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Ensino da Química: Déficit nos Conhecimentos Básicos


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ETEC CIDADE DO LIVRO 
 
 
RAUL GUILHERME DIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSINO DA QUÍMICA: 
DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lençóis Paulista - SP 
2016
 
 
 
 
 
 
RAUL GUILHERME DIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSINO DA QUÍMICA: 
DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Etec Cidade do Livro, como 
requisito para obtenção da Habilitação 
Profissional Técnica de Nível Médio de 
Técnico em Química. 
Orientador: Prof. Ricardo da Silva Teixeira 
Coorientadora: Prof.ª Carmem Adélia 
Simonssine Beline 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lençóis Paulista - SP 
2016 
 
 
 
 
ENSINO DA QUÍMICA: 
DÉFICIT NOS CONHECIMENTOS BÁSICOS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec Cidade do Livro, 
como requisito para obtenção da Habilitação Profissional Técnica de 
Nível Médio de Técnico em Química. 
 
 
 
 
 
____________________________________ 
Prof. Ricardo da Silva Teixeira 
Orientador 
 
 
 
 
 
____________________________________ 
Prof.ª Carmem Adélia Simonssine Beline 
Coorientadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lençóis Paulista, 01 de dezembro de 2016. 
 
 
 
AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
Pelo presente instrumento, autorizo a divulgação, utilização e disposição, na íntegra 
ou em partes, para fins institucionais, educativos, informativos e/ou culturais, do 
Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolvido pelo integrante do 4º Módulo do 
Curso Técnico em Química, no período noturno cujo tema é Ensino da Química: 
Déficit nos conhecimentos básicos, sem que isto implique ônus para essa instituição. 
 
Integrante que autoriza o uso do trabalho para os fins citados acima: 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
Raul Guilherme Dias - 46.570.259-4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lençóis Paulista, 01 de dezembro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho às mulheres 
da minha vida, minha mãe Isabel 
Silva e minha tia Irene Pelegrin.
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço em primeiro lugar a Deus por todas as obras que Ele tem realizado 
em minha vida em todos esses anos. Em segundo lugar, agradeço a minha família 
por toda paciência nesses dois anos, em especial a minha mãe Isabel Silva, pois, 
sem ela eu não estaria aqui e não seria nada do que sou; a minha irmã Camila Dias, 
que nesses últimos meses esteve ainda mais presente, sempre me apoiando; e ao 
meu pai Wilson Dias, que sempre me apoiou e deu forças, fazendo-me tornar o 
homem que sou hoje. 
Neste ponto, deixo claro minha gratidão à minha tia Irene por todo incentivo e 
nesses dois anos, nela que eu me inspiro, um dia almejo ter toda sua força de 
vontade. 
A todos os professores, agradeço por todo incentivo nesses dois anos de 
curso, aos professores: Rogério Falasca Alexandrino, Luciane Eneida Paccola, José 
Benedito Júnior, Fernanda Raqueli Cândido, Hudson Bernardo Castanheira, Sídney 
Joaquim Vieira, Cláudio Rogério Bonafé. 
Faço menção especial à professora Carmem Adélia Simonssine Beline, 
coorientadora desse trabalho, que não mediu esforços para que tudo desse certo; ao 
professor Ricardo da Silva Teixeira, orientador desse trabalho, que sempre esteve 
ao meu lado me apoiando em todos os momentos, e corrigindo quando necessário; 
e por último à professora Camila Ramos Giglioli da Silva, que dedicou seu tempo me 
ajudando na revisão do presente trabalho. 
Agradeço também as minhas companheiras de bancada Vanessa Castro e 
Naiara Silva e ao compadre Leonardo Lívio, que todos os dias me aguentaram e 
fizeram das minhas noites mais alegres, e das aulas práticas ainda mais divertidas. 
Não posso esquecer de agradecer a pessoa que me aguenta todos os dias, 
que traz alegria à minha vida, Luma Puga, muito obrigado, você não sabe o quanto é 
especial para mim. 
Sem deixar de lado meus companheiros de intervalo: Julian Caroline, 
Veronica Leme, Maria Eduarda Santos, Luiz Henrique e Lucas Barbosa, vocês 
ajudaram a aguentar as noites que já não acabavam mais. 
Por último, mas não menos importante, agradeço aos colegas do carro, 
Armando Paccola, Guilherme Leda e Bruno Medolago, vocês são atormentados, 
mas as idas e vindas não poderiam ter sido mais engraçadas. 
 
 
Enfim, agradeço a toda a turma por fazer parte da minha vida, de cada um 
levo comigo uma parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Em tudo o que você fizer, seja sempre 
humilde, guardando zelosamente a 
pureza de seu coração e a pureza de 
seu corpo”. 
(São Padre Pio de Pietrelcina) 
 
 
“O aumento do conhecimento é como 
uma esfera dilatando-se no espaço: 
quanto maior a nossa compreensão, 
maior o nosso contato com o 
desconhecido”. 
(Blaise Pascal) 
 
 
 
 
DIAS, Raul Guilherme. Ensino da Química: Déficit nos Conhecimentos Básicos. 
2016. 95 f. TCC - Curso de Técnico em Química, Etec Cidade do Livro, Lençóis 
Paulista, 2016. 
 
RESUMO 
É perceptível a deficiência que os cursos técnicos, em geral, vêm sentido por conta 
do déficit no ensino básico. O curso de química não está longe dessa realidade, e 
para que haja uma melhoria, propôs-se uma sondagem dos conteúdos que os 
alunos trouxeram como bagagem. Foi aplicado um questionário que continha 
algumas questões específicas sobre assuntos importantes para o desenvolvimento 
do curso técnico em química, que mais adiante foram compilados trazendo os 
resultados das principais dificuldades apresentadas pelos alunos, utilizando para 
isso a auto avaliação. Interseccionando os dados apresentados pela bibliografia com 
os dados levantados no questionário, foi possível a definição de alguns problemas 
que são mais relatados, por alunos, professores e estudiosos. Analisando os 
problemas apresentados, foi possível definir algumas possíveis soluções para que 
os mesmos fossem amenizados e não influenciassem tanto no âmbito do curso 
técnico, além de deixar espaço para outras possíveis soluções para que pudessem 
ser desenvolvidas em um futuro trabalho. Claramente, o trabalho consiste, portanto, 
em um apanhado de informações aplicadas no contexto em que foi realizado. 
 
