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TCC SOBRE DISLEXIA

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Pedagogia
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
LIZETE MARIA IVONE DA SILVA 
 DISLEXIA:
JARU
2016
22
LIZETE MARIA IVONE DA SILVA
 DISLEXIA:
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga.
Orientador: Prof. Lilian Gavioli de Jesus, Natalia Gomes dos Santos, Okçana Battini e Vilze Vidotte Costa.
Tutor Eletrônico: Talita Rocha dos Santos
Tutor de sala: Lucilanges Regis de Paula
Jaru
2016
SILVA, Lizete Maria Ivone da. DISLEXIA. 2016. Número total de folhas 22. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Jaru, 2016.
RESUMO
A dislexia é uma questão presente na escola e que ainda gera dúvidas frequentes em relação ao método relevante de ensino e aprendizagem para essas crianças que apresentam dificuldades no processo de aquisição da linguagem escrita. O presente trabalho tem por objetivo verificar os principais conceitos e características da dislexia, a fim de identificar qual método torna-se relevante para a alfabetização de uma criança disléxica. Concomitantemente reflete sobre as práticas docentes no processo de aquisição da escrita, proporcionando um ensino e aprendizado lúdicos e principalmente significativos. 
Palavras-chave: 1.Dislexia.2.Alfabetização.3.Práticas.4.Docentes.
SUMMARY:
Dyslexia is a matter present in school and still generates frequently asked questions about the relevant method of teaching and learning for these children who have difficulty in written language acquisition process. This study aims to determine the main concepts and characteristics of dyslexia, to identify which method becomes relevant to the literacy of a dyslexic child. Concomitantly reflect on teaching practices in the writing acquisition process, providing an educational and playful learning and especially significant.
Keywords: 1.Dislexia.2.Alfabetização.3.Práticas.4.Docentes.
SUMÁRIO
1. Introdução.............................................................................................................5
1. Revisão Bibliográfica ............................................................................................6
1. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino..........................................16
3.1 Tema e linha de pesquisa......................................................................................16
3.2 Justificativa........................................................................................................16
3.3 Problematização.................................................................................................16
3.4 Objetivos.............................................................................................................17
3.5 Conteúdos...........................................................................................................17
3.6 Processo de desenvolvimento.............................................................................18
3.7 Tempo para a realização do projeto....................................................................19
3.8 Recursos humanos e materiais............................................................................20
3.9 Avaliação..............................................................................................................20
1. Considerações Finais..............................................................................................21
1. Referências.............................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho é relevante, uma vez que o tema da pesquisa está voltado para a aquisição da escrita e esta pesquisa tem como objetivo verificar, na literatura da atualidade, os pressupostos dos autores que escreveram sobre a dislexia e sobre metodologias para se trabalhar com crianças disléxicas em processo de alfabetização, a fim de torná-lo lúdico e, principalmente, significativo. 
Para o desenvolvimento deste trabalho, será realizada uma pesquisa bibliográfica, para se construir o referencial teórico em relação à dislexia e às metodologias de ensino e aprendizagem de crianças disléxicas. 
Atualmente no Brasil existem aproximadamente 15 milhões de pessoas com algum tipo de necessidade especial que podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. 
Aproximadamente noventa por cento das crianças, da educação básica, sofrem com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortográficas entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional.
Podemos encontrar disléxicos em famílias ricas e pobres, a dislexia se caracteriza pela incapacidade parcial da criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou visão normal e de serem oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privação de ordem doméstica ou cultural.
Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária.
No entanto, a dislexia não se trata exclusivamente de uma dificuldade de aprendizagem, ela pode apresentar vários transtornos nas áreas cognitivas, como audição e fala.
É importante reconhecer que os indivíduos com dislexia têm dificuldades e pelo fato de serem portadores desse distúrbio, apresentam capacidade intelectual normal ou acima do padrão, até mesmo desenvolvendo habilidades em outras áreas que não dependem diretamente da leitura e da escrita.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nos últimos anos vem surgindo estudos, conceito e características sobre a dislexia e os resultados obtidos, após estas pesquisas, relatam que ela é uma dificuldade de base neurológica e também de origem genética, mas nem sempre uma pessoa que tem um pai ou mãe disléxica apresentará esta dificuldade.
