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ETEC CIDADE DO LIVRO RAUL GUILHERME DIAS ENSINO DA QUÍMICA: DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS Lençóis Paulista - SP 2016 RAUL GUILHERME DIAS ENSINO DA QUÍMICA: DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec Cidade do Livro, como requisito para obtenção da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de Técnico em Química. Orientador: Prof. Ricardo da Silva Teixeira Coorientadora: Prof.ª Carmem Adélia Simonssine Beline Lençóis Paulista - SP 2016 ENSINO DA QUÍMICA: DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec Cidade do Livro, como requisito para obtenção da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de Técnico em Química. ____________________________________ Prof. Ricardo da Silva Teixeira Orientador ____________________________________ Prof.ª Carmem Adélia Simonssine Beline Coorientadora Lençóis Paulista, 01 de dezembro de 2016. AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Pelo presente instrumento, autorizo a divulgação, utilização e disposição, na íntegra ou em partes, para fins institucionais, educativos, informativos e/ou culturais, do Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolvido pelo integrante do 4º Módulo do Curso Técnico em Química, no período noturno cujo tema é Ensino da Química: Déficit nos conhecimentos básicos, sem que isto implique ônus para essa instituição. Integrante que autoriza o uso do trabalho para os fins citados acima: __________________________________________ Raul Guilherme Dias - 46.570.259-4 Lençóis Paulista, 01 de dezembro de 2016. Dedico este trabalho às mulheres da minha vida, minha mãe Isabel Silva e minha tia Irene Pelegrin. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus por todas as obras que Ele tem realizado em minha vida em todos esses anos. Em segundo lugar, agradeço a minha família por toda paciência nesses dois anos, em especial a minha mãe Isabel Silva, pois, sem ela eu não estaria aqui e não seria nada do que sou; a minha irmã Camila Dias, que nesses últimos meses esteve ainda mais presente, sempre me apoiando; e ao meu pai Wilson Dias, que sempre me apoiou e deu forças, fazendo-me tornar o homem que sou hoje. Neste ponto, deixo claro minha gratidão à minha tia Irene por todo incentivo e nesses dois anos, nela que eu me inspiro, um dia almejo ter toda sua força de vontade. A todos os professores, agradeço por todo incentivo nesses dois anos de curso, aos professores: Rogério Falasca Alexandrino, Luciane Eneida Paccola, José Benedito Júnior, Fernanda Raqueli Cândido, Hudson Bernardo Castanheira, Sídney Joaquim Vieira, Cláudio Rogério Bonafé. Faço menção especial à professora Carmem Adélia Simonssine Beline, coorientadora desse trabalho, que não mediu esforços para que tudo desse certo; ao professor Ricardo da Silva Teixeira, orientador desse trabalho, que sempre esteve ao meu lado me apoiando em todos os momentos, e corrigindo quando necessário; e por último à professora Camila Ramos Giglioli da Silva, que dedicou seu tempo me ajudando na revisão do presente trabalho. Agradeço também as minhas companheiras de bancada Vanessa Castro e Naiara Silva e ao compadre Leonardo Lívio, que todos os dias me aguentaram e fizeram das minhas noites mais alegres, e das aulas práticas ainda mais divertidas. Não posso esquecer de agradecer a pessoa que me aguenta todos os dias, que traz alegria à minha vida, Luma Puga, muito obrigado, você não sabe o quanto é especial para mim. Sem deixar de lado meus companheiros de intervalo: Julian Caroline, Veronica Leme, Maria Eduarda Santos, Luiz Henrique e Lucas Barbosa, vocês ajudaram a aguentar as noites que já não acabavam mais. Por último, mas não menos importante, agradeço aos colegas do carro, Armando Paccola, Guilherme Leda e Bruno Medolago, vocês são atormentados, mas as idas e vindas não poderiam ter sido mais engraçadas. Enfim, agradeço a toda a turma por fazer parte da minha vida, de cada um levo comigo uma parte. “Em tudo o que você fizer, seja sempre humilde, guardando zelosamente a pureza de seu coração e a pureza de seu corpo”. (São Padre Pio de Pietrelcina) “O aumento do conhecimento é como uma esfera dilatando-se no espaço: quanto maior a nossa compreensão, maior o nosso contato com o desconhecido”. (Blaise Pascal) DIAS, Raul Guilherme. Ensino da Química: Déficit nos Conhecimentos Básicos. 2016. 95 f. TCC - Curso de Técnico em Química, Etec Cidade do Livro, Lençóis Paulista, 2016. RESUMO É perceptível a deficiência que os cursos técnicos, em geral, vêm sentido por conta do déficit no ensino básico. O curso de química não está longe dessa realidade, e para que haja uma melhoria, propôs-se uma sondagem dos conteúdos que os alunos trouxeram como bagagem. Foi aplicado um questionário que continha algumas questões específicas sobre assuntos importantes para o desenvolvimento do curso técnico em química, que mais adiante foram compilados trazendo os resultados das principais dificuldades apresentadas pelos alunos, utilizando para isso a auto avaliação. Interseccionando os dados apresentados pela bibliografia com os dados levantados no questionário, foi possível a definição de alguns problemas que são mais relatados, por alunos, professores e estudiosos. Analisando os problemas apresentados, foi possível definir algumas possíveis soluções para que os mesmos fossem amenizados e não influenciassem tanto no âmbito do curso técnico, além de deixar espaço para outras possíveis soluções para que pudessem ser desenvolvidas em um futuro trabalho. Claramente, o trabalho consiste, portanto, em um apanhado de informações aplicadas no contexto em que foi realizado. Palavras-chave: Déficit. Ensino Básico. Dificuldades. Química. Auto avaliação. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 1 ......................... 23 Gráfico 2 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2 ......................... 25 Gráfico 3 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 3 ......................... 26 Gráfico 4 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 4 ......................... 27 Gráfico 5 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 5 ......................... 28 Gráfico 6 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 6 ......................... 29 Gráfico 7 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 7 ......................... 30 Gráfico 8 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 8 ......................... 31 Gráfico 9 - Relação de respostas para a questão 9 ................................................. 32 Gráfico 10 - Relação de respostas para a questão 10 ............................................. 33 Gráfico 11 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 11 ..................... 34 Gráfico 12 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 12..................... 36 Gráfico 13 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 13 ..................... 37 Gráfico 14 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 14 ..................... 38 Gráfico 15 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 15 ..................... 40 Gráfico 16 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 16 ..................... 42 Gráfico 17 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 17 ..................... 44 Gráfico 18 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 18 ..................... 46 Gráfico 19 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 19 ..................... 47 Gráfico 20 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 20 ..................... 50 Gráfico 21 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 21 ..................... 51 Gráfico 22 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 22 ..................... 52 Gráfico 23 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 23 ..................... 54 Gráfico 24 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 24 ..................... 56 Gráfico 25 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 25 ..................... 57 Gráfico 26 - Alunos que demonstraram e não demonstraram conhecimento na interpretação de textos .............................................................................................. 58 Gráfico 27 - Principais dificuldades apresentadas em química ................................ 59 Gráfico 28 - Principais dificuldades apresentadas em matemática .......................... 60 Gráfico 29 - Principais dificuldades apresentadas pelos alunos............................... 61 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - respostas para a questão 1 ..................................................................... 23 Tabela 2 - respostas para a questão 2 ..................................................................... 25 Tabela 3 - respostas para a questão 3 ..................................................................... 26 Tabela 4 - respostas para a questão 4 ..................................................................... 27 Tabela 5 - respostas para a questão 5 ..................................................................... 