Palavras-chave: Déficit. Ensino Básico. Dificuldades. Química. Auto avaliação. 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 1 ......................... 23 
Gráfico 2 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2 ......................... 25 
Gráfico 3 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 3 ......................... 26 
Gráfico 4 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 4 ......................... 27 
Gráfico 5 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 5 ......................... 28 
Gráfico 6 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 6 ......................... 29 
Gráfico 7 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 7 ......................... 30 
Gráfico 8 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 8 ......................... 31 
Gráfico 9 - Relação de respostas para a questão 9 ................................................. 32 
Gráfico 10 - Relação de respostas para a questão 10 ............................................. 33 
Gráfico 11 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 11 ..................... 34 
Gráfico 12 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 12..................... 36 
Gráfico 13 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 13 ..................... 37 
Gráfico 14 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 14 ..................... 38 
Gráfico 15 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 15 ..................... 40 
Gráfico 16 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 16 ..................... 42 
Gráfico 17 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 17 ..................... 44 
Gráfico 18 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 18 ..................... 46 
Gráfico 19 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 19 ..................... 47 
Gráfico 20 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 20 ..................... 50 
Gráfico 21 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 21 ..................... 51 
Gráfico 22 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 22 ..................... 52 
Gráfico 23 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 23 ..................... 54 
Gráfico 24 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 24 ..................... 56 
Gráfico 25 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 25 ..................... 57 
Gráfico 26 - Alunos que demonstraram e não demonstraram conhecimento na 
interpretação de textos .............................................................................................. 58 
Gráfico 27 - Principais dificuldades apresentadas em química ................................ 59 
Gráfico 28 - Principais dificuldades apresentadas em matemática .......................... 60 
Gráfico 29 - Principais dificuldades apresentadas pelos alunos............................... 61 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - respostas para a questão 1 ..................................................................... 23 
Tabela 2 - respostas para a questão 2 ..................................................................... 25 
Tabela 3 - respostas para a questão 3 ..................................................................... 26 
Tabela 4 - respostas para a questão 4 ..................................................................... 27 
Tabela 5 - respostas para a questão 5 ..................................................................... 28 
Tabela 6 - respostas para a questão 6 ..................................................................... 29 
Tabela 7 - respostas para a questão 7 ..................................................................... 30 
Tabela 8 - respostas para a questão 8 ..................................................................... 31 
Tabela 9 - respostas para a questão 9 ..................................................................... 32 
Tabela 10 - respostas para a questão 10 ................................................................. 33 
Tabela 11 - respostas para a questão 11 ................................................................. 34 
Tabela 12 - respostas para a questão 12 ................................................................. 36 
Tabela 13 - respostas para a questão 13 ................................................................. 37 
Tabela 14 - respostas para a questão 14 ................................................................. 38 
Tabela 15 - respostas para a questão 15 ................................................................. 40 
Tabela 16 - respostas para a questão 16 ................................................................. 42 
Tabela 17 - respostas para a questão 17 ................................................................. 43 
Tabela 18 - esquema para resolução da questão 17 ................................................ 43 
Tabela 19 - respostas para a questão 18 ................................................................. 45 
Tabela 20 - respostas para a questão 19 ................................................................. 47 
Tabela 21 - respostas para a questão 20 ................................................................. 49 
Tabela 22 - respostas para a questão 21 ................................................................. 51 
Tabela 23 - respostas para a questão 22 ................................................................. 52 
Tabela 24 - respostas para a questão 23 ................................................................. 54 
Tabela 25 - esquema para resolução da questão 23 ................................................ 54 
Tabela 26 - respostas para a questão 24 ................................................................. 56 
Tabela 27 - esquema para resolução da questão 24 ................................................ 56 
Tabela 28 - respostas para a questão 25 ................................................................. 57 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
SARESP - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo 
TRI - Teoria de Resposta ao Item 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 
1.1 UM PROBLEMA QUE VEM DO ENSINO BÁSICO .................................................. 15 
1.2 O CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO ...................................................................... 16 
1.3 OS EXPERIMENTOS NA MINIMIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE COMPREENSÃO ...... 17 
2 METODOLOGIA .................................................................................................... 19 
3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 20 
3.1 O PRÉ-DESENVOLVIMENTO ............................................................................ 20 
3.2 QUESTIONÁRIO .............................................................................................. 20 
3.2.1 Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias ...................................... 20 
3.2.2 Matemática e Suas Tecnologias ...................................................... 21 
3.2.3 Química ........................................................................................... 21 
3.3 FORMA COMO OS RESULTADOS FORAM APRESENTADOS .................................. 22 
3.4 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO POR QUESTÃO .............................................. 23 
3.4.1 Química ........................................................................................... 23 
3.4.1.1 Questão 1 ..................................................................................................... 23 
3.4.1.2 Questão 2 ..................................................................................................... 25 
3.4.1.3 Questão 3 ..................................................................................................... 26 
3.4.1.4 Questão 4 ..................................................................................................... 27 
3.4.1.5 Questão 5 ..................................................................................................... 28 
3.4.1.6 Questão 6 ..................................................................................................... 29 
3.4.1.7 Questão 7 ..................................................................................................... 30 
3.4.1.8 Questão 8 ..................................................................................................... 31 
3.4.1.9 Questão 9 ..................................................................................................... 32 
3.4.1.10 Questão 10 ................................................................................................. 33 
3.4.2 Língua Portuguesa ..........................................................................34 
3.4.2.1 Questão 11 ................................................................................................... 34 
3.4.2.2 Questão 12 ................................................................................................... 36 
3.4.2.3 Questão 13 ................................................................................................... 37 
3.4.2.4 Questão 14 ................................................................................................... 38 
 
 
3.4.2.5 Questão 15 ................................................................................................... 40 
3.4.3 Matemática ...................................................................................... 42 
3.4.3.1 Questão 16 ................................................................................................... 42 
3.4.3.2 Questão 17 ................................................................................................... 43 
3.4.3.3 Questão 18 ................................................................................................... 45 
3.4.3.4 Questão 19 ................................................................................................... 47 
3.4.3.5 Questão 20 ................................................................................................... 49 
3.4.3.6 Questão 21 ................................................................................................... 51 
3.4.3.7 Questão 22 ................................................................................................... 52 
3.4.3.8 Questão 23 ................................................................................................... 54 
3.4.3.9 Questão 24 ................................................................................................... 56 
3.4.3.10 Questão 25 ................................................................................................. 57 
3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR ÁREA ............................................................ 58 
3.5.1 Principais Dificuldades dos Alunos Dentro de Cada Disciplina ....... 58 
3.5.1.1 Língua Portuguesa ....................................................................................... 58 
3.5.1.2 Química ........................................................................................................ 59 
3.5.1.3 Matemática ................................................................................................... 60 
3.5.2 Principais Dificuldades dos Alunos .................................................. 60 
3.6 PROBLEMAS RELATADOS E CORRELACIONADOS ............................................... 61 
3.6.1 Interferindo na Atividade Psíquica do Aluno .................................... 62 
3.6.2 O Papel do Docente ........................................................................ 62 
3.6.3 Falta de Recursos ........................................................................... 62 
3.6.4 Falta de Motivação .......................................................................... 62 
3.6.4.1 Por Parte do Professor ................................................................................. 62 
3.6.4.2 Por parte do aluno ........................................................................................ 63 
3.6.4.3 No ensino da química ................................................................................... 64 
3.7 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS ................................................... 64 
3.7.1 Diálogo Professor-Aluno .................................................................. 64 
3.7.2 Auto Avaliação ................................................................................. 65 
3.7.3 Individualização do Aluno ................................................................ 66 
3.7.4 Ambiente Afetuoso .......................................................................... 67 
 
 
3.7.4.1 Para os adolescentes ................................................................................... 68 
3.7.4.2 Para os jovens .............................................................................................. 69 
3.7.5 Tipos de Abordagem no Processo Ensino-Aprendizagem .............. 69 
3.7.5.1 Tradicional .................................................................................................... 69 
3.7.5.2 Comportamentalista ...................................................................................... 70 
3.7.5.3 Humanista .................................................................................................... 70 
3.7.5.4 Cognitiva ...................................................................................................... 70 
3.8 OUTRAS POSSÍVEIS SOLUÇÕES ...................................................................... 71 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 72 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73 
APÊNDICE ................................................................................................................ 82 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ............................................................................... 83 
ANEXOS ................................................................................................................... 92 
ANEXO A - FUNDAMENTOS DA TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM ................................. 93 
 
 
 
 15 
1 INTRODUÇÃO 
É um fato que o ensino tradicional é alvo de inúmeras críticas; no modelo 
onde o professor expõe as informações, e o aluno é um simples aprendiz que deve 
ouvir e absorver as informações. Essas, quase nunca, se relacionam aos 
conhecimentos que os alunos trazem como base do que já foi vivenciado no ensino 
fundamental e médio. Aqui está um ponto importante, pois quando não há relação 
entre o que o aluno já sabe ou já viveu e aquilo que ele está aprendendo, a 
aprendizagem não é desenvolvida de forma satisfatória (GUIMARÃES, 2009). 
Consequentemente, as frequentes aulas expositivas e dialogadas, respondem 
a questionamentos aos quais os alunos talvez não tiveram acesso, ou seja, um 
conhecimento na maioria das vezes não é por eles vivenciado, em uma situação 
cotidiana, uma situação real, prática. Então, nesse caso, a criação de problemas 
reais e concretos que promovam o relacionamento de ideias e construção de 
conceitos, é de suma importância, e válida aos alunos para a construção do próprio 
conhecimento (GUIMARÃES, 2009). 
Essa construção se dará de forma que o aluno conseguirá relacionar cada 
conceito dado a ele, com um problema real, que ele já vivenciou, ou que pretende 
vivenciar. Além disso, outros fatos também devem ser explanados para uma melhor 
compreensão dessa problemática, serão discutidos a seguir. 
1.1 UM PROBLEMA QUE VEM DO ENSINO BÁSICO 
Em 2003, os alunos do Ensino Médio brasileiro, conquistaram o 40º lugar 
entre os alunos dos 41 países no teste de Ciências e Matemática do Programa 
Internacional de Avaliação de Alunos (FERNANDEZ et al., 2007). 
Em 1991 havia 3,8 milhões de estudantes com matrícula no Ensino Médio, 5 
anos depois, em 1996, esse número passou para 5,7 milhões, em 1999, para 7,7 
milhões e em 2005 esse número saltou para 9 milhões de alunos, segundo dados do 
Censo Escolar. Essa expansão de alunos no ensino médio provocou 
consequentemente, o crescimento de alunos nos cursos superiores e técnicos, para 
atender a demanda de alunos que deixam o Ensino Médio e querem continuar sua 
formação acadêmica. De certo modo, esse dado comprova que, mesmo havendo 
uma notável expansão do Ensino Médio no Brasil nos últimos anos,não houve uma 
 16 
melhoria na qualidade de ensino que acompanhasse tal expansão. (FERNANDEZ et 
al., 2007). 
Além desses dados, podemos citar que muitos alunos sentem dificuldades 
para entender questões de química, principalmente aquelas que envolvem os 
cálculos matemáticos, pois muitas vezes exigem que os alunos tenham 
conhecimentos além dos conceitos químicos, embasamento nos conceitos 
matemáticos para resolver aquela questão, que pode ser uma resolução de 
problema que necessite do acompanhamento de raciocínio lógico e de interpretação. 
Além de que 61% dos alunos acham que a carga horária é insuficiente para 
aprender os assuntos da disciplina de química, no Ensino Médio (SILVA, 2013). 
Outro argumento relevante é que nos cursos que formam professores, 
também há um problema com a falta de qualidade. Desse modo, não fica difícil 
compreender que os resultados apresentados têm mais causas além do número de 
alunos; a qualidade de ensino dos professores também influencia no mesmo. Logo, 
enquanto a dificuldade no ensino médio permanecer, esses alunos deverão ter suas 
dificuldades sanadas nos seus futuros cursos superiores e técnicos (FERNANDEZ et 
al., 2007). 
1.2 O CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 
Uma das grandes dificuldades dos alunos de química segundo Gomes e 
Macedo (2007), o cálculo estequiométrico, que se define como medida dos 
elementos e, dessa maneira, podem calcular as quantidades de substâncias 
envolvidas em uma reação a partir das quantidades de outras substâncias. 
Nesse caso, o maior problema que causa a dificuldade como em muitos 
outros ramos da química é a matemática (GOMES; MACEDO, 2007). 
Porém, afirmam Gomes e Macedo (2007), que o ensino da Química foi 
reduzido à transmissão de informações, definições e leis isoladas, sem qualquer 
relação com a vida do aluno, exigindo, deste modo, quase que uma pura 
memorização, principalmente das fórmulas, sem muitos esforços cognitivos para 
compreensão. 
Em vez de optar pela compreensão, os conceitos, muitas vezes, são impostos 
aos alunos de maneira que eles os decorem. Entretanto, isso não os ajudará mais 
adiante por que os alunos não saberão qual a aplicação prática daquela ideia. Eles 
 17 
apenas decoram regras e sabem aplicá-la desde que o exercício se encaixe nos 
moldes dos exemplos desenvolvidos em sala (GOMES; MACEDO, 2007). 
 