Nos dias de hoje, recebemos informações das mais variadas formas, mas é inegável que grande parte delas advém de textos escritos, o que se torna um limite para quem não sabe ler ou escrever. 
Apesar de o mundo atual exigir a quase todo o momento que estejamos em situação de leitura e escrita nas mais diferentes concepções, vive-se diariamente a consequência do despreparo do nosso sistema de ensino, que trata os desiguais como iguais.
Neste trabalho busca-se uma maior compreensão sobre as dificuldades de aprendizagem dos alunos, enfocando a dislexia, que pode ser entendida como uma dificuldade específica nos processamentos da linguagem para reconhecer, reproduzir, identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras, organizando-os corretamente. 
O importante é aceitá-la como uma dificuldade de linguagem que deve ser tratada por profissionais especializados, cabendo às escolas acolher os alunos com dislexia, sem modificar os seus projetos pedagógicos curriculares.
Até recentemente havia uma falta de conscientização por parte dos educadores sobre os distúrbios de aprendizagem. Hoje podemos e devemos identificar as causas desses problemas, pesquisar recursos para atender de maneira eficaz aos alunos, com isso diminuindo a evasão e a repetência escolar, evitando que pessoas, muitas vezes com grande potencial deixem de seguir uma vida acadêmica e profissional.
É importante ressaltar que todos os envolvidos com as crianças devem criar um ambiente estimulador que ative os seus esquemas de pensamento. Buscando recursos para atender de maneira eficaz aos alunos disléxicos, com aulas mais criativas e interessantes, identificando os distúrbioscausados pela dislexia, analisando a melhor forma de se relacionar com o disléxico e descrever as atitudes e intervenções pedagógicas para se trabalhar com os alunos disléxicos.
O intuito deste trabalho é de desenvolver as habilidades básicas necessárias à alfabetização, tendo em vista a grande dificuldade encontrada pela maioria dos professores, o desconhecimento do que seja dislexia, causas e formas de intervenção pedagógica junto ao disléxico, impede ou dificulta o atendimento adequado. 
Seria muito importante que todos os professores soubessem o que é dislexia e as necessidades dos alunos disléxicos dentro e fora da sala de aula e diante deste questionamento, ficam as seguintes lacunas: Quais os sintomas mais comuns da dislexia? Como o professor deve intervir na construção do conhecimento deste aluno no processo de aprendizagem? Quais sugestões metodológicas contribuem na prática pedagógica com o disléxico?
A dislexia não está associada a uma baixa de inteligência e nem é uma doença. É um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. A dislexia aparece em qualquer grupo social, é um distúrbio que independente de idade, sexo, raça, condições econômicas, causas intelectuais, emocionais ou culturais. 
Muitas pessoas bem sucedidas têm dislexia e muitos disléxicos são bem sucedidos. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma possui suas características, habilidades e inabilidades próprias. 
No Brasil, milhares de estudantes são considerados como portadores de dificuldades de aprendizagem. Embora muitos destes casos não são diagnosticados adequadamente, logo não são devidamente orientados.
 Este fato decorre da falta de informações dos profissionais das áreas de educação e saúde, que não fazendo a identificação precoce e o devido encaminhamento, provocam, em muitos casos, a frustração e até a evasão escolar.
Pesquisas recentes evidenciam que a maioria das escolas do Brasil não dá suporte a crianças com dislexia, algumas nem ao menos tem o conhecimento do problema. Tais alunos são tratados como os normais, e o possível baixo rendimento não é associado à consequência da doença.
Nas instituições de ensino os relatos de professores nos mostram situações em que crianças, aparentemente brilhantes e muito inteligentes, não podem ler e escrever nem têm boa ortografia para idade. 
Para FRANK, 2003, a dislexia se dá por uma má conexão de áreas do cérebro relacionadas à visão, fazendo com que o indivíduo apresente dificuldades de compreensão durante a escrita e na leitura, pelo fato de, no transcorrer dos olhos sobre o texto, as sílabas se embaralharem tornando a imagem borrada. E essa é uma das principais características identificadas no disléxico.
Aos desmembrarmos a palavra, de imediato temos a primeira noção básica do que vem a ser dislexia. Dis = distúrbio, dificuldade; lexia = leitura (do latim) ou linguagem (do grego). Dislexia = distúrbio da linguagem.