28 Tabela 6 - respostas para a questão 6 ..................................................................... 29 Tabela 7 - respostas para a questão 7 ..................................................................... 30 Tabela 8 - respostas para a questão 8 ..................................................................... 31 Tabela 9 - respostas para a questão 9 ..................................................................... 32 Tabela 10 - respostas para a questão 10 ................................................................. 33 Tabela 11 - respostas para a questão 11 ................................................................. 34 Tabela 12 - respostas para a questão 12 ................................................................. 36 Tabela 13 - respostas para a questão 13 ................................................................. 37 Tabela 14 - respostas para a questão 14 ................................................................. 38 Tabela 15 - respostas para a questão 15 ................................................................. 40 Tabela 16 - respostas para a questão 16 ................................................................. 42 Tabela 17 - respostas para a questão 17 ................................................................. 43 Tabela 18 - esquema para resolução da questão 17 ................................................ 43 Tabela 19 - respostas para a questão 18 ................................................................. 45 Tabela 20 - respostas para a questão 19 ................................................................. 47 Tabela 21 - respostas para a questão 20 ................................................................. 49 Tabela 22 - respostas para a questão 21 ................................................................. 51 Tabela 23 - respostas para a questão 22 ................................................................. 52 Tabela 24 - respostas para a questão 23 ................................................................. 54 Tabela 25 - esquema para resolução da questão 23 ................................................ 54 Tabela 26 - respostas para a questão 24 ................................................................. 56 Tabela 27 - esquema para resolução da questão 24 ................................................ 56 Tabela 28 - respostas para a questão 25 ................................................................. 57 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SARESP - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo TRI - Teoria de Resposta ao Item SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 1.1 UM PROBLEMA QUE VEM DO ENSINO BÁSICO .................................................. 15 1.2 O CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO ...................................................................... 16 1.3 OS EXPERIMENTOS NA MINIMIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE COMPREENSÃO ...... 17 2 METODOLOGIA .................................................................................................... 19 3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 20 3.1 O PRÉ-DESENVOLVIMENTO ............................................................................ 20 3.2 QUESTIONÁRIO .............................................................................................. 20 3.2.1 Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias ...................................... 20 3.2.2 Matemática e Suas Tecnologias ...................................................... 21 3.2.3 Química ........................................................................................... 21 3.3 FORMA COMO OS RESULTADOS FORAM APRESENTADOS .................................. 22 3.4 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO POR QUESTÃO .............................................. 23 3.4.1 Química ........................................................................................... 23 3.4.1.1 Questão 1 ..................................................................................................... 23 3.4.1.2 Questão 2 ..................................................................................................... 25 3.4.1.3 Questão 3 ..................................................................................................... 26 3.4.1.4 Questão 4 ..................................................................................................... 27 3.4.1.5 Questão 5 ..................................................................................................... 28 3.4.1.6 Questão 6 ..................................................................................................... 29 3.4.1.7 Questão 7 ..................................................................................................... 30 3.4.1.8 Questão 8 ..................................................................................................... 31 3.4.1.9 Questão 9 ..................................................................................................... 32 3.4.1.10 Questão 10 ................................................................................................. 33 3.4.2 Língua Portuguesa ..........................................................................34 3.4.2.1 Questão 11 ................................................................................................... 34 3.4.2.2 Questão 12 ................................................................................................... 36 3.4.2.3 Questão 13 ................................................................................................... 37 3.4.2.4 Questão 14 ................................................................................................... 38 3.4.2.5 Questão 15 ................................................................................................... 40 3.4.3 Matemática ...................................................................................... 42 3.4.3.1 Questão 16 ................................................................................................... 42 3.4.3.2 Questão 17 ................................................................................................... 43 3.4.3.3 Questão 18 ................................................................................................... 45 3.4.3.4 Questão 19 ................................................................................................... 47 3.4.3.5 Questão 20 ................................................................................................... 49 3.4.3.6 Questão 21 ................................................................................................... 51 3.4.3.7 Questão 22 ................................................................................................... 52 3.4.3.8 Questão 23 ................................................................................................... 54 3.4.3.9 Questão 24 ................................................................................................... 56 3.4.3.10 Questão 25 ................................................................................................. 57 3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR ÁREA ............................................................ 58 3.5.1 Principais Dificuldades dos Alunos Dentro de Cada Disciplina ....... 58 3.5.1.1 Língua Portuguesa ....................................................................................... 58 3.5.1.2 Química ........................................................................................................ 59 3.5.1.3 Matemática ................................................................................................... 60 3.5.2 Principais Dificuldades dos Alunos .................................................. 60 3.6 PROBLEMAS RELATADOS E CORRELACIONADOS ............................................... 61 3.6.1 Interferindo na Atividade Psíquica do Aluno .................................... 62 3.6.2 O Papel do Docente ........................................................................ 62 3.6.3 Falta de Recursos ........................................................................... 62 3.6.4 Falta de Motivação .......................................................................... 62 3.6.4.1 Por Parte do Professor ................................................................................. 62 3.6.4.2 Por parte do aluno ........................................................................................ 63 3.6.4.3 No ensino da química ................................................................................... 64 3.7 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS ................................................... 64 3.7.1 Diálogo Professor-Aluno .................................................................. 64 3.7.2 Auto Avaliação ................................................................................. 