Buscar

Estudos 1ª Prova

Prévia do material em texto

Nome Empresarial
A denominação social deve ser composta por expressão indicativa de seu objeto social. A regra básica seria "nem tudo que está no objeto precisa estar no nome, mas tudo que está no nome precisa estar no objeto". A firma social é formada pelo nome de um ou mais sócios, admitindo-se o uso da expressão "& Cia" quando for o caso. Ela também deve atender ao princípio da veracidade.
Eu somente posso usar a expressão Limitada de forma abreviada?
Pode-se usar Ltda. (abreviado) ou Limitada (por extenso).
Eu posso abreviar expressões como: Ind. E Com.?
Não, pois, não se admite a utilização do nome empresarial de forma abreviada.
O QUE É NOME EMPRESARIAL: é o nome sob o qual a empresa mercantil exerce sua atividade e se obriga nos atos a ela pertinentes, compreendendo os seguintes tipos: firma individual; firma ou razão social; denominação social.
REGRAS BÁSICAS DE FORMAÇÃO
O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade
Princípio da veracidade
Estabelece que deve ser verdadeiro o nome do sócio ou do titular da firma individual e sincera a indicação da atividade que venha a incorporar o nome (deve estar explicitada no objeto da empresa).
Principio da novidade
Estabelece que deve ser adotado um nome novo e diferente de outro já existente a fim de evitar erros e confusões nas identificações das empresas.
Não poderá haver colidência do nome empresarial por identidade ou semelhança com outro já protegido.
PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
Proteção na unidade federativa onde se localiza a sede da empresa
A proteção do nome empresarial decorre, automaticamente, do arquivamento de ato constitutivo ou de alteração que implique em mudança do nome e circunscreve-se à unidade da federação em que se localiza a sede da empresa.
Proteção em outras unidades da federação
A proteção do nome empresarial pode ser estendida pela empresa interessada a outras unidades da federação, mediante procedimentos próprios perante a Junta Comercial da unidade da federação onde se deseja a proteção.
FORMAÇÃO DO NOME DE FIRMA INDIVIDUAL
Conceito de firma individual
É aquela em que a titularidade é unipessoal e a responsabilidade do seu titular é ilimitada, respondendo o seu patrimônio pelas dívidas da empresa.
Formação do nome empresarial
O comerciante individual:
DEVERÁ adotar o seu nome civil, por extenso ou abreviado;
PODERÁ aditar designação mais precisa de sua pessoa ou da atividade a ser exercida para diferenciar de outro nome já existente;
NÃO PODERÁ abreviar o último sobrenome, nem excluir qualquer dos componentes do nome.
Observação:
Não constituem sobrenome: Filho; Júnior; Neto; Sobrinho; etc., que indicam uma ordem ou relação de parentesco.
Exemplos:
	
	Pedro Xavier de Jesus;
	
	Pedro X. de Jesus - Comércio de Bebidas;
	
	P. X. de Jesus - Supermercado.
ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
O comerciante individual:
DEVERÁ alterar o nome empresarial quando houver modificação do nome civil do titular da firma individual ou quando houver modificação da atividade constante do nome.
Exemplos:
	
	Maria Joaquina Santos para Maria Joaquina Santos de Azevedo;
	
	Pedro de Jesus - Açougue para Pedro de Jesus - Mercearia.
FORMAÇÃO DO NOME DA SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Conceito de sociedade por cotas de responsabilidade limitada
É a empresa mercantil constituída por duas ou mais pessoas onde cada uma é diretamente responsável pela integralização de suas cotas e indireta e subsidiariamente responsável pela integralização das cotas dos demais sócios, respondendo inclusive, com seus bens particulares.
Formação do nome empresarial
Para formar o nome empresarial, a sociedade por cotas de responsabilidade limitada poderá adotar RAZÃO SOCIAL ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, sempre seguida, qualquer delas, da expressão "limitada', por extenso ou abreviadamente.
RAZÃO SOCIAL
É constituída pelo nome civil completo ou abreviado de um, de alguns - nesses casos acrescida a expressão "e companhia" ou "e Cia.", para indicar a existência de outros sócios -, ou de todos os sócios, além dapalavra "limitada", por extenso ou abreviada.
A expressão "e companhia" indica tratar-se de uma sociedade que na composição da Razão Social não declinou o nome de todos os sócios, podendo ser substituído por qualquer outro capaz de exercer a mesma função, por exemplo: "e Filhos", "e Irmãos", "e Sobrinhos", "e Amigos".
Exemplos:
	