Portanto podemos perceber que é uma dificuldade relacionada à linguagem, e que interfere no processo da leitura, escrita e ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio de aprendizagem com uma série de características, e, torna-se evidente no processo de aquisição da linguagem escrita. 
Isso não implica que, ao menor sinal de dificuldade nessa área, possamos identificar um indivíduo como disléxico. São várias as causas que podem intervir no processo da aquisição da linguagem, por isso se torna tão importante um diagnóstico preciso e multidisciplinar. 
De acordo com José & Coelho (2002), a dislexia, apesar de ser um tipo de distúrbio da leitura, termina por ser alocado com causa específica de distúrbios na aprendizagem da identificação dos símbolos gráficos, embora a criança apresente inteligência normal, integridade sensorial e receba estimulação e ensino adequados. 
Devido à falta de informações dos pais e dos professores do pré-escolar em identificar os sintomas da dislexia antes da entrada da criança na escola, ela termina por só ser identificada por volta do primeiro ou segundo ano do ensino fundamental, com os primeiros indícios surgindo na alfabetização.
 Por isso, a dificuldade na leitura significa, apenas, o resultado final de uma série de desorganizações que a criança já vinha apresentando no seu comportamento pré-verbal, não verbal e em todas as funções básicas necessárias para o desenvolvimento da recepção, expressão e integração da função simbólica.
Vale ressaltar que a estrutura do processo de aprendizagem há etapas a serem respeitadas. Porém, como educadores sempre devemos estar atentos, por isso a importância do professore pesquisador, observador, pois quanto mais precoce diagnosticar qualquer distúrbio de aprendizagem melhor será para o aluno.
Em geral as crianças com dislexia são consideradas relapsa, desatenta, preguiçosa, sem vontade de aprender, o disléxico demonstra insegurança e baixa apreciação de si mesmo, sendo comum o abandono da escola, as reações rebeldes ou de natureza depressiva, havendo necessidade de tratamento especializado.
Podemos entender pela expressão dislexia específica, ou dislexia da evolução, um conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal ou parietal occipital, geralmente hereditária, ou às vezes adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do sintoma leve ao severo. 
A dislexia é frequentemente acompanhada de transtornos de aprendizagem da escrita, ortografia, gramática e redação, por isso surgem á necessidade de realização de testes de leitura nas escolas desde cedo, de modo a diagnosticar e avaliar a dificuldade de leitura de cada aluno.
Por trás do fracasso escolar ou da evasão escolar, sempre há fortes indícios de dificuldades de aprendizagem relacionadas à linguagem. Nos casos de abandono escolar, em geral, também, verificamos crianças que deixam a escola por enfrentarem dificuldades de leitura e escrita.
O desconhecimento por parte dos professores pais e gestores educacionais sobre o que realmente é a dislexia e suas consequências na vida das crianças só piora a aprendizagem.
A dislexia pode ser identificada ainda na primeira infância e identificada do zero aos seis anos de idade, mas é a partir dos sete anos, na fase de alfabetização, que as suas características ficam mais perceptíveis, pois o indivíduo apresenta dificuldades de expressar-se claramente, tem a sua leitura e a escrita inadequadas para a idade e também não há compreensão do que é lido, pois as palavras se embaralham e há uma dificuldade na junção das sílabas, resultando então na acumulação e persistência de erros.
Tanto na leitura como na escrita o aluno, frequentemente, é advertido pelo erro, por causa da troca de letras, mas, muitas vezes, pode não obter sucesso em sua correção, pois da mesma forma que compreende que necessita de correção, não consegue fazer a mesma, devido seu distúrbio. Sendo assim para uma melhor compreensão e para que a criança seja capaz de perceber o seu erro e se corrigir é necessário, o recurso auditivo no processo de sua alfabetização, a partir da pronuncia dos fonemas para após ser trabalhado o grafema e a construção do som e em seguida a letra.
 Infelizmente, a legislação educacional não trata as diversas necessidades especiais dos educandos de forma clara, objetiva, pragmática e programática e sua omissão têm de certa forma dificultada ações a favor da educação inclusiva.