65 3.7.3 Individualização do Aluno ................................................................ 66 3.7.4 Ambiente Afetuoso .......................................................................... 67 3.7.4.1 Para os adolescentes ................................................................................... 68 3.7.4.2 Para os jovens .............................................................................................. 69 3.7.5 Tipos de Abordagem no Processo Ensino-Aprendizagem .............. 69 3.7.5.1 Tradicional .................................................................................................... 69 3.7.5.2 Comportamentalista ...................................................................................... 70 3.7.5.3 Humanista .................................................................................................... 70 3.7.5.4 Cognitiva ...................................................................................................... 70 3.8 OUTRAS POSSÍVEIS SOLUÇÕES ...................................................................... 71 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 72 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73 APÊNDICE ................................................................................................................ 82 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ............................................................................... 83 ANEXOS ................................................................................................................... 92 ANEXO A - FUNDAMENTOS DA TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM ................................. 93 15 1 INTRODUÇÃO É um fato que o ensino tradicional é alvo de inúmeras críticas; no modelo onde o professor expõe as informações, e o aluno é um simples aprendiz que deve ouvir e absorver as informações. Essas, quase nunca, se relacionam aos conhecimentos que os alunos trazem como base do que já foi vivenciado no ensino fundamental e médio. Aqui está um ponto importante, pois quando não há relação entre o que o aluno já sabe ou já viveu e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem não é desenvolvida de forma satisfatória (GUIMARÃES, 2009). Consequentemente, as frequentes aulas expositivas e dialogadas, respondem a questionamentos aos quais os alunos talvez não tiveram acesso, ou seja, um conhecimento na maioria das vezes não é por eles vivenciado, em uma situação cotidiana, uma situação real, prática. Então, nesse caso, a criação de problemas reais e concretos que promovam o relacionamento de ideias e construção de conceitos, é de suma importância, e válida aos alunos para a construção do próprio conhecimento (GUIMARÃES, 2009). Essa construção se dará de forma que o aluno conseguirá relacionar cada conceito dado a ele, com um problema real, que ele já vivenciou, ou que pretende vivenciar. Além disso, outros fatos também devem ser explanados para uma melhor compreensão dessa problemática, serão discutidos a seguir. 1.1 UM PROBLEMA QUE VEM DO ENSINO BÁSICO Em 2003, os alunos do Ensino Médio brasileiro, conquistaram o 40º lugar entre os alunos dos 41 países no teste de Ciências e Matemática do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (FERNANDEZ et al., 2007). Em 1991 havia 3,8 milhões de estudantes com matrícula no Ensino Médio, 5 anos depois, em 1996, esse número passou para 5,7 milhões, em 1999, para 7,7 milhões e em 2005 esse número saltou para 9 milhões de alunos, segundo dados do Censo Escolar. Essa expansão de alunos no ensino médio provocou consequentemente, o crescimento de alunos nos cursos superiores e técnicos, para atender a demanda de alunos que deixam o Ensino Médio e querem continuar sua formação acadêmica. De certo modo, esse dado comprova que, mesmo havendo uma notável expansão do Ensino Médio no Brasil nos últimos anos,não houve uma 16 melhoria na qualidade de ensino que acompanhasse tal expansão. (FERNANDEZ et al., 2007). Além desses dados, podemos citar que muitos alunos sentem dificuldades para entender questões de química, principalmente aquelas que envolvem os cálculos matemáticos, pois muitas vezes exigem que os alunos tenham conhecimentos além dos conceitos químicos, embasamento nos conceitos matemáticos para resolver aquela questão, que pode ser uma resolução de problema que necessite do acompanhamento de raciocínio lógico e de interpretação. Além de que 61% dos alunos acham que a carga horária é insuficiente para aprender os assuntos da disciplina de química, no Ensino Médio (SILVA, 2013). Outro argumento relevante é que nos cursos que formam professores, também há um problema com a falta de qualidade. Desse modo, não fica difícil compreender que os resultados apresentados têm mais causas além do número de alunos; a qualidade de ensino dos professores também influencia no mesmo. Logo, enquanto a dificuldade no ensino médio permanecer, esses alunos deverão ter suas dificuldades sanadas nos seus futuros cursos superiores e técnicos (FERNANDEZ et al., 2007). 1.2 O CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO Uma das grandes dificuldades dos alunos de química segundo Gomes e Macedo (2007), o cálculo estequiométrico, que se define como medida dos elementos e, dessa maneira, podem calcular as quantidades de substâncias envolvidas em uma reação a partir das quantidades de outras substâncias. Nesse caso, o maior problema que causa a dificuldade como em muitos outros ramos da química é a matemática (GOMES; MACEDO, 2007). Porém, afirmam Gomes e Macedo (2007), que o ensino da Química foi reduzido à transmissão de informações, definições e leis isoladas, sem qualquer relação com a vida do aluno, exigindo, deste modo, quase que uma pura memorização, principalmente das fórmulas, sem muitos esforços cognitivos para compreensão. Em vez de optar pela compreensão, os conceitos, muitas vezes, são impostos aos alunos de maneira que eles os decorem. Entretanto, isso não os ajudará mais adiante por que os alunos não saberão qual a aplicação prática daquela ideia. Eles 17 apenas decoram regras e sabem aplicá-la desde que o exercício se encaixe nos moldes dos exemplos desenvolvidos em sala (GOMES; MACEDO, 2007). Enfatizam-se muitos tipos de classificação que não representam aprendizagens significativas. Reduz-se o conhecimento químico a fórmulas matemáticas e à aplicação de “regrinhas”, que devem ser exaustivamente treinadas, supondo a mecanização e não o entendimento de uma situação problema. Em outros momentos, o ensino atual privilegia aspectos teóricos, em níveis de abstração inadequados aos estudantes (GOMES; MACEDO, 2007). 1.3 OS EXPERIMENTOS NA MINIMIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE COMPREENSÃO É de conhecimento dos professores das ciências em geral, o fato que a experimentação desperta um alto nível de interesse, independentemente do nível de escolarização (médio, técnico ou superior). Complementando isto, Afonso e Leite (2000), dizem que não há uma única forma de ensinar, e por isso todas as aulas devem ser encaradas como de natureza teórica e prática. A aula prática, segundo Guimarães (2009) pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas que permitam a contextualização, ou seja, o relacionamento de ideias, bem como a interdisciplinaridade. Dessa forma, o aluno terá uma resposta aos questionamentos feitos, por meio de uma interação feita através do contexto criado - o experimento. Aulas experimentais podem se fundamentar em ilustrar um princípio, desenvolver atividades práticas, testar hipóteses ou funcionar como investigação. Sendo que a investigação, deixa o aluno intrigado com o que aconteceu e com o que deve ser observado, e por isso é a que mais ajuda o aluno a aprender (GUIMARÃES, 2009). Isso porque, quando a experimentação é feita de modo que o aluno apenas siga o roteiro, e tenha o que deve ser observado e o resultado esperado, não acrescentará nada ao cognitivo do mesmo. Da mesma forma, a prática realizada sem nenhuma informação, não acrescentará nada ao aluno, pois ele não conseguirá absorver nada daquilo que ele observou, pois não soube sobre qual ponto de vista deveria observar, qual era o ponto chave da experiência (GUIMARÃES, 2009). Entretanto se o aluno tiver, nada mais que, um norte sobre o que observar, sua indagação terá um sentido, e ele não irá obter a resposta desse questionamento por conta do professor (porque o professor disse a ele qual deveria ser o resultado e 18 o porquê aquilo aconteceu), muito menos ficará desnorteado sobre o que deve observar, mas sim - por conta própria, por seus próprios questionamentos e suas próprias hipóteses e habilidades - desenvolverá um conceito (GUIMARÃES, 2009). Tal conceito, mais adiante deverá ser relacionado com aquilo que o professor explanou em sala de aula, com embasamento teórico apropriado para que uma relação seja feita entre as duas informações e a aprendizagem seja completa e concreta (GUIMARÃES, 2009). 