Enfatizam-se muitos tipos de classificação que não representam 
aprendizagens significativas. Reduz-se o conhecimento químico a fórmulas 
matemáticas e à aplicação de “regrinhas”, que devem ser exaustivamente 
treinadas, supondo a mecanização e não o entendimento de uma situação 
problema. Em outros momentos, o ensino atual privilegia aspectos teóricos, 
em níveis de abstração inadequados aos estudantes (GOMES; MACEDO, 
2007). 
 
1.3 OS EXPERIMENTOS NA MINIMIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE COMPREENSÃO 
É de conhecimento dos professores das ciências em geral, o fato que a 
experimentação desperta um alto nível de interesse, independentemente do nível de 
escolarização (médio, técnico ou superior). Complementando isto, Afonso e Leite 
(2000), dizem que não há uma única forma de ensinar, e por isso todas as aulas 
devem ser encaradas como de natureza teórica e prática. 
A aula prática, segundo Guimarães (2009) pode ser uma estratégia eficiente 
para a criação de problemas que permitam a contextualização, ou seja, o 
relacionamento de ideias, bem como a interdisciplinaridade. Dessa forma, o aluno 
terá uma resposta aos questionamentos feitos, por meio de uma interação feita 
através do contexto criado - o experimento. 
Aulas experimentais podem se fundamentar em ilustrar um princípio, 
desenvolver atividades práticas, testar hipóteses ou funcionar como investigação. 
Sendo que a investigação, deixa o aluno intrigado com o que aconteceu e com o que 
deve ser observado, e por isso é a que mais ajuda o aluno a aprender 
(GUIMARÃES, 2009). 
Isso porque, quando a experimentação é feita de modo que o aluno apenas 
siga o roteiro, e tenha o que deve ser observado e o resultado esperado, não 
acrescentará nada ao cognitivo do mesmo. Da mesma forma, a prática realizada 
sem nenhuma informação, não acrescentará nada ao aluno, pois ele não conseguirá 
absorver nada daquilo que ele observou, pois não soube sobre qual ponto de vista 
deveria observar, qual era o ponto chave da experiência (GUIMARÃES, 2009). 
Entretanto se o aluno tiver, nada mais que, um norte sobre o que observar, 
sua indagação terá um sentido, e ele não irá obter a resposta desse questionamento 
por conta do professor (porque o professor disse a ele qual deveria ser o resultado e 
 18 
o porquê aquilo aconteceu), muito menos ficará desnorteado sobre o que deve 
observar, mas sim - por conta própria, por seus próprios questionamentos e suas 
próprias hipóteses e habilidades - desenvolverá um conceito (GUIMARÃES, 2009). 
Tal conceito, mais adiante deverá ser relacionado com aquilo que o professor 
explanou em sala de aula, com embasamento teórico apropriado para que uma 
relação seja feita entre as duas informações e a aprendizagem seja completa e 
concreta (GUIMARÃES, 2009). 
 
 19 
2 METODOLOGIA 
A partir do estudo da organização dos conteúdos da grade curricular do ciclo 
II do Ensino fundamental (FINI; MACHADO, 2010; SÃO PAULO; FINI, 2011) e 
seguindo os modelos de avaliações propostas entre 2008 e 2012, pela prova 
SARESP (ferramenta usada para a orientação da qualidade da educação básica no 
Estado de São Paulo) e pela Prova Brasil (cujo objetivo é avaliar a qualidade do 
ensino ministrado nas escolas públicas), foi desenvolvido um questionário com 25 
questões para serem aplicadas em 5 turmas do ensino técnico de química, das 
modalidades modular e integrada, da Etec Cidade do Livro (Apêndice A). 
As questões foram aplicadas em todas as turmas, separadamente, em dois 
dias utilizando a ferramenta “Google Docs - Formulários”, visto que os resultados 
são dispostos em tabelas e gráficos que permitem visualizar em tempo real, quantas 
pessoas já responderam, as alternativas respondidas e muitas outras informações 
úteis para se interpretar os resultados obtidos que, posteriormente, foram 
compilados. 
 20 
3 DESENVOLVIMENTO 
3.1 O PRÉ-DESENVOLVIMENTO 
No pré-desenvolvimento desse trabalho, foi estudado como seriam avaliados 
os conhecimentos que os alunos trouxeram como bagagem para o curso de técnico 
em química. Escolheu-se o método da auto avaliação, considerando que para 
responderem, os alunos teriam que avaliar seus conhecimentos pensando antes de 
ingressarem no curso de química, e desta forma a avaliação seria feita por eles, e 
não pelo aluno que propôs tal atividade, indagando-os de seus conhecimentos 
adquiridos até o 9º ano/8ª série e sobre seu aproveitamento do ensino fundamental. 
3.2 QUESTIONÁRIO 
O questionário foi elaborado visando abranger todas as competências 
essenciais para o curso de química, que são principalmente matemática e suas 
tecnologias, química, e linguagens, códigos e suas tecnologias. As competências 
analisadas foram propostas pelo documento oficial da Secretaria de Educação do 
Estado de São Paulo, que é a base estadual comum das escolas do estado. As 
questões foram desenvolvidas de forma clara e objetiva, sendo que algumas delas, 
foram retiradas dos índices educacionais SARESP e Prova Brasil. 
A seguir, faz-se uma breve discussão a respeito das áreas escolhidas e 
razões que contribuíram para sua escolha e inserção no questionário. 
3.2.1 Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 
Em geral a maior parte dos alunos se considera incapaz de compreender um 
problema e resolve-lo sem que o professor indique quais os procedimentos e 
caminhos a serem seguidopara obter a resposta (KATO; LOPES, 2008). Kato e 
Lopes (2008) afirma que este problema não é exclusivo do ensino fundamental e 
pode se estender para o ensino médio e posteriormente aos ensinos técnico e 
superior. 
Lorensatti (2009) diz que a atribuição do problema da não interpretação dos 
alunos, não é rara. E além disso, a área de linguagens e a de matemática devem se 
unir para que sejam igualmente compreendidas. Já que o raciocínio lógico, 
desenvolvido na área da matemática, também está presente na área de linguagens 
e códigos. 
 21 
Consideramos que certos entraves que surgem durante a resolução de 
problemas estão ligados à decodificação de termos matemáticos específicos 
que aparecem em seus enunciados. Estes termos específicos tornam-se 
dificuldades pelo fato de não possibilitarem a interação entre o aluno (leitor) 
e texto, por não fazerem parte do cotidiano dos alunos. Além disso, alguns 
termos apresentam duplos significados, um na matemática e outro no 
cotidiano, como por exemplo: total, diferença, volume, entre outros (KATO; 
LOPES, 2008). 
 
Podemos analisar então, que a matemática e as linguagens são inseparáveis, 
uma necessita da outra para que ambas possam ser compreendidas e apreendidas 
por cada aluno (LORENSATTI, 2009; KATO; LOPES, 2008). 
3.2.2 Matemática e Suas Tecnologias 
O curso de química, é um curso da área de exatas, por isso, os alunos devem 
ter uma base na área de matemática para que possam resolver problemas que 
envolvam diretamente matemática, bem como aqueles que necessitam de raciocínio 
lógico. 
Em um primeiro momento deve-se ter em mente que a maior parte dos 
conceitos matemáticos que os alunos trazem como bagagem, foram adquiridos de 
forma mecânica e impostos sem que eles tenham construído tal conceito, foram 
abordados sem que houvesse uma relação com o cotidiano de cada aluno (WALVY, 
2003). 
Para o ensino de química os conteúdos principais são “razões e proporções, 
regra de três, equações do primeiro e do segundo graus e logaritmos”, sendo que 
este último assunto é proposto no ensino médio, e os outros começam a ser 
desenvolvidos no ensino fundamental (WALVY, 2003). 
3.2.3 Química 
A química no ensino fundamental e no ensino médio tem como objetivo 
principal, a formação de cidadãos, preparar o aluno para que ele possa ter o primeiro 
contato com os conhecimentos científicos, conhecimentos esses que são 
extremamente importantes para o desenvolvimento, tanto do aluno no processo de 
aprendizagem quanto na vida (MENEZES; FINI, 2010). 
 
