do Grupo de Trabalho 
Professor Doutor Celso Hiroshi Iocohama – UNIPAR 
Professora Doutora Jânia Maria Lopes Saldanha – UFSM 
 
 
 
 
 
COLEÇÃO CONPEDI/UNICURITIBA - Vol. 31 - Processo e Jurisdição
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A SACRALIZAÇÃO DA COISA JULGADA E A POSSIBILIDADE DE SE DAR 
DEFINITIVIDADE A JUÍZOS LIMINARES 
 
THE SACRALIZATION OF RES JUDICATA AND GIVE THE POSSIBILITY OF 
LIMINARY DECISIONS 
 
 
 
Cristiano Becker Isaia
*
 
 
Resumo 
O presente trabalho propõe repensar a estrutura e a função da coisa julgada no universo 
composto pelas sentenças liminares. Para tanto, passando por alguns procedimentos 
diferenciados, parte da premissa de que o desafio está em compreender que o processo, o que 
se deve ao legado liberal, tem se apoiado principalmente na posição ocupada pelo 
procedimento, fato inautêntico ao universo hermenêutico, o que leva a uma necessária 
releitura da coisa julgada, principalmente quando relacionada a procedimentos sumarizados, 
caracterizados pela emissão de sentenças liminares. À luz do estado Democrático de Direito a 
coisa julgada carece de uma reflexão hermenêutica, partindo-se do pressuposto de que não 
pode continuar a ser transformada numa metafísica ferramenta para obnubilar o aparecer do 
caso concreto em sua singularidade. Levando-se em consideração o acima exposto, a matriz 
teórica (método de abordagem) adotada foi a fenomenológico-hermenêutica, que constitui um 
“deixar ver” que o fenômeno é essencial para o desvelamento, para que o jurista (que desde-
já-sempre tem experiência de mundo antecipada pela pré-compreensão) possa compreender a 
realidade, abnegada pelo positivismo jurídico e pela filosofia da consciência, a partir da 
tradição em que está inserido e da finitude de seu conhecimento. Os métodos de procedimento 
adotados foram o histórico e o monográfico. 
 Palavras-chave: coisa julgada; sentenças liminares; hermenêutica 
 
 
Abstract 
 
This work proposes rethinking the structure and function of res judicata in the universe 
consists of the preliminary sentences. To do so, going through some different procedures, 
based on the premise that the challenge is to understand the process, which is due to the 
liberal legacy, has relied mainly on the position occupied by the procedure, a fact not 
authentic to the hermeneutic universe, which leads required a reinterpretation of res judicata, 
especially when related to procedures summarized, characterized by the issuance of 
preliminary sentences. In democratic state res judicata requires a hermeneutical reflection, 
starting from the assumption that there can still be transformed into a tool for obnubilar the 
practice case in process. Taking into consideration the above, the theoretical matrix (method 
approach) was adopted phenomenological-hermeneutic, which is a "make do" phenomenon 
that is essential for the unveiling, that the lawyer (who-ever-since world experience has 
always anticipated by pre-understanding) can understand the reality, selfless by legal 
positivism and the philosophy of consciousness, from the tradition in which it is inserted and 
 
*
 Doutor em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor Adjunto do 
Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professor Adjunto do Curso de 
Direito do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Coordenador do NEAPRO/UFSM 
(www.ufsm.br/neapro). E-mail: cbisaia@terra.com.br. 
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the finitude of his knowledge. The methods of procedure were adopted and the historical 
monograph. 
Keywords: res judicata; preliminary sentences; hermeneutics. 
 