19 2 METODOLOGIA A partir do estudo da organização dos conteúdos da grade curricular do ciclo II do Ensino fundamental (FINI; MACHADO, 2010; SÃO PAULO; FINI, 2011) e seguindo os modelos de avaliações propostas entre 2008 e 2012, pela prova SARESP (ferramenta usada para a orientação da qualidade da educação básica no Estado de São Paulo) e pela Prova Brasil (cujo objetivo é avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas), foi desenvolvido um questionário com 25 questões para serem aplicadas em 5 turmas do ensino técnico de química, das modalidades modular e integrada, da Etec Cidade do Livro (Apêndice A). As questões foram aplicadas em todas as turmas, separadamente, em dois dias utilizando a ferramenta “Google Docs - Formulários”, visto que os resultados são dispostos em tabelas e gráficos que permitem visualizar em tempo real, quantas pessoas já responderam, as alternativas respondidas e muitas outras informações úteis para se interpretar os resultados obtidos que, posteriormente, foram compilados. 20 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 O PRÉ-DESENVOLVIMENTO No pré-desenvolvimento desse trabalho, foi estudado como seriam avaliados os conhecimentos que os alunos trouxeram como bagagem para o curso de técnico em química. Escolheu-se o método da auto avaliação, considerando que para responderem, os alunos teriam que avaliar seus conhecimentos pensando antes de ingressarem no curso de química, e desta forma a avaliação seria feita por eles, e não pelo aluno que propôs tal atividade, indagando-os de seus conhecimentos adquiridos até o 9º ano/8ª série e sobre seu aproveitamento do ensino fundamental. 3.2 QUESTIONÁRIO O questionário foi elaborado visando abranger todas as competências essenciais para o curso de química, que são principalmente matemática e suas tecnologias, química, e linguagens, códigos e suas tecnologias. As competências analisadas foram propostas pelo documento oficial da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é a base estadual comum das escolas do estado. As questões foram desenvolvidas de forma clara e objetiva, sendo que algumas delas, foram retiradas dos índices educacionais SARESP e Prova Brasil. A seguir, faz-se uma breve discussão a respeito das áreas escolhidas e razões que contribuíram para sua escolha e inserção no questionário. 3.2.1 Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias Em geral a maior parte dos alunos se considera incapaz de compreender um problema e resolve-lo sem que o professor indique quais os procedimentos e caminhos a serem seguidopara obter a resposta (KATO; LOPES, 2008). Kato e Lopes (2008) afirma que este problema não é exclusivo do ensino fundamental e pode se estender para o ensino médio e posteriormente aos ensinos técnico e superior. Lorensatti (2009) diz que a atribuição do problema da não interpretação dos alunos, não é rara. E além disso, a área de linguagens e a de matemática devem se unir para que sejam igualmente compreendidas. Já que o raciocínio lógico, desenvolvido na área da matemática, também está presente na área de linguagens e códigos. 21 Consideramos que certos entraves que surgem durante a resolução de problemas estão ligados à decodificação de termos matemáticos específicos que aparecem em seus enunciados. Estes termos específicos tornam-se dificuldades pelo fato de não possibilitarem a interação entre o aluno (leitor) e texto, por não fazerem parte do cotidiano dos alunos. Além disso, alguns termos apresentam duplos significados, um na matemática e outro no cotidiano, como por exemplo: total, diferença, volume, entre outros (KATO; LOPES, 2008). Podemos analisar então, que a matemática e as linguagens são inseparáveis, uma necessita da outra para que ambas possam ser compreendidas e apreendidas por cada aluno (LORENSATTI, 2009; KATO; LOPES, 2008). 3.2.2 Matemática e Suas Tecnologias O curso de química, é um curso da área de exatas, por isso, os alunos devem ter uma base na área de matemática para que possam resolver problemas que envolvam diretamente matemática, bem como aqueles que necessitam de raciocínio lógico. Em um primeiro momento deve-se ter em mente que a maior parte dos conceitos matemáticos que os alunos trazem como bagagem, foram adquiridos de forma mecânica e impostos sem que eles tenham construído tal conceito, foram abordados sem que houvesse uma relação com o cotidiano de cada aluno (WALVY, 2003). Para o ensino de química os conteúdos principais são “razões e proporções, regra de três, equações do primeiro e do segundo graus e logaritmos”, sendo que este último assunto é proposto no ensino médio, e os outros começam a ser desenvolvidos no ensino fundamental (WALVY, 2003). 3.2.3 Química A química no ensino fundamental e no ensino médio tem como objetivo principal, a formação de cidadãos, preparar o aluno para que ele possa ter o primeiro contato com os conhecimentos científicos, conhecimentos esses que são extremamente importantes para o desenvolvimento, tanto do aluno no processo de aprendizagem quanto na vida (MENEZES; FINI, 2010). A Química pode ser um instrumento da formação humana, que amplia os horizontes culturais e a autonomia, no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade (MENEZES; FINI, 2010). 22 Para que seu objetivo seja alcançado, os temas discutidos em sala de aula têm que ter sentido com o cotidiano do aluno, para que ele possa relacionar de forma mais fácil cada conteúdo, como diz o Currículo do Estado de São Paulo para Ciências da Natureza e suas tecnologias (MENEZES; FINI, 2010). 3.3 FORMA COMO OS RESULTADOS FORAM APRESENTADOS Para que as informações a respeito das condições em que se encontram o ensino básico no Brasil pudessem ser constatadas e reafirmadas - demonstrando com clareza a situação - os dados obtidos foram resultados compilados decorrentes de uma auto avaliação; o aluno foi orientado a responder honestamente com os conhecimentos prévios adquiridos até o 9º ano do ensino fundamental, antes do ingresso ao curso técnico. Neste trabalho, a proposta da auto avaliação pretende que o aluno possa responder honestamente o questionário, podendo, deste modo, tomar consciência do resultado que não será usado para redirecionar o processo de estudo neste momento. Por meio de perguntas e respostas, escritas ou orais, o aluno faz uma incursão pessoal em seu percurso de aprendizagem tomando consciência de suas dificuldades ou mazelas. Consciente disso, ele pode rever seu processo de estudo (DOMINGUES, 2015). Observa-se que a inserção dessa ferramenta no contexto da sala de aula, é importante, pois fazem com que os processos de aprendizagem sejam desenvolvidos, integrando experiências e conhecimentos. Por intermédio dela, ao longo de sua fase de estudo, o estudante toma ciência de suas potencialidades e dificuldades, sobre sua forma de aprender, considerando as metodologias utilizadas nos dias de hoje e, como diz Moran (2000), que não se justificam mais. 23 3.4 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO POR QUESTÃO Ao todo 124 alunos de 5 turmas responderam ao questionário. As tabelas a seguir indicam o número em porcentagem (%) aproximada das alternativas escolhidas pelos alunos para cada pergunta, sendo que as mesmas foram adaptadas para melhor compreensão dos resultados. 3.4.1 Química 3.4.1.1 Questão 1 Tabela 1 - respostas para a questão 1 1 - A água é uma substância importante por se apresentar, naturalmente nos três estados físicos (sólido, líquido e gasoso). No estado líquido, ela se apresenta em maior quantidade nos(as) A) Oceanos. 94,4% B) Águas subterrâneas (aquíferos). 4% C) Rios. 0,8% D) Atmosfera. 0,8% Essa questão é uma das questões fundamentais da área de ciências da natureza, que são ensinadas nas primeiras séries do Ciclo II do ensino fundamental, mais especificamente no 6º ano/5ª série. Quando se analisa as habilidades que os alunos devem ter, segundo o currículo fornecido pelo governo estadual de São Paulo, vê-se que as que se relacionam com a água são: Reconhecer as transformações do estado físico da água, 94% 6% Relação de respostas certas/erradas para a questão 1 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 1 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 1 24 associando-as às respectivas mudanças de temperatura; Construir e aplicar o conceito de ciclo hidrológico, de maneira a interpretar os diversos caminhos da água no ambiente; Reconhecer e valorizar ações que promovam o uso racional da água. Quando se observa essa questão, obviamente percebe-se que sua resposta correta é a letra A, pois, de toda água no planeta, 97,5% dela está localizada nos oceanos (A ÁGUA... 2016; CERQUEIRA E FRANCISCO, 2016; GRASSI, 2001). 25 3.4.1.2 Questão 2 Tabela 2 - respostas para a questão 2 2 - O ciclo da água é o que nos mantém vivos. Quando chove, ocorre o fenômeno que chamamos de A) Condensação. 25,8% B) Precipitação. 48,4% C) Evaporação. 19,4% D) Transpiração. 6,5% Essa questão se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando diz respeito ao ciclo da água, o nome correto que é dado para esse fenômeno é: precipitação, portanto, letra B (FREITAS, 2016; PRECIPITAÇÃO, 2016; GRASSI, 2001). 