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Dislexia: Distúrbio de Aprendizagem

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Capítulo 1 – Dislexia: Distúrbio de Aprendizagem da Leitura e Escrita.
O estudo das dificuldades de leitura e escrita em geral e da dislexia em particular, vem despertando desde há muito tempo o interesse de psicólogos, professores, pediatras e outros profissionais interessados na investigação dos fatores implicados no sucesso e/ou insucesso educativo. A dislexia representa no momento atual um grave problema escolar, onde todos os profissionais da educação estão cada vez menos informados e preparados. 
. "A dislexia é uma disfunção neurológica: a informação faz um caminho mais longo e demora um pouco mais para ser processada" explica a (ABD). Ela atinge crianças com dificuldades específicas de leitura e escrita. Essas crianças são incapazes de ler com a mesma facilidade que seus colegas da mesma idade, embora possuam inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais perfeitos, estejam em estado emocional considerado normal, tenham motivação normal e instrução adequada. 
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1.2 – Tipos de Dislexia.
 
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia – ABD, foi constatado entre seus atendidos no ano de 2007, que “os graus de dislexia; médio e severo são os mais comuns entre as crianças em fase de alfabetização, confirmando a suspeita que já existia entre os seus profissionais”.
Gráf1
		39
		256
		224
519 disléxicos
Plan1
				519 disléxicos
		Leve: 39		39
		Médio: 256		256
		Severo: 224		224
		
		
				Para redimensionar o intervalo de dados do gráfico, arraste o canto inferior direito do intervalo.
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A dislexia, atualmente é compreendida como uma síndrome que não se apresenta de modo único, definido em todos os sujeitos que são portadores desse transtorno. Entende-se que existem graus de dislexia, assim como, estabelecem-se classificações entre elas. OLIVIER (2004) ressalta que muitas colocações não verdadeiras vêm se ouvindo sobre a dislexia, esclarecendo assim que existem vários níveis e em três tipos:
Dislexia Congênita ou Inata; Dislexia Adquirida e Dislexia Ocasional.
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1.3 -Dislexia e o Desenvolvimento Cognitivo
No processo de leitura, os disléxicos só recorrem na arca cerebral que processa fonemas de sílabas, pois a região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida.“A criança disléxica tem dificuldade de compreender o que está escrito e de escrever o que está pensando” Fichot (1967).
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Capítulo 2 – Conhecendo a Vida do Disléxico
2.1 - O disléxico e a Vida Escolar.
Conhecer verdadeiramente como é a vida escolar do disléxico, junto aos seus amigos, se eles têm problemas emocionais, se eles sofrem preconceitos, se eles são discriminados, parecem ser coisas banais, sem importância, mas não é bem isso que mostram os números quando pesquisas são feitas diante desta problemática.
“As estatísticas indicam que 15% a 30% das crianças em idade escolar sofrem com suas dificuldades acadêmicas, e 15% delas são disléxicas”, aponta a Associação Brasileira de Dislexia. Manifestações de decepção, desaprovação, de ridicularização, de humilhação por parte dos grupos a que pertencem, afetam mortalmente a auto-estima destas crianças. Elas são humilhadas em todos os sentidos e por todos os grupos em que está inserida: pelos pais, pelos irmãos, pelos colegas e principalmente pelos professores.
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Deveria ser tarefa de todo e qualquer educador, ter como base ética o compromisso de ver desenvolver-se dignamente e efetivamente a aprendizagem acadêmica de seu(s) educando(s), buscando novas formas de aprendizagem e novos programas de ensino que possam colaborar para a inclusão destas crianças no mundo das letras, ajudando-as a sobreviver dentro deste único modelo de escola que nos é apresentado. 
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2.2 - A dislexia e os Maus-Tratos.
Quando se falava de maus-tratos, reconhecia-se apenas os maus-tratos físicos. Atualmente, define-se como: toda a ação, omissão ou trato negligente, não acidental, que prive a criança dos seus direitos, bem-estar ou que ameacem e/ou interfiram com o seu desenvolvimento físico, psíquico ou social harmonioso, cujos autores podem ser pessoas (familiares ou não), instituições ou a própria sociedade.
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Nós, pais e educadores, mesmo que sem perceber e sem querer maltratamos uma criança quando não compreendemos suas dificuldades escolares e pior, isso quando não as humilhamos com nossos preconceitos acerca do seu insucesso escolar, quando ao avaliá-las ,damos-lhes notas morais e sociais através das suas notas escolares sem ao menos imaginar que nisso existe sofrimento e quando as comparamos com as crianças não disléxicas. Uma criança com dificuldades escolares está marcada cruelmente, carregando muitas vezes, uma marca, um rótulo de não saber o que fazer com suas dificuldades. Estas crianças são atingidas em cheio na sua auto-estima quando, com nossas atitudes, mostramos-lhes como elas são preguiçosas, lentas, burras, desqualificadas, quando as desprezamos, quando as abandonamos, quando as deixamos num cantinho da sala de aula e esquecidas. 
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Capítulo 3 – A dislexia aos olhos de quem trabalha com ela.
Conhecendo as causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, os profissionais que lidam diretamente com o disléxico, podem utilizar diversas maneiras para que o tratamento seja eficaz, julgando em cada caso o mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. 
Ao contrário de que muitos pensam o disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é mais facilmente absorvido. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente. Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família
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Considerações Finais
A dislexia é um assunto ainda obscuro, pois existem várias controvérsias e muito a ser esclarecido. Assim, se os professores, os pais, a escola, a comunidade estiverem bem informados sobre a Dislexia e suas características, já consiste em um grande passo, pois além de ajudá-lo, poderão compreender melhor as atitudes do disléxico e respeitá-las. 
Entretanto, isso não basta. É preciso tomar atitudes e modificar comportamentos. Deve-se substituir a ação de rotular a criança pela procura de soluções para suas dificuldades. Só o fato de acolher de forma sensível e interessada, já é fator de muita importância para motivá-la, criando vínculo saudável entre educador, educando e família.
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 “Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender” 
(Associação Brasileira de Dislexia)

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