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FITOTERAPIA PARA NUTRICIONISTA I

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FITOTERAPIA PARA 
NUTRICIONISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FITOTERAPIA PARA 
NUTRICIONISTAS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
 
1 FITOTERAPIA 
1.1 DEFINIÇÃO 
1.2 A HISTÓRIA DA FITOTERAPIA 
1.3 FITOTERAPIA NO BRASIL 
1.4 CONCEITOS 
1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS 
1.6 O CULTIVO 
1.6.1 Preparando o solo 
1.6.2 Adubando 
1.6.3 Pragas e doenças 
1.6.4 Medidas para controle de pragas 
1.6.5 Medidas para controle de doenças 
2 LEGISLAÇÕES IMPORTANTES 
ANEXO I 
 
MÓDULO II 
 
3 FITOCOMPOSTOS 
3.1 FITOQUÍMICOS 
3.1.1 Alcaloides 
3.1.2 Salicilatos 
3.1.3 Antraquinonas 
3.1.4 Taninos 
3.1.5 Glicosídeos 
3.1.6 Saponinas 
3.1.7 Flavonoides 
3.1.8 Mucilagem 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
3.1.9 Ácidos orgânicos 
3.1.10 Óleos essenciais 
3.2 FITO-HORMÔNIOS 
4 FORMAS DE PREPARO E UTILIZAÇÃO 
4.1 MACERAÇÃO 
4.2 INFUSÃO 
4.3 DECOCÇÃO 
4.4 PERCOLAÇÃO 
4.5 DESTILAÇÃO 
5 FORMAS FARMACÊUTICAS 
5.1 TINTURAS 
5.2 EXTRATOS VEGETAIS 
5.3 EXTRATOS FLUIDOS 
5.4 EXTRATOS MOLES 
5.5 EXTRATOS SECOS 
5.6 EXTRATOS GLICÓLICOS 
5.7 PÓS VEGETAIS 
5.8 ALCOOLATURAS 
5.9 SUCO DA PLANTA FRESCA 
5.10 HIDRÓLEOS OU TISANAS 
5.11 XAROPES 
5.12 EMULSÕES 
5.13 FORMAS PARA USO TÓPICO (POMADA, CREME E GEL) 
5.14 CHÁS 
 
MÓDULO III 
 
6 FITOTERÁPICOS NA PRÁTICA CLÍNICA 
6.1 FITOTERAPIA E SISTEMA DIGESTÓRIO 
6.2 FITOTERAPIA X IMUNOMODULAÇÃO E INFLAMAÇÃO 
6.2.1 Constituintes dos fitoterápicos anti-inflamatórios 
6.2.2 Flavonoides 
6.2.3 Flavonas 
6.2.4 Flavonóis 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
6.2.5 Flavanonas 
6.2.6 Di-hidroflavonóis 
6.2.7 Antocianinas 
6.2.8 Catequinas 
6.2.9 Isoflavonas 
6.2.10 Fitoterápicos anti-inflamatórios e imunomoduladores 
6.2.11 Fitoterápicos antienvelhecimento 
6.2.12 Compostos ativos utilizados no tratamento de disfunções cognitivas e 
demência 
6.3 FITOTERAPIA X DESINTOXICAÇÃO 
6.3.1 Fitoterápicos destoxificantes e hepatoprotetoras 
6.3.2 Fitoterapia e Antioxidantes 
6.3.3 Estresse oxidativo 
6.3.4 Fitoterápicos e alimentos antioxidantes 
6.3.5 Plantas alcalinizantes 
7 FITOTERAPIA NO ESPORTE 
7.1 FITOTERÁPICOS ADAPTOGÊNICOS 
7.2 FITOTERÁPICOS ANABÓLICOS 
8 FITOTERAPIA EM ESTÉTICA 
9 COMO PRESCREVER 
10 FÓRMULAS FITOTERÁPICAS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 FITOTERAPIA 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO 
 
 
A palavra Fitoterapia tem origem grega e resulta da combinação dos termos 
Phito = plantas e Therapia = tratamento e, de acordo com o Dicionário Aurélio da 
Língua Portuguesa, seu significado é “Tratamento de doença mediante o uso de 
plantas”. É o estudo das plantas medicinais e suas aplicações nos tratamentos de 
morbidades, seja na prevenção, alívio ou cura das doenças. 
Consiste na utilização externo ou interno de vegetais in natura ou na forma 
de medicamentos. Para isso, utilizam-se nas preparações diferentes partes da 
planta, como raiz, casca, flores ou folhas, sendo o chá a mais utilizada, preparado 
por meio da decocção ou infusão. 
Segundo Hipócrates, o significado de saúde é a harmonia do homem com a 
natureza, o equilíbrio entre os vários componentes do organismo entre si e o meio 
ambiente. Saúde e doença estão relacionadas com a interação do corpo com a 
mente e do homem com o meio onde vive. 
A fitoterapia permite esse vínculo entre o homem e o ambiente, com o 
acesso ao poder da natureza, a fim de ajudar o organismo na normalização das 
funções fisiológicas prejudicadas, na restauração da imunidade, na promoção da 
desintoxicação e no rejuvenescimento. Dessa forma, as plantas medicinais são 
importantes fatores para manter as condições de saúde das pessoas. 
Além das ações terapêuticas de diversas plantas utilizadas popularmente 
serem comprovadas, a fitoterapia tem sua importância na cultura, sendo fração de 
um saber utilizado e disseminado pelas populações ao longo de gerações. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
De acordo com a ANVISA (2004), fitoterápico é: ''todo medicamento obtido 
empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais com finalidade profilática, 
curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado 
pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela 
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. É o produto final, acabado e 
rotulado. Na sua preparação, podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos 
permitidos na legislação vigente. Sua eficácia e segurança é validada por meio de 
levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em 
publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico 
aquele que, na sua composição, inclua sustâncias ativas isoladas, de qualquer 
origem, nem as associações dessas com extratos vegetais''. 
A diferença entre planta medicinal e fitoterápico é que o último caracteriza-se 
pela elaboração da planta para uma específica formulação. Segundo a Organização 
Mundial de Saúde (OMS), planta medicinal significa “todo e qualquer vegetal que 
possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins 
terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos”. 
O uso apropriado das plantas medicinais está de acordo com as proposições 
da OMS, que incentiva a valorização das terapias tradicionais, sendo essas 
reconhecidas como recursos terapêuticos de grande utilidade em programas de 
atenção primária à saúde, já que pode atender às diversas demandas de saúde da 
população. Também poderão contribuir com o sistema local de saúde e promover a 
autonomia no cuidado à saúde dos usuários do sistema público, tratando-se de uma 
alternativa viável, já que seu custo é baixo. 
Contudo, como as plantas são remédios poderosos e eficazes, torna-se 
preocupante o uso indevido e sem orientação das mesmas com fins terapêuticos, 
em razão da incidência de espécies com registro de toxicidade e contraindicações 
de uso. Acidentes podem ser evitados com a observação das dosagens prescritas e 
com o cuidado na identificação precisa do material utilizado. 
Aproximadamente 26% das espécies com indicação de toxicidade ou 
contraindicação de uso são consideradas na literatura como abortivas e/ou não 
recomendadas no período da gestação ou lactação. Algumas provocam reação 
alérgica e/ou fotossensibilização dérmica. Outras são referenciadas como 
promotoras de hepatotoxicidade aguda, degeneração do sistema nervoso, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
alucinações e convulsões, ação depressora do sistema nervoso central e de 
formação de tumores malignos. 
Por intermédio de pesquisas realizadas em universidades brasileiras, foram 
identificadas mais de 350 mil espécies vegetais, permitindo uma grande variedade 
aos possíveis usos medicinais. Porém, apenas 10 mil possuem algum uso medicinal 
conhecido. No Brasil, há cerca de 100 mil espécies catalogadas, sendo somente 
duas mil cientificamente comprovadas. 
Assim, torna-se de extrema importância a participação dos profissionais de 
saúde nessa área, visando integrar o conhecimento utilizado pelo sistema de saúde 
oficial ao popular, uma vez que as terapias alternativas podem contribuir com as 
ciências da saúde e também possibilitar ao indivíduo uma relativa autonomia 
relacionadaao cuidado com a sua própria saúde. 
 
