Buscar

Osteoporose: doença silenciosa e perigosa

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Osteoporose
Raphael wink
Nathalia s. castro
Introdução
É uma doença osteometabólica caracterizada por baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. 
Aumento da fragilidade óssea e suscetibilidade a fraturas.
Outras complicações: dor crônica, depressão, deformidade, perda de dependência e aumento da mortalidade
Osso normal
Osso com osteoporose
50% mulheres e 20% dos homens com mais de 50 anos sofrerão alguma fratura osteoporótica ao longo da vida;
Complicações das fraturas de fêmur em idosos: 
- 50 % irão necessitar de ajuda para a marcha. 
- 30% ficarão funcionalmente dependente para realização de trabalhos domésticos. 
- 20% recuperam a funcionalidade. 
- 30% morrem no primeiro ano.
Dos que sofrem fratura de quadril:
 -5% morrem durante a internação hospitalar;
 -12% nos 3 meses subsequentes; 
 -20% no ano seguinte a fratura.
Fisiopatologia
REMODELAÇÃO ÓSSEA 
 OSTEOCLASTOS: REABSORÇÃO 
 OSTEOBLASTOS: FORMAÇÃO 
Atividade osteoclastica = Ativ. Osteoblastica → osso normal 
Ativ. osteoclastica > ativ. Osteoblastica → OSTEOPOROSE*
 
ESTRUTURA ÓSSEA NORMAL: 
Osso Trabecular (esponjoso ) (20%): 
- Extremidades (porção epifisária) do radio, ulna e fêmur. 
- Corpos vertebrais. 
Osso Cortical (compacto) (80%): ossos do quadril, 
úmero e fêmur (porção diafisária). 
Antes dos 50 anos: perda quase exclusiva de osso trabecular e isso 
se acentua após a menopausa. 
Mulher perde 0,18% osso esponjoso dos 30 -49 anos e 1-4% nos 
primeiros 5 anos na pós-menopausa. 
Mulher de 80 anos: perda de 50% do osso trabecular e 30% cortical. 
Homem 80 anos: perda de 30% do osso trabecular.
A osteoporose é uma das principais causas de morbimortalidade em idosos;
Etiopatogênia
 Osteoporose Tipo I (pós-menopausa): ♀ 
Mais “precoce”. 
Alta remodelação. 
↓ estrogênios e calcitonina. 
Perda rápida de massa óssea. 
Acomete (+) ossos trabeculares. 
 Osteoporose Tipo II (senil ): ♂ 
Mais “tardia”. 
Baixa remodelação. 
↓ calcitonina e Vit. D3. 
Perda mais lenta de massa óssea. 
Primaria: Ausência de doenças relacionadas a condições que levem a diminuição da massa óssea (mais comum).
Secundária: Atribuída a outras doenças causadoras de perda óssea; 
Manifestações Clínicas
DOR: Sintoma mais comum. “Doença silenciosa”. 
• Ocorre nas perdas ósseas acima de 30%. 
• Quando associada a trauma: aguda, localizada, ocorre no repouso e piora no exercício, sendo mais comum a nível de coluna vertebral, podendo ocorrer também no fêmur, tíbia, punho, quadril e costelas. 
• Pode durar dias ou semanas e ser recorrente. Pode ser continua. 
• Acarreta instabilidade ( fragilidade esquelética). 
• Pode ser encoberta pela doença de base quando de origem secundaria. 
FRATURAS: 
• Decorre do desarranjo da microestrutura óssea (micro e macrofaturas). 
• Predomina nos óssos trabeculares (vértebras). 
• Pode ocorrer também: extremidade do radio, colo de fêmur e costelas. 
MODIFICAÇÕES POSTURAIS: 
• Geralmente associada a fraturas vertebrais (T12 a L2). 
• Acarreta cifose dorsal, retificação lombar / cervical e escoliose. 
• Os músculos, tendões e ligamentos ficam sobrecarregados : limita as atividades físicas. 