 As principais características da dislexia são: Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar, atraso ou deficiência na aquisição da fala desde o balbucio á pronúncia de palavras, pois parece difícil para esta criança entender o que está ouvindo e o distúrbio do sono, facilidade para contrair alergias e infecções, tendência à hiperatividade ou a hipoatividade motora, chora muito e parece inquieta ou agitada isso na primeira infância que vai do 0 aos 6 anos de idade, já a partir dos sete anos de idade, a criança disléxica pode ser extremamente lenta ao fazer seus deveres ou ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros,copia com letra bonita, mas não tem compreensão do texto ou não lê o que escreve, a fluência em leitura é inadequada para a idade, inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever, só faz leitura silenciosa ou só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra, sua letra pode ser mal grafada e, até ilegível, pode borrar ou ligar as palavras entre si, pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas, esquece aquilo que aprende em poucas horas, dias ou semanas é mais fácil ou só é capaz de transmitir o que sabe através de exames orais ou pode ser ao contrário, podendo ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe, tem grande imaginação e criatividade, desliga-se facilmente, tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo, baixa autoestima, não gosta de ir para a escola, esquiva-se de ler, especialmente em voz alta, perde-se facilmente no espaço e no tempo, perde e esquece com facilidades seus pertences, tem mudanças de humor, é impulsivo e interrompe os outros para falar, não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala, é muito tímido e desligado e sob pressão, pode falar o oposto do que se desejaria, tem dificuldades visuais, alguns são atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola, tem problemas de lateralidade confundindo direita-esquerda, em cima, em baixo, na frente, atrás, sendo comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros, apresentam dificuldade para ler as horas, para sequências como dia, mês e estação do ano, dificuldade em aritmética básica ou em matemática mais avançada e depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular, sabem contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro, entre outras.
Em relação à memória de longo prazo, os disléxicos se lembram de experiências, filmes, lugares e faces, mas apresentam pobre memória imediata, curta e de médio prazo. Podem ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas, a criança disléxica, com sete ou mais anos de idade, pensa por intermédio de imagem e sentimento, não com o som de palavras, é extremamente desordenada, seus cadernos e livros são borrados e amassados, não tem atraso e dificuldades suficientes que a façam ser percebida e ajudada na escola, e por isso, pode estar sempre brincando, tentando ser aceita nem que seja como "palhaço", mas pode frustrar-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática e com a escrita. A partir dos sete anos, a criança disléxica tem dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos, manter o equilíbrio e fazer exercícios físicos são extremamente difíceis para muitas delas.
Já, na leitura e escrita, podemos identificar que os disléxicos apresentam confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas diferente orientação no espaço, confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e cujos sons são acusticamente próximos.
 Apresentam, também, inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras, como, por exemplo: sol em los, som em mos, sal em las e pal em pla, substituição de palavras por outras de estruturas mais ou menos similares ou criação de palavras, porém com diferentes significados como: saltou por salvou; era por ficava, contaminações dos sons; adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras, repetições de sílabas, palavras ou frases, pulam uma linha, retrocedem para a linha anterior, perdem a linha ao ler e excessivas fixações do olho na linha. 
Apresentam soletração defeituosa, ou seja, reconhecem letras isoladamente, porém sem poderem organizar a palavra como um todo, ou, então, leem a palavra sílaba por sílaba, ou, ainda, leem o texto palavra por palavra. 
Os disléxicos apresentam, também, a partir dos sete anos de idade, problemas de compreensão; leitura em espelho, em casos excepcionais, em geral as dificuldades do disléxico no reconhecimento das palavras, abrigam-no a realizar uma leitura hiperanalítica e decifraria, e como dedica o seu esforço à tarefa de decifrar o material, diminui significativamente a velocidade e a compreensão necessárias para a leitura normal. 
É comum que os disléxicos com mais de doze anos de idade não revelem os sinais descritos por intermédio do exame de sua leitura oral, entretanto é fácil detectá-los na leitura silenciosa, pois ao ler, realizam uma leitura murmurada ou apenas movem os lábios, já que se sentem obrigados a pronunciar as palavras para poder compreendê-las, e ao lerem em silêncio, utilizam-se da mesma técnica que na leitura oral, e consequentemente a velocidade da leitura se apresenta muito lenta. 