Introdução 
 
 Em terra brasilis, quando se fala em coisa julgada não há como deixar de lembrar 
Liebman, até mesmo porque o sistema processual recepcionou os ensinamentos do professor 
italiano neste e em muitos outros elementos da cadeia processual. Liebman sempre enfatizou 
a ideia de coisa julgada enquanto uma força vinculante da declaração, uma “eficácia da 
declaração” que indicaria o efeito constante de todas as sentenças. Diferenciando efeito e 
eficácia da sentença, para Liebman a coisa julgada seria uma qualidade da sentença, o que a 
levaria a condição de imutabilidade.
1
 
 Independente disso, o tema coisa julgada, ao longo da trajetória evolutiva do direito 
processual civil, foi e ainda vem sendo alvo de intensos debates a nível doutrinário e 
jurisprudencial. O ponto de partida (e, muitas vezes, de chegada) reside no fundamento 
ideológico da coisa julgada, tratada como um dos marcos basilares do sistema processual. Em 
meio a correntes relativistas e não relativistas, é inclusive garantia constitucional. 
 O objetivo deste ensaio, diante dessas questões, está em oferecer ao leitor uma visão 
um tanto quanto diferente da perspectiva clássica relacionada aotema. Isso porque, partindo-
se da extensa gama de direitos sociais constitucionalmente previstos principalmente a partir 
do segundo pós-Guerra Mundial, e de outros manifestados no final do século XX e início do 
século XXI, estes principalmente decorrentes dos avanços das novas tecnologias, ainda 
considerando a própria trajetória histórica de tais direitos, a ideia, diante do necessário 
rompante à ordinarização do processo civil, está em pensar a coisa julgada no interior das 
denominadas sentenças liminares
2, o que implica, de certo modo, tratar de sua “flexibilização” 
ou “relativização”. 
De outra banda é inegável que a coisa julgada, enquanto manifestação estatal 
nitidamente preocupada com o resguardo da segurança jurídica, à qual se lhe empresta o 
poder de tornar imutável a decisão judicial, fator sedimentado pelo liberalismo político, 
encontra morada no sonho racionalista e em sua obsessão pelo encontro a verdades eternas. 
 
1
 LIEBMAN, Enrico Tullio. Eficácia e autoridade da sentença. Tradução de Alfredo Buzaid e Benvindo Aires; 
Tradução de textos posteriores à edição de 1945 e notas relativas ao direito brasileiro vigente, Ada Pellegrini 
Grinover. 2ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 1981. 
2
 Para um maior aprofundamento sobre o tema, consultar nosso Processo civil e hermenêutica: a crise do 
procedimento ordinário e o redesenhar da jurisdição processual civil pela sentença (democrática) liminar de 
mérito. Curitiba: Ed. Juruá, 2012. 
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Esse sonho, ainda velado pela cultura manualística de processo civil, habita o próprio 
ambiente processual, principalmente quando se deleita na ritualização fase a fase ordinária, 
morada da cognição exauriente e do contraditório prévio. 
 Um dos desafios desse século, por isso, ao menos no ambiente processual civil, está 
em discutir os limites e as possibilidades para o que se poderia denominar de releitura 
hermenêutica da coisa julgada. A nosso ver, nenhum ambiente processual é mais adequado 
para tal releitura que o desvelado pelas sentenças liminares, aqui compreendidas enquanto 
meio necessário à satisfação dos direitos sociais, como logo se verá. Isso porque se faz 
necessário superar um paradigma que revela uma deficiência de realidade no mundo 
processual, caracterizada pela supervalorização do processo de conhecimento de rito 
ordinário, que tradicionalmente vem sobrelevando a consciência do magistrado e a obsessão 
pelo encontro de certezas e verdades eternas no trato de direitos subjetivos meramente 
individuais. 
 O que a processualística civil teima em aceitar é que o que se pode denominar de 
sociedade pós-moderna, muito em razão do processo de mundialização, acabou sufragando 
qualquer espaço processual em que não se trabalhe com incertezas, indeterminações ou 
instabilidades. Isso faz parte do cotidiano processual. É inafastável do âmbito do processo. 
Um fenômeno que deve ser enfrentado, ao invés de ser tratado como um problema carente de 
soluções mirabolantes. Todavia, assim tem ocorrido no sistema processual civil, fato 
alimentado pelo uso impensado de súmulas, da “jurisprudência dominante”, dos recursos 
“repetitivos”, somente para citar estes exemplos. 
 Em resumo: o processo civil do século XXI não pode mais continuar a tutelar o meio 
ambiente, a bioética, o biodireito, a bioengenharia, o consumidor, os direitos oriundos das 
novas tecnologias, de uma sociedade em rede etc., tendo como “instrumento” principal um 
procedimento que, além de moroso, de longa duração, como é o rito ordinário
3
 do processo de 
conhecimento, continua a sustentar uma perspectiva metafísica quando o tema é coisa julgada, 
ainda compreendida enquanto dogma, enquanto algo que traz em si uma essência, sem 
questionar, em cada caso concreto, se é ou não compatível com a Constituição. 
 O direito processual civil teima em ignorar que a coisa julgada, enquanto ente, está 
sujeita ao processo de atribuição de sentido pelo intérprete, limitado, sempre, à Constituição. 
Por isso desconsidera, obnubilada pela mesma processualística clássica, tornando-as menos 
 