48% 52% Relação de respostas certas/erradas para a questão 2 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 2 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2 26 3.4.1.3 Questão 3 Tabela 3 - respostas para a questão 3 3 - As características essenciais da água para o consumo são A) Inodora, insípida e insatisfatória. 73,4% B) Livre de microrganismos, livre de insetos e sem cheiro. 16,1% C) Sem cheiro, sem gosto e sem cor. 7,3% D) Azul, líquida e clorada. 3,2% Essa questão, se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando diz respeito às características da água para consumo, a literatura diz que ela deve ser sem cheiro, sem gosto e sem cor (SANTOS, 2016; MATOS, 2014; PLANO... [2007]), por isso, a correta é a letra C. 7% 93% Relação de respostas certas/erradas paraa questão 3 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 3 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 3 27 3.4.1.4 Questão 4 Tabela 4 - respostas para a questão 4 4 - Considere a água com sal em um recipiente, podemos chamar de A) Substância. 23,4% B) Mistura homogênea. 50% C) Mistura heterogênea. 24,2% D) Elemento. 2,4% Quando se analisa o Currículo do Estado de São Paulo para Ciências da Natureza, observa-se que um dos conteúdos que devem ser contextualizados, é a diferença entre substância e mistura no cotidiano, tal conteúdo deve ser aplicado no 9º ano/8ª série no 1º bimestre. E quando se olha este conteúdo, uma das partes mais simples dele é a que fala da mistura de água e sal, que são classificadas como uma mistura homogênea por não apresentar mais de uma fase, ou seja, a resposta correta é a letra B (MISTURAS, 2016; FOGAÇA, 2016; ESTUDO... 2013; INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 2016). 50%50% Relação de respostas certas/erradas para a questão 4 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 4 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 4 28 3.4.1.5 Questão 5 Tabela 5 - respostas para a questão 5 5 - Qual a alternativa que apresenta apenas substâncias simples? A) Água, gás oxigênio e gás carbônico. 57,5% B) Aço, ácido clorídrico e cloreto de sódio. 3,3% C) Gás oxigênio, gás hélio e ferro. 34,2% D) Ferrugem, gás nitrogênio e gás hidrogênio. 5% Essa questão, se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando se fala de substância simples, a substância é formada apenas por um elemento, como o gás oxigênio (O2), gás hélio (He) e ferro (Fe), portanto a resposta correta é a letra C (MISTURAS, 2016; FOGAÇA, 2016; ESTUDO... 2013; INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 2016). 34% 66% Relação de respostas certas/erradas para a questão 5 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 5 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 5 29 3.4.1.6 Questão 6 Tabela 6 - respostas para a questão 6 6 - O que é matéria? A) É tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no espaço. 81,5% B) Tudo o que existe no universo. 12,1% C) Tudo o que é sólido. 4% D) Nenhuma das alternativas. 2,4% Essa questão é um dos primeiros conceitos especificados no currículo da disciplina de Química, que diz respeito o que é matéria no contexto do componente curricular. É ela quem diz que a matéria é tudo aquilo que ocupa um lugar no espaço e tem massa, considerando esta definição, temos que a resposta certa é a letra A (MATÉRIA, 2016; SÁ, 2016; ESTUDO... 2013; INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 2016). 81% 19% Relação de respostas certas/erradas para a questão 6 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 6 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 6 30 3.4.1.7 Questão 7 Tabela 7 - respostas para a questão 7 7 - As bolhas formadas pela ebulição da água, são compostas principalmente de A) Água (H2O) e Oxigênio (O2). 61,3% B) Nitrogênio (N2) e Sais Minerais. 0,8% C) Hidrogênio (H2) e Gás Carbônico (CO2). 8,1% D) Apenas Água (H2O). 29,8% Quando se observa essa questão, se vê que ela envolve o principal fundamento das ciências da natureza, que já foi apresentado nesse trabalho, e que diz que o principal objetivo é de preparar o cidadão, com matérias que dizem respeito ao cotidiano do aluno. E quando se fala em ebulição da água, a única resposta pertinente é que as bolhas formadas pela ebulição da água são compostas por vapor de água, já que a ebulição é o processo em que as moléculas de água têm energia suficiente para vencer a pressão atmosférica e se tornarem vapor (FERREIRA, 2016), ou seja, letra D. 30% 70% Relação de respostas certas/erradas para a questão 7 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 7 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 7 31 3.4.1.8 Questão 8 Tabela 8 - respostas para a questão 8 8 - O que é química? A) A química é uma Ciência Natural que estuda a natureza da matéria, suas propriedades, transformações e a energia envolvida nesses processos. 54,8% B) A química é uma Ciência Natural que estuda as reações, elementos, e transformações dos meios. 31,5% C) A química é uma Ciência Natural que estuda as relações entre os materiais, desconsiderando sua natureza, porém considerando sua capacidade de reação. 12,1% D) A química é uma Ciência Neutra, que se baseia em estudos filosóficos sobre os materiais. 1,6% No 9º ano/8ª série, os alunos do Ensino Fundamental da rede pública de ensino têm a disciplina de química integrada à sua grade. Para iniciar essa disciplina, primeiramente os alunos devem saber o que ela estuda. Analisando algumas informações, tem-se que a química é um ramo das Química que estuda a matéria, suas propriedades, constituição, transformações e a energia envolvida nesses processos, logo a resposta correta é a letra A (INTRODUÇÃO AO ESTUDO... 2016; LOPES; FOGAÇA, 2016; INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 2016). 55% 45% Relação de respostas certas/erradas para a questão 8 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 8 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 8 32 3.4.1.9 Questão 9 Tabela 9 - respostas para a questão 9 9 - Classifique o conhecimento que você adquiriu na área de química, até o 9º ano. 1 5,6% 2 5,6% 3 4,8% 4 7,3% 5 21% 6 12,1% 7 16,1% 8 16,1% 9 4,8% 10 6,5% Essa questão foi feita para o aluno auto avaliar-se, visto que fazendo isso o estudante toma ciência de suas potencialidades e dificuldades (MORAN, 2000). 44% 28% 21% 7% Relações de respostas para a questão 9 Consideraram seu conhecimento insatisfatório (1 - 5) Consideraram seu conhecimento regular (6 e 7) Consideraram seu conhecimento bom (8 e 9) Consideraram seu conhecimento muito bom (10) Gráfico 9 - Relação de respostas para a questão 9 33 3.4.1.10 Questão 10 Tabela 10 - respostas para a questão 10 10 - A sua escolha para prestar o Vestibulinho na área de química teve algum incentivo por parte de seu professor de química/ciências da escola onde você estudava? 1 45,2% 2 5,6% 3 4% 4 3,2% 5 7,3% 6 4,8% 7 10,5% 8 9,7% 9 4% 10 5,6% As palavras de incentivo têm um resultado efetivo nos alunos, e ajudam-nos a serem mais confiantes e terem mais interesse pelo assunto (DUARTE, 2016; A IMPORTÂNCIA DAS... 2014), por isso quando há um índice como esse, deve-se estranhar tamanho desestímulo, o que pode muitas vezes causar nos alunos um desconforto psicológico (ALVES, 2016). 65% 15% 14% 6% Relação de respostas para a questão 10 Consideraram-se insatisfatoriamente incentivados (1 - 5) Consideraram-se regularmente incentivados (6 e 7) Consideraram-se bem incentivados (8 e 9) Consideraram-se muito bem incentivados (10) Gráfico 10 - Relação de respostas para a questão 10 34 3.4.2 Língua Portuguesa O texto a seguir, retirado do livro "As Amazônias" de Paula Saldanha, foi utilizado para responder às questões de 11 a 13. As Amazônias Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu. É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas.É água que não acaba mais (SALDANHA, 1995). 3.4.2.1 Questão 11 Tabela 11 - respostas para a questão 11 11 - No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” (7ª linha) revela A) Admiração pelo tamanho do rio. 91,1% B) Ambição pela riqueza da região. 5,6% C) Medo da violência das águas. 0,8% D) Surpresa pela localização do rio. 2,4% Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra A, ela expressa uma admiração, espanto, por conta da grandeza que tem o rio Amazonas. Toda vez 91% 9% Relação de respostas certas/erradas para a questão 11 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 11 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 11 35 que o autor produz um texto, os termos por ele escolhidos, sempre têm um sentido, que deve ser compreendido pelo leitor levando em conta a intenção do autor. Nesse caso, “água que não acaba mais” é uma hipérbole, e está aplicada no sentido figurado, enfatizam do o volume do rio (BAZZONI, [2012]). 36 3.4.2.2 Questão 12 Tabela 12 - respostas para a questão 12 12 - O texto trata A) Da importância econômica do rio Amazonas. 7,3% B) Das características da região Amazônica. 75,8% C) De um roteiro turístico da região do Amazonas. 11,3% D) Do levantamento da vegetação amazônica. 5,6% Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, pois a autora caracteriza a região amazônica de acordo com seu ponto de vista (BAZZONI, [2012]). 