A Química pode ser um instrumento da formação humana, que amplia os 
horizontes culturais e a autonomia, no exercício da cidadania, se o 
conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o 
mundo e intervir na realidade (MENEZES; FINI, 2010). 
 22 
Para que seu objetivo seja alcançado, os temas discutidos em sala de aula 
têm que ter sentido com o cotidiano do aluno, para que ele possa relacionar de 
forma mais fácil cada conteúdo, como diz o Currículo do Estado de São Paulo para 
Ciências da Natureza e suas tecnologias (MENEZES; FINI, 2010). 
3.3 FORMA COMO OS RESULTADOS FORAM APRESENTADOS 
Para que as informações a respeito das condições em que se encontram o 
ensino básico no Brasil pudessem ser constatadas e reafirmadas - demonstrando 
com clareza a situação - os dados obtidos foram resultados compilados decorrentes 
de uma auto avaliação; o aluno foi orientado a responder honestamente com os 
conhecimentos prévios adquiridos até o 9º ano do ensino fundamental, antes do 
ingresso ao curso técnico. 
Neste trabalho, a proposta da auto avaliação pretende que o aluno possa 
responder honestamente o questionário, podendo, deste modo, tomar consciência 
do resultado que não será usado para redirecionar o processo de estudo neste 
momento. 
 
Por meio de perguntas e respostas, escritas ou orais, o aluno faz uma 
incursão pessoal em seu percurso de aprendizagem tomando consciência 
de suas dificuldades ou mazelas. Consciente disso, ele pode rever seu 
processo de estudo (DOMINGUES, 2015). 
 
Observa-se que a inserção dessa ferramenta no contexto da sala de aula, é 
importante, pois fazem com que os processos de aprendizagem sejam 
desenvolvidos, integrando experiências e conhecimentos. Por intermédio dela, ao 
longo de sua fase de estudo, o estudante toma ciência de suas potencialidades e 
dificuldades, sobre sua forma de aprender, considerando as metodologias utilizadas 
nos dias de hoje e, como diz Moran (2000), que não se justificam mais. 
 23 
3.4 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO POR QUESTÃO 
Ao todo 124 alunos de 5 turmas responderam ao questionário. As tabelas a 
seguir indicam o número em porcentagem (%) aproximada das alternativas 
escolhidas pelos alunos para cada pergunta, sendo que as mesmas foram 
adaptadas para melhor compreensão dos resultados. 
3.4.1 Química 
3.4.1.1 Questão 1 
Tabela 1 - respostas para a questão 1 
 1 - A água é uma substância importante por se apresentar, 
naturalmente nos três estados físicos (sólido, líquido e gasoso). No 
estado líquido, ela se apresenta em maior quantidade nos(as) 
A) Oceanos. 94,4% 
B) Águas subterrâneas (aquíferos). 4% 
C) Rios. 0,8% 
D) Atmosfera. 0,8% 
Essa questão é uma das questões fundamentais da área de ciências da 
natureza, que são ensinadas nas primeiras séries do Ciclo II do ensino fundamental, 
mais especificamente no 6º ano/5ª série. Quando se analisa as habilidades que os 
alunos devem ter, segundo o currículo fornecido pelo governo estadual de São 
Paulo, vê-se que as que se relacionam com a água são: 
 Reconhecer as transformações do estado físico da água, 
94%
6%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 1
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 1 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 1 
 24 
associando-as às respectivas mudanças de temperatura; 
 Construir e aplicar o conceito de ciclo hidrológico, de 
maneira a interpretar os diversos caminhos da água no 
ambiente; 
 Reconhecer e valorizar ações que promovam o uso 
racional da água. 
Quando se observa essa questão, obviamente percebe-se que sua resposta 
correta é a letra A, pois, de toda água no planeta, 97,5% dela está localizada nos 
oceanos (A ÁGUA... 2016; CERQUEIRA E FRANCISCO, 2016; GRASSI, 2001). 
 
 25 
3.4.1.2 Questão 2 
Tabela 2 - respostas para a questão 2 
 2 - O ciclo da água é o que nos mantém vivos. Quando chove, ocorre 
o fenômeno que chamamos de 
A) Condensação. 25,8% 
B) Precipitação. 48,4% 
C) Evaporação. 19,4% 
D) Transpiração. 6,5% 
Essa questão se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando 
diz respeito ao ciclo da água, o nome correto que é dado para esse fenômeno é: 
precipitação, portanto, letra B (FREITAS, 2016; PRECIPITAÇÃO, 2016; GRASSI, 
2001). 
 
48%
52%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 2
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 2 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2 
 26 
3.4.1.3 Questão 3 
Tabela 3 - respostas para a questão 3 
3 - As características essenciais da água para o consumo são 
A) Inodora, insípida e insatisfatória. 73,4% 
B) Livre de microrganismos, livre de insetos e sem cheiro. 16,1% 
C) Sem cheiro, sem gosto e sem cor. 7,3% 
D) Azul, líquida e clorada. 3,2% 
Essa questão, se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando 
diz respeito às características da água para consumo, a literatura diz que ela deve 
ser sem cheiro, sem gosto e sem cor (SANTOS, 2016; MATOS, 2014; PLANO... 
[2007]), por isso, a correta é a letra C. 
 
7%
93%
Relação de respostas certas/erradas paraa questão 3
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 3 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 3 
 27 
3.4.1.4 Questão 4 
Tabela 4 - respostas para a questão 4 
4 - Considere a água com sal em um recipiente, podemos chamar de 
A) Substância. 23,4% 
B) Mistura homogênea. 50% 
C) Mistura heterogênea. 24,2% 
D) Elemento. 2,4% 
Quando se analisa o Currículo do Estado de São Paulo para Ciências da 
Natureza, observa-se que um dos conteúdos que devem ser contextualizados, é a 
diferença entre substância e mistura no cotidiano, tal conteúdo deve ser aplicado no 
9º ano/8ª série no 1º bimestre. E quando se olha este conteúdo, uma das partes 
mais simples dele é a que fala da mistura de água e sal, que são classificadas como 
uma mistura homogênea por não apresentar mais de uma fase, ou seja, a resposta 
correta é a letra B (MISTURAS, 2016; FOGAÇA, 2016; ESTUDO... 2013; 
INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 2016). 
 
50%50%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 4
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 4 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 4 
 28 
3.4.1.5 Questão 5 
Tabela 5 - respostas para a questão 5 
5 - Qual a alternativa que apresenta apenas substâncias simples? 
A) Água, gás oxigênio e gás carbônico. 57,5% 
B) Aço, ácido clorídrico e cloreto de sódio. 3,3% 
C) Gás oxigênio, gás hélio e ferro. 34,2% 
D) Ferrugem, gás nitrogênio e gás hidrogênio. 5% 
Essa questão, se encaixa no mesmo contexto da questão anterior, e quando 
se fala de substância simples, a substância é formada apenas por um elemento, 
como o gás oxigênio (O2), gás hélio (He) e ferro (Fe), portanto a resposta correta é a 
letra C (MISTURAS, 2016; FOGAÇA, 2016; ESTUDO... 2013; INTRODUÇÃO À... 
[2011]; ROBERTO, 2016). 
 
34%
66%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 5
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 5 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 5 
 29 
3.4.1.6 Questão 6 
Tabela 6 - respostas para a questão 6 
6 - O que é matéria? 
A) É tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no 
espaço. 
81,5% 
B) Tudo o que existe no universo. 12,1% 
C) Tudo o que é sólido. 4% 
D) Nenhuma das alternativas. 2,4% 
Essa questão é um dos primeiros conceitos especificados no currículo da 
disciplina de Química, que diz respeito o que é matéria no contexto do componente 
curricular. É ela quem diz que a matéria é tudo aquilo que ocupa um lugar no espaço 
e tem massa, considerando esta definição, temos que a resposta certa é a letra A 
(MATÉRIA, 2016; SÁ, 2016; ESTUDO... 2013; INTRODUÇÃO À... [2011]; 
ROBERTO, 2016). 
 