A alfabetização se dá quando a criança aprende os códigos da língua escrita, e quando lhes são ensinadas as habilidades para ler e escrever. Entretanto, podemos dizer que a criança constrói seu conhecimento de acordo com as suas experiências, o seu contexto histórico e as suas limitações em relação à aquisição da leitura e escrita, pois ler e escrever significa apreensão e compreensão de significados, por tanto podemos dizer que a criança está alfabetizada quando está apta a reconhecer e compreender o sistema de escrita que a cerca, e, também, a adquiri habilidades para a escrita e leitura, e passa a fazer o seu uso social, já que a alfabetização depende de características culturais, econômicas e tecnológicas.
A dislexia é uma necessidade especial? Podemos dizer que uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cerebrovascular.
Ser disléxico é condição humana e o disléxico pode, sim, ser um portador de alta habilidade. Daí, em geral, os disléxicos, serem talentosos na arte, música, teatro e etc. Não se descarta ainda que venha a ser um superdotado, com uma capacidade intelectual singular, criativo, produtivo e líder. O disléxico pode, também, ser um portador de conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e linguística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais, ideias, talentos e sonhos. 
Uma criança disléxica, para ser alfabetizada com eficácia, necessita de uma metodologia diferenciada, ou seja, eficaz, onde ela conseguirá assimilar e compreender a linguagem, tanto oral como escrita, podemos então destacar que, o método fônico, tem por base o aprendizado por meio da associação entre fonemas e grafemas, assim, constituindo-se da leitura que parte do som da letra para a representação gráfica, da sílaba para palavra e da palavra para a frase, apresentando os seguintes pontos relevantes para a aquisição da escrita, ampliando a capacidade de leitura e fornecendo conhecimentos fundamentais do sistema alfabético, desenvolvendo a consciência fonológica, proporcionando melhor desempenho escolar, assim como, melhor capacidade para decodificar textos e ler em voz alta.
As crianças disléxicas aprendem a ler por imposição de símbolos verbais e, posteriormente, visuais, uma vez que sua linguagem é usualmente auditiva. Por ser a palavra impressa, representada por símbolos auditivos, os quais representam as suas experiências e só posteriormente, a criança torna-se capaz de expressar-se por meio da escrita de símbolos gráficos. 
Para que possamos entender melhor a causa da dislexia, é necessária conhecer, de forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, estámais diretamente relacionada à linguagem; nela foram identificadas três subáreas distintas: uma delas processa fonemas, outra analisa palavras e a última reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto, permitindo que o ser humano aprenda a ler e escrever. 
Uma criança “normal” aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa, então, a analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e relacionando as letras a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é a de construir uma memória permanente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares.  Com o avanço desse aprendizado da leitura, esta parte do cérebro passa a dominar o processo e consequentemente, a leitura passa a exigir menos esforço.
O cérebro de uma criança disléxica, devido às falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta forma.  No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente à área cerebral que processa fonemas. A consequência disso é que eles têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado e a leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida.
A dislexia não tem cura, mas existem tratamentos que permitem que as pessoas aprendam estratégias para ler e entender. A maioria dos tratamentos enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura. Esses tratamentos ajudam os disléxicos a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim, frases. 
Ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção, mas toda criança disléxica necessita de apoio e paciência, pois essas crianças sofrem de falta de autoconfiança e baixa autoestima, pois se sentem menos inteligentes que seus amigos.
Por tanto para que este educando possa aprender de forma correta e linear, o processo de inclusão deve ser feito de tal maneira que ele não se sinta diferente no âmbito da sala de aula e para isso, sabemos que é necessário dotar o educador de conhecimento e criatividade, assim, o atendimento diferenciado que o educando necessita para aprender terá que vir do educador que está ligado diretamente à educação do educando disléxico e o educador, por sua vez, terá de assumir uma postura de pesquisador, mediador e promotor da igualdade dentro da sala de aula.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa
O processo de inclusão de alunos disléxicos no Ensino Fundamental de Escolas públicas.
3.2 Justificativa
A escolha do tema teve por base o interesse de esclarecer algumas dúvidas e identificar as características da dislexia em crianças a partir da alfabetização, principalmente no que se refere à extrema dificuldade de aprendizagem que alguns educandos apresentam, bem como a falta de conhecimento de alguns pais e educadores que não possuem a habilidade de identificar com tempo e propriedade o transtorno da dislexia e tem a finalidade de adotar metodologias mais adequadas para a inclusão da criança dislexa.