76% 24% Relação de respostas certas/erradas para a questão 12 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 12 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 12 37 3.4.2.3 Questão 13 Tabela 13 - respostas para a questão 13 13 - A frase que contém uma opinião é A) "Cobre mais da metade do território brasileiro". (L. 2) 11,3% B) "Não cansa de admirar as belezas da maior floresta". (L. 3) 63,7% C) "...maior floresta tropical do mundo". (L. 3) 17,7% D) "Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas". (L. 5-6) 7,3% Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, pois a autora diz que a região é bonita, e como isso é relativo de pessoa para pessoa, é sua opinião (BAZZONI, [2012]). 64% 36% Relação de respostas certas/erradas para a questão 13 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 13 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 13 38 3.4.2.4 Questão 14 Leia o texto abaixo, retirado do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, e responda: Óbito do Autor Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco (ASSIS, 2008). Tabela 14 - respostas para a questão 14 14 - No trecho "...é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor...", o humor decorre: A) Do emprego da palavra defunto. 28,2% B) Do jogo de palavras. 54% C) Do emprego da palavra autor. 8,1% D) Da repetição dos vocábulos. 9,7% Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova SARESP do ano de 2010. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, “o humor envolve problemas de interpretação e abstração discursiva. Rir aqui 54% 46% Relação de respostas certas/erradas para a questão 14 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 14 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 14 39 significa compreensão. O que provoca o riso é o jogo de palavras com a mudança de lugar do adjetivo em relação ao substantivo” (SÃO PAULO; HERMAN VOORWALD, 2010). 40 3.4.2.5 Questão 15 Leia o texto abaixo, retirado do livro “Coro Orfeão”, e responda: Coro Orfeão Também se costuma empregar o metrônomo para treino do ritmo. Mas esse emprego deve ser muito discreto, para não mecanizar o estudo. Será preferível fazer funcionar o metrônomo no início da execução, interrompendo-o enquanto ela se desenvolver. Terminado o canto, põe-se o metrônomo a funcionar de novo. Por essa forma, poder-se-á criar um senso crítico do ritmo, pela oportunidade da verificação do andamento de todo desempenho (BARRETO, [s/d]). Tabela 15 - respostas para a questão 15 15 - Observe o trecho: "Será preferível fazer funcionar o metrônomo no início da execução (...)", considerando o texto, verifica-se que o termo destacado significa A) Sinal gráfico colocado no início da pauta musical para servir de referência à identificação das notas. 25,8% B) Vareta com que se tocam instrumentos musicais como a bateria. 7,3% C) Aparelho usado para marcar o compasso, nos estudos musicais. 48,4% D) Registro escrito de uma composição musical que, por decodificação, torna possível a reprodução desta. 18,5% Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova SARESP do ano de 2010. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra C, visto que “o metrônomo produz pulsos de duração regular e exata conforme 48% 52% Relação de respostas certas/erradas para a questão 15 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 15 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 15 41 parâmetros de velocidade e dinâmica estabelecidos pelo seu usuário” (A IMPORTÂNCIA DO... 2011; BARRETO, [s/d]; SÃO PAULO; HERMAN VOORWALD, 2010). 42 3.4.3 Matemática 3.4.3.1 Questão 16 Tabela 16 - respostas para a questão 16 16 - (SARESP - ADAPTADO) Um estudante apanhou aranhas e joaninhas num total de 15, e guardou-as numa caixa. Contou em seguida 108 patas. Uma aranha tem oito patas, enquanto uma joaninha tem seis. Sendo a o número de aranhas na caixa e j o número de joaninhas, qual das alternativas a seguir representa o sistema que, quando resolvido, determinará o número de aranhas e joaninhas na caixa? A) Equação I: 6a + 8j = 108 e Equação II: a + 2j = 15 16,1% B) Equação I: 4a + 3j = 108 e Equação II: a + j = 15 10,5% C) Equação I: 8a + 6j = 108 e Equação II: a + j = 15 47,6% D) Equação I: 8a + 6j = 15 e Equação II: a+ j = 108 25,8% Segundo o gabarito oficial do SARESP, a resposta correta é a letra C. Esta questão é uma equação de primeiro grau com duas variáveis, onde simplesmente deve-se formar um sistema linear para que após resolvido, ele possa determinar o número de joaninhas e aranhas na caixa. 48% 52% Relação de respostas certas/erradas para a questão 16 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 16 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 16 43 3.4.3.2 Questão 17 Tabela 17 - respostas para a questão 17 17 - (SARESP - ADAPTADO) Carla está calculando o custo de uma viagem de carro. Ela sabe que, para andar 120 km, seu carro consome 15 litros de combustível, cujo preço é R$ 2,00 o litro. Para uma viagem de 960 km, Carla gastará, apenas com combustível A) R$ 120,00 10,5% B) R$ 128,00 15,3% C) R$ 220,00 16,1%D) R$ 240,00 58,1% Essa questão foi retirada da prova SARESP, e segundo o gabarito oficial a resposta correta é a letra D. Essa é uma questão de regra de três composta, para resolvê-la basta colocar os valores em ordem, veja: Tabela 18 - esquema para resolução da questão 17 Percurso (Km) Quantidade de combustível (L) Valor (R$) 120 15 30 960 X Y Considerando os valores informados pelo enunciado, é possível indicar o valor gasto com combustível. Veja: 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 (𝐿) ∗ 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 (𝑅$) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 15 ∗ 2 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 30 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) Feito isso, é possível determinar X por meio da multiplicação em cruz, sendo P = percurso (Km), Qc = quantidade de combustível e Qc2 = X, observe: 𝑃1 𝑃2 = 𝑄𝑐1 𝑄𝑐2 120 960 = 15 𝑋 120 ∗ 𝑋 = 960 ∗ 15 120𝑋 = 14400 𝑋 = 14400 120 𝑋 = 120 Com o resultado obtido, de 120 litros, pode-se saber o valor que ela gastará com combustível da seguinte maneira: 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 (𝐿) ∗ 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 (𝑅$) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 120 ∗ 2 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 240 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 44 O valor gasto é de R$ 240,00, confirmando a resposta do gabarito. 58% 42% Relação de respostas certas/erradas para a questão 17 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 17 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 17 45 3.4.3.3 Questão 18 Tabela 19 - respostas para a questão 18 18 - (SARESP - ADAPTADO) A coordenada (a,b) do ponto de intersecção das duas retas, seguindo o sistema apresentado a cima, é dado por A) a = 2, b = 2. 28,2% B) a = -1, b = 1. 19,4% C) a = 1, b = 1. 37,1% D) a = -2, b = 2. 15,3% Essa questão foi retirada da prova SARESP e segundo o gabarito oficial, sua resposta é a letra C. Ela tem como objetivo, identificar as relações entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações do 1º grau. Para resolvê-la, basta resolver o sistema apresentado no enunciado. I: 3𝑥 − 𝑦 = 2 II: −𝑥 − 𝑦 = −2 Resolve-se isolando uma variável, da seguinte forma: 𝑥 + 𝑦 = 2 III: 𝑥 = 2 − 𝑦 Interseccionando as equações I e III pode-se obter: 3 ∗ (2 − 𝑦) − 𝑦 = 2 6 − 3𝑦 − 𝑦 = 2 −3𝑦 − 𝑦 = 2 − 6 −4𝑦 = −4 𝑦 = −4 −4 𝑦 = 1 46 Descobrindo x, substituindo o valor encontrado na equação III pode-se obter: 𝑥 = 2 − 𝑦 𝑥 = 2 − 1 𝑥 = 1 Considerando y = b e x = a, obtêm-se a = 1 e b = 1, comprovando a resposta dada no gabarito oficial. 37% 63% Relação de respostas certas/erradas para a questão 18 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 18 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 18 47 3.4.3.4 Questão 19 Tabela 20 - respostas para a questão 19 19 - (SARESP - ADAPTADO) Observe a figura abaixo e responda: As retas da figura representam graficamente um sistema de duas equações do 1º grau com duas incógnitas cuja solução pode ser representada pelo ponto A) P 17,7% B) Q 61,3% C) R 15,3% D) S 5,6% Essa questão foi retirada da prova SARESP e segundo o gabarito oficial, sua resposta é a letra B. Considerando Sistemas... (2012), todo sistema linear se baseia no princípio: { 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑐 𝑎′𝑥 + 𝑏′𝑦 = 𝑐′ Cada linha do sistema, geometricamente representa uma reta no plano cartesiano, onde há um ponto (x, y) de intersecção que é solução única do sistema, 61% 39% Relação de respostas certas/erradas para a questão 19 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 19 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 19 48 e, portanto, é o ponto de intersecção entre as duas retas (SISTEMAS... 