Buscar

Direito Civil II Aula 5-02-014

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 05/02/2014
LIVRO III-PARTE GERAL
FATOS JURÍDICOS 
 Humanos: pessoa se vestir, comer, etc.
 Simples: não importam para a esfera jurídica 
Fatos Naturais: 30° em São Paulo, calor hoje, chuva.
 Jurídicos: importam para o Direito. Naturais. Ordinários: Comuns.
 Morte/Nascimento/Maioridade
 Extraordinário: Incomuns.
 Humanos Terremoto, mudança de curso de um rio,
 (participação do homem) Tsunami, Desmoronamento. 
 Ato Jurídico (sentido estrito)
 Ilícitos X Direito Lícitos Efeito de manifestação de vontade
 Está predeterminado no OJ, na lei.
 Negócio Jurídico.
 Possibilita enquanto cidadãos alcançar
 Direitos.
O ser humano é gregário, social, se reúne por lazer, sexo, constituição de família, para criar associação, fundação, sociedade, etc. Ao mesmo tempo, é também egoísta, prefere que tudo seja para ele. Isto cria um ambiente propício ao conflito. Portanto, o Direito tutela os comportamentos humanos.
Os fatos jurídicos criam situações jurídicas e estas podem ser resolvidas sem socorrer ao poder judiciário, havendo consenso entre as partes.
Um vaso de flor que está na varanda de um apartamento é um fato simples, mas, a partir do momento que este vaso cai em cima de um carro que está estacionado na rua, torna-se um fato jurídico. (Obrigação e direito, o dono do apartamento deve indenização ao dono do veículo.).
FATO NORMA
A norma atribui consequência a um fato jurídico. Por exemplo: Casamento/Matar alguém – O Ordenamento Jurídico atribui consequência a esses fatos.
Subsunção: o fato se subsume a uma norma
Suporte Fático
Tipificação: conduta prevendo um crime – Penal
Hipótese de incidência Há correspondência na norma.
Fato gerador Tributário.
Norma Tridimensional 
Fato Miguel Reale.
Valor Fatores valorativos. Ex: Casamento homoafetivo, Capacidade que a mulher adquiriu, passando hoje a ser colaboradora do marido.
Negócio Jurídico.
Celebrado entre duas ou mais pessoas, visando um fim.
Exemplo: Contrato com a Puc, com a operadora de celular, etc.
Possibilita o crescimento da sociedade, às vezes diminuição da desigualdade social.
A compra efetuada por um incapaz é válida?
O saque efetuado por uma pessoa que está sendo coagida com uma arma é válido?
Um imóvel que vale R$ 1 milhão está sendo vendido pelo seu proprietário que está com dificuldade financeira, fazendo propostas de diversos valores a uma pessoa, chegando ao valor de R$ 300 mil, é válido?
Conservação de um direito, ou seja, é o fato jurídico com declaração de vontade que o Ordenamento Jurídico pressupõe. 
O negócio jurídico tem por finalidade alcançar a abrir mão de um direito, resguardá-lo, dependendo da declaração de vontade.
Todo contrato é um negócio jurídico, porque, para assinar um contrato é necessário que as partes tenham consentimento nas cláusulas, portanto, precisa declarar vontade de assinar um contrato.
Mas, nem todo negócio jurídico é um contrato.
Ninguém é obrigado a doar, mas se deu, está dado, da mesma forma que, ninguém é obrigado a fazer um testamento, faço se quiser.
Forma de realização da vida privada.
Aquisição de direito por negócio jurídico:
DERIVADA: O direito do adquirente deriva do direito do vendedor.
ORIGINÁRIA: Usucapião, invasão de um móvel e me torno o possuidor, mais tarde posso me tornar proprietário, se este continuar inerte. O meu título é limpo, meu direito nasceu originariamente, não dependeu da compra do imóvel. 
Muitas vezes o negócio jurídico tem finalidade de conservação do direito. Em caso de Prescrição, por exemplo, ocorre porque deixou o tempo passar. 
Classificação do negócio jurídico:
AGRUPAR
Quanto ao número de participantes:
Unilaterais (uma pessoa): testamento, confissão de dívidas.
Existem negócios jurídicos unilaterais receptíveis – recebimento depende de a outra parte receber a comunicação para surtir efeito. Ex: extinguir um contrato de locação. Há também os não receptíveis, aqueles que não dependem da recepção, do recebimento. Ex: testamento já obedece ao seu padrão, assim como a confissão de dívidas.
Bilaterais (duas manifestações de vontade): contrato de locação, contrato de compra e venda.
Nesses casos eu preciso da vontade de ambos.
Plurilaterais (manifestação de mais de duas vontades): Sociedade de mais de dois sócios.
Quanto ao objeto.
Obrigacionais: Doação, Empréstimo, Transporte.
Reais: Usufruto.
Familiares: Reconhecimento de paternidade gera consequência jurídica.