81%
19%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 6
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 6 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 6 
 30 
3.4.1.7 Questão 7 
Tabela 7 - respostas para a questão 7 
7 - As bolhas formadas pela ebulição da água, são compostas 
principalmente de 
A) Água (H2O) e Oxigênio (O2). 61,3% 
B) Nitrogênio (N2) e Sais Minerais. 0,8% 
C) Hidrogênio (H2) e Gás Carbônico (CO2). 8,1% 
D) Apenas Água (H2O). 29,8% 
Quando se observa essa questão, se vê que ela envolve o principal 
fundamento das ciências da natureza, que já foi apresentado nesse trabalho, e que 
diz que o principal objetivo é de preparar o cidadão, com matérias que dizem 
respeito ao cotidiano do aluno. E quando se fala em ebulição da água, a única 
resposta pertinente é que as bolhas formadas pela ebulição da água são compostas 
por vapor de água, já que a ebulição é o processo em que as moléculas de água 
têm energia suficiente para vencer a pressão atmosférica e se tornarem vapor 
(FERREIRA, 2016), ou seja, letra D. 
 
30%
70%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 7
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 7 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 7 
 31 
3.4.1.8 Questão 8 
Tabela 8 - respostas para a questão 8 
8 - O que é química? 
A) A química é uma Ciência Natural que estuda a 
natureza da matéria, suas propriedades, transformações 
e a energia envolvida nesses processos. 
54,8% 
B) A química é uma Ciência Natural que estuda as 
reações, elementos, e transformações dos meios. 
31,5% 
C) A química é uma Ciência Natural que estuda as 
relações entre os materiais, desconsiderando sua 
natureza, porém considerando sua capacidade de 
reação. 
12,1% 
D) A química é uma Ciência Neutra, que se baseia em 
estudos filosóficos sobre os materiais. 
1,6% 
No 9º ano/8ª série, os alunos do Ensino Fundamental da rede pública de 
ensino têm a disciplina de química integrada à sua grade. Para iniciar essa 
disciplina, primeiramente os alunos devem saber o que ela estuda. Analisando 
algumas informações, tem-se que a química é um ramo das Química que estuda a 
matéria, suas propriedades, constituição, transformações e a energia envolvida 
nesses processos, logo a resposta correta é a letra A (INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO... 2016; LOPES; FOGAÇA, 2016; INTRODUÇÃO À... [2011]; ROBERTO, 
2016). 
 
55%
45%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 8
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 8 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 8 
 32 
3.4.1.9 Questão 9 
Tabela 9 - respostas para a questão 9 
9 - Classifique o conhecimento que você adquiriu na área de química, 
até o 9º ano. 
1 5,6% 
2 5,6% 
3 4,8% 
4 7,3% 
5 21% 
6 12,1% 
7 16,1% 
8 16,1% 
9 4,8% 
10 6,5% 
Essa questão foi feita para o aluno auto avaliar-se, visto que fazendo isso o 
estudante toma ciência de suas potencialidades e dificuldades (MORAN, 2000). 
 
44%
28%
21%
7%
Relações de respostas para a questão 9
Consideraram seu conhecimento
insatisfatório (1 - 5)
Consideraram seu conhecimento
regular (6 e 7)
Consideraram seu conhecimento
bom (8 e 9)
Consideraram seu conhecimento
muito bom (10)
Gráfico 9 - Relação de respostas para a questão 9 
 33 
3.4.1.10 Questão 10 
Tabela 10 - respostas para a questão 10 
10 - A sua escolha para prestar o Vestibulinho na área de química 
teve algum incentivo por parte de seu professor de química/ciências 
da escola onde você estudava? 
1 45,2% 
2 5,6% 
3 4% 
4 3,2% 
5 7,3% 
6 4,8% 
7 10,5% 
8 9,7% 
9 4% 
10 5,6% 
As palavras de incentivo têm um resultado efetivo nos alunos, e ajudam-nos a 
serem mais confiantes e terem mais interesse pelo assunto (DUARTE, 2016; A 
IMPORTÂNCIA DAS... 2014), por isso quando há um índice como esse, deve-se 
estranhar tamanho desestímulo, o que pode muitas vezes causar nos alunos um 
desconforto psicológico (ALVES, 2016). 
 
65%
15%
14%
6%
Relação de respostas para a questão 10
Consideraram-se insatisfatoriamente
incentivados (1 - 5)
Consideraram-se regularmente
incentivados (6 e 7)
Consideraram-se bem incentivados (8 e
9)
Consideraram-se muito bem
incentivados (10)
Gráfico 10 - Relação de respostas para a questão 10 
 34 
3.4.2 Língua Portuguesa 
O texto a seguir, retirado do livro "As Amazônias" de Paula Saldanha, foi 
utilizado para responder às questões de 11 a 13. 
 
As Amazônias 
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a 
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja 
pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do 
mundo. No início era assim: água e céu. 
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, 
cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios 
desaguando no Amazonas.É água que não acaba mais (SALDANHA, 
1995). 
 
3.4.2.1 Questão 11 
Tabela 11 - respostas para a questão 11 
11 - No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” (7ª 
linha) revela 
A) Admiração pelo tamanho do rio. 91,1% 
B) Ambição pela riqueza da região. 5,6% 
C) Medo da violência das águas. 0,8% 
D) Surpresa pela localização do rio. 2,4% 
Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. 
Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra A, ela expressa 
uma admiração, espanto, por conta da grandeza que tem o rio Amazonas. Toda vez 
91%
9%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 11
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 11 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 11 
 35 
que o autor produz um texto, os termos por ele escolhidos, sempre têm um sentido, 
que deve ser compreendido pelo leitor levando em conta a intenção do autor. Nesse 
caso, “água que não acaba mais” é uma hipérbole, e está aplicada no sentido 
figurado, enfatizam do o volume do rio (BAZZONI, [2012]). 
 
 36 
3.4.2.2 Questão 12 
Tabela 12 - respostas para a questão 12 
12 - O texto trata 
A) Da importância econômica do rio Amazonas. 7,3% 
B) Das características da região Amazônica. 75,8% 
C) De um roteiro turístico da região do Amazonas. 11,3% 
D) Do levantamento da vegetação amazônica. 5,6% 
 Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. 
Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, pois a autora 
caracteriza a região amazônica de acordo com seu ponto de vista (BAZZONI, 
[2012]). 
 
76%
24%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 12
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 12 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 12 
 37 
3.4.2.3 Questão 13 
Tabela 13 - respostas para a questão 13 
13 - A frase que contém uma opinião é 
A) "Cobre mais da metade do território brasileiro". (L. 2) 11,3% 
B) "Não cansa de admirar as belezas da maior floresta". 
(L. 3) 
63,7% 
C) "...maior floresta tropical do mundo". (L. 3) 17,7% 
D) "Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas". (L. 5-6) 7,3% 
Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova Brasil 2011. 
Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, pois a autora 
diz que a região é bonita, e como isso é relativo de pessoa para pessoa, é sua 
opinião (BAZZONI, [2012]). 
 
64%
36%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 13
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 13 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 13 
 38 
 
3.4.2.4 Questão 14 
Leia o texto abaixo, retirado do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, e 
responda: 
 
Óbito do Autor 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo 
fim, isto é, se poria em primeiro lugar meu nascimento ou a minha morte. 
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações 
me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou 
propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa 
foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais 
novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas 
no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco (ASSIS, 2008). 
 
Tabela 14 - respostas para a questão 14 
14 - No trecho "...é que eu não sou propriamente um autor defunto, 
mas um defunto autor...", o humor decorre: 
A) Do emprego da palavra defunto. 28,2% 
B) Do jogo de palavras. 54% 
C) Do emprego da palavra autor. 8,1% 
D) Da repetição dos vocábulos. 9,7% 
Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova SARESP do 
ano de 2010. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra B, 
“o humor envolve problemas de interpretação e abstração discursiva. Rir aqui 
54%
46%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 14
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 14 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 14 
 39 
significa compreensão. O que provoca o riso é o jogo de palavras com a mudança 
de lugar do adjetivo em relação ao substantivo” (SÃO PAULO; HERMAN 
VOORWALD, 2010). 
 
 40 
3.4.2.5 Questão 15 
Leia o texto abaixo, retirado do livro “Coro Orfeão”, e responda: 
 
Coro Orfeão 
Também se costuma empregar o metrônomo para treino do ritmo. Mas esse 
emprego deve ser muito discreto, para não mecanizar o estudo. Será 
preferível fazer funcionar o metrônomo no início da execução, 
interrompendo-o enquanto ela se desenvolver. Terminado o canto, põe-se o 
metrônomo a funcionar de novo. Por essa forma, poder-se-á criar um senso 
crítico do ritmo, pela oportunidade da verificação do andamento de todo 
desempenho (BARRETO, [s/d]). 
 
Tabela 15 - respostas para a questão 15 
15 - Observe o trecho: "Será preferível fazer funcionar o metrônomo 
no início da execução (...)", considerando o texto, verifica-se que o 
termo destacado significa 
A) Sinal gráfico colocado no início da pauta musical para 
servir de referência à identificação das notas. 25,8% 
B) Vareta com que se tocam instrumentos musicais como 
a bateria. 7,3% 
C) Aparelho usado para marcar o compasso, nos estudos 
musicais. 48,4% 
D) Registro escrito de uma composição musical que, por 
decodificação, torna possível a reprodução desta. 18,5% 
Essa questão é de interpretação de texto e foi retirada da Prova SARESP do 
ano de 2010. Segundo o gabarito oficial dessa prova, a resposta correta é a letra C, 
visto que “o metrônomo produz pulsos de duração regular e exata conforme 
48%
52%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 15
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 15 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 15 
 41 
parâmetros de velocidade e dinâmica estabelecidos pelo seu usuário” (A 
IMPORTÂNCIA DO... 2011; BARRETO, [s/d]; SÃO PAULO; HERMAN VOORWALD, 
2010). 
 
