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Resumo: PRÉ - ECLÂMPSIA


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RESUMO SOBRE DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
	
	INTERNATO – GINECOLOGIA & OBSTETRÍCIA – 2016/01
	
11/5/2016
INTERNATO – GINECOLOGIA & OBSTETRÍCIA – 2016/01
PRÉ-ECLÂMPSIA
Doença crônica com potencial para insuficiência progressiva e múltipla de órgãos.
- FISIOPATOLOGIA: Ativação generalizada do sistema inflamatório materno, disfunção endotelial universal e limitação na vascularização placentária. A ativação endotelial gera vasoespasmo arteriolar universal, resultando em processo insidioso e progressivo -> insuficiência múltipla dos órgãos. As complicações orgânicas consistem no aumento da mortalidade fetal e materna. A presença de diabetes mellitus preexistente, a história pregressa de PE e a presença de Ac antifosfolípide, estão associados ao maior risco relativo de pré-eclâmpsia.
Nos RINS, há glomeruloendoteliose e esclerose focal com proteinúria e comprometimento da filtração glomerular.
No FÍGADO, há isquemia variável e disfunção com elevação dos níveis de transaminases.
O VASOESPASMO dificulta o fluxo uteroplacentário, onde há ativação e consumo de plaquetas com consumo progressivo e instalação de coagulação disseminada.
No CÉREBRO, há isquemia variável, edema difuso, com consequente convulsão (eclampsia) ou acidentes vasculares.
 - CONCEITO: Presença de PA sistólica maior ou igual a 140mmHg e/ou PA diastólica maior ou igual a 90mmHg, aferida após a 20ªs de gestação associada a proteinúria. Geralmente incia-se com elevação da PA associada a edema resistente ao repouso e proteinúria.
Proteinúria: > 300mg/24h (A intensidade da proteinúria não está associada ao prognóstico materno).
Na ausência de proteinúria, o diagnóstico de PE pode ser baseado na presença de cefaleia, turvação visual, dor abdominal OU exames laboratoriais alterados, como plaquetopenia (<100.000mm³), elevação de enzimas hepáticas (o dobro do basal), creatinina (o dobro do basal), OU edema pulmonar, distúrbios visuais ou cerebrais (cefaleia, escotomas ou convulsão).
- PREVENÇÃO: AAS 100mg – 1cp à noite + 1g carbonato de Ca – 1 cp ao dia (se não ingeridos habitualmente na dieta alimentar).
Pode ser iniciada nas fases mais precoces da gestação.
Estima-se redução de cerca de 10% do risco relativo de PE e de parto prematuro.
As pacientes devem receber um tratamento individualizado com seguimento diferenciado.
- TERAPÊUTICA: Protocolos tradicionais dividem o planejamento terapêutico segundo a gravidade da PE. A conduta obstétrica com antecipação do parto e recomendada para pacientes com mais de 37s ou que manifestem quadros graves, após a estabilização clínica da paciente. Diante de situações estáveis é possível adotar uma conduta expectante até atingir o termo. 
Hipotensores utilizados: Metildopa, nifedipino, pindolol.
Na PE grave, o sulfato de magnésio é 1ª escolha. Esquema: Sulfato de Magnésio EV – 4g em 20 min (ataque) e 1-2g por hora (manutenção). Se a PAD se mantiver = ou > 110mmHg deve-se administrar hipotensores de ação rápida, tais como: hidralazina, nifedipino, nitroprussiato de sódio. 
ANOTAÇÕES: ___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Biliografia: SASS, N. Ginecologia e Obstetrícia integrada. Módulo 2: Pré-eclâmpsia. UNIFESP. Março, 2015.
11 de maio de 2016 Página 2