Sucessões: Testamento.
Quanto às vantagens patrimoniais.
Gratuitos: Empresto uma casa
Onerosos: Cobro pelo empréstimo – ligado ao ônus.
Neutros: Não existe necessariamente gratuidade ou ônus. Exemplo: Bem de família.
Quanto à formalidade.
Solenes – Formais: Casamento, compra e venda de um bem imóvel.
Não Solenes – Informais: Empréstimo de dinheiro, venda de um bem móvel, dependendo do valor.
Ato Jurídico.
Venda de um determinado bem móvel, em que momento o comprador se torna dono, passa a ter propriedade. Momento da tradição, entrega efetiva do bem.
Aula 11/02/2014
Continuação - Fatos Jurídicos.
Negócio Jurídico:
Declaração de vontade que tem repercussão jurídica, extinguindo, reparando um direito, etc.
Existe ou não existe?
É possível demonstrar o que é um negócio jurídico?
No plano da EXISTÊNCIA: Para um negócio jurídico existir é preciso analisar os elementos constitutivos:
Manifestação da vontade:
Vontade por si só não é elemento, mas sim a declaração, a manifestação da vontade é um elemento constitutivo.
Expressa:
Verbal, gestual (sinais), escrita.
 Tácita:
É aquela implícita, não há propriamente uma expressão. É um comportamento que é compatível com uma aceitação/conclusão lógica a uma determinada proposição.
Silêncio:
O silêncio é ausência de manifestação. Em princípio, portanto, o silêncio é um nada jurídico. Mas, em algumas situações excepcionais, o silêncio tem consequências jurídicas. 
Exemplo: Art. 539 do CC: “O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.”.
 Doação é um contrato como outro qualquer. O doador manifestou sua vontade de doar e o donatário aceita receber. Geralmente a doação vem com um encargo. O Código Civil permite, quando uma doação não tiver encargo, que o silêncio do donatário é um consentimento do que ele está recebendo. Mas, é uma situação excepcional, porque o silêncio do donatário não o prejudicou, pelo contrário, ele recebeu a doação.
No Direito de Sucessões, por exemplo, um cidadão morre e deixa uma herança para três filhos, apenas dois manifestam a vontade de receber, o outro fica em silêncio (não se manifesta). Neste caso, o prazo é de 30 dias para o filho (em silêncio)se manifestar, responder, contestar se assim não o fizer, a lei prescreve que o silêncio equivale à aceitação da herança.
Art. 111 do CC: “O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa”.
É uma norma aberta, cabendo ao juiz decidir como aplicar.
Eu tenho uma dívida perante alguém (R$50 mil) e essa obrigação vence em 05/2014, nesse meio tempo outra pessoa aceita assumir essa dívida. O credor é citado para apresentar contestação, sob pena de que a dívida seja assumida pela outra pessoa. Mas, a lei não autoriza a passagem de dívida sem o consentimento explícito do credor, ou seja, se este não responder, não se manifestar essa dívida não pode ser transferida à outro, porque eu não sei da solvência, dos patrimônios que o novo devedor tem para assumir o débito. Portanto, neste caso, quem cala não consente, porque, o silêncio causaria dano ao credor.
Agente emissor da vontade:
É necessário que uma pessoa física, jurídica ou ente despersonificado (espólio=conjunto de bens que integra o patrimônio deixado pelo de cujos para compor o inventário, que será partilhado entre os herdeiros, condomínios, etc) manifeste sua vontade para que o negócio jurídico exista. Embora, o espólio não tenha personalidade jurídica, tem personalidade processual.
Se não existe sujeito, não pode falar em negócio jurídico. É fundamental a existência do sujeito (agente emissor) de direito. 
Exemplo: Inventário do cidadão que morreu e não deixou sequer um herdeiro (pai, mãe, filhos, tios, sobrinhos, etc.). Apenas uma mulher apareceu depois, afirmando que viveu em união estável, pedindo os bens deixados por ele. Um apartamento de alto valor avaliado tinha sido vendido após a morte do cidadão e registrado em cartório no Paraná. Portanto, a mulher deverá entrar com uma ação para desconstituir aquela venda, porque ela não existe, o agente emissor da vontade não se manifestou, estava morto.
Objeto:
Tanto pode ser de utilidade física quanto de uma prestação (utilidade ideia, de fazer ou de não fazer).
Forma:
Meio pelo qual a declaração de vontade se exterioriza: gesto, escrita, oral, silêncio.
O plano da existência foi solenemente ignorado pelo CC de 2002. Cuida da validade e da eficácia somente. Apenas será questionado, se não houver existência, porque de alguma forma está gerando incômodo que pode interferir na esfera jurídica de alguém. Caso contrário, ele é ignorado.
No plano da VALIDADE: Análise da validade do negócio jurídico. 
Invalidade: 
Nulo: Contra interesses públicos: CF, por exemplo. É uma espécie do gênero invalidade.