 42 
3.4.3 Matemática 
3.4.3.1 Questão 16 
Tabela 16 - respostas para a questão 16 
16 - (SARESP - ADAPTADO) Um estudante apanhou aranhas e 
joaninhas num total de 15, e guardou-as numa caixa. Contou em 
seguida 108 patas. Uma aranha tem oito patas, enquanto uma 
joaninha tem seis. Sendo a o número de aranhas na caixa e j o 
número de joaninhas, qual das alternativas a seguir representa o 
sistema que, quando resolvido, determinará o número de aranhas e 
joaninhas na caixa? 
A) Equação I: 6a + 8j = 108 e Equação II: a + 2j = 15 16,1% 
B) Equação I: 4a + 3j = 108 e Equação II: a + j = 15 10,5% 
C) Equação I: 8a + 6j = 108 e Equação II: a + j = 15 47,6% 
D) Equação I: 8a + 6j = 15 e Equação II: a+ j = 108 25,8% 
Segundo o gabarito oficial do SARESP, a resposta correta é a letra C. Esta 
questão é uma equação de primeiro grau com duas variáveis, onde simplesmente 
deve-se formar um sistema linear para que após resolvido, ele possa determinar o 
número de joaninhas e aranhas na caixa. 
 
48%
52%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 16
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 16 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 16 
 43 
3.4.3.2 Questão 17 
Tabela 17 - respostas para a questão 17 
17 - (SARESP - ADAPTADO) Carla está calculando o custo de uma 
viagem de carro. Ela sabe que, para andar 120 km, seu carro 
consome 15 litros de combustível, cujo preço é R$ 2,00 o litro. Para 
uma viagem de 960 km, Carla gastará, apenas com combustível 
A) R$ 120,00 10,5% 
B) R$ 128,00 15,3% 
C) R$ 220,00 16,1%D) R$ 240,00 58,1% 
Essa questão foi retirada da prova SARESP, e segundo o gabarito oficial a 
resposta correta é a letra D. Essa é uma questão de regra de três composta, para 
resolvê-la basta colocar os valores em ordem, veja: 
Tabela 18 - esquema para resolução da questão 17 
Percurso (Km) Quantidade de combustível (L) Valor (R$) 
120 15 30 
960 X Y 
Considerando os valores informados pelo enunciado, é possível indicar o 
valor gasto com combustível. Veja: 
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 (𝐿) ∗ 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 (𝑅$) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
15 ∗ 2 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
30 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
Feito isso, é possível determinar X por meio da multiplicação em cruz, sendo 
P = percurso (Km), Qc = quantidade de combustível e Qc2 = X, observe: 
𝑃1
𝑃2
=
𝑄𝑐1
𝑄𝑐2
 
120
960
=
15
𝑋
 
120 ∗ 𝑋 = 960 ∗ 15 
120𝑋 = 14400 
𝑋 =
14400
120
 
𝑋 = 120 
Com o resultado obtido, de 120 litros, pode-se saber o valor que ela gastará 
com combustível da seguinte maneira: 
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 (𝐿) ∗ 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 (𝑅$) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
120 ∗ 2 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
240 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑅$) 
 44 
O valor gasto é de R$ 240,00, confirmando a resposta do gabarito. 
58%
42%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 17
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 17 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 17 
 45 
3.4.3.3 Questão 18 
Tabela 19 - respostas para a questão 18 
 
18 - (SARESP - ADAPTADO) A coordenada (a,b) do ponto de 
intersecção das duas retas, seguindo o sistema apresentado a cima, é 
dado por 
 
A) a = 2, b = 2. 28,2% 
B) a = -1, b = 1. 19,4% 
C) a = 1, b = 1. 37,1% 
D) a = -2, b = 2. 15,3% 
Essa questão foi retirada da prova SARESP e segundo o gabarito oficial, sua 
resposta é a letra C. Ela tem como objetivo, identificar as relações entre as 
representações algébrica e geométrica de um sistema de equações do 1º grau. 
Para resolvê-la, basta resolver o sistema apresentado no enunciado. 
I: 3𝑥 − 𝑦 = 2 
II: −𝑥 − 𝑦 = −2 
Resolve-se isolando uma variável, da seguinte forma: 
 𝑥 + 𝑦 = 2 
III: 𝑥 = 2 − 𝑦 
Interseccionando as equações I e III pode-se obter: 
3 ∗ (2 − 𝑦) − 𝑦 = 2 
6 − 3𝑦 − 𝑦 = 2 
−3𝑦 − 𝑦 = 2 − 6 
−4𝑦 = −4 
𝑦 =
−4
−4
 
𝑦 = 1 
 46 
 
Descobrindo x, substituindo o valor encontrado na equação III pode-se obter: 
𝑥 = 2 − 𝑦 
𝑥 = 2 − 1 
𝑥 = 1 
Considerando y = b e x = a, obtêm-se a = 1 e b = 1, comprovando a resposta 
dada no gabarito oficial. 
37%
63%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 18
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 18 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 18 
 47 
3.4.3.4 Questão 19 
Tabela 20 - respostas para a questão 19 
19 - (SARESP - ADAPTADO) Observe a figura abaixo e responda: As 
retas da figura representam graficamente um sistema de duas 
equações do 1º grau com duas incógnitas cuja solução pode ser 
representada pelo ponto 
 
A) P 17,7% 
B) Q 61,3% 
C) R 15,3% 
D) S 5,6% 
Essa questão foi retirada da prova SARESP e segundo o gabarito oficial, sua 
resposta é a letra B. Considerando Sistemas... (2012), todo sistema linear se baseia 
no princípio: 
{
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑐
𝑎′𝑥 + 𝑏′𝑦 = 𝑐′
 
Cada linha do sistema, geometricamente representa uma reta no plano 
cartesiano, onde há um ponto (x, y) de intersecção que é solução única do sistema, 
61%
39%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 19
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 19 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 19 
 48 
e, portanto, é o ponto de intersecção entre as duas retas (SISTEMAS... 2012). 
Obtêm-se, então, que a resposta correta, concordando com o gabarito oficial, é a 
letra B que diz que é o ponto Q. 
 
 49 
3.4.3.5 Questão 20 
Tabela 21 - respostas para a questão 20 
20 - (SARESP - ADAPTADO) Em um porta-retratos, a região 
retangular A, destinada à colocação da foto, é contornada por uma 
moldura de vidro fosco, que aparece sombreada na figura abaixo. 
Sabendo que a moldura possui 132 centímetros quadrados (cm2), 
pode-se concluir que a medida indicada por x, na figura, é igual a 
 
A) 12 cm 37,1% 
B) 14 cm 16,9% 
C) 16 cm 33,9% 
D) 18 cm 12,1% 
Essa questão foi retirada da prova SARESP, e segundo o gabarito oficial, 
tem-se que a resposta correta é a letra A. Desenvolvendo essa questão, observe 
abaixo: 
𝐹𝑜𝑡𝑜 = 10 ∗ 6 = 60 𝑐𝑚2 
𝑀𝑜𝑙𝑑𝑢𝑟𝑎 = 132 𝑐𝑚2 
𝐹𝑜𝑡𝑜 + 𝑚𝑜𝑙𝑑𝑢𝑟𝑎 = 60 + 132 = 192 𝑐𝑚2 
Para descobrir o valor do X, deve-se recorrer à formula da área do retângulo, 
onde b é a base (medida maior), h é a altura (medida menor) e A▭ é a área do 
retângulo: 
𝑏 ∗ ℎ = 𝐴▭ 
𝑥 ∗ (𝑥 + 4) = 192 
𝑥2 + 4𝑥 = 192 
𝑥2 + 4𝑥 − 192 = 0 
Resolvendo por Bháskara: 
𝑥 =
−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
 
𝑥 =
−4 ± √42 − 4 ∗ 1 ∗ (−192)
2 ∗ 1
 
𝑥 =
−4 ± √16 + 768
2
 
 50 
𝑥 =
−4 ± √784
2
 
𝑥 =
−4 ± 28
2
 
Tratando-se de um número que expressa medida, descarta-se o “x” cujo 
resultado é negativo, portanto: 
𝑥 =
−4 + 28
2
=
24
2
= 12 𝑐𝑚 
Concordando com o gabarito da prova, x = 12cm. 
 