• Ocorre diminuição da estatura: 10 a 20 cm.* 
Fatores de Risco
IDADE > 50 ANOS. 
SEXO FEMININO. 
NULIPARIDADE. 
RAÇA BRANCA E ASIATICA. 
TABAGISMO. 
ALCOOLISMO. 
PERDA DA GRAVIDADE. 
HIPOESTROGENISMO (MENOPAUSA). 
HISTÓRIA FAMILIAR. 
BAIXA ESTATURA. 
INGESTÃO EXCESSIVA DE CAFÉ. 
BAIXA EXPOSIÇÃO A LUZ SOLAR. 
DEFICIÊNCIA DE VIT. D. 
SEDENTARISMO. 
IMOBILIZAÇÃO PROLONGADA. 
DESNUTRIÇÃO. 
IATROGENISMO: CORTICOIDE, HEPARINA, CITOSTATICOS, ETC. 
Diagnóstico
O diagnóstico de osteoporose pode ser clínico, nos casos de indivíduos com fatores de risco + fratura osteoporótica.
Também pode ser estabelecido com base na medida de baixa densidade mineral óssea por DMO pela técnica de absorciometria por raios X com dupla energia (DXA). 
Quando a DMO do paciente é comparada à de adultos jovens normais do mesmo sexo = ESCORE T. Quando é comparada com a esperada para pessoas normais da mesma idade e sexo = ESCORE Z. 
A diferença entre a DMO do paciente e o padrão normal é expressa por desvios padrão acima ou abaixo do esperado. 
O rastreamento com o DMO não é feito pelo baixo poder preditivo e de seu alto custo; 
80% fraturas ocorrem com escore T > -2.5 desvios padrões
DENSITOMETRIA ÓSSEA 
Padrão ouro para diagnóstico. 
Baixa dose de radiação.
Rápida execução. 
Realizada a nível de coluna lombar e colo do fêmur. 
A DMO é expressa em área de superfície (g/cm²). 
Usada para diagnóstico e acompanhamento do tto. 
O risco de fratura aumenta 1,5 a 2,5 vezes a cada -1 DP. 
Perda de 10% a 12% da densidade óssea = -1 DP. 
Valores acima de –2,5 DP é diagnóstico de osteoporose.
Os sequintes itens interferem no resultado: 
• Osteoartrite e osteoartrose. 
• Escoliose. 
• Laminectomia. 
• Calcificação de partes moles (aorta). 
• Fraturas na região analisada.
INDICAÇÕES PARA A MEDIDA DE DMO 
(Internathion al Society For Clinical Densito metry – ISCD) 
Mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. 
Mulheres pós menopausa abaixo dos 65 anos com fatores de risco. 
Homens com idade igual ou superior a 70 anos. 
Adultos com passado de fratura por fragilidade óssea. 
Adultos com doenças ou condições associadas à baixa massa óssea ou perdas ósseas. 
Adultos em uso de medicações associadas com baixa massa óssea ou perdas ósseas. 
Qualquer pessoa que esteja sendo considerada para intervenções farmacológicas. 
Qualquer pessoa em tratamento, para monitorar o efeito da intervenção. 
Qualquer pessoa que não esteja recebendo tratamento, nas quais evidências de perda óssea possa conduzir ao tratamento.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Marcadores de Formação Óssea: 
-Material: sangue
-Fosfatase Alcalina: mais usada. 
-Fosfatase Alcalina Osso-especifica (B -ALP): maior sensibilidade e especificidade para lesões ósseas. 
-Osteocalcina: é uma proteína especifica do osso. Alta sensibilidade e especificidade. 
Marcadores de Reabsorção Óssea: 
1- Material: urina.
-Hidroxiprolina urinaria: baixa E e S pois pode ser encontrada em outros tecidos. 
-Calciúria de 24 h: baixa sensibilidade e especificidade. 
-Piridinolina e Desoxi-piridinolina (especifica do osso). 