A constatação de que uma criança é portadora de dislexia, provoca ansiedade tanto na família quanto na escola e nos profissionais da educação, devido às limitações existentes na colaboração familiar e das difíceis adequações escolares. Em relação à criança percebe-se um alívio ao definir a causa de suas dificuldades desde o processo de alfabetização, pois minimiza a exposição da mesma a rótulos como preguiçosa, desatenta e bagunceira.
3.3 Problematização
Sabemos que a dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem que compromete habilidades e que atualmente tem tido maior incidência nas salas de aula, mas como diagnosticar uma criança disléxica? Como é realizado o processo de inclusão de alunos diagnosticados com dislexia que frequentam o Ensino Fundamental?
3.4 Objetivos
· Pesquisar teoricamente o que é dislexia, para poder identificar as causas e consequências deste transtorno.
· Verificar como os educadores identificam a dislexia em sala da aula, se conhece ou não suas causas e consequências no processo de aprendizagem.
· Verificar a ação do educador em seu papel de mediador na construção da aprendizagem do aluno disléxico.
· Analisar a atuação da instituição de ensino sobre á possibilidade de aprendizagem desses educandos, à sua maneira e no seu tempo, sem que para isso se sintam inferiores aos demais, e sem sofrerem preconceito por parte dos colegas e dos próprios educadores.
3.5 Conteúdos
Este trabalho será desenvolvido em algumas etapas e os conteúdos que serão trabalhados são os seguintes: Cursos de capacitação para professores da escola na área da educação inclusiva, palestra sobre dislexia para os alunos, elaboração de trabalhos sobre a inclusão em sala de aula como; Produções de texto, confecções de cartazes e murais, palestras para sensibilização dos pais dos alunos com dislexia. Palestras com alguns especialistas no assunto, linguagem oral e escrita e pesquisas de campo.
3.6 Processo de desenvolvimento
Para a realização desta pesquisa, irei promover uma análise sobre o tema dislexia, a partir de investigações bibliográficas, onde procurarei sustentar o embasamento para a realização de uma investigação com professores de uma escola municipal da rede pública na cidade de Jaru (RO), que provavelmente, ao longo da carreira de docentes, já se depararam com esse grande desafio que é o de lidar com um aluno especial incluso em uma sala de aula regular, bem como um aluno disléxico.
Para o desenvolvimento desta pesquisa procurou-se saber quais métodos esses professores utilizam para que este aluno seja incluso na escola regular, sem se sentir diferente dos seus colegas. 
Para a realização e alcance dos objetivos desta pesquisa foi usado um questionário com os professores, onde eles pudessem expressar, de forma aberta, seus conceitos sobre dislexia e como fazem para tornar a vida escolar de um disléxico o mais normal possível.
Em seguida, com a pesquisa em mãos, será feita uma minuciosa análise dos dados coletados, para analisar como esses professores enfrentam essa questão da inclusão, com ênfase na inclusão de alunos com dislexia que além de ser de difícil diagnóstico, também é de difícil compreensão por parte da sociedade.
Após análise dos dados, convocar um psicólogo para ministrar um pequeno curso para os professores da escola, seguindo com palestras para pais dos alunos com e sem dislexia e para os alunos das turmas onde existem alunos inclusos, não só com dislexia, mas com outras necessidades especiais.
Para finalizar os alunos juntamente com ajuda dos professores farão atividades sobre a inclusão como produções de textos, cartazes e murais na escola.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Este projeto será desenvolvido durante o mês de outubro, do ano de 2016, na E.E.E.F. Nilton Oliveira de Araújo na cidade de Jaru (RO).
	Datas
	 Conteúdos á serem desenvolvidas
	Responsáveis
	07/10/2016
	1º Etapa: reunião com pais, alunos e funcionários da escola para explicar o desenvolvimento do projeto.
	Direção, supervisão
, universitária e orientação da escola.
	10/10/2016 a 14/10/2016
	2º Etapa: Pesquisa de campo e levantamento de dados.
	 Universitário e supervisora da escola.
	
17/10/2016 a 
21/10/2016 
	
3º Etapa: Pesquisa sobre a dislexia e suas consequências na educação, levantamento sobre á quantidades de pessoas portadoras de deficiências inclusas existentes no município de Jaru.
	
Supervisão, universitária
 orientação da escola.
	
21/10/2016 a 
24/10/2016
	
4º Etapa: Cursos de capacitação para professores da escola na área da educação Inclusiva.
	
 Profissionais como:Psicólogos, Psicopedagogos, fonoaudióloga supervisão e orientação da escola.
	24/10/2016 a
28/10/2016
	5º Etapa: palestras sobre dislexia para alunos, elaboração de trabalhos sobre a inclusão em sala de aula como; Produções de texto, confecções de cartazes e murais.
	Supervisão, orientação da escola, professores,
 fonoaudióloga e psicólogos.
	31/10/2016 
	6º Etapa: Palestra mediada com alguns especialistas no assunto para sensibilização dos pais dos alunos com dislexia. 
	Orientação da escola, psicóloga e fonoaudióloga.
3.8 Recursos humanos e materiais
Pesquisas de campo, computador, impressora, sala de aula para ministrar curso, pátio externo coberto para ministrar palestras, cartolina, lápis de cor, lápis de escrever, borracha, canetas, cadernos, papel sulfite, diretora, supervisora, psicóloga, fonoaudióloga e orientadora da escola.
3.9 Avaliação
Os envolvidos serão avaliados pela participação e interesse nas atividades propostas, socialização e acolhimento com os alunos inclusos. Serão avaliados de forma continua observando o interesse pelo assunto e pela prática do que aprenderam.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização desta pequena, mas valiosa pesquisa que realizei, considero que será de extrema importância não só para mim como universitária, mas para o corpo docente e discente da escola Nilton de Oliveira, além dos pais destes alunos com distúrbios, como também para qualquer cidadão, já que vivemos em uma sociedade inclusiva, que exige cada vez mais que deixemos o preconceito de lado para enfrentarmos com delicadeza e solidariedade esse assunto, que a meu ver ainda é considerado tabu pela maioria da sociedade, pois para quem não entende do mesmo, quando encontra uma criança que não consegue aprender a ler e escrever de maneira normal, acaba pensando que esta criança não o faz por preguiça ou falta de atenção e vontade.
A dislexia é um transtorno de aprendizagem com dificuldades na leitura e escrita, onde não há um medicamento específico para o tratamento como também não há cura. O indivíduo nasce com este transtorno, acreditando-se ser hereditário, porém seu diagnóstico é um pouco complicado de ser identificado e, além disso, só pode ser feito a partir do momento em que a criança começa sua vida escolar, sendo antes desta fase impossível de identificar este transtorno.
A vida de um disléxico é normal como a das outras pessoas, porém precisará sempre de um apoio maior como também de incentivo por parte de todas as pessoas que os cercam. 
Pode-se afirmar que os objetivos desta pesquisa foram atingidos, uma vez que foi possível verificar na literatura da atualidade, os pressupostos dos autores que escreveram sobre a dislexia e metodologias do processo de ensino e aprendizagem, a fim de torná-los lúdicos e, principalmente, significativos. 
Desta forma, respeitando as limitações e tempos de cada criança, conclui-se que, o profissional ao se deparar em sua sala com uma criança disléxica, deverá reconhecer e realizar uma práxis a partir da proposta construtivista, respeitando seus processos de aquisição da escrita e suas possíveis dificuldades.
REFERÊNCIAS
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
SHAYWITZ, Sally. Entendendo a dislexia: um novo e completo programa para todos os níveis de problemas de leitura. Porto Alegre-RS. Artmed, 2006.
Acosta, Vitor M.; Moreno, Ana; Ramos, Victoria. Avaliação da linguagem. São Paulo: Editora Santos, 2003.
FRIAS, E. M. A. Inclusão escolar do aluno com necessidades educativas especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular.
Alves Mendonça, Luciana; Capellini, Simone; Mousinho, Renata. Dislexia: novos temas, novas perspectivas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
Bauer, James J. Dislexia: ultrapassando as barreiras do preconceito. Tradução: Maria Ângela Nogueira Nico. São Paulo. Casa do Psicólogo, 1997.
SCHIRMER, Carolina R; FONTOURA, Denise R; NUNES, Magda L. Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem. Jornal da pediatria, vol. 80, nº 2, 2004.
JOSÉ, Elisabete da Assunção & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002.
TAVARES, H. V. Apoio pedagógico às crianças com necessidades educacionais especiais. São Paulo, 2008.

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