CÓDICO DE HAMURABI 24.04

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CÓDICO DE HAMURABI 
 Artigos sobre Agricultura
48º - Se alguém tem um débito a juros, e uma tempestade devasta o seu campo ou destrói a colheita, ou por falta d'água não cresce o trigo no campo, ele não deverá nesse ano dar trigo ao credor, deverá modificar sua tábua de contrato e não pagar juros por esse ano.
a)Por motivos de forças maiores ou fenômenos naturais, o agricultor que tiver problemas com a colheita, o mesmo acordo que foi firmado com o credor, deverá ser desfeito e outro será firmado, nesse novo acordo, não deverá sofrer acréscimos de juros. 
b) O art. 48 do código Hamurabi tenta evitar que os agricultores saiam com o prejuízo de perca da plantação e perca de dinheiro, porque se não estivesse no código, os mesmo teriam que pagar para os credores, mesmo eles tendo perdido a safra e não obtido lucros.
50º. Se ele dá um campo cultivável (de trigo) ou um campo cultivável de sésamo, o proprietário do campo deverá receber o trigo ou o sésamo que estão no campo e restituir ao negociante o dinheiro com os juros.
a) O proprietário que da o seu campo, por qual motivo que seja, deverá receber todo o valor (em dinheiro) pelo o que foi plantado e o novo proprietário fica com as plantações para si. 
b) Esse artigo, ele evita que o antigo proprietário fique sem nada, por mais que ele tenha ficado sem o seu campo, provavelmente por motivo de dividas, ele será restituído pelo valor e o acréscimo de juros, por toda sua plantação, assim podendo ter a chance de recomeçar.
55º. Se alguém abre o seu reservatório d'água para irrigar, mas é negligente e a água inunda o campo de seu vizinho, ele deverá restituir o trigo conforme o produzido pelo vizinho.
a) Esse artigo trás para nós um problema que infelizmente pode vir a devastar plantações alheias e próprias, o proprietário por sua vez, sem atenção acaba devastando a plantação alheia, devendo pagar pelo prejuízo.
b) Evitando que o vizinho fique no prejuízo, esse código quer evitar trapaceio em relação as plantações. Logo, se a plantação de um está sofrendo danos por conta do proprietário do lado, o mesmo deverá pagar por isso.
 Artigos sobre Contratos
117º - Se alguém tem um débito vencido e vende por dinheiro a mulher, o filho e a filha, ou lhe concedem descontar com trabalho o débito, aqueles deverão trabalhar três anos na casa do comprador ou do senhor, no quarto ano este deverá libertá-los.
a) Se um negociante tem um debito em aberto e para pagar ele resolve vender membros de sua família ou trabalhar para quitar sua divida, os mesmo deverão trabalhar apenas 3 anos e no quarto ano, os mesmo deverão ser libertados e divida quitada.
b) Esse artigo por sua vez, tenta evitar que o credor trabalhe para o resto de sua vida para fazer a quitação de uma dívida, então o condigo deixa claro que os mesmo deverão trabalhar por 3 anos e no 4 ano eles serão libertos e a dívida estará paga. 
123º. Se alguém dá em depósito sem testemunhas ou contrato e no lugar em que se fez a consignação se nega, não há ação.
a) O artigo 123 diz que quem faz deposito sem testemunha o contrato, o mesmo não é valido. 
b) O código tenta evitar acordos feitos boca a boca, assim evitando conflitos de palavras, sem saber qual foi o real contrato feito.
125º. Se alguém dá em depósito os seus bens e aí por infração ou roubo os seus bens se perdem com os do proprietário da casa, o dono desta, que suporta o peso da negligência, deverá indenizar tudo que lhe foi consignado em depósito e que ele deixou perder. Mas, o dono da casa poderá procurar os seus bens perdidos e retomá-los do ladrão.
Se alguém confia em outro alguém, para guardar um pertence e o mesmo for roubado/perdido, a pessoa no qual foi confiada, deverá ressarcir ou procurar os pertences.
Esse código procura evitar, que um proprietário que confiou em outro para se fazer um deposito, saia no prejuízo caso o confiado perca ou seja roubado, o mesmo que foi negligente, devera arcar com os prejuízos e ressarcir o proprietário, evitando que o mesmo fico no prejuízo.
Artigos sobre aluguel
236º. Se um homem alugar seu barco para um marinheiro, e o marinheiro for descuidado, danificando o barco ou perdendo-o à deriva, o marinheiro deve dar ao dono do barco outro barco como compensação.
a) A lei diz que se o marinheiro que alugou o barco o danificar de algum modo, deve restituir um novo barco ao dono. 
b) A lei em questão pretende fazer com que a pessoa que aluga o bem, não o danifique, e caso ocorra, o contratante deve pagar outro ao contratador.
243º. Como aluguel pelo rebanho de gado, ele deverá pagar 3 gur de cereais ao proprietário.
a) A lei diz que se alguém alugar o rebanho de gado deve pagar uma quantia em cereais ao dono da propriedade.
b) A lei vem para unificar o pagamento em relação ao aluguel pelo rebanho de gado.
275º. Se alguém alugar uma nau para fretes, ele deverá pagar 3 gerahs em dinheiro por dia.
a) Diz que quem aluga uma nau para fretes deve pagar por dia, um valor para o dono da embarcação.
b) Essa lei pretende unificar o valor do aluguel pago por dia pelo uso da nau.
 