 
1.2 A HISTÓRIA DA FITOTERAPIA 
 
 
A fitoterapia é tão antiga quanto à história da humanidade, tendo surgido 
independentemente em grande parte dos povos, fazendo parte da evolução 
humana, sendo o primeiro recurso terapêutico utilizado. A mais antiga referência 
conhecida sobre o uso das plantas data de mais de sessenta mil anos. 
Animais silvestres dificilmente se enganam ao distinguir plantas tóxicas de 
espécies alimentares. Acredita-se então que, ao observar o comportamento dos 
animais, o homem pré-histórico descobriria as propriedades curativas das plantas 
aprendendo que algumas eram terapêuticas e outras venenosas. 
Como exemplo, cita-se a observação de religiosas sobre os efeitos 
excitantes nos herbívoros domésticos que ingeriam cafeeiros selvagens (Coffea 
arábica L.). Essa observação promoveu o incentivo à utilização desses vegetais a 
fim de prolongar o estado de vigília a que eram submetidas por conta de suas 
ocupações. 
Nas referências históricas sobre plantas medicinais, verifica-se a existência 
de relatos de sua utilização em praticamente todas as antigas civilizações e, bem 
antes de surgirem às formas de escrita, as plantas já eram utilizadas pelo homem 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
como alimento e/ou remédio. Tiveram sucessos e fracassos, com curas, mortes e/ou 
desencadeamento de efeitos colaterais em suas experiências com ervas. 
As primeiras descobertas foram realizadas por estudos arqueológicos em 
ruínas do Irã. Na China, teve início por volta de 3000 a.C., quando o imperador Cho-
Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora. 
No Egito, muitos médicos utilizavam as plantas como medicamento e 
consideravam a doença como resultado de causas naturais, não como 
consequência dos poderes de espíritos maléficos, mostrados em antigos papiros 
datados de 2000 a.C. Em um papiro que data de cerca de 1500 a.C., mencionou-se 
aproximadamente 700 drogas diferentes, dentre elas extratos de plantas, metais 
como cobre e chumbo e venenos de animais de diversas procedências. Foram 
também mencionadas nesse mesmo papiro fórmulas específicas para doenças 
conhecidas e, dentre as espécies existentes na lista, incluem-se algumas utilizadas 
por até hoje por fitoterapeutas. 
Desde 2300 a.C., outros relatos mostraram que os egípcios, hebreus e 
assírios cultivavam várias ervas e traziam outras de suas expedições, e com elas 
produziam classes de medicamentos. 
Na antiga Grécia, as plantas e o seu valor terapêutico ou tóxico também 
eram muito conhecidos, segundo autores. Hipócrates (460-377 a.C.), conhecido 
como o "Pai da Medicina", reuniu em sua obra Corpus Hipocratium os 
conhecimentos médicos de seu tempo, com indicações do medicamento vegetal e o 
tratamento adequado para cada doença. 
No início da Era Cristã, o grego Dioscórides, em sua obra "De Matéria 
Medica", catalogou e ilustrou aproximadamente 600 plantas utilizadas na medicina, 
em que descreveu a aplicação terapêutica de várias delas, sendo muitos os nomes 
apresentados por ele e utilizados ainda hoje na botânica. Essa obra é a principal 
referência ocidental para a área de fitoterapia até o Renascimento, mostrando sua 
importância. 
Há na Bíblia muitas referências a plantas curativas ou seus derivados, como 
o aloés, a mirra etc. Na Idade Média, momentos históricos ocorridos na Europa, 
como a ascensão e queda do Império Romano e o fortalecimento da Igreja Católica, 
influenciaram fortemente todo o conhecimento existente na época. Por isso, a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/3000_a.C.
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cho-Chin-Kei&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cho-Chin-Kei&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ginseng
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2nfora
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
medicina, o estudo e informações sobre plantas medicinais mantiveram-se parados 
por muito tempo. 
Vários escritos de filósofos gregos foram também esquecidos e alguns deles 
recuperados somente no começo do século XVI por meio de versões em árabe. Foi 
assim que se tornou obrigatória na época consultas às obras de Dioscórides, 
Columela, Galeno e Plínio. Relata-se, ainda, que a arte da cura teve um grande 
impulso por meio dos alquimistas, destacando-se entre eles Paracelso, que criou as 
bases da medicina natural, sendo um dos principais responsáveis pelo avanço da 
terapêutica. 
Contudo, a fitoterapia teve maior avanço a partir do século XIX, graças ao 
progresso científico na área da química, permitindo a análise, identificação e 
separação dos princípios ativos das plantas. 
Devido à evolução e sofisticação da fitoterapia no decorrer dos anos, o 
conhecimento das propriedades curativas das plantas não pode mais ser 
considerado apenas como tradição passada de geração para geração, mas como 
ciência que tem sido estudada, aperfeiçoada e aplicada por diversos povos ao longo 
dos tempos. 
Assim, é de grande importância a utilização das plantas medicinais, tanto 
para a medicina quanto para a cultura. 
 
 
1.3 FITOTERAPIA NO BRASIL 
 
 
No Brasil, o emprego das plantas na medicina popular surgiu por intermédio 
dos índios com a contribuição dos negros e dos europeus. Quando ainda era colônia 
de Portugal, os cuidados médicos eram restritos às metrópoles, enquanto na zona 
suburbana e rural, a população tinha que recorrer às ervas medicinais. Assim, essa 
terapia alternativa de cura surgiu da mistura de conhecimentos dos indígenas, 
fazendeiros e jesuítas. 
Os escravos africanos também tiveram sua contribuição na tradição do uso 
de plantas medicinais, em nosso país, ao trazerem consigo plantas para usarem nos 
rituais religiosos e por suas propriedades farmacológicas, descobertas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
empiricamente. Os índios que aqui habitavam, em suas diversas tribos, também 
utilizavam as plantas medicinais e pelos pajés, o conhecimento sobre as ervas locais 
e sua utilização era transmitida e aprimorada entre as gerações. Quando os 
europeus aqui chegaram, depararam-se com esses conhecimentos, principalmente 
aqueles que passaram a viver no país, sentindo necessidade de utilizar o que a 
natureza lhes tinha a oferecer, além do contato com os índios que passaram a 
auxiliá-los. Dessa forma, os europeus ampliaram seu contato com a flora medicinal 
brasileira e utilizaram-na para suprir suas necessidades alimentares e 
medicamentosas. 
A partir daí, no Brasil, até o século XX, utilizavam-se bastante as plantas 
medicinais para curar diversas enfermidades, sendo essa prática tradicionalmente 
transmitida ao longo dos tempos. 
A partir do momento em que os leigos começaram a utilizar formas 
alternativas de cura, sem o conhecimento acadêmico, surge o conflito entre as 
formas de cura alternativa e o saber científico. 
Contudo, com a industrialização, a urbanização e também a evolução 
tecnológica relacionada à elaboração de fármacos sintéticos ocorreu aumento da 
utilização desses medicamentos pela população, deixando-se de lado o 
conhecimento tradicional das plantas medicinais. 
A crença na utilização das plantas no tratamento das doenças obtinha bons 
resultados, mas aos poucos foi sendo substituída pelo uso dos remédios 
industrializados, que prometia cura rápida e total. 
Porém, devido aos efeitos colaterais ou ao alto custo dos medicamentos, o 
uso das plantas foi novamente retomado. As pessoas estão questionando os riscos 
da utilização abusiva e irracional de produtos farmacêuticos e procuram substituí-los 
pelas plantas medicinais. Além disso, existe uma insatisfação da população em 
relação ao sistema de saúde oficial, assim como também a necessidade do controle 
de seu próprio corpo e recuperação de sua saúde, assumindo as práticas de saúde 
para si. 
Embora as drogas sintéticas ainda representem a maior parte dos fármacos 
utilizados pela população, o espaço da fitoterapia temcrescido na farmácia caseira. 
O uso dessa prática alternativa em saúde persiste até hoje devido à 
dificuldade no acesso à assistência de saúde para parte da população. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
Contudo, apesar de ser um método com baixo custo e não agressivo pode 
desencadear alguns efeitos colaterais se utilizada incorretamente. Assim, várias 
pesquisas científicas vêm sendo realizadas com objetivo de alertar e indicar o uso 
correto de determinadas plantas. 
Na década de 80, foram realizadas pesquisas a fim de verificar o uso de 
terapias alternativas de mães e gestantes em Centros de Saúde na cidade de São 
Paulo. Observou-se como eram utilizados e obtidos os conhecimentos sobre as 
plantas medicinais, constatando-se que a maioria já havia utilizado a fitoterapia para 
diversos males, como tentativas de aborto (com ou sem sucesso). Outras 
conheciam, porém não utilizavam por não acreditarem ou não encontrarem as 
plantas de que precisavam. 
Em uma pesquisa foi verificada a utilização de terapias alternativas por 
enfermeiros brasileiros com objetivo de descobrir o como, o porquê e o que eles 
utilizavam ou indicavam aos seus pacientes. Segundo os resultados obtidos, os 
enfermeiros utilizavam, cada vez mais, métodos alternativos no cuidado com os 
pacientes, justificado pela falta de credibilidade nos recursos alopatas e pela 
facilidade do cuidado e manutenção da saúde dos pacientes com um custo mais 
baixo. 
No Piauí foi realizado um trabalho com mulheres – mães de crianças até 
cinco anos – com objetivo de fazer comparação entre os saberes científicos e 
populares na utilização das plantas medicinais em condições de saúde-enfermidade. 
Essas mães tinham mais contato com farmácias vivas - criadas pela Universidade 
Federal do Ceará – para viabilizar a utilização de plantas medicinais aos que não 
tinham acesso à alopatia – do que com médicos. Constatou-se que o uso das 
plantas medicinais nos programas de atenção básica em saúde pode ser uma 
alternativa terapêutica devido ao baixo custo, facilidade na aquisição e 
compatibilidade com a cultura da população atendida. 
Desde 1976, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem o objetivo de 
considerar a chamada medicina tradicional, difundir práticas úteis e eficazes e a 
promover integração dos conhecimentos e das técnicas da medicina ocidental nos 
sistemas de medicina tradicional em seus programas de promoção de terapias 
alternativas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
Em 1978, a OMS recomendou na Conferência de Alma-Ata, que fossem 
estabelecidas políticas nacionais de saúde com base no uso de recursos da 
medicina tradicional por meio dos sistemas nacionais de prestação de serviços de 
saúde. 
A OMS tem incentivado os países na identificação e exploração dos 
aspectos da medicina tradicional que fornecem remédios ou práticas eficazes e 
seguras, para que se obtenha saúde, as quais devem ser recomendadas em 
programas relacionados aos cuidados primários de saúde. 
Em 1986 no Brasil, aparece pela primeira vez oficialmente, no Relatório Final 
da VIII Conferência Nacional de Saúde, a proposta de se introduzir as práticas 
alternativas de assistência à saúde, nos serviços de saúde, dando ao usuário o 
direito democrático de escolher a terapêutica de sua preferência e incluir o 
conhecimento das práticas alternativas no currículo de ensino em saúde. 
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em 1995, aprova o parecer 
004/95, que discute as atividades em terapias alternativas com fundamento na visão 
holística de totalidade do ser humano, o que favorece as práticas de terapias 
naturais de saúde por profissionais de enfermagem desde que os mesmos tenham 
comprovação de formação básica em tais terapias a fim de proporcionar o 
tratamento seguro para si e para o cliente. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje a utilização de 
plantas medicinais é a principal opção terapêutica da maior parte da população 
mundial (cerca de 80%). O mercado de fitoterápicos movimenta aproximadamente 
US$ 22 bilhões ao ano. No ano 2000, o setor arrecadou US$ 6,6 bilhões nos EUA e 
US$ 8,5 bilhões na Europa. Recentemente, uma pesquisa comprovou que 
aproximadamente 37% da população adulta dos EUA utiliza esses produtos, onde 
são considerados “suplementos dietéticos”, diferente do Brasil, onde são 
classificados como medicamentos, de acordo com a Portaria nº22/1967 da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária e pela Resolução-RDC nº17/2000 5. Estima-se que, 
no Brasil, esse comércio seja da ordem de 5% do mercado total de fármacos, 
avaliados em mais de US$ 400 milhões. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
 
 
1.4 CONCEITOS 
 
 
 Droga vegetal: planta (ou partes) que justifica sua utilização no preparo 
de medicamentos após a coleta, secagem, estabilização e conservação. 
 Fitoterapia: tratamento utilizando plantas medicinais, com suas diferentes 
preparações farmacêuticas, sem substâncias ativas isoladas, mesmo que sejam de 
origem vegetal. 
 Matéria-prima vegetal: droga vegetal ou seus derivados ou planta fresca, 
como tintura, extrato, óleo, suco etc. 
 Medicamento fitoterápico: medicamento obtido e elaborado 
tecnicamente, em que se empregam matérias-primas vegetais exclusivamente. 
 Medicamento fitoterápico novo: é o medicamento que tem sua eficácia 
segurança e qualidade comprovadas cientificamente junto aos órgãos federais 
competentes por ocasião do registro. 
 Medicamento fitoterápico similar: o que contém as mesmas matérias-
primas vegetais e com a mesma concentração do princípio ativo, utilizando-se a 
mesma via de administração, forma farmacêutica, indicação terapêutica e posologia 
de um medicamento fitoterápico considerado de referência. 
 Medicamento fitoterápico tradicional: é elaborado por meio de planta 
medicinal de uso alicerçado na tradição popular, tendo evidências desconhecidas, o 
qual possui a eficácia validada por levantamentos etnofarmacológicos com 
utilização, documentação tecnocientíficas ou publicações com índex. 
 Planta medicinal: são plantas que possuem substâncias que podem ser 
utilizadas com finalidades terapêuticas ou que podem servir como precursores para 
síntese químico-farmacêutica. 
 Princípio ativo: consiste em uma substância ou grupo de substâncias 
caracterizadas quimicamente, com ação farmacológica conhecida e responsável, 
total ou parcialmente, por efeitos terapêuticos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 Produto natural: substância produzida por vegetais durante seu 
metabolismo secundário, como hemicelulose, antraquinonas, flavonoides, lignina, 
alcaloides etc. 
 
 
1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS 
 
 
A classificação das plantas é feita em categorias chamadas taxas, de acordo 
com as semelhanças morfológicas, genéticas, químicas etc. Em ordem decrescente 
são: 
 reino; 
 divisão; 
 classe; 
 ordem; 
 família; 
 gênero; 
 espécie. 
 
 
O nome científico da espécie vegetal é composto por dois termos de origem 
latina. O primeiro refere-se ao gênero e o segundo a espécie, por exemplo: 
 
 
Populus alba 
 
 
 Gênero Espécie 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
1.6 O CULTIVO 
 
 
O cultivo de plantas medicinais é de grande importância para o controle de 
qualidade dos fitoterápicos, uma vez que o risco da adulteração ou troca por outras 
matérias-primas vegetais é quase totalmente eliminado. 
Primeiramente é preciso selecionar as espécies identificando-as. Por meio 
da horta medicinal, é possível produzir ervas que podem ser usadas na culinária 
como temperos e para o tratamento de doenças mais comuns do organismo. 
O local para o cultivo deverá ter água disponível em abundância e de boa 
qualidade e ser exposto ao sol, principalmente no período matutino. 
Para que as raízes tenham facilidade de penetrar e se desenvolver é preciso 
que o solo seja leve e fértil,podendo ser melhorado no seu preparo, introduzindo 
esterco ou algum composto orgânico, o que fornecerá nutrientes que ajudarão a 
reter a umidade. 
O solo pode ser corrigido com calcário, podendo ser adubado com um 
produto natural: o humus. 
Algumas espécies necessitam de solos úmidos, como o chapéu-de-couro, 
cana-de-macaco etc. Outras já preferem terrenos arenoargilosos, com umidade 
controlada, como o cará, bardana, alecrim etc. 
 
 
1.6.1 Preparando o solo 
 
 
Deve-se iniciar com uma limpeza geral da área e, em seguida, revolver o 
solo com enxadão, pá-reta ou arado. 
Em áreas com declive, deve-se planejar antes a distribuição das espécies e 
a formação dos canteiros a fim de evitar a erosão. 
Em sementeiras, a terra deve ser bem fofa e as sementes podem ser 
cobertas com areia bem fina ou terra coada. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
As covas para plantio de algumas espécies deverão ter 30 cm de largura x 
30 cm de comprimento e 30 de profundidade. 
 
 
1.6.2 Adubando 
 
 
Recomenda-se que se realize a fosfatagem, utilizando fosfatos naturais para 
corrigir a deficiência de fósforo típica dos solos brasileiros. No geral, pode-se utilizar 
150g de fosfato/m2/canteiro. 
A adubação equilibrada é fundamental para que se obtenham plantas mais 
resistentes a pragas e doenças. 
 
 
1.6.3 Pragas e doenças 
 
 
Geralmente as espécies medicinais apresentam grande resistência ao 
ataque de doenças e pragas, porém, devido a algum desequilíbrio, esse pode 
ocorrer em níveis prejudiciais. Em ambientes equilibrados, com plantas bem 
nutridas, diminui-se a possibilidade de ataques. A utilização de agrotóxicos é 
condenada para o cultivo de plantas medicinais, devido a não existência de produtos 
registrados para essas espécies, conforme exigência legal, e pelas alterações que 
esses produtos podem ocasionar nos princípios ativos das mesmas. Dentre as 
alterações estão à presença de resíduos tóxicos sobre as plantas e a veiculação de 
metais pesados como o cádmio e o chumbo. 
Em uma área grande de plantas de mesma espécie, o surgimento e o rápido 
desenvolvimento de pragas e doenças específicas é mais fácil. O cultivo de duas ou 
mais espécies diminui esse risco. Abaixo seguem exemplos de associações 
benéficas e associações que devem ser evitadas: 
 Alecrim: afasta borboleta-da-couve e mosca-da-cenoura. Pode ser 
plantada próxima à sálvia; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 Alfavaca: seu cheiro repele mosquitos e moscas. Não devem ser 
plantadas próximo da arruda; 
 Arnica brasileira: impede a germinação de sementes de plantas 
daninhas; 
 Catinga-de-mulata: possui aroma forte que mantém os insetos 
voadores afastados. Pode ser plantado por toda área; 
 Cravo-de-defunto: protege as lavouras contra os nematoides. 
Supostamente não é prejudicial a nenhuma outra planta; 
 Funcho: geralmente não se dá bem com outras plantas; 
 Hortelã: seu odor repele lepidópteros, como borboleta-da-couve, 
podendo ser utilizada como bordadura de lavouras. Necessita de atenção, pois se 
alastra facilmente. 
 Losna: plantada como bordadura, afasta os animais da lavoura, porém 
não faz bem a nenhuma outra planta quando plantada próxima a ela; 
 Manjerona: realça o aroma das plantas; 
 Mil-folhas: plantada como bordadura próximo de ervas aromáticas 
aumenta a produção de óleos essenciais. 
 Tomilho: seu odor afasta a borboleta-da-couve. 
 
 
1.6.4 Medidas para controle de pragas 
 
 
 Macerado de samambaia 
Coloque 500g de folhas frescas ou 100g de folhas secas em 1 litro de água 
por dia. Ferva durante meia hora. Para aplicar, dilua 1 litro deste macerado em 10 
litros de água. É utilizado no controle de ácaros, cochonilhas e pulgões. 
 Macerado curtido de urtiga 
Coloque 500g de folhas frescas ou 100g de folhas secas em 1 litro de água 
e deixe durante dois dias. Para aplicar, dilua em 10 litros de água e pulverize sobre 
as plantas ou no solo. Serve para controlar pulgões e lagartas (quando aplicado no 
solo). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
 Macerado de fumo 
Pique 10 cm de fumo de corda e coloque em 1 litro de água e deixe durante 
um dia em recipiente não metálico tampado. Dilua em 10 litros de água e pulverize 
as plantas. Utilizado para controlar cochonilhas, lagartas e pulgões. 
 
 Mistura álcool e fumo 
Coloque 10 cm de fumo picado em uma tigela cobrindo com álcool e 
misturando com um pouco de água. Depois que o fumo absorver o álcool, adicione 
mais álcool misturando com mais um pouco de água. Deixe 15 dias de molho, com a 
tigela tampada, para que a nicotina seja retirada do fumo. Despeje o líquido em uma 
garrafa e tampe. Quando for utilizar, acrescente sabão ralado e água nas seguintes 
proporções: um copo de mistura de água e fumo, 250g de sabão e 10L de água. 
Ajuda a controlar pulgões. 
 Mistura de querosene, sabão e macerado de fumo 
Aquecer 10 litros de água com 20 colheres de sobremesa de querosene e 3 
colheres de sopa de sabão em pó biodegradável. Deixar esfriar e acrescentar 1 litro 
de macerado de fumo. Pulverize sobre as plantas. Serve para controlar cochonilhas 
com carapaça e ácaros. 
 Cravo de defunto 
Inibe o aparecimento de nematoides nas plantas cultivadas, quando 
plantado nas bordaduras. 
 Melancia-brava 
Apanha-se sua raiz, cortando-a em pedaços de 10 cm e distribui-se na 
lavoura. A seiva existente na raiz atrai insetos, impedindo seus ataques às plantas. 
Deve ser renovada frequentemente. Ajuda a controlar besouros. 
 Purungo ou cabaça 
O fruto maduro é usado para cuia de chimarrão. O fruto verde cortado ao 
meio atrai insetos, devendo ser espalhado na lavoura. Pode controlar besouros. 
 Soro de leite 
Pulverizando-o sobre as plantas, resseca e mata os ácaros. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 Armadilha luminosa 
Coloque uma lanterna de querosene acesa à noite no meio da lavoura até 
de madrugada, principalmente nos meses de novembro a fevereiro. A luz atrai as 
mariposas que batem no vidro da lanterna e caem em um saco de estopa aberto que 
deve ser colocado logo abaixo. Ajuda no controle de mariposas, principalmente a 
mariposa-oriental. 
 Solução de água e sabão 
Coloque 50 g de sabão caseiro em 5 litros de água quente. Depois de fria, 
aplique com o pulverizador. Pode controlar pulgões, cochonilhas e lagartas. 
 Infusão de losna 
Acrescente 1 litro de água fervente sobre 300 g de folhas secas e deixe 
infundir por 10 minutos. Dilua este preparo em 10 litros de água e pulverize sobre as 
plantas. Serve para controle de lagartas e lesmas. 
 Pimenta vermelha 
Misture a pimenta vermelha bem socada com bastante água e um pouco de 
sabão em pó ou líquido. Pulverize sobre as plantas. Atua como repelente de insetos. 
 