2012). Obtêm-se, então, que a resposta correta, concordando com o gabarito oficial, é a letra B que diz que é o ponto Q. 49 3.4.3.5 Questão 20 Tabela 21 - respostas para a questão 20 20 - (SARESP - ADAPTADO) Em um porta-retratos, a região retangular A, destinada à colocação da foto, é contornada por uma moldura de vidro fosco, que aparece sombreada na figura abaixo. Sabendo que a moldura possui 132 centímetros quadrados (cm2), pode-se concluir que a medida indicada por x, na figura, é igual a A) 12 cm 37,1% B) 14 cm 16,9% C) 16 cm 33,9% D) 18 cm 12,1% Essa questão foi retirada da prova SARESP, e segundo o gabarito oficial, tem-se que a resposta correta é a letra A. Desenvolvendo essa questão, observe abaixo: 𝐹𝑜𝑡𝑜 = 10 ∗ 6 = 60 𝑐𝑚2 𝑀𝑜𝑙𝑑𝑢𝑟𝑎 = 132 𝑐𝑚2 𝐹𝑜𝑡𝑜 + 𝑚𝑜𝑙𝑑𝑢𝑟𝑎 = 60 + 132 = 192 𝑐𝑚2 Para descobrir o valor do X, deve-se recorrer à formula da área do retângulo, onde b é a base (medida maior), h é a altura (medida menor) e A▭ é a área do retângulo: 𝑏 ∗ ℎ = 𝐴▭ 𝑥 ∗ (𝑥 + 4) = 192 𝑥2 + 4𝑥 = 192 𝑥2 + 4𝑥 − 192 = 0 Resolvendo por Bháskara: 𝑥 = −𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 2𝑎 𝑥 = −4 ± √42 − 4 ∗ 1 ∗ (−192) 2 ∗ 1 𝑥 = −4 ± √16 + 768 2 50 𝑥 = −4 ± √784 2 𝑥 = −4 ± 28 2 Tratando-se de um número que expressa medida, descarta-se o “x” cujo resultado é negativo, portanto: 𝑥 = −4 + 28 2 = 24 2 = 12 𝑐𝑚 Concordando com o gabarito da prova, x = 12cm. 37% 63% Relação de respostas certas/erradas para a questão 20 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 20 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 20 51 3.4.3.6 Questão 21 Tabela 22 - respostas para a questão 21 21 - Quando falamos em um número expresso em notação científica, partimos da lei que nos diz que o número deve ser A) Maior ou igual a 0 e menor que 1. 21% B) Maior ou igual a 1 e menor ou igual a 10. 32,3% C) Maior ou igual a 1 e menor que 10. 30,6% D) Maior ou igual a 0 e menor que 9. 16,1% Essa questão é teórica e diz respeito a notação científica e seu conceito, que diz que para estar em notação científica o número deve estar multiplicado por uma potência de base 10 e ser maior ou igual a 1 e menor que 10, por isso, a letra C é a correta (OLIVEIRA, 2016; MARTINS, 2016). 31% 69% Relação de respostas certas/erradas para a questão 21 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 21 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 21 52 3.4.3.7 Questão 22 Tabela 23 - respostas para a questão 22 22 - A velocidade da luz é 299.792.458 m/s. Considerando a teoria de notação científica, o número deve ser representado, corretamente, por A) Aproximadamente 3.108 m/s. 34,7% B) Aproximadamente 3.10-8 m/s. 12,1% C) Aproximadamente 2.108 m/s. 34,7% D) Aproximadamente 2.10-8 m/s. 18,5% Essa questão tem relação com o conceito explanado na questão anterior (OLIVEIRA, 2016; MARTINS, 2016). Além do conceito de notação científica, o aluno também deveria conhecer as regras de arredondamento, que, segundo Silva (2016) e REGRAS... (2013) são: Se o algarismo a ser eliminado for maior que cinco, acrescenta-se uma unidade ao primeiro algarismo que está situado à sua esquerda; Se o algarismo a ser eliminado for menor que cinco, deve-se manter inalterado o algarismo da esquerda. Se o algarismo a ser eliminado for igual a cinco, deve-se olhar o algarismo da esquerda, se ele for ímpar acrescentamos uma unidade a ele, se for par deve-se manter inalterado o algarismo da esquerda. 35% 65% Relação de respostas certas/erradas para a questão 22 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 22 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2253 Isso significa que o número mais próximo do valor expresso no enunciado é 3.108 m/s, pois 3.10.10.10.10.10.10.10.10 é igual a 300.000.000 que se aproxima do número demonstrado na questão, logo, a resposta correta é a letra A. 54 3.4.3.8 Questão 23 Tabela 24 - respostas para a questão 23 23 - Quantos metros o som percorre em 1.103 s? Dados: Velocidade do som = 3,4025.102 m/s A) Aproximadamente 3,4.105 m. 41,1% B) Aproximadamente 3,4.10-5 m. 23,4% C) Aproximadamente 4.105 m. 23,4% D) Aproximadamente 4.10-5 m. 12,1% Essa questão exigia do aluno uma relação entre a notação científica e a lógica, para que ele pudesse montar a conta, uma multiplicação simples, que o aluno poderia resolver de várias maneiras, demonstra-se abaixo o mesmo modo de resolução utilizado para solucionar a questão 17, veja: Tabela 25 - esquema para resolução da questão 23 Percurso (m) Tempo (s) 340,25 1 X 1000 Obviamente, os valores utilizados para a regra de 3 acima, já foram retirados de notação científica para facilitar os cálculos, visto que a regra de multiplicação, divisão, soma e subtração de potências devem ser aprendidas no ensino médio. 340,25 𝑋 = 1 1000 340,25 ∗ 1000 = 1 ∗ 𝑋 41% 59% Relação de respostas certas/erradas para a questão 23 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 23 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 23 55 340250 = 𝑋 Utilizando os conceitos da questão 21, pode-se afirmar que a resposta para essa questão é a seguinte: 3,40250 ∗ 105 Arredonda-se para obter o número 3,4.105 m, que é a resposta correta e a letra A. 56 3.4.3.9 Questão 24 Tabela 26 - respostas para a questão 24 24 - Falando sobre conversão de medidas, temos que 12,52 Km equivalem à A) 12520 m. 56,5% B) 125,2 m. 8,1% C) 1252 m. 21% D) 1,252 m. 14,5% Essa questão pedia para que os alunos transformassem Km em m, e para isso também pode-se usar o mesmo esquema da questão anterior e da questão 17, que pode ser apresentado da seguinte maneira: Tabela 27 - esquema para resolução da questão 24 Km m 1 1000 12,52 X 1 12,52 = 1000 𝑋 12,52 ∗ 1000 = 1 ∗ 𝑋 12520 = 𝑋 Pelo esquema apresentado acima já é possível avaliar que a alternativa correta, neste caso, é a alternativa A. 56% 44% Relação de respostas certas/erradas para a questão 24 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 24 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 24 57 3.4.3.10 Questão 25 Tabela 28 - respostas para a questão 25 25 - Comprando piso para construção de um barracão, o engenheiro observou que havia feito a medida para 1Km2, entretanto, a loja de construção vendia pisos com medidas em m2. Considerando que cada piso mede 0,5 m2, quantos pisos são necessários nessa obra? A) 2 milhões de pisos. 32,3% B) 20 mil pisos. 7,3% C) 1 milhão de pisos. 14,5% D) 5 milhões de pisos. 46% Nessa questão o aluno deveria fazer uma divisão simples, para tanto ele deveria saber quanto vale um quilômetro em metros, e relacionar que um número ao quadrado é ele multiplicado por ele mesmo, portanto: 1𝐾𝑚2 = 1000 𝑚 ∗ 1000 𝑚 1𝐾𝑚2 = 1000000 𝑚2 Para que depois, pudesse ser aplicada a divisão abaixo: 𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑠𝑜 𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 = 1000000 0,5 𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 = 2000000 O número de pisos necessários para que o barracão fosse completamente revestido é 2 milhões de pisos. Por isso, alternativa correta: letra A. 32% 68% Relação de respostas certas/erradas para a questão 25 Responderam corretamente Não responderam corretamente Gráfico 25 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 25 58 3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR ÁREA Quando se observa o trabalho por questão, não há uma clareza nas informações obtidas, assim, optou-se por condensar as principais dificuldades apresentadas pelos alunos dentro de cada disciplina (gráficos 26, 27 e 28) e a disciplina na qual os alunos têm mais dificuldade (gráfico 29). 3.5.1 Principais Dificuldades dos Alunos Dentro de Cada Disciplina 3.5.1.1 Língua Portuguesa Nesta disciplina não é possível determinar os tópicos específicos, pois todas as questões são de interpretação, por isso o gráfico é mais geral, demonstrando alunos que têm e que não têm conhecimento da mesma. 63% 37% Alunos que demonstraram e não demonstraram conhecimento na interpretação de textos Demonstraram Não demonstraram Gráfico 26 - Alunos que demonstraram e não demonstraram conhecimento na interpretação de textos 59 3.5.1.2 Química Quando se observa a disciplina de química, pode-se elencar alguns tópicos, mais específicos, que foram escolhidos para este trabalho, como: A água e suas transformações: o Estados físicos da água; o Ciclo da água; o Características da água potável. Misturas e substâncias; As substâncias que formam o nosso planeta: o Matéria. A química no ensino fundamental. 49,96 57,9 44,35 45,2 0 10 20 30 40 50 60 70 A água e suas transformações Misturas e substâncias As substâncias que formam o nosso planeta Química no ensino fundamental Principais dificuldades apresentadas em química A água e suas transformações Misturas e substâncias As substâncias que formam o nosso planeta Química no ensino fundamental Gráfico 27 - Principais dificuldades apresentadas em química 60 3.5.1.3 Matemática Na disciplina de matemática, pode-se identificar os seguintes tópicos, que foram apresentados nesse trabalho: Equação de primeiro grau com duas variáveis; Regra de três composta; Relação entre a álgebra e a geometria; Sistema linear; Área de um polígono; Notação científica; Conversão de unidades. 