3
 Por isso Cruz e Tucci refere que o procedimento ordinário, como técnica universal de solução de litígios, deve 
ser substituído, na medida do possível, por outras estruturas procedimentais, mas condizentes com a espécie de 
direito material a ser tutelado. In: Tempo e processo: uma análise empírica das repercussões do tempo a 
fenomenologia processual (civil e penal). São Paulo: Ed. RT, 1997, p. 120. 
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importante, ou mesmo sem importância, as condições de tempo e compreensão em que foi 
“forjada”, olvidando que essas condições se transformam4, e que por isso, hoje, podem não 
ser mais as mesmas do momento de sua formação. 
 Delimitado o campo de enfrentamento, a missão, por primeiro, está em fornecer 
elementos para que se compreenda como é possível a constituição de tais sentenças liminares, 
tendo-se como premissa o necessário rompimento com a ordinarização do processo, 
principalmente no que tange à proteção/satisfação dos direitos sociais. Por segundo, mas 
principalmente, mergulhar a coisa julgada nesse (outro) universo processual. Nesse universo 
processual e procedimental que se mostra compatível com o que clama o Estado democrático 
(e social) de direito. 
 
1 Direitos sociais e processo civil ordinarizado 
 
 O procedimento ordinário está desajustado no atendimento à sociedade 
contemporânea. De fato, o próprio processo de conhecimento está, já que todo o processo de 
conhecimento é por índole e vocação um procedimento ordinário.
5
 Sua principal característica 
é a finalização pela sentença. Um contexto, a título exemplificativo, em que inexistem 
sentenças liminares, o que demonstra a forma como a verossimilhança vem sendo trabalhada 
no âmbito do processo. E em que julgar ou decidir é sinônimo de julgamento definitivo, 
idôneo à produção da coisa julgada enquanto manifestação liberal, capaz de gerar eternidade, 
imutabilidade, refletidas no fato de que sentença final, segundo dispõe o próprio código de 
procedimento, tem “força de lei nos limites da lide e das questões decididas” (sic, artigo 
468). 
Um procedimento em que “ainda que o magistrado se convença, logo nas fases 
iniciais do litígio, que o autor tem a seu favor uma elevadíssima probabilidade de vencer a 
demanda, terá ele o dever de manter-se „neutro‟, fingir que disso não sabe, para privilegiar o 
demandado, em favor do qual as expectativas de vitória sejam escassas ou nulas”.6 Daí ser 
possível afirmar que o processo civil de que faz exigência o Estado Democrático de Direito, 
por nítida e inequívoca pressão gerada pelo processo de complexização social, remete à 
superação do império da razão, o que o levou à crença de ser ciência, imune às próprias 
 
4
 HOMMERDING, Adalberto Narciso. Fundamentos para uma compreensão hermenêutica do Processo civil. 
Porto Alegre: Ed. Livraria do Advogado, 2007, p. 236. 
5
 SILVA, Ovídio A. Baptista da. Processo de Conhecimento e procedimentos especiais. In: Da sentença liminar 
à nulidade da sentença. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2002, p. 96. 
6
 Idem, ibidem, p. 97. 
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transformações da sociedade. Também ao primado atribuído ao indivíduo, suprimindo o 
planejamento coletivo. 
Logo, carece o processo de um repensar a partir do novo modelo de organização 
social que se apresenta, onde a sociedade assiste a revoluções tecnológicas (expansão

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