 
1.6.5 Medidas para controle de doenças 
 
 
 Chá de camomila 
Mergulhe um punhado de flores na água fria e reserve por um ou dois dias. 
Pulverize as plantas. Ajuda a controlar várias doenças fúngicas. 
 Mistura de cinza e cal 
Dissolva 300 g de cal virgem em 10 litros de água, acrescentando mais 
100 g de cinzas. Coe e aplique sobre as plantas pincelando ou pulverizando durante 
o inverno, época em que as árvores estão em dormência. Ajuda a controlar barbas, 
líquens e musgos. 
 Cal 
Faça uma pasta com cal e pincele sobre o tronco. Isso evita a subida de 
formigas e controla a barba das frutíferas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
 Pasta de argila, esterco, areia fina e chá de camomila 
Forme uma pasta misturando partes iguais de argila, esterco, areia fina e 
chá de camomila. Use protegendo os cortes realizados por podas e também ramos 
ou troncos doentes durante o outono após a queda das folhas e antes da floração e 
brotação. 
 Chá de raiz forte 
Faça uma infusão em água quente com folhas novas da raiz forte durante 
15 minutos. Dilua 1 litro da infusão em 2 litros de água pulverizando sobre a planta. 
Auxilia no controle da podridão parda das frutíferas. DIPEL 
Além desses preparados para controlar/repelir pragas e doenças, existe 
também um produto chamado DIPEL, um inseticida biológico que possui como 
ingrediente ativo uma bactéria (Bacillus thuringiesis). Quando esta é ingerida por 
lagartas (de diversas espécies, mas não todas), parasita seu intestino matando-as. 
Essa bactéria não prejudica outros insetos ou animais e também não possui efeito 
residual. 
 Biofertilizante líquido 
O biofertilizante, utilizado apenas como adubo orgânico é um efluente 
pastoso que resulta da fermentação da matéria orgânica, por um determinado 
período, na ausência total de oxigênio, apresentando ótimo resultado. Porém, a 
partir de 1985, técnicos da EMATER-RIO observaram os efeitos do biofertilizante 
líquido diluído em água. Perceberam que o ataque de pragas e doenças foi 
reduzido. 
Os efeitos observados foram: 
 Nutricional, aumentando a produtividade; 
 Fito-hormonal, induzindo a floração e facilitando o enraizamento de 
estacas; 
 Nematicida, controlando as larvas e os nematoides se aplicado puro 
sobre o solo; 
 Fungistático e bacteriostático, diminuindo o ataque de fungos e bactérias; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
 Inseticida e repelente, matando os insetos de “corpo mole” (nas formas 
larvais e jovens), como lagartas, e repelindo os de “corpo duro” (insetos adultos 
alados). 
Tudo isso ocorre sem a ocorrência de desequilíbrios, uma vez que o 
biofertilizante constitui-se simplesmente por macro, meso e microelementos e 
aminoácidos, que são úteis para o desenvolvimento do vegetal. Não se recomenda a 
pulverização na época da floração para evitar prejuízos à polinização. 
Para a produção do biofertilizante, a EMATER-RIO recomenda uma 
bombona plástica contendo esterco bovino misturado com água pura, não clorada, 
em partes iguais, deixando-se um espaço vazio de 15 a 20 cm em seu interior. Essa 
bombona deve ser fechada hermeticamente, adaptando-se em uma de suas tampas, 
uma mangueira plástica fina com a outra extremidade imergida em uma garrafa 
cheia de água. Esse procedimento garante a anaerobiose necessária ao processo 
de fermentação, durando 30 dias. Em seguida, coa-se o material em peneira e, 
posteriormente, filtra-se em pano fino. Porém, o tempo de sua utilização é curto, 
devendo ser usado imediatamente ou, no máximo, durante uma semana, para evitar 
a perda do efeito fitossanitário. Se não puder ser utilizado, ele deve voltar ao sistema 
anaeróbico, permanecendo por mais 30 dias. Nesse caso, só possuirá efeito 
hormonal e nutricional. 
Para utilizar o biofertilizante nas lavouras, deve-se diluir a 50%, isto é, 
misturar 50 litros de biofertilizante e 100 litros de água ou em proporções 
equivalentes. Essa concentração permite o controle de insetos de “corpo mole”, 
repelindo as formas adultas. Quando se eleva a concentração, aumenta-se o 
controle dos insetos nas formas adultas. 
Provavelmente o único inconveniente da utilização do biofertilizante seja o 
aumento da carga microbiológica sobre a parte aérea das plantas, o que 
comprometeria sua qualidade. Entretanto, não existem estudos envolvendo plantas 
medicinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
 
2 LEGISLAÇÕES IMPORTANTES 
 
 
Lei nº 8.234 de 17 de Setembro de 1991: Regulamenta a profissão de nutricionistas 
e determina outras providências. 
 
Art. 3º - São atividades privativas dos Nutricionistas: 
 
III – planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudo de dietéticos. 
 
VIII – assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e em relação a consultórios, 
prescrevendo, planejando e analisando, supervisionando e avaliando dietas para 
enfermos. 
 
Art. 4º - Atribuem-se também, aos nutricionistas, as seguintes atividades, desde que 
relacionadas com alimentação e nutrição humanas: 
 
VII – prescrição de suplementos nutricionais, necessários a complementação da 
dieta. 
 
VIII – solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento 
dietoterápico. 
 
Portaria nº 6, de 31 de janeiro de 1995 - Institui e normatiza o registro de produtos 
fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância Sanitária. 
 
Definições: 
 
Produto Fitoterápico: é todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, 
empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais com finalidade 
profilática, curativa ou para fins de diagnósticos, com benefício para o usuário. É 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127968/lei-8234-91
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como 
pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade: é o produto final acabado, 
embalado e rotulado. 
 
Na sua preparação, podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos pela 
legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, 
não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda que 
de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas. 
 
Matéria-prima vegetal: planta fresca, droga vegetal ou preparado fitoterápico 
intermediário empregado na fabricação de produto fitoterápico. 
 
Droga Vegetal: é a planta ou suas partes, que após processo de coleta, secagem, 
estabilização e conservação, justificam seu emprego na preparação de 
medicamento. 
 
Preparado fitoterápico intermediário: é produto vegetal triturado, pulverizado, 
rasurado, extrato, tintura, óleo fixo ou volátil, cera, suco e outros, obtido de plantas 
frescas e de drogas vegetais por operações de fracionamento, extração, purificação 
ou concentração utilizado na preparação de produto fitoterápico. 
 
Princípio ativo: substância ou grupo delas, quimicamente caracterizada, cuja ação 
farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos 
terapêuticos do produto fitoterápico. 
 
Portaria 40 de 13 de janeiro de 1998 - Regulamento que estabelece normas para 
Níveis de Dosagens Diárias de Vitaminas e Minerais em Medicamentos. 
 