3.5.2 Principais Dificuldades dos Alunos Quando os dados são visualizados de modo a analisar quais as maiores dificuldades dos alunos por disciplina, obtém-se o gráfico 29, que mostra que a principal dificuldade dos alunos é a matemática com 40%, contra 36% em química e, consequentemente, 24% para língua portuguesa. Uma das justificativas para que os índices de química e matemática se equiparem, segundo Isuyama (1998) é porque a química é baseada em observações experimentais fundamentadas de forma totalmente lógica. Os alunos quando chegam ao curso de química, já devem conseguir relacionar os conteúdos apresentados de forma lógica, visto que a lógica é apresentada a eles nas primeiras 52,4 41,9 62,9 38,7 62,9 64,53 55,6 0 10 20 30 40 50 60 70 Principais dificuldades apresentadas em Matemática Equação de primeiro grau com duas variáveis Regra de três composta Relação entre a álgebra e a geometria Sistema linear Área de um polígono Notação científica Conversão de unidades Gráfico 28 - Principais dificuldades apresentadas em matemática 61 fazes do processo de aprendizagem (CORDENONSI; BERNARDI; SCOLARI, 2016). A química é a lógica fundamentando fenômenos naturais de modo que possa explica-los. 3.6 PROBLEMAS RELATADOS E CORRELACIONADOS Há algum tempo, existe entre os estudiosos e pesquisadores na área de educação, uma preocupação para que contribuam para um trabalho mais rico e significativo nas escolas. Entretanto, quando se analisa o contexto escolar atual, são vistas muitas reclamações e insatisfações por parte dos professores em relação aos alunos e vice-versa (LOPES, 2008). Antes de professor, o profissional da educação é um educador, e com a funçãode educar, ele deve antes de qualquer coisa, “[...] colaborar para que professores e alunos [...] transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem” (MORAN, 2000), ajudando os alunos a construir sua identidade, seu caminho pessoal e profissional, desenvolver suas habilidades de compreensão, emoção e comunicação, que os tornem cidadãos. Isto é, os profissionais da educação devem se dar conta que o processo ensino-aprendizagem é um espaço onde deve haver uma relação harmoniosa entre professor e aluno (TUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005; MORAN, 2000), indo de encontro com a realidade apresentada no parágrafo anterior. Principais dificuldades apresentadas pelos alunos Ciências da Natureza Língua Portuguesa Matemática Gráfico 29 - Principais dificuldades apresentadas pelos alunos 62 3.6.1 Interferindo na Atividade Psíquica do Aluno O professor que está empenhado em promover a aprendizagem do aluno, deve, sobretudo, interferir em sua atividade psíquica, ou seja, aprender como o aluno pensa, pensar como seu aluno pensa. Esse tópico vem antes de todos porque os métodos de ensino são eficazes somente quando estão em sintonia com os modos de pensar do aluno (TUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005). Nesse sentido, é compreensível que é o aluno quem dirige seu próprio processo de aprender. 3.6.2 O Papel do Docente Muitos professores não compreendem a importância que desempenham na vida dos alunos, visto que quando são observados, pode-se perceber que muitos deles acreditam que sua missão é apropriar-se de um conteúdo e apresenta-lo aos alunos em sala de aula (LOPES, 2008). Essa realidade deve ser mudada para que uma nova relação entre professores e alunos comece a existir dentro das instituições de ensino, vinculando o lado profissional e individual do professor com seu papel social (LOPES, 2008). 3.6.3 Falta de Recursos Assim como outros profissionais, o docente necessita de condições favoráveis para que possa desenvolver o seu trabalho de uma forma que promova a aprendizagem (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). 3.6.4 Falta de Motivação Outro motivo que deve ser considerado como extremamente relevante, é a falta de motivação por parte dos alunos e professores, visto que os ensinos fundamental e médio, atualmente no Brasil, são obrigatórios e nem todos os alunos estão interessados em estar naquele ambiente, e tornam o trabalho do professor mais árduo, desestabilizando-o (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). 3.6.4.1 Por Parte do Professor Segundo Carvalho, Pereira e Ferreira (2007), o professor é o responsável por nortear os alunos, motivando-os para a aprendizagem do conteúdo apresentado. Porém, nem sempre isso ocorre, e alguns professores têm realizado aulas monótonas e maçantes, desmotivando os alunos e tirando o interesse que eles têm 63 para aprender na escola. Entre esses motivos, acrescenta Carvalho, Pereira e Ferreira (2007), alguns podem ser citados como os mais relevantes, interferindo nas aulas e causando a desmotivação: Avaliações obrigatórias, com fundamentos pouco didáticos e mais estatísticos; Propostas pedagógicas pouco desafiadoras; Muitos alunos por sala; Falta de uma boa administração de tempo; Sobrecarga de trabalho. Tudo isso faz com que alguns professores não queiram inovar e permaneçam na mesmice de sempre, colaborando para que a aprendizagem dos alunos seja comprometida (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). Fato é que, “[...] se o professor não está motivado, se não exerce de forma satisfatória sua profissão, é muito difícil que seja capaz de comunicar a seus alunos entusiasmo, interesse pelas tarefas escolares; é definitivamente, muito difícil que seja capaz de motivá-los” (Tapia e Fita, 2003, p.88 apud CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007) 3.6.4.2 Por parte do aluno Como ocorre com os professores, Carvalho, Pereira e Ferreira (2007) salienta que “são inúmeros os motivos que levam os alunos a variarem em intensidade o desejo de aprender”. Desse modo, cada aluno responde de forma diferente a situações permanente ou mutáveis, das quais ele tem ou não o controle, de acordo com a possibilidade ou não de interferência nelas. Visto que, para Carvalho, Pereira e Ferreira (2007), a motivação é entendida como um requisito, uma condição prévia da aprendizagem, porque vale salientar que sem motivação não há aprendizagem, já que o aluno desmotivado estuda muito pouco ou nada, e como consequência aprende pouco. Alguns motivos explanados por Carvalho, Pereira e Ferreira (2007) devem ser apresentados para que o contexto seja desenvolvido de forma concreta: Grande quantidade de atividades monótonas, que não despertam a curiosidade do aluno; Falta de apoio familiar aos alunos; 64 Perspectivas negativas de futuro, dadas pela própria família e amigos; Sobrecarga de trabalho. Um perfeito controle da motivação que o aluno sente, pode sobrepor a aprendizagem, visto que quando há esse poder, a aprendizagem cuida de si mesmo. Assim, já há algum tempo, a motivação tornou-se um problema na educação, visto que sua queda repercute na queda da qualidade das tarefas de aprendizagem, e tem sido abordada sob diversas visões na história da psicologia, sendo um processo rico em detalhes e em maneiras de ser abordado (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). 3.6.4.3 No ensino da química Antes do real problema ser apresentado, deve-se compreender que o propósito do ensino de química é a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo, de forma que essas integrem e interajam com os alunos e que eles possam, a partir daí, tomar sua decisão e interagir com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (ALMEIDA et al., 2008). Alguns motivos apresentados como responsáveis pela falta de motivação no estudo da química, além dos motivos apresentados nos dois últimos itens, têm sua relevância e são indicados por Almeida et al. (2008): Não gostar da disciplina: o Pelo modo como é ensinada; o Por não entender a importância da disciplina; o Dificuldade em entender o conteúdo; o Por envolver conceitos de outras disciplinas como matemática e física. 3.7 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS 3.7.1 Diálogo Professor-Aluno O desenvolvimento das funções psicológicas sobrepõe o processo de aprender, e por isso ter alguém que ajude nesse processo é essencial, quando esse que ajuda é o professor, a ajuda é planejada, sistemática, tem objetivos claros quanto a aprendizagem do aluno. “Logo, é preciso conhecer o que já há [...] para definir o que poderá ser” (TUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005). Desse 65 modo, quanto mais o professor compreende a importância e dimensão do diálogo como uma postura necessária em suas aulas, os avanços serão conquistados por despertarem uma curiosidade e certa liberdade aos alunos, já que o professor acaba conquistando o aluno (LOPES, 2008). Quando o professor atua como mediador, ele se torna muito mais que um representante convencendo seu cliente a comprar um produto, ele se torna alguém capaz de articular as experiências que os alunos têm com o mundo, fazendo-os refletir sobre o que ocorre em sua volta, e assume o papel do docente como um verdadeiro educador, humanizador. Assim, A atuação do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de mediador da aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o aluno a qualidade de mediação exercida pelo professor, pois desse processo dependerão os avanços e as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola (LOPES, 2008). Entretanto, esse diálogo e essa forma de relação interpessoal não almeja