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Prof. Paulo Ricardo Instituto Politécnico UNA Resistores e Fontes de Tensão Aula 03 Resistência Elétrica A resistência (R) mede o grau de oposição que um corpo apresenta à passagem de corrente elétrica. Algumas aplicações da resistência elétrica: Produção de calor; Redução da corrente elétrica em circuitos; Acionamentos e controle de motores. Unidade: Ohm (Ω) Multíplos e submúltiplos: megaohm (MΩ) = 106 Ω quiloohm (kΩ) = 103 Ω miliohm (mΩ) = 10-3 Ω Símbolo Resistência Elétrica O físico alemão George S. Ohm foi pioneiro nos estudos para caracterização do fenômeno da resistência elétrica. Em suma, seus experimentos consistiam em aplicar uma d.d.p em um dado material e observar a variação da corrente elétrica. Desta forma, a Primeira Lei de Ohm enuncia que: George S. Ohm 1789-1854 Observando a reta, o que pode se dizer de sua inclinação? -100 “A tensão em um resistor é diretamente proporcional à corrente que passa pelo mesmo.” O resistor ôhmico, nada mais é do que um resistor, cuja resistência varia linearmente Resistência Elétrica Na prática, não existem elementos perfeitamente lineares. A natureza é não-linear. Todavia, a menos que se diga o contrário, imagina- se que todos os elementos estão operando dentro da faixa de linearidade, sendo considerados lineares por faixa. Resistores Fixos s Resistor de filme (metálico, carbono) Resistor de Carbono Resistor de Fio Resistores Variáveis s Tipos Especiais de Resistores Extensômetro Metálico (Célula de Carga) Termistor (Resistor Dependente de Temperatura) Transistor (Transference Resistor) LDR (Resistor Dependente de Luz) Fusistor (Fusível Resistivo) A 2ª. Lei de Ohm enuncia que: “a resistência de um condutor de seção reta uniforme é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área da seção reta.” A resistividade (ρ) é uma característica intrínseca do material, que por sua vez irá determinar a sua resistência elétrica através: do comprimento (L) do trajeto da corrente; da área da seção transversal (A) do material; da resistividade do material. Resistividade O comprimento e a área da seção transversal dependem dos pontos de aplicação da tensão (d.d.p.) Unidade: Ω.m (SI) Ω.mm2/m Resistividade de Alguns Condutores Variação da Resistividade A resistividade varia com a temperatura sob a qual o material está submetido sendo dada por: Onde: 𝜌𝑓 – coeficiente de temperatura final 𝜌𝑖 – coeficiente de temperatura inicial 𝛼 – constante cujo valor depende somente do material considerado 𝛥𝑇 – variação da temperatura 𝜌𝑓 = 𝜌𝑖 ∙ (1 + 𝛼 ∙ ∆𝑇) Variação da Resistividade Alguns coeficientes de temperatura: Exemplo: Um filamento de tungstênio de uma lâmpada quando apagada (20ºC) tem uma resistência Ri. Qual o valor relativo da resistência do filamento quando a lâmpada estiver acesa (2000ºC)? α = 0,0004ºC-1 Tf = 2000ºC Ti = 20ºC Material ºC-1 Tungstenio 0,0045 Cobre 0,0039 Ferro 0,005 Carbono - 0,005 𝜌𝑓 = 𝜌𝑖( 1+ α∙ΔT) 𝜌𝑓 = 𝜌𝑖( 1+ 0,0004 ∙ 1980) = 8,92 ρi Ou seja, uma resistividade 8,92 maior Potência e Energia em Resistores Potência: Energia: Resistores sempre absorvem energia elétrica e a transforma em outro tipo de energia 𝑝 = 𝑢 ∙ 𝑖 𝑢 = 𝑅 ∙ 𝑖 𝑅 = 𝑢 𝑖 𝑝 = 𝑅 ∙ 𝑖2 𝑝 = 𝑢2 𝑅 𝑖 = 𝑢 𝑅 Expressão Geral 1ª. Lei de Ohm Expressão Geral = 𝑝 ∙ 𝑡 t = total de tempo em que o resistor ficou consumindo potência Resistores em Série Potência total do conjunto Potência do Resistor Equivalente Para que a potência dissipada seja a mesma nos dois casos: Para n resistores em série: 𝑝 = 𝑅1 ∙ 𝑖 2 + 𝑅2 ∙ 𝑖 2+𝑅3 ∙ 𝑖 2 𝑝 = (𝑅1 + 𝑅2+𝑅3) ∙ 𝑖 2 𝑝 = 𝑅𝑒𝑞 ∙ 𝑖 2 𝑅𝑒𝑞 ∙ 𝑖 2 = (𝑅1 + 𝑅2+𝑅3) ∙ 𝑖 2 