Resolve: 
 
Art.1º Definir, sem prejuízo do disposto na Lei n° 6.360, de 23 de setembro de 1976 
e no seu regulamento, o Decreto n° 79.094, de 5 de janeiro de 1977, como 
"Medicamentos à base de vitamina isolada, vitaminas associadas entre si, minerais 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
isolados, minerais associados entre si e de associações de vitaminas com minerais", 
aqueles cujos esquemas posológicos diários situam-se acima dos 100% da Ingestão 
Diária Recomendada - IDR (estabelecida por legislação específica) de acordo com 
os níveis definidos nesta Portaria. 
 
Art.2º Consideram-se os medicamentos definidos no artigo anterior, como de "Venda 
Sem Exigência de Prescrição Médica" quando os níveis diários indicados para 
quaisquer dos componentes ativos, objeto deste regulamento, situem-se até os 
limites considerados seguros, constantes da tabela anexa. 
 
Art.3º Consideram-se os medicamentos definidos no artigo 1°, como de "Venda Com 
Exigência de Prescrição Médica", quando os níveis diários indicados dos 
componentes ativos situem-se acima dos limites considerados seguros por este 
regulamento, ou sempre que estiverem contidos em formulações para uso injetável. 
 
Resoluções ANVISA 16 a 19/99 – Regulamentos que aprovam diretrizes básicas 
para a avaliação de riscos de novos alimentos e as diretrizes básicas para 
comprovação de alegação de propriedade funcional e ou de saúde em rotulagem de 
alimentos. 
 
 Resolução ANVS/MS n.º 16, republicada no DOU em 3/12/99, 
Regulamento Técnico de Procedimentos para Registro de Alimentos e ou Novos 
Ingredientes 
 
 Resolução ANVS/MS n.º 17, republicada no DOU em 3/12/99, 
Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Avaliação de 
Risco e Segurança dos Alimentos. 
 
 Resolução ANVS/MS n.º 18, republicada no DOU em 3/12/99, 
Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e 
Comprovação de PropriedadesFuncionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem 
de Alimentos. 
 
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=107
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=108
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=109
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
 Resolução ANVS/MS n.º 19, republicada no DOU em 10/12/99, 
Regulamento Técnico para Procedimentos para registro de Alimentos com 
Alegação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em sua Rotulagem. 
 
Resolução RDC nº 17, de 24 de fevereiro de 2000 – Aprova o regulamento 
Técnico, visando normatizar o registro de medicamentos fitoterápicos junto ao 
Sistema de Vigilância Sanitária. Menciona as plantas, nome científico, partes 
usadas, formas de uso, indicação terapêutica, dose diária e vias de administração. 
 
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=110
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
ANEXO I 
 
Nome popular Nome científico Parte usada 
Formas 
de uso 
Indicação 
Terapêutica 
Dose 
Diária 
Via de 
adminis- 
tração 
ALCA- 
CHOFRA 
Cynara scolymus 
L. Asteraceae 
Folhas 
Infusão, 
Decocção, 
Tintura (1:5) 
Colerético, 
colagogo 
- Folhas 
secas: 
máximo 6g 
- Tintura: 2 
a 4 ml, 13 
vezes 
Oral 
ALHO 
Allium sativum L. 
Liliaceae 
Bulbo 
Bulbo 
fresco ou 
seco, 
tintura, 
óleo, 
extrato seco 
Coadjuvante no 
tratamento de 
hiperlipidemia e 
hipertensão 
arterial leve; 
prevenção da 
aterosclerose 
- Bulbo 
seco: 0,4-
1,2g 
- Bulbo 
fresco: 2 a 
4g 
- Tintura: 6 
a 12 ml - 
Óleo 2 a 5 
mg 
- Extrato 
seco: 300 a 
1000 mg 
Oral 
BABOSA 
Aloe vera 
(L.) Burn fi. 
Liliaceae 
Gel mucila 
ginoso das 
folhas 
Creme, gel 
Tratamento de 
queimaduras 
térmicas (1º e 2º 
graus) e de 
radiação 
10 a 70% 
do gel 
fresco 
Tópico 
BOLDO-DO-CHILE 
Peumus boldus 
Mol. Monim- 
iaceae 
Folhas Infusão 
Colagogo e 
colerético 
2 a 5g Oral 
CALÊNDULA 
Calendula 
officinalis L. 
Asteraceae 
Flores 
Infusão, 
tintura 
Cicatrizante, 
anti-inflamatório 
e antisséptico 
- Infusão: 1 
a 2g/150ml 
- Tintura: 2 
a 4 ml/250-
500ml água 
Tópico 
CAMOMILA 
Matricaria recutita 
L. Asteraceae 
Capítulos 
florais 
Infusão, 
tintura 
Antiespasmódico, 
anti- 
inflamatório 
- Infusão: 2 
a 6g, 3 
vezes 
- Tintura: 
Oral e 
tópico 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
5% apenas 
tópico 
GENGIBRE 
Zingiber officinale 
Roscoe 
Zingibe- 
raceae 
Raízes 
Infusão, 
decocção 
Profilaxia de 
náuseas 
causadas pelo 
movimento 
(cinetose), e pós-
cirúrgicas 
- 6 anos: 
0,5-2g 
- adulto: 2 a 
4g 
Oral 
HORTELÃ 
PIMENTA 
Mentha x piperita 
L. Lamiaceae 
Folhas 
Infusão, 
tintura (1:5) 
Carminativo, 
expectorante 
- Infusão: 3 
a 6g 
- Tintura: 5 
a 15 ml 
Oral 
MELISSA 
Melissa officinalis 
L. Lamiaceae 
Folhas 
Infusão, 
tintura 
(1:10) 
Carminativo, 
antiespasmódico, 
sedativo 
- Infusão: 8 
a 10 g 
- Tintura: 6 
a 18 ml 
Oral 
MARACUJÁ 
Passiflora 
incarnata L. 
Passiflo- 
raceae 
Folhas 
Infusão, 
tintura (1:8) 
Sedativo 
- Infusão: 4 
a 8 g 
- Tintura: 1 
a 4 ml 
Oral 
SENE 
Senna 
alexandrina Miller 
Caesalpi-naceae 
Folhas e frutos Infusão Laxante suave 
10 anos-
adultos: 0,5 
a 2,0 g 
(antes de 
dormir) 
Oral 
 
Resolução RDC nº2, de 7 de janeiro de 2002 - Aprova o Regulamento Técnico de 
Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades 
Funcional e ou de Saúde. 
 
Excluem-se desta categoria: chás; compostos líquidos para consumo; alimentos 
para praticantes de atividade física; produtos cuja finalidade de uso indique ação 
terapêutica ou medicamentosa; produtos com ação farmacológica preventiva ou 
curativa definidas; mesmo de origem natural; produtos que contenham substâncias 
farmacológicas estimulantes, hormônios e outras consideradas doppping pelo 
Comitê Olímpico Internacional (COI); 
 
Excluem-se desta categoria (outros): produtos fitoterápicos, bem como suas 
associações com nutrientes ou não nutrientes; alimentos e ingredientes alimentares 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
que contenham ou consistam em organismos geneticamente modificados – OGM; 
alimentos e ingredientes alimentares produzidos a partir de organismos 
geneticamente modificados, mas que não o contenham; suplemento vitamínico e/ou 
de mineral; alimento para nutrição enteral; novos alimentos ou novos ingredientes; 
produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento Técnico 
específico. 
 
Definições: 
 
Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que 
para ser utilizada como alimento precisa ser submetida a tratamento e/ou 
transformação de natureza física, química ou biológica. 
 
Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que proporcione energia 
e/ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde e 
da vida, ou cuja carência resulte em mudanças químicas ou fisiológicas 
características. 
 
Probiótico: microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano 
intestinal produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo. 
 
Substância Bioativa: além dos nutrientes, os não nutrientes que possuem ação 
metabólica ou fisiológica específica. 
Os produtos de que trata este regulamento são classificados em: carotenoides, 
fitoesteróis, flavonoides, fosfolipídeos, organossulfurados, polifenóis, probióticos. 
 
A substância bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de 
origem natural ou sintética, desde que comprovada a segurança para o consumo 
humano. 
 
Vitaminas ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário do 
produto indicado pelo fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a 
biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produto. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas, sólida, 
semissólida ou líquida, tais como: tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, 
granulados, pastilhas, soluções e suspensões. 
 
Resolução RDC nº 48, de 16 de março de 2004: Dispõe sobre o registro de 
medicamentos fitoterápicos. 
 
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico, em anexo, visando atualizar a normatização 
do registro de medicamentos fitoterápicos. 
 
Abrangência: 
 
Este regulamento abrange medicamentos cujos princípios ativos são exclusivamente 
derivados de drogas vegetais. Não é objeto de registro ou cadastro planta medicinal 
ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser 
íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. 
 
Definições: 
 
Fórmula Fitoterápica - relação quantitativa de todos os componentes de um 
medicamento fitoterápico. 
 
Fórmula Mestra ou Fórmula Padrão - documento ou grupo de documentos que 
especificam as matérias-primas e os materiais de embalagem com as suas 
quantidades, juntamente com a descrição dos procedimentos e precauções 
necessárias para a produção de determinada quantidade de produto terminado. 
Além disso, fornece instruções sobre o processamento, inclusive sobre os controles 
em processo. 
 
Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com 
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
Princípio ativo de medicamento fitoterápico - substância, ou classes químicas 
(ex: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos etc.) quimicamente caracterizada, cuja 
ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos 
terapêuticos do medicamento fitoterápico. 
 
Essa resolução regulamentou o registro e produção de fitomedicamentos no Brasil 
com o objetivo de garantir sua qualidade para o consumidor. 
 
Todos os lotes devem ser iguais a fim de assegurar ao paciente a ingestão da 
mesma quantidade de substância ativa quando consumir outro lote do mesmo 
medicamento. Essamedida garante: 
- a potência e concentração dos princípios ativos; 
- pureza e baixa contaminação microbiana; 
- melhor homogeneidade; 
- conservação das propriedades originais, evitando danos à qualidade e eficácia do 
produto. 
 
Resolução RE nº 88, de 16 de Março de 2004 – Determina a publicação da Lista de 
Referências Bibliográficas para Avaliação de Segurança e Eficácia de Fitoterápicos. 
 
 Reunião de literatura de consenso mundial. 
 Informações quanto às indicações, contraindicações, formas de uso e 
posologia. 
 
GRUPO I: 
1- Blumenthal, M. The complete german commission E monographs - therapeutic 
guide to herbal medicines. Boston, MA, EUA: American Botanical Council. 1998. 
685p. ISBN 0-9655555-0-X ou Blumenthal, M.; Goldberg, A.; Brinckmann, J. 
Herbal medicine - expanded commission E monographs. 1. ed. Newton, MA, EUA: 
American Botanical Council. 2000. 519p. 0-9670772-1-4 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
2- WHO. WHO monographs on selected medicinal plants. Genebra, Suíça: World 
Health Organization. 1999. v. 1. 289p. ISBN 92-4-154517-8 ; 2001. v2. 287p. ISBN 
92-4-154537-2 
 
3- ESCOP-European Scientific Cooperative on Phytotherapy. Monographs on the 
medicinal uses of plant drugs. Exeter, Reino Unido: University of Exeter. 1996-1997. 
fascículos 1 ao 5. 
 
4- AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEA and Therapeutic Compendium - 
Monografias 
 
GRUPO II: 
 
5- Bradley, P.R. British herbal compendium-a handbook of scientific information on 
widely used plant drugs. Bournemouth, Reino Unido: British Herbal Medicine 
Association. 1992. v. 1. 239p. ISBN 0-903032-09-0 
 
6- FRANÇA. Les médicaments à base de plantes. Paris: Agence du Medicament. 
1998. 81p. 
 
7- Monografias - contendo informações etnofarmacológicas, dados químicos e dados 
de estudos pré-clínicos e clínicos, realizadas por pesquisadores credenciados pelo 
CNPq ou equivalente. 
 
GRUPO III: 
 
8 - Hacia una farmacopea caribeña (TRAMIL 7). Santo Domingo: Editora Lionel 
Germonsén Robineau. 1995. 
9- ARGENTINA. Disposición n.º 2673. Ministerio de la Salud y Acción Social, 
Secretaria de Política y Regulación de Salud, ANMAT. 1999. 
 
10- GARCIA, A. A. Vademecum de prescripción-plantas medicinales. 3. ed. 
Barcelona, Espanha: Masson. 1999. 1148p. ISBN 84-458-0703-X 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
11- Newall, C.A.; Anderson, L.A.; PhiLlipson, J.D. Herbal medicines-a guide for 
health-care professionals. London, Reino Unido: The Pharmaceutical Press. 1996. 
296p. ISBN 0-85369-289-0 
 
12- PDR for herbal medicines. 2. ed. Montvale, NJ, EUA: Medical Economics 
Company. 2000. 860p. ISBN 1-56363-361-2 
 
13- Matos, F.J. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais 
projetado para pequenas comunidades. 3. ed. Fortaleza, CE: Editora da UFCE. 
1998. 220p. ISBN 85-7282-008-6 
 
14- Gupta, M.P. 270 plantas medicinales iberoamericanas. 1. ed. Santafé de Bogotá, 
Colômbia: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnologia para el Desarrollo 
(CYTED). 1995. 617p. ISBN 958-9206-50-6 
 
15 - ALONSO, J.R. Tratado de fitomedicina-bases clínicas e farmacológicas. Buenos 
Aires, Argentina: ISIS Ediciones SRL. 1998. 1039p. ISBN 987-97181-00 
 
16- Simões, C.M.O.; Schenkel, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P. de; Mentz, L.A.; 
Petrovick, P.R. Farmacognosia da planta ao medicamento. 1. ed. Porto 
Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da UFSC. 1999. 821p. ISBN 85-
7025-479-2 
 
17- LOGGIA, R.D. Piante officinali per infusi e tisane-um manuale su basi scientifiche 
per farmacisti e medici. 2. ed. Milano, Itália: Organizzazione Editoriale Medico 
Farmaceutica. 1993. 566p. ISBN 88-7076-132-0 
 
Resolução RE nº 89, de 16 de Março de 2004 - Lista de fitoterápicos de registro 
simplificado. 
 
Nas condições ali definidas, não há necessidade de validar as indicações 
terapêuticas e a segurança de uso. As especificações citadas devem ser 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
integralmente respeitadas: parte usada, padronização, formas de uso, 
indicações/ações terapêuticas, via de administração, posologia e restrição de 
uso. 
 