	Oliveira, Xavier e Silva Ltda.;
	
	P. de Jesus e Cia. Ltda.;
	
	P. de Jesus e Irmãos Limitada.
DENOMINAÇÃO SOCIAL
É formada por expressões de fantasia incomuns (termos criados) e/ou por palavras de uso comum ou vulgar livremente escolhidas pelo sócios, seguidas da palavra "limitada", abreviada ou por extenso. Omitida a palavra "limitada", os sócios passam a responder ilimitadamente pela empresa.
Caso figurem no nome empresarial uma ou mais atividades econômicas, essas deverão constar expressamente no objeto social da empresa.
O nome empresarial não pode incluir ou reproduzir em sua composição sigla ou denominação de órgão público da administração direta, indireta e fundacional, federal, estadual ou municipal, bem como de organismos internacionais.
Exemplos:
	
	Farmácia São Pedro Ltda.;
	
	Casa Beija-Flor - Artigos Agrícolas Ltda;
	
	Padaria e Mercearia Oliveira Limitada.
Curso de Direito Empresarial
Empresa se exerce, empresário se é, estabelecimento se tem.
Teoria Geral do Direito Empresarial:
	O direito comercial é um ramo do direito privado, origina-se no inicio da Idade Média, (o comércio é a troca de mercadorias por mercadorias), nasceu no sistema subjetivo, concebido como um direito dos comerciantes, um direito corporativo, de classe, somente para os comerciantes. (O cheque nasceu no século XVII). Em 1807, com o Código Napoleônico, cria-se o Direito Comercial, o rol era taxativo.
	Atualmente, é o direito de empresa, no mundo começou em 1942 com Código Civil Italiano, e no Brasil com a vigência do Código Civil 2002.
	Conceito: conjunto de regras e princípios que disciplinam a organização e o exercício de uma atividade econômica dirigida a satisfação do mercado em geral. São fontes do direito empresarial: leis, costumes e princípios gerais do direito. A lei mais importante para o direito empresarial, é o Código Civil.
	Autonomia do direito empresarial: método, princípios, e o objeto. O método é predominantemente indutivo; normalmente começam na prática, e depois vão para a lei.
Princípios Próprios:
Onerosidade: as matérias abrangidas pelo direito empresarial, tem custo, ônus, nada é gratuito; ex.: cobrança com juros, protesto de títulos. O empréstimo (de dinheiro) civil, os juros precisam estar previstos no contratos	 e empresarial não precisa estar no contrato art. 295 CC.
Simplicidade das formas: as atividades são massificadas (tem grande volume), agilidade da operação. Ex.: se o imóvel está ligado ao empresário individual não precisa da autorização do cônjuge, o s negócios precisam ser mais rápidos.
Cosmopolitismo: o direito empresarial, não pode se limitar com as leis do estado, ele precisa de regras internacionais, porque a economia é internacional. Ex: OMC. 
Tutela do crédito: qualquer atividade econômica, precisa de segurança, de celeridade, e de crédito. Sem crédito não há desenvolvimento econômico. O direito comercial protege o credor de boa fé.
Empresa: objeto próprio do direito comercial. Conceito: atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado. Conjunto de atos praticado com um bem em comum, mas não é qualquer atividade econômica que é empresa. A organização é o mais importante na empresa. Advogado não é empresário, porque ele é contrato pelas qualidades pessoais (caráter, intelectual).
O ICSS para os profissionais liberais, a tributação é de 5%, em cima do faturamento, ou um valor fixo por profissional, por ano.
A empresa é um objeto de direito, não um sujeito. Quem exerce profissionalmente a empresa é chamadode empresário, de forma habitual, no seu próprio nome, e assume os riscos da obrigação
Três tipos de empresário:
Sociedade Empresária: art. 981 CC, pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e partilham entre si os resultados. Pode se dedicar a um ou mais negócios, reunião de pessoas para exerce r a empresa. Se não tem atividade econômica não é sociedade. Sociedade LTDA, e S.A.
		*Cooperativa, Sociedade Simples e Sociedade por Cota de participação não exercem a empresa.