Anulável: contra algo não tão grave – “nulinhos”.
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz; 
Qualifico aquele que poder celebrar um negócio jurídico (entre 16 e 18 anos o negócio jurídico é anulável e, menos de 16 anos é nulo)
II — objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
Novamente qualifico um elemento de existência, objeto necessita ser lícito, não pode ser proibido, pressupõe, portanto, permissão da lei. Se o objeto não for determinado é inexequível (impossível de execução).
III — forma prescrita ou não defesa em lei. (defeso=proibido)
A forma necessita ser prescrita em lei, ou seja, determinada pelo legislador, outra vez eu tipifico um elemento constitutivo do plano da existência. Se a forma não for observada, não é válida.
Se o casamento não for prestado da forma como a lei prescreve, não vale. Assim como a fiança, prestada verbalmente não vale. 
A forma é livre, em princípio. Mas, se a lei exigir uma determinada forma, esta não é mais livre e sim prescrita, determinada em lei. 
Você pode comprar um apartamento sem registrar em cartório, mas isso pode lhe acarretar certas consequências que você não terá um documento, como registro público em cartório (fé pública) para comprovar o feito. Por isso, é mais seguro que os negócios jurídicos de certos bens móveis e de todos bens imóveis sejam celebrados em cartório, como registros públicos.
Mas, o art. 104 não é suficiente para esgotar as possibilidades de invalidade. Além dele, necessita que a manifestação de vontade não seja viciada. Por exemplo: se uma pessoa for forçada a assinar um contrato, ameaçada por uma arma, essa manifestação da vontade é viciada. Ou seja, a manifestação de vontade precisa ser livre e não viciada (dolo – atitude maliciosa, erro ou coação) para o negócio jurídico ser válido.
A manifestação de vontade livre pressupõe dois princípios:
Autonomia da vontade: a liberdade de exercer a vontade tem um limite, porque, preciso observar alguns padrões que está no Ordenamento Jurídico (interesses de ordem pública). O testamento, por exemplo, é aberto em ordem pública, ao judiciário.
Boa-fé: aquilo que contraria a boa-fé está invalidando o negócio jurídico. Dolo, por exemplo.
No plano da EFICÁCIA: produção de efeitos. Tem consequência prática ou não?
Alguns negócios jurídicos podem ser celerados por um termo de prazo no futuro. Posso contratar agora, mesmo que eu só vá pagar no futuro, eu realizo o produto agora. 
Comprar termo: jogo os efeitos jurídicos pra frente, não produz efeito imediatamente, portanto, é ineficaz. 
Se eu alugar um apartamento para passar o Reveillon eu já celebrei uma obrigação, mesmo que eu só vou realizar esse contrato de aluguel no futuro. É uma condição, evento futuro e incerto, pode acontecer como pode não acontecer.
O negócio jurídico é pautado numa manifestação da vontade, mas a causa é diferente do motivo do negócio jurídico.
Art. 140 do CC.”O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante”.
Erro quanto ao fim colimado: O erro relativamente ao motivo do negócio, seja ele de fato ou de direito, não é considerado essencial, logo não poderá acarretar a anulação do ato negocial. Deveras, a causa do negócio jurídico não declarada como sua razão determinante ou condição de que dependa não o afetará se houver erro. Arguição de nulidade relativa do ato por falso motivo: O erro quanto ao fim colimado (falso motivo), em regra, não vicia o negócio jurídico, a não ser quando nele figurar expressamente, integrando-o, como sua razão determinante ou sob forma de condição de que venha a depender sua eficácia. 
Por exemplo, se alguém vier a doar ou legar um prédio a outrem, declarando que o faz porque o donatário ou legatário lhe salvou a vida, se isso não corresponder à realidade, provando-se que o donatário nem mesmo havia participado do referido salvamento, o negócio estará viciado, sendo, portanto, anulável. Isto é assim porque a causa é uma razão de ser intrínseca da doação. Se o declarante expressamente fizer entender que só constituirá a relação jurídica por determinada causa ou se se verificar certo acontecimento a que ela se refere, havendo erro ter-se-á anulação do negócio efetivado, por ser manifesto que a parte fez depender da causa a realização do ato.
Estou vendendo uma casa, peço R$1 milhão, mas um ofertante oferce R$800 mil alegando (motivo) que montará uma casa de assistência, por isso, eu aceito a oferta dele e vendo a casa pelo valor ofertado. Mas, se eu não expressar esse motivo, em cláusula contratual, e o novo proprietário da casa fizer outra coisa com este imóvel, eu não tenho como vincular o motivo dele ao que ele está fazendo com a casa (falso motivo), porque, eu não expressei (causa). Se eu expressei esse motivo (causa) em contrato, eu posso, portanto, ter o negócio jurídico anulado, pois, manifestei que a parte precisava observar a cláusula, a causa da realização do ato e ela não respeitou.

Outros materiais