37%
63%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 20
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 20 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 20 
 51 
3.4.3.6 Questão 21 
Tabela 22 - respostas para a questão 21 
21 - Quando falamos em um número expresso em notação científica, 
partimos da lei que nos diz que o número deve ser 
A) Maior ou igual a 0 e menor que 1. 21% 
B) Maior ou igual a 1 e menor ou igual a 10. 32,3% 
C) Maior ou igual a 1 e menor que 10. 30,6% 
D) Maior ou igual a 0 e menor que 9. 16,1% 
Essa questão é teórica e diz respeito a notação científica e seu conceito, que 
diz que para estar em notação científica o número deve estar multiplicado por uma 
potência de base 10 e ser maior ou igual a 1 e menor que 10, por isso, a letra C é a 
correta (OLIVEIRA, 2016; MARTINS, 2016). 
 
31%
69%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 21
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 21 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 21 
 52 
3.4.3.7 Questão 22 
Tabela 23 - respostas para a questão 22 
22 - A velocidade da luz é 299.792.458 m/s. Considerando a teoria de 
notação científica, o número deve ser representado, corretamente, por 
A) Aproximadamente 3.108 m/s. 34,7% 
B) Aproximadamente 3.10-8 m/s. 12,1% 
C) Aproximadamente 2.108 m/s. 34,7% 
D) Aproximadamente 2.10-8 m/s. 18,5% 
Essa questão tem relação com o conceito explanado na questão anterior 
(OLIVEIRA, 2016; MARTINS, 2016). Além do conceito de notação científica, o aluno 
também deveria conhecer as regras de arredondamento, que, segundo Silva (2016) 
e REGRAS... (2013) são: 
 Se o algarismo a ser eliminado for maior que cinco, 
acrescenta-se uma unidade ao primeiro algarismo que está 
situado à sua esquerda; 
 Se o algarismo a ser eliminado for menor que cinco, deve-se 
manter inalterado o algarismo da esquerda. 
 Se o algarismo a ser eliminado for igual a cinco, deve-se olhar 
o algarismo da esquerda, se ele for ímpar acrescentamos 
uma unidade a ele, se for par deve-se manter inalterado o 
algarismo da esquerda. 
35%
65%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 22
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 22 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 2253 
Isso significa que o número mais próximo do valor expresso no enunciado é 
3.108 m/s, pois 3.10.10.10.10.10.10.10.10 é igual a 300.000.000 que se aproxima do 
número demonstrado na questão, logo, a resposta correta é a letra A. 
 
 54 
3.4.3.8 Questão 23 
Tabela 24 - respostas para a questão 23 
23 - Quantos metros o som percorre em 1.103 s? Dados: Velocidade 
do som = 3,4025.102 m/s 
A) Aproximadamente 3,4.105 m. 41,1% 
B) Aproximadamente 3,4.10-5 m. 23,4% 
C) Aproximadamente 4.105 m. 23,4% 
D) Aproximadamente 4.10-5 m. 12,1% 
Essa questão exigia do aluno uma relação entre a notação científica e a 
lógica, para que ele pudesse montar a conta, uma multiplicação simples, que o aluno 
poderia resolver de várias maneiras, demonstra-se abaixo o mesmo modo de 
resolução utilizado para solucionar a questão 17, veja: 
Tabela 25 - esquema para resolução da questão 23 
Percurso (m) Tempo (s) 
340,25 1 
X 1000 
Obviamente, os valores utilizados para a regra de 3 acima, já foram retirados 
de notação científica para facilitar os cálculos, visto que a regra de multiplicação, 
divisão, soma e subtração de potências devem ser aprendidas no ensino médio. 
340,25
𝑋
=
1
1000
 
340,25 ∗ 1000 = 1 ∗ 𝑋 
41%
59%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 23
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 23 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 23 
 55 
340250 = 𝑋 
Utilizando os conceitos da questão 21, pode-se afirmar que a resposta para 
essa questão é a seguinte: 
3,40250 ∗ 105 
Arredonda-se para obter o número 3,4.105 m, que é a resposta correta e a 
letra A. 
 
 56 
3.4.3.9 Questão 24 
Tabela 26 - respostas para a questão 24 
24 - Falando sobre conversão de medidas, temos que 12,52 Km 
equivalem à 
A) 12520 m. 56,5% 
B) 125,2 m. 8,1% 
C) 1252 m. 21% 
D) 1,252 m. 14,5% 
Essa questão pedia para que os alunos transformassem Km em m, e para 
isso também pode-se usar o mesmo esquema da questão anterior e da questão 17, 
que pode ser apresentado da seguinte maneira: 
Tabela 27 - esquema para resolução da questão 24 
Km m 
1 1000 
12,52 X 
1
12,52
=
1000
𝑋
 
12,52 ∗ 1000 = 1 ∗ 𝑋 
12520 = 𝑋 
Pelo esquema apresentado acima já é possível avaliar que a alternativa 
correta, neste caso, é a alternativa A. 
56%
44%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 24
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 24 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 24 
 57 
3.4.3.10 Questão 25 
Tabela 28 - respostas para a questão 25 
25 - Comprando piso para construção de um barracão, o engenheiro 
observou que havia feito a medida para 1Km2, entretanto, a loja de 
construção vendia pisos com medidas em m2. Considerando que cada 
piso mede 0,5 m2, quantos pisos são necessários nessa obra? 
A) 2 milhões de pisos. 32,3% 
B) 20 mil pisos. 7,3% 
C) 1 milhão de pisos. 14,5% 
D) 5 milhões de pisos. 46% 
Nessa questão o aluno deveria fazer uma divisão simples, para tanto ele 
deveria saber quanto vale um quilômetro em metros, e relacionar que um número ao 
quadrado é ele multiplicado por ele mesmo, portanto: 
1𝐾𝑚2 = 1000 𝑚 ∗ 1000 𝑚 
1𝐾𝑚2 = 1000000 𝑚2 
Para que depois, pudesse ser aplicada a divisão abaixo: 
𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 =
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑠𝑜
 
𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 =
1000000
0,5
 
𝑃𝑖𝑠𝑜𝑠 = 2000000 
O número de pisos necessários para que o barracão fosse completamente 
revestido é 2 milhões de pisos. Por isso, alternativa correta: letra A. 
32%
68%
Relação de respostas certas/erradas para a questão 25
Responderam corretamente
Não responderam corretamente
Gráfico 25 - Relação de respostas certas/erradas para a questão 25 
 58 
3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR ÁREA 
Quando se observa o trabalho por questão, não há uma clareza nas 
informações obtidas, assim, optou-se por condensar as principais dificuldades 
apresentadas pelos alunos dentro de cada disciplina (gráficos 26, 27 e 28) e a 
disciplina na qual os alunos têm mais dificuldade (gráfico 29). 
3.5.1 Principais Dificuldades dos Alunos Dentro de Cada Disciplina 
3.5.1.1 Língua Portuguesa 
Nesta disciplina não é possível determinar os tópicos específicos, pois todas 
as questões são de interpretação, por isso o gráfico é mais geral, demonstrando 
alunos que têm e que não têm conhecimento da mesma. 
63%
37%
Alunos que demonstraram e não demonstraram 
conhecimento na interpretação de textos
Demonstraram
Não demonstraram
Gráfico 26 - Alunos que demonstraram e não demonstraram conhecimento na interpretação de 
textos 
 59 
3.5.1.2 Química 
Quando se observa a disciplina de química, pode-se elencar alguns tópicos, 
mais específicos, que foram escolhidos para este trabalho, como: 
 A água e suas transformações: 
o Estados físicos da água; 
o Ciclo da água; 
o Características da água potável. 
 Misturas e substâncias; 
 As substâncias que formam o nosso planeta: 
o Matéria. 
 A química no ensino fundamental. 
 
49,96
57,9
44,35 45,2
0
10
20
30
40
50
60
70
A água e suas
transformações
Misturas e
substâncias
As substâncias
que formam o
nosso planeta
Química no
ensino
fundamental
Principais dificuldades apresentadas em química
A água e suas transformações
Misturas e substâncias
As substâncias que formam o nosso
planeta
Química no ensino fundamental
Gráfico 27 - Principais dificuldades apresentadas em química 
 60 
3.5.1.3 Matemática 
Na disciplina de matemática, pode-se identificar os seguintes tópicos, que 
foram apresentados nesse trabalho: 
 Equação de primeiro grau com duas variáveis; 
 Regra de três composta; 
 Relação entre a álgebra e a geometria; 
 Sistema linear; 
 Área de um polígono; 
 Notação científica; 
 Conversão de unidades. 
3.5.2 Principais Dificuldades dos Alunos 
Quando os dados são visualizados de modo a analisar quais as maiores 
dificuldades dos alunos por disciplina, obtém-se o gráfico 29, que mostra que a 
principal dificuldade dos alunos é a matemática com 40%, contra 36% em química e, 
consequentemente, 24% para língua portuguesa. 
Uma das justificativas para que os índices de química e matemática se 
equiparem, segundo Isuyama (1998) é porque a química é baseada em observações 
experimentais fundamentadas de forma totalmente lógica. Os alunos quando 
chegam ao curso de química, já devem conseguir relacionar os conteúdos 
apresentados de forma lógica, visto que a lógica é apresentada a eles nas primeiras 
52,4
41,9
62,9
38,7
62,9 64,53
55,6
0
10
20
30
40
50
60
70
Principais dificuldades apresentadas em Matemática
Equação de primeiro grau com duas
variáveis
Regra de três composta
Relação entre a álgebra e a
geometria
Sistema linear
Área de um polígono
Notação científica
Conversão de unidades
Gráfico 28 - Principais dificuldades apresentadas em matemática 
 61 
fazes do processo de aprendizagem (CORDENONSI; BERNARDI; SCOLARI, 2016). 
A química é a lógica fundamentando fenômenos naturais de modo que possa 
explica-los. 
3.6 PROBLEMAS RELATADOS E CORRELACIONADOS 
Há algum tempo, existe entre os estudiosos e pesquisadores na área de 
educação, uma preocupação para que contribuam para um trabalho mais rico e 
significativo nas escolas. Entretanto, quando se analisa o contexto escolar atual, são 
vistas muitas reclamações e insatisfações por parte dos professores em relação aos 
alunos e vice-versa (LOPES, 2008). 
Antes de professor, o profissional da educação é um educador, e com a 
funçãode educar, ele deve antes de qualquer coisa, “[...] colaborar para que 
professores e alunos [...] transformem suas vidas em processos permanentes de 
aprendizagem” (MORAN, 2000), ajudando os alunos a construir sua identidade, seu 
caminho pessoal e profissional, desenvolver suas habilidades de compreensão, 
emoção e comunicação, que os tornem cidadãos. Isto é, os profissionais da 
educação devem se dar conta que o processo ensino-aprendizagem é um espaço 
onde deve haver uma relação harmoniosa entre professor e aluno (TUNES; TACCA; 
BARTHOLO JÚNIOR, 2005; MORAN, 2000), indo de encontro com a realidade 
apresentada no parágrafo anterior. 
Principais dificuldades apresentadas pelos alunos
Ciências da Natureza
Língua Portuguesa
Matemática
Gráfico 29 - Principais dificuldades apresentadas pelos alunos 
 62 
3.6.1 Interferindo na Atividade Psíquica do Aluno 
O professor que está empenhado em promover a aprendizagem do aluno, 
deve, sobretudo, interferir em sua atividade psíquica, ou seja, aprender como o 
aluno pensa, pensar como seu aluno pensa. Esse tópico vem antes de todos porque 
os métodos de ensino são eficazes somente quando estão em sintonia com os 
modos de pensar do aluno (TUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005). 
Nesse sentido, é compreensível que é o aluno quem dirige seu próprio 
processo de aprender. 
3.6.2 O Papel do Docente 
Muitos professores não compreendem a importância que desempenham na 
vida dos alunos, visto que quando são observados, pode-se perceber que muitos 
deles acreditam que sua missão é apropriar-se de um conteúdo e apresenta-lo aos 
alunos em sala de aula (LOPES, 2008). 
Essa realidade deve ser mudada para que uma nova relação entre 
professores e alunos comece a existir dentro das instituições de ensino, vinculando o 
lado profissional e individual do professor com seu papel social (LOPES, 2008). 
3.6.3 Falta de Recursos 
Assim como outros profissionais, o docente necessita de condições favoráveis 
para que possa desenvolver o seu trabalho de uma forma que promova a 
aprendizagem (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). 
3.6.4 Falta de Motivação 
Outro motivo que deve ser considerado como extremamente relevante, é a 
falta de motivação por parte dos alunos e professores, visto que os ensinos 
fundamental e médio, atualmente no Brasil, são obrigatórios e nem todos os alunos 
estão interessados em estar naquele ambiente, e tornam o trabalho do professor 
mais árduo, desestabilizando-o (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). 
3.6.4.1 Por Parte do Professor 
Segundo Carvalho, Pereira e Ferreira (2007), o professor é o responsável por 
nortear os alunos, motivando-os para a aprendizagem do conteúdo apresentado. 
Porém, nem sempre isso ocorre, e alguns professores têm realizado aulas 
monótonas e maçantes, desmotivando os alunos e tirando o interesse que eles têm 
 63 
para aprender na escola. Entre esses motivos, acrescenta Carvalho, Pereira e 
Ferreira (2007), alguns podem ser citados como os mais relevantes, interferindo nas 
aulas e causando a desmotivação: 
 Avaliações obrigatórias, com fundamentos pouco didáticos e 
mais estatísticos; 
 Propostas pedagógicas pouco desafiadoras; 
 Muitos alunos por sala; 
 Falta de uma boa administração de tempo; 
 Sobrecarga de trabalho. 
Tudo isso faz com que alguns professores não queiram inovar e permaneçam 
na mesmice de sempre, colaborando para que a aprendizagem dos alunos seja 
comprometida (CARVALHO; PEREIRA; FERREIRA, 2007). Fato é que, 
 
“[...] se o professor não está motivado, se não exerce de forma satisfatória 
sua profissão, é muito difícil que seja capaz de comunicar a seus alunos 
entusiasmo, interesse pelas tarefas escolares; é definitivamente, muito difícil 
que seja capaz de motivá-los” (Tapia e Fita, 2003, p.88 apud CARVALHO; 
PEREIRA; FERREIRA, 2007) 
 
3.6.4.2 Por parte do aluno 
Como ocorre com os professores, Carvalho, Pereira e Ferreira (2007) salienta 
que “são inúmeros os motivos que levam os alunos a variarem em intensidade o 
desejo de aprender”. Desse modo, cada aluno responde de forma diferente a 
situações permanente ou mutáveis, das quais ele tem ou não o controle, de acordo 
com a possibilidade ou não de interferência nelas. 
Visto que, para Carvalho, Pereira e Ferreira (2007), a motivação é entendida 
como um requisito, uma condição prévia da aprendizagem, porque vale salientar que 
sem motivação não há aprendizagem, já que o aluno desmotivado estuda muito 
pouco ou nada, e como consequência aprende pouco. 
Alguns motivos explanados por Carvalho, Pereira e Ferreira (2007) devem ser 
apresentados para que o contexto seja desenvolvido de forma concreta: 
 Grande quantidade de atividades monótonas, que não 
despertam a curiosidade do aluno; 
 Falta de apoio familiar aos alunos; 
 64 
 Perspectivas negativas de futuro, dadas pela própria família e 
amigos; 
 Sobrecarga de trabalho. 
Um perfeito controle da motivação que o aluno sente, pode sobrepor a 
aprendizagem, visto que quando há esse poder, a aprendizagem cuida de si mesmo. 
Assim, já há algum tempo, a motivação tornou-se um problema na educação, visto 
que sua queda repercute na queda da qualidade das tarefas de aprendizagem, e 
tem sido abordada sob diversas visões na história da psicologia, sendo um processo 
rico em detalhes e em maneiras de ser abordado (CARVALHO; PEREIRA; 
FERREIRA, 2007). 
3.6.4.3 No ensino da química 
Antes do real problema ser apresentado, deve-se compreender que o 
propósito do ensino de química é a compreensão das transformações químicas que 
ocorrem no mundo, de forma que essas integrem e interajam com os alunos e que 
eles possam, a partir daí, tomar sua decisão e interagir com o mundo enquanto 
indivíduo e cidadão (ALMEIDA et al., 2008). 
Alguns motivos apresentados como responsáveis pela falta de motivação no 
estudo da química, além dos motivos apresentados nos dois últimos itens, têm sua 
relevância e são indicados por Almeida et al. (2008): 
 Não gostar da disciplina: 
o Pelo modo como é ensinada; 
o Por não entender a importância da disciplina; 
o Dificuldade em entender o conteúdo; 
o Por envolver conceitos de outras disciplinas como 
matemática e física. 
3.7 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS 
3.7.1 Diálogo Professor-Aluno 
O desenvolvimento das funções psicológicas sobrepõe o processo de 
aprender, e por isso ter alguém que ajude nesse processo é essencial, quando esse 
que ajuda é o professor, a ajuda é planejada, sistemática, tem objetivos claros 
quanto a aprendizagem do aluno. “Logo, é preciso conhecer o que já há [...] para 
definir o que poderá ser” (TUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005). Desse 
 65 
modo, quanto mais o professor compreende a importância e dimensão do diálogo 
como uma postura necessária em suas aulas, os avanços serão conquistados por 
despertarem uma curiosidade e certa liberdade aos alunos, já que o professor acaba 
conquistando o aluno (LOPES, 2008). 
Quando o professor atua como mediador, ele se torna muito mais que um 
representante convencendo seu cliente a comprar um produto, ele se torna alguém 
capaz de articular as experiências que os alunos têm com o mundo, fazendo-os 
refletir sobre o que ocorre em sua volta, e assume o papel do docente como um 
verdadeiro educador, humanizador. Assim, 
 
A atuação do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de 
mediador da aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o 
aluno a qualidade de mediação exercida pelo professor, pois desse 
processo dependerão os avanços e as conquistas do aluno em relação à 
aprendizagem na escola (LOPES, 2008). 
 
Entretanto, esse diálogo e essa forma de relação interpessoal não almeja