Empresário Individual: pessoa física que exerce atividade em seu próprio nome e assume o risco da operação; tem CNPJ apenas para fins tributários, tem riscos ilimitados, seu patrimônio responde por suas dividas, exceto os bens impenhoráveis, ele deve ser capaz. Empresário incapaz, para dar continuidade à atividade, mas no início da atividade tem que ser capaz; para atuar deve ter uma autorização judicial, deve ser representado, terá limitação de risco, pode-se contratar um gerente. Não pode ser impedido legalmente; magistrados, membros do MP, militares na ativa, servidores públicos federais (na Bahia pode), falido, condenados por crimes que vedam o acesso à atividade empresarial; mas eles podem ser sócios.
Eireli: empresa individual de responsabilidade limitada, lei 12441, combina o exercício individual da empresa com a limitação dos riscos. Sua natureza é de ser uma nova pessoa jurídica (art. 44 CC), ou sociedade unipessoal (Fábio Ulhoa Coelho). É constituída por qualquer pessoa capaz, e maior ou emancipado, pode ser originária, quando é constituída do zero, com um no CNPJ, ou derivada, que é a transformação de um empresário individual ou sociedade empresária em Eireli, em que mantém tudo. Esta transformação não abrange, cooperativas, sociedades anonimas e sociedades simples. Só altera o nome e o capital. Há o registro do ato constitutivo na junta comercial. Precisa ter: a qualificação do titular, pessoa, física, capaz e não impedida; qualificar o nome a sede e prazo de duração da Eireli (o que não é comum, podendo ser prazo indeterminado); o capital social (valor minimo de 100 salários mínimos, tendo que estar pago na constituição da Eireli, podendo utilizar de bens (há uma Adin), a administração da Eireli, se for outra pessoa que for assinar por ele; exercício civil; ausência de impedimento do administrador; declaração de que o titular não participa de outra Eireli. Funciona como se fosse uma limitada, e pode funcionar como uma empresa simples.
Empresário: 	estar sujeito a lei 11.101/2005
		estar sujeito à falência e recuperação de empresas
		estar sujeito ao regime jurídico empresarial: registro, escrituração, elaboração de demonstrações contábeis ou financeiras.
	O empresário rural só é empresário quando se registra no registro público de empresas mercantis. Art. 971 CC. Registro Público de Empresas mercantis é composto: DNRC, que é um órgão federal, e que apenas regulamenta, faz normas e pelas Juntas Comerciais que podem ser órgãos ou autarquias estaduais (no DF ela é federal) são responsáveis pelo registro em si órgão executivos, tem um plenário, turmas, secretarias e procuradorias, elas fazem a matrícula dos agentes auxiliares do comércio (leiloeiros), autentica livros e arquiva atos jurídicos art. 35 Lei 8934/94. 
	Os empresários são obrigados a manter uma escrituração (organiza a vida do empresário, e a favor de prova). Adoção do sistema francês. Para fins empresariais o livro obrigatório é o livro diário. Livros facultativos para fins comerciais: livro caixa (o caixa 2 vem deste livro, a movimentação extra (por fora) de dinheiro). Livros especiais, obrigatórios para alguns empresários. Art. 1179 §2º CC dispensa o pequeno empresário da escrituração. Empresário individual com receita bruta anual de até 60 mil reais.
	Os empresários são obrigados a elaboração de demonstrações financeiras ou contábeis: balanços que apura o patrimônio líquido; demonstração de resultado do exercício; comparação de receita e despesa; lucros e prejuízos acumulados; fluxos de caixa; e valor adicionado, riqueza criada pelo empresário. As S.A. Abertas devem fazer as cinco demonstrações financeiras (Petrobras, Vale). As S.A. Fechadas são obrigadas a fazer as quatro primeiras. As sociedades de grandes porte cujo ativo é superior a 250 milhões de reais ou cuja receita bruta é superior a 300 milhões de reais também são obrigadas a fazer as quatro primeiras. Os outros empresários são obrigadas a fazer as quatro primeiras. O pequeno empresário está dispensado.
	Colaboradores:
		Subordinados com vinculo de independência: empregados, regidos pela CLT. O preposto, pode praticar jurídicos atos pelo empresário, há duas especies, os gerentes que são prepostos permanentes (Art. 1172 CC), não há sócio gerente. O contabilista é para fins contábeis, o ato que ele pratica é do empresário.
		Autônomos sem vínculos de dependência:
			intermediação: compram para revender, distribuidor
			aproximação: não participam da cadeia produtiva, apenas aproximam os interessados a fechar o contrato, se tiver alguma procuração pode fechar o contrato pelo empresário ex: contrato de representante comercial.
Bens: estabelecimento, complexo de bens corpóreos e incorpóreos que o empresário reúne para o exercício da empresa. Composto de várias coisas singulares, móveis, imóveis (se próprio), marcas, patentes, ponto (ação de renovação art. 51 lei 8245/91), nome, força de trabalho. Não considerados, mas são importantes: aviamento (aptidão do estabelecimento para produzir lucros, uma qualidade do estabelecimento) e clientela (medida do aviamento, quanto maior a clientela, maior a aviamento). Qualquer negócio com o estabelecimento, precisa ser publicizado pelo próprio empresário se não publicar não produzirá efeitos. 
	Venda do estabelecimento (trespasse): troca do titular, há a troca do CNPJ, (no caso das Casas Bahia, não houve trespasse e sim alienação de controle). Condições de trespasse: Tem eficácia e tem que haver a averbação do registro de empresário, publicação, e o consentimento dos credores, pode ser suprida se o alienante fica com bens suficientes para pagar as dívidas. Efeitos: sobre os créditos que serão transferidos, caso fique em silêncio, os débitos nos livros, passam para o comprador, e para proteger os terceiros o vendedor fica responsável no prazo de um ano. Débitos trabalhistas: todos passam para o comprador, não importa quem é a pessoa, importa quem tem os bens, nos tributários também há o repasse. Falência, quem compra não responde por nenhuma dívida, (caso Varig) Art. 60 e 141 CC. Nos contratos, no silêncio há a transferência dos contratos não personalíssimos. No caso da locação, a transferência precisa do consentimento do locador. Concorrência, quem vende tem que ficar 5 anos sem fazer concorrência , há uma cláusula de raio, que é legítima.
Nome Empresarial: Art. 1155/68. Sinal distinto do empresário, é o que o diferencia uns dos outros; identifica o empresário. Natureza direito de caráter patrimonial, tem valor para a vida do empresário. Só acaba com a pessoa jurídica			
	Pode ter três tipos: 
				Firma Individual
				Razão Social
				Denominação
Deve respeitar o princípio da veracidade e da novidade. Art. 1175 CC. Âmbito de verificação da novidade Art. 1666 CC: estadual. Firma ou razão social, analisa o nome inteiro. A denominação pode analisar só a expressão incomum, se for comum analisa o caso inteiro.
Marcas: Lei 9279/96 - Lei da Propriedade Industrial. É o sinal visual distintivo entre produtos ou serviços. (O Barulho do motor da Harley Davidson é registrado nos EUA). Só é extinta: o decurso do prazo sem renovação, ela vale por 10 anos; renúncia; caducidade, decurso do prazo de 5 anos se usar a marca, é declarada pelo INPI, tem que declarar a requerimento de algum interessado; falta de procurador constituído no país, são registradas no INPI.
Indicações Geográficas: nome de um lugar que vai identificar um conjunto de serviços ou produtos. Tem marcaindividual
Denominações de Origem: conjunto de produtos, tem qualidade
Ex: o Brasil só tem uma marca: Costa Negra – camarões do Rio Grande do Norte. (champanhe, mármore carrara).
Indicações de Procedência: os fatores humanos e geográficos não importam. O lugar ficou conhecido por aquele produto ou serviço. Ex: Vale dos Vinhedos, Pampa Gaúcho (Carne), Franca, Queijo Minas.
Conflito entre Marca x Nome Empresarial x Nome Fantasia: a lei não trata deste conflito. Analiso se a marca é de auto renome, se é conhecida do público em geral. Ramo de atuação, ramo distintos podem conviver, mesmo ramo o mais antigo fica. Se o nome for mais antigo ele só prevalece se tiver proteção nacional. Se a marca for mais antiga, ela prevalece.
Conflito entre Marca x Nome de Domínio: Analiso se a marca é de auto renome, se é conhecida do público em geral. Ramo de atuação, ramo distintos podem conviver, mesmo ramo o mais antigo fica.

Continue navegando