-N-Telopeptideos: alta sensibilidade. 
2- Material: sangue: 
-Fosfatase Acida Tartaro -resistente: pouca especificidade.
Principais Exames:
Cálcio/fósforo séricos. 
Fosfatase alcalina. 
Provas de função renal. 
Provas de função hepática. 
Provas de função tireoidiana. 
Hemograma. 
Provas inflamatórias. 
Cálcio urinário de 24 h.
#Objetivo: excluir doenças que mimetizam a osteoporose (mieloma e osteomalácia), elucidar a etiologia, avaliar a gravidade da doença e a monitorização do tratamento. 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
Métodos Radiológicos Convencionais: 
Radiografia de coluna vertebral. 
Radiografia de colo de fêmur – padrão trabecular (Índice de Singh). 
Radiografia de terço médio do radio
As alterações serão visíveis apenas com perdas de DMO acima de 30% (retarda o diagnóstico e a tera pêutica).
TC QUANTITATIVA 
Determina a densidade volumétrica (g/cm³). 
Técnica de maior precisão (2 a 10%). 
Só pode ser realizada para estudo das vértebras. 
Permite o diagnóstico de microfraturas vertebrais. 
O paciente recebe alta radiação. 
Alto custo.
Avalia de T-12 a L- 3 ou de L-1 a L-4 
US DE CALCANEO : Usada para controle do risco de fratura. Baixo custo; 
RNM: Usada nos casos problemas para diferenciação de fraturas.
FRAX
(Fracture Risk Assessment Tool)
Objetivo de calcular a probabilidade de ocorrer, nos próximos 10 anos, uma fratura de quadril ou outra fratura osteoporótica (de vértebra, quadril, antebraço ou úmero). 
Calcula o risco maior de fratura com base na validação de fatores individuais de risco, como idade, sexo, peso, altura, fratura previa, história de fratura de quadril
em mãe ou pai, tabagismo, uso de corticoides, AR, outras condições associadas a osteoporose (hipogonadismo, doença hepática crônica, menopausa precoce), ingesta de álcool de >3 doses/dia, e DMO de colo femoral. 
O FRAX ainda não está validado para uso na população brasileira. 
Idade e o escore T são tão efetivos quanto o modelo FRAX na avaliação de pacientes em risco de fratura
Critérios de inclusão para tratamento:
Mulheres pós menopausa e homens 50 anos
Condições:
- Fratura de baixo impacto;
- T escore
- Osteopenia +70 anos e com histórico de quedas
Tratamento não farmacológico
1) Exercício físico
2) Prevenção de quedas ( revisão medicamentos, avaliações neurológicas, psiquiátricas....)
3) Fumo e álcool
Suplementação da Ingestão Ca (1200mg) e VitD 800u 
 - Carbonato de cálcio 1250mg ;
- Carbonato de cálcio + colecalciferol: 500 mg + 400 UI ou 600mg+400ui
Tratamento farmacológico
Tratamento 1ª Linha (Bisfosfonado) 
Efeito gastrointestinais / Prolongamento tratamento /Ulcera esofágica
Alendronato de sódio ( 10mg e 70 mg)
Insuficiência renal monitorização / mulheres 
Risedronato de sódio (5 mg e 35mg)
Insuficiência renal monitorização /mulheres
Pamidronato dissódico ( 30mg I.V / 500ml – 2horas)
Tratamento de segunda linha
Raloxifeno (60 mg) – modulador estrogéneo; 
Estrogênios conjugados Tromboembolismo, histerectomia
Calcitonina: Dor aguda
Não contempladas: Teriparida; Ác. Zoledrônico; Ranelato de estrôncio; Denosumabe
Benefícios tratamento e objetivos
Possibilidade de ampliação tratamento ( -3,5 d)
Redução da incidência de fraturas osteoporóticas vertebrais e não;
Monitorização do tratamento
Acompanhamento a cada 6 meses
OBRIGADA!!!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando