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Aula 5 – Unidade 1 Reflexos da Globalização nas Organizações Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Contextualizando o fenômeno da globalização; b) A inserção das empresas na dimensão internacional; c) Considerações sobre os reflexos da globalização nos negócios. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) CONTEXTUALIZANDO O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 Atualmente o ambiente externo passa por mudanças contínuas e rápidas, com efeitos diretos e indiretos, sobre as organizações e suas estratégias administrativas. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 5 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo *(STONER E FREEMAN, 2009, p.59) “Um número crescente de empresas americanas opera instalações fora dos Estados Unidos e vende seus produtos em outros países; até mesmo empresas que operam principalmente no mercado doméstico enfrentam a competição internacional e dependem de fornecedores estrangeiros”. * A Globalização dos Negócios “Uma das mudanças que mais têm afetado a forma como as organizações fazem negócios está relacionada com a globalização”.** **(SOBRAL E PECI, 2008, p.24) 6 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (CHIAVENATO, 2007, p.118) Globalização: “os negócios obedecem a uma nova e diferente ordem mundial de operação e competição. As empresas globais utilizam tecnologias e práticas avançadas de negócios que ultrapassam as barreiras de diferentes histórias, línguas, culturas, padrões de comunicação, sistemas regulatórios e estruturas econômicas”. 7 “As organizações vivem, atualmente, em um ambiente em constantes mudanças, as quais têm um impacto determinante no trabalho dos administradores, pois colocam-lhes desafios cada vez maiores”. “Para enfrentar esses desafios, os administradores precisam reconhecer as tendências do ambiente organizacional, antecipando assim os problemas e aproveitando as oportunidades”. (SOBRAL E PECI, 2008, p.24) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A Globalização dos Negócios 8 “Atualmente, observa-se um fluxo de idéias, informações, pessoas, capital e produtos que ultrapassa todas as fronteiras nacionais”. “Os administradores precisam desenvolver uma visão global do mundo de negócios, que leve em consideração essa nova realidade e não se limite ao mercado em que tradicionalmente os produtos ou serviços são consumidos”. (SOBRAL E PECI, 2008, p.24-25) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Os clientes, os trabalhadores, os fornecedores e os competidores de hoje são globais e esperam que as organizações atuem globalmente”. A Globalização dos Negócios 9 “No entanto, apesar de a globalização proporcionar diversas oportunidades às organizações, como o acesso a novas tecnologias ou capital, ou o alargamento dos mercados onde possam escoar seus produtos ou serviços, ela também apresenta algumas ameaças”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A globalização aumenta a competitividade entre as organizações, como consequência de um maior número de competidores e de uma clientela cada vez mais exigente”. A Globalização dos Negócios (SOBRAL E PECI, 2008, p.24-25) 10 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo *(STONER E FREEMAN, 2009, p.59) A Globalização dos Negócios “Os administradores precisam considerar que suas empresas podem ter stakeholders internos e externos em outros países”.* “A globalização também afeta o ambiente de ação indireta. Os administradores devem estar conscientes das variáveis sociais, econômicas, políticas e tecnológicas em cada país que desejam negociar ou esperam competir.”* É importante estar atento aos estilos de vida dos consumidores e aos padrões demográficos do mercado de trabalho.** Os administradores “necessitam entender diferentes modelos culturais, de modo a não ferir os princípios e a respeitar os costumes e tradições das pessoas e grupos com quem interagem”.** **(SOBRAL E PECI, 2008, p.25) 11 O fenômeno da globalização dos negócios trouxe mudanças para o ambiente externo às organizações que se refletiram também em modificações no próprio ambiente interno organizacional. Os gestores são cada vez mais pressionados a responder a essa quantidade de forças externas e para pensar globalmente. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo b) A DIMENSÃO INTERNACIONAL 12 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, 95-96) Por que as Empresas se Tornam Internacionais? “Há pelo menos quatro motivos: 1) Obter acesso a recursos mais confiáveis ou mais baratos; 2) Aumentar o retorno sobre o investimento; 3) Aumentar sua parcela de mercado; e, 4) Evitar tarifas ou quotas de importações estrangeiras.” 14 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.95) Obter acesso a recursos mais confiáveis ou mais baratos “Empresas de petróleo ou de mineração freqüentemente se internacionalizam para obter suprimento de matéria-prima mais confiável ou mais barato do que podem encontrar no seu país de origem. Indústrias aventuram-se no exterior em busca de mão-de-obra mais barata. As empresas também podem investir em instalações no exterior para escapar da instabilidade política em seu país de origem e para obter acesso a uma quantidade maior de conhecimento tecnológico”. 15 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.95-96) Aumentar o retorno sobre o investimento “As empresas, como os indivíduos, transferem seus fundos ‘de áreas onde o retorno sobre o capital é menor para aquelas onde ele é maior’. Durante a década de 1980, por exemplo, uma taxa de câmbio favorável levou os japoneses a investir pesado em imóveis comerciais nos Estados Unidos.” “Expandindo-se para outros países, as empresas também aumentam suas chances de conseguir um retorno sobre o investimento e lucros estáveis ou crescentes. A Ford e a GM podem ver as vendas na Europa como um meio de superar a queda no mercado americano de automóveis.” 16 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.96) Aumentar a parcela de mercado “As empresas de maior porte tendem a se expandir internacionalmente para continuar crescendo, seja porque seu produto já dominam o seu mercado doméstico, seja porque seu tamanho permite fazer economias de escala(*)”. “Empresas menores, por outro lado, podem ter de se expandir em outros países apenas para sobreviver, a Ball Corp., terceira fabricante americana de latas para bebidas, comprou a divisão de embalagens da Continental Can Co., de modo a atender a demanda de latas para refrigerantes na Europa, que está crescendo duas vezes mais rápido do que nos EUA”. (*) Aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo. Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços. Isto é, quanto mais se produz uma determinada quantidade, menor é o valor de custo de cada unidade produzida. 17 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.98) Aumentar a parcela de mercado Empresas que identificam uma demanda crescente dos produtos que exporta, podem avaliar se é vantajoso investir em instalações industriais no estrangeiro. “Por exemplo, construindo uma fábrica na Alemanha a Ford pôde economizar tempo e gastos consideráveis necessáriospara transportar carros prontos de Detroit para a Europa”. 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.98) Para evitar tarifas e cotas de importação no estrangeiro “Os governos frequentemente usam tarifas ou cotas para proteger interesses empresarias internos. O Japão, por exemplo, aplica taxas elevadas no arroz e outros produtos agrícolas importados dos Estados Unidos. De forma semelhante, industriais americanos vem pedindo que o governo os proteja contra importações que vão desde automóveis a equipamentos eletrônicos”. “O investimento direto é uma solução mais segura contra a ameaça de tarifas e das cotas de importação estrangeiras. Assim, a Sony, a Honda e a Toyota criaram subsidiárias que são, para todos os efeitos, empresas americanas.” 19 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.98) Como as Empresas se Tornam Internacionais? “Poucas organizações começam como multinacionais(*). Mais comumente, uma organização passa por vários estágios de internacionalização”. “As empresas no primeiro estágio de internacionalização têm apenas participação passiva nos negócios com indivíduos e organizações estrangeiras. Nesse ponto, por exemplo, uma empresa pode se contentar em atender a pedidos de outros países, pedidos que chegam sem qualquer esforço sério de vendas de sua parte. Os contatos internacionais podem ser atendidos por um departamento existente. Terceiros, como agentes e corretores, freqüentemente agem como intermediários para empresas neste primeiro estágio de internacionalização”. (*) Grandes empresas cujas operações e divisões se espalham por vários países, mas que são controladas por um escritório central. 20 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.99) Como as Empresas se Tornam Internacionais? “No segundo estágio, as empresas lidam diretamente com seus interesses em outros países, apesar de ainda poderem continuar a usar terceiros. Nesse ponto, a maioria delas não mantém empregados nos outros países, mas seus empregados nacionais viajam regularmente para realizar negócios no estrangeiro. A empresa pode decidir estabelecer um departamento de importação ou exportação”. “No terceiro estágio, os interesses estrangeiros afetam de modo significativo as características gerais da empresa. Apesar de continuar essencialmente doméstica, ela age diretamente em importação e exportação, e talvez na produção de seus bens e serviços em outros países.” 21 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.99) Como as Empresas se Tornam Internacionais? “No estágio final, a empresa vê suas atividades como sendo essencialmente multinacionais e não faz distinção entre seus negócios e os estrangeiros.” “No terceiro e no quarto estágios, as organizações enfrentam uma quantidade de opções estratégicas para aproveitar oportunidades externas. Podem usar licenciamentos ou podem vender franquias(*), um tipo especial de licença. A franquia é o principal modo pelo qual a McDonald´s, a Pizza Hut e outras cadeias de lanchonete se expandiram nos mercados internacionais”. (*) Franquia é o tipo de acordo de licenciamento no qual uma empresa vende um pacote contendo marca registrada, equipamento, materiais e diretrizes para a administração. 22 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (STONER E FREEMAN, 2009, p.99) Como as Empresas se Tornam Internacionais? “Apesar dos licenciamentos e das franquias darem às empresas acesso a receitas externas, seu papel no gerenciamento é limitado. Para obter um papel maior na gestão, as organizações precisam fazer investimentos diretos, seja criando uma subsidiária estrangeira ou comprando o controle acionário numa empresa estrangeira já existente.” “Outra opção é a joint venture, na qual as empresas nacionais e estrangeiras dividem o custo de desenvolver novos produtos ou de construir instalações para produzir num outro país. Uma joint venture pode ser o único meio de penetrar em certos países onde, pela lei, os estrangeiros não podem ser donos de empresas. Em outras situações, as joint ventures permitem que as empresas juntem conhecimentos tecnológicos e dividam os gastos e o risco de pesquisas.” c) CONSIDERAÇÕES SOBRE OS REFLEXOS DA GLOBALIZAÇÃO NOS NEGÓCIOS 23 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 24 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Considerações sobre os reflexos da globalização nos negócios “Quando uma empresa planta sua bandeira num novo país, deve estar bem consciente das variáveis ambientais externas que vão moldar o meio ambiente empresarial. Estas variáveis afetarão os ambientes de ação direta e indireta da organização.” (STONER E FREEMAN, 2009, p.100) “As organizações devem buscar previsões econômicas que considere a valor da moeda de um determinado país com relação à de outros (sua taxa de câmbio) sua balança de pagamentos, bem como o tipo de controles impostos às importações, às exportações e aos investidores estrangeiros”. 25 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Considerações sobre os reflexos da globalização nos negócios Do mesmo modo, “precisam avaliar a infra-estrutura do país, as instalações e serviços necessários para apoiar a atividade econômica. A infra-estrutura inclui, por exemplo, os sistemas de transporte e comunicação, hospitais, escolas e usinas de energia”. (STONER E FREEMAN, 2009, p.100) “As empresas que desejam se expandir num país estrangeiro precisam analisar também sua estabilidade política, as atitudes com relações aos negócios do seu governo, do partido no poder e da oposição, e a eficácia da burocracia governamental”. 26 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Considerações sobre os reflexos da globalização nos negócios “Os administradores ao introduzirem novas tecnologias em culturas estrangeiras, devem ter sensibilidade para se adaptarem ao fato de que os níveis de avanço tecnológico variam de país para país”. (STONER E FREEMAN, 2009, p.101) “A introdução de técnicas automatizadas, de produção, numa cultura cuja tecnologia dependa do trabalho manual extensivo, pode em alguns casos não ser nem apropriada nem bem-sucedida”. “É preciso atentar que uma abordagem de administração que faz sucesso no país origem não terá necessariamente o mesmo êxito em outro país”. 27 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Considerações sobre os reflexos da globalização nos negócios “A análise da demografia e dos estilos de vida em diferentes países é vital para o sucesso na comercialização de produtos que venham a ser atraentes para os clientes estrangeiros”. (STONER E FREEMAN, 2009, p.102) “O sucesso de uma organização que atua no contexto internacional depende de sua habilidade em se ajustar ao tecido social criado pelos valores e pela cultura de outro país. Isso é especialmente importante para administradores que devem motivar e liderar empregados de diferentes culturas, com conceitos variados sobre formalidade e cortesia. Isto é, as práticas administrativas precisam ser modificadas para se adequar aos valores vigentes nos países em que a organização opera”. 28 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo É preciso aprender a lidar com as resistências. (ROBBINS, 2005, p.12) 29 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo É preciso aprender a lidar com pessoas de diferentes culturas. 30 Referências Utilizadas SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo STONER, JamesA. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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