 Artigos sobre Religião 
1º. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.
a) Se alguém acusar uma pessoa de sortilégio e não provar, deverá morrer.
b) A lei ocorre para que não haja falso testemunho.
6º. Se alguém roubar a propriedade de um templo ou corte, ele deve ser condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo do ladrão deve ser igualmente condenado à morte.
a) Se alguém roubasse bens de deus ou da corte, deveria ser morto, assim como quem receptou o objeto roubado. 
b) Essa lei servia para evitar roubos à bens dos templos e da corte.
110º. Se uma irmã de um deus abrir uma taverna ou entrar numa taverna para beber, então esta mulher deverá ser condenada à morte.
a) Se uma mulher destinada a servir a Deus abre uma taverna, ou vai até esse local, deve ser morta.
b) A lei ocorre para que as irmãs de deus fossem preservadas do convívio com homens, e para permanecerem puras. 
 Artigos sobre Crimes 
6º. Se alguém furta bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto.
a) A lei diz que quem roubou bens de deus ou da corte e ou recebeu a coisa furtada será morto.
b) A lei busca assegurar a corte de que seus bens estarão seguros, evitando contrabando de mantimentos roubados.
11º. Se o proprietário do objeto perdido não apresenta um testemunho que o reconheça, ele é um malvado e caluniou; ele morrerá.
a) A lei diz que o proprietário do objeto roubado deve conter provas contra o ladrão, caso contrário será julgado por levantar falsos testemunhos e deverá ser morto. 
b) A lei existe para que haja provas concretas sobre tais crimes, 
prevenindo falsos testemunho e calunias.
22º. Se alguém comete roubo e é preso, ele será morto.
a) Diante do artigo 22º o homem que cometeu roubo e foi preso, o mesmo morrerá.
b) A norma visa prevenir roubos e trazer segurança para a população, o tratando com pena de morte. 
 Artigos sobre Família
 131º. Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa.
a) A lei diz que se a mulher é acusada de adultério pelo próprio marido, mas não é encontrada com outro, essa mulher devera ser jurar em nome de Deus e voltar para a sua casa
B) Esta lei quer acabar com a difamação com a mulher
154º - Se alguém conhece a própria filha, deverá ser expulso da terra.
a)A lei diz se o pai for culpado de incesto com a sua filha,ele ira se afastar do convívio da sua família e ira perder  a sua terra
b)A lei em questão quer acabar com o abuso sexual de pai com filha
 
 157º. Se alguém, na ausência de seu pai, tem contato com sua progenitora, dever-se-á queimá-laambos.
 
a) A lei diz em questão que se o filho tem contato com a sua progenitora,e o seu pai,estiver ausente,os dois deverá ser queimado
b) Está lei quer acabar com a atividade sexual do filho com a mãe
O que mudou após a criação dos direitos humanos 
Inicialmente o código de Hamurabi foi um documento escrito que visava temas populares na sociedade, buscando melhorias e anulabilidade de temas como o adultério, falso testemunho, crimes populacionais e problemas enfrentados pelo povo. Desde então, o código tinha como principal ente a famosa lei de talião “Olho por olho, dente por dente”, e diante das normas estabelecidas cada ato que alguém descumprisse seria punido.
Há séculos atrás, a pena de morte era a punição mais comum nas leis do código de Hamurabi, sem possibilidade de desculpas. Mas, de acordo com a evolução da sociedade e das normas, as leis do código de Hamurabi são inaplicáveis no estágio evolucional em que nos encontramos. Anulamos penas cruéis, tais como o lançamento de um ofensor em um rio, morte no fogo e quaisquer outras penas que firam o direito à vida. 
Entretanto, após quatro séculos do código, ainda existem leis parecidas e com mesmas finalidades, como por exemplo o interesse financeiro, que fala mais alto que a honra e a honestidade da pessoa humana. Hoje as leis e penas se adaptam ao avanço da sociedade. Com uma melhor análise do conteúdo do código, fica claro que o objetivo dessa legislação era trazer a justiça, mesmo que a maioria dos seus duzentos e oitenta e dois artigos sejam taliônicos e não correspondam às ideias mais modernas de justiça científica.
O objetivo deste código era homogeneizar o reino juridicamente e garantir uma cultura comum. No seu epílogo, Hamurabi afirma que elaborou o conjunto de leis "para que o forte não prejudique o mais fraco, a fim de proteger as viúvas e os órfãos" e "para resolver todas as disputas e sanar quaisquer ofensas". E assim foi feito, de acordo com a mudança da sociedade, as leis foram se adaptando e toda a população adquirindo direitos.