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2+𝑅3 Expressão geral A resistência equivalente de uma associação de resistores em série é sempre maior que qualquer resistência da associação Resistores em Paralelo Potência total do conjunto Potência do Resistor Equivalente Para que a potência dissipada seja a mesma nos dois casos: 𝑝 = 𝑢2 𝑅1 + 𝑢2 𝑅2 + 𝑢2 𝑅3 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 ∙ 𝑢2 𝑝 = 𝑢2 𝑅𝑒𝑞 Expressão geral A resistência equivalente de uma associação de resistores em paralelo é sempre menor que qualquer resistência da associação. 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 Para 2 resistores Fontes de Alimentação Uma fonte de alimentação é um elemento capaz de entregar (alimentar) energia a um circuito elétrico. A alimentação é feita através da tensão que a fonte apresenta entre seus terminais de saída (fonte de tensão). A tensão pode ser contínua, fonte CC (DC), ou alternada, fonte CA (AC). Fonte com carga (carregada) Fonte em aberto (a vazio) Fontes de Alimentação Tradicionalmente, atribui-se o termo fonte de alimentação a uma fonte de tensão. Todavia, não se pode esquecer que um circuito pode possuir fontes de corrente. Qual é a diferença entre elas? Fonte de tensão (ideal): a tensão se mantém para qualquer variação de corrente. Fonte de corrente (ideal): a corrente se mantém para qualquer variação de tensão. Fontes de tensão são mais fáceis de encontrar e de construir. Contudo, em algumas aplicações é importante utilizar o conceito de fonte de corrente. Fontes de Tensão Ideal Entende-se por fonte de tensão ideal, a fonte de tensão que é capaz de manter o seu valor de tensão para qualquer carga, i.e., a quantidade de corrente elétrica drenada desta fonte pode ser infinita. Curva Característica VxA Tensão constante independente da corrente drenada Fontes de Tensão Real Em uma fonte de tensão real, a tensão nominal fornecida se mantém até uma determinada carga. Curva Característica VxA À medida que a carga exige mais corrente, a tensão de saída diminui. Curva Característica VxA Tensão nominal: tensão medida quando a fonte está em aberto. Em série: aumento da tensão nos terminais da associação. Em paralelo: estabilização da tensão nos terminais da associação. Fontes de Tensão Real Em qualquer um dos casos é importante verificar a polaridade das fontes. Curvas Características Fonte de tensão ideal: resistência nula na saída. Fonte de tensão real: resistência em série na saída da fonte. D U R A C E U S M a s A c a b a 𝐼𝑉 𝑉𝐵 𝑉 = 𝑉𝐵 V I 𝑉𝐵 V I 𝑉𝐵 𝑅 𝐼 𝑉 𝑉𝐵 𝑉 = −𝑅𝐼 + 𝑉𝐵 𝑉𝐵 𝑅 Curvas Características Fonte de corrente ideal: resistência nula na saída. Fonte de corrente real: resistência em paralelo na saída da fonte. Figura: Fotodiodo Um fotodiodo converte radiação luminosa em corrente elétrica e é modelado por uma fonte de corrente quando operando reversamente. 𝑉 𝐼 𝐼𝑐 𝐼 = 𝐼𝑐 𝑉 𝐼 𝐼𝑐 𝐼 = 1 𝑅 𝑉 + 𝐼𝐶 − 𝐼𝑐 𝑅 V I 𝐼𝑐 V I 𝐼𝑐 𝑅 Curvas Características Chave aberta ideal: Chave fechada ideal: Figura: Chaves ou Interruptores V I 𝑉 𝐼 𝐼 = 0 V I 𝑉 𝐼 𝑉 = 0 Exercícios Lista de Exercícios 02: Livro Análise de Circuitos – O’Malley, Cap. 2 Exercícios: 2.44, 2.45, 2.51, 2.52, 2.55, 2.58, 2.60, 2.61, 2.62, 2.66, 2.69, 2.70, 2.71, 2.72: Referências TIPLER, P. A. Física. 4ª. Edição, LTC, RJ, 2000. DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos Circuitos Elétricos. 5ª. Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2003 O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2ª. Edição, Makron Books, SP, 1994. GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2ª. Edição, Pearson Makron Books, SP, 1997.
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