ANEXO I - Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos 
 
1) Nomenclatura botânica: Aesculus hippocastanum L. 
Nome popular: castanha-da-índia 
Parte usada: sementes 
Padronização/Marcador: escina 
Formas de uso: extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: fragilidade capilar, insuficiência venosa 
Dose Diária: 32 a 120 mg de escina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
2) Nomenclatura botânica: Allium sativum L. 
Nome popular: alho 
Parte usada: bulbo 
Padronização/Marcador: aliina ou alicina 
Formas de uso: tintura, óleo, extrato seco 
Indicações / Ações terapêuticas: coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e 
hipertensão arterial leve; prevenção da aterosclerose 
Dose Diária: Equivalente a 6-10 mg aliina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
3) Nomenclatura botânica: Aloe vera ( L.) Burm f. 
Nome popular: babosa ou áloe 
Parte usada: folhas - gel mucilaginoso 
Padronização/Marcador: 0,3% polissacarídeos totais 
Formas de uso: creme, gel 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
Indicações / Ações terapêuticas: tratamento de queimaduras térmicas (1º e 2º 
graus) e de radiação 
Dose Diária: preparação com 35 a 70% do gel duas vezes ao dia 
Via de Administração: tópico 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
4) Nomenclatura botânica: Arctostaphylos uva-ursi Spreng. 
Nome popular: uva-ursi 
Parte usada: folha 
Padronização/Marcador: quinonas calculadas em arbutina 
Formas de uso: extratos, tinturas 
Indicações / Ações terapêuticas: infecções do trato urinário 
Dose Diária: 400 a 840 mg quinonas (arbutina) 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica; não utilizar continuamente por 
mais de 1 semana nem por mais de 5 semanas/ano; não usar em crianças com 
menos de 12 anos 
 
5) Nomenclatura botânica: Calendula officinalis L. 
Nome popular: calêndula 
Parte usada: flores 
Padronização/Marcador: flavonoides totais expressos em quercetina ou 
hiperosídeos 
Formas de uso: tintura, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: cicatrizante, anti-inflamatório 
Dose Diária: 8,8-17,6 mg de flavonoides 
Via de Administração: tópico 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
6) Nomenclatura botânica: Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. 
Nome popular: centela asiática 
Parte usada: caule e folhas 
Padronização/Marcador: ácidos triterpênicos (asiaticosídeos, madecassosídeo) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
Formas de uso: extrato seco 
Indicações / Ações terapêuticas: insuficiência venosa dos membros inferiores 
Dose Diária: 6,6-13,6 mg de asiaticosídeos 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
7) Nomenclatura botânica: Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. 
Nome popular: cimicífuga 
Parte usada: raiz ou rizoma 
Padronização/Marcador: 27-deoxyacteína ou ácido isoferúlico 
Formas de uso: extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: sintomas do climatério 
Dose Diária: 1-8 mg de 27-deoxyacteína 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
8) Nomenclatura botânica: Cynara scolymus L. 
Nome popular: alcachofra 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: cinarina ou derivados do ácido cafeoilquínico expressos 
em ácido clorogênico 
Formas de uso: tintura, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: colerético, colagogo 
Dose Diária: 7,5 mg a 12,5 mg de cinarina ou derivados 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
9) Nomenclatura botânica Echinacea purpurea Moench 
Nome popular: equinácea 
Parte usada: caule e folhas (partes aéreas) 
Padronização/Marcador: derivados do ácido cafeico - ácido clorogênico, ácido 
chicórico 
Formas de uso: extratos 
 
 
 AN02FREV001/REV4.0 
 37 
Indicações / Ações terapêuticas: preventivo e coadjuvante na terapia de 
resfriados e infecções do trato respiratório urinário 
Dose Diária: 12-31 mg de ácido Chicórico 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
10) Nomenclatura botânica: Ginkgo biloba L. 
Nome popular: ginkgo 
Parte usada: folhas, partes aéreas (caule e flores) 
Padronização/Marcador: extrato a 24% ginkgoflavonoides (Quercetina, 
Kaempferol, Isorhamnetina), 6% de terpenolactonas (Bilobalide, Ginkgolide 
A,B,C,E) 
Formas de uso: extrato 
Indicações / ações terapêuticas: vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de 
distúrbios circulatórios; distúrbios circulatórios periféricos (claudicação 
intermitente), insuficiência vascular cerebral 
Dose Diária: 80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou 28,8- 
57,6 mg de ginkgoflavonoides e 7,20-14,4 mg de terpenolactonas. 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
11) Nomenclatura botânica: Hypericum perforatum L. 
Nome popular: hipérico 
Parte usada: partes aéreas 
Padronização/Marcador: hipericinas totais 
Formas de uso: extratos, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: estados depressivos leves a moderados, não 
endógenos 
Dose Diária: 0,9 a 2.7 mg hipericinas 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
12) Nomenclatura botânica: Matricaria recutita L. 
Nome popular: camomila 
Parte usada: capítulos 
Padronização/Marcador: apigenina -7 - glucosídeo 
Formas de uso: tintura, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: antiespasmódico, anti-inflamatório tópico, 
distúrbios digestivos, insônia leve. 
Dose Diária: 4 a 24 mg de Apigenina -7 - glucosídeo 
Via de Administração: oral e tópico, tintura apenas tópico 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
13) Nomenclatura botânica: Maytenus ilicifolia Mart. Ex Reiss. 
Nome popular: espinheira-santa 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: taninos totais 
Formas de uso: extratos, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: dispepsias, coadjuvante no tratamento de úlcera 
gástrica 
Dose Diária: 60 a 90 mg taninos / dia 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
14) Nomenclatura botânica Melissa officinalis L. 
Nome popular: melissa, erva-cidreira 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: ácidos hidroxicinâmicos calculados como ácido 
rosmarínico 
Formas de uso: tintura, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: carminativo, antiespasmódico, distúrbios do 
sono 
Dose Diária: 60-180 mg de ácido rosmarínico 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
15) Nomenclatura botânica: Mentha piperita L. 
Nome popular: hortelã-pimenta 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: Mentol 30%-55% e mentona 14%-32% 
Formas de uso: óleo essencial 
Indicações / Ações terapêuticas: carminativo, expectorante, cólicas intestinais 
Dose Diária: óleo 0,2g a 0,8 g 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
16) Nomenclatura botânica: Panax ginseng C. A. Mey. 
Nome popular: ginseng 
Parte usada: raiz 
Padronização/Marcador: ginsenosídeos 
Formas de uso: extratos, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: estado de fadiga física e mental, adaptógeno 
Dose Diária: 5mg a 30 mg de ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1) 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica (utilizar por no máximo três 
meses) 
 
17) Nomenclatura botânica: Passiflora incarnata L. 
Nome popular: maracujá, passiflora 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: flavonoides totais expressos na forma de isovitexina ou 
vitexina 
Formas de uso: tintura, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: sedativo 
Dose Diária? 25mg a 100 mg de vitexina/isovitexina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 
18) Nomenclatura botânica: Paullinia cupana H.B.&K. 
Nome popular: guaraná 
Parte usada: sementes 
Padronização/Marcador: trimetilxantinas (cafeína) 
Formas de uso: extratos, tinturas 
Indicações / Ações terapêuticas: astenia, estimulante do SNC 
Dose Diária: 15 a 70 mg de cafeína 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
19) Nomenclatura botânica: Peumus boldus Molina 
Nome popular: boldo, boldo-do-chile 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: alcaloides totais calculados como boldina 
Formas de uso: tintura e extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: colagogo, colerético, tratamento sintomático de 
distúrbios gastrointestinais espásticos 
Dose Diária: 2 a 5 mg de boldina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
20) Nomenclatura botânica: Pimpinella anisum L. 
Nome popular: erva-doce, anis 
Parte usada: frutos 
Padronização/Marcador: transanetol 
Formas de uso: tinturas, extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: antiespasmódico, carminativo, expectorante, 
distúrbios dispépticos; 
Dose Diária: 0-1 ano: 16-45mg de transanetol; 1-4 anos: 32-90 mg de 
transanetol; adultos: 80-225mg de transanetol 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 
21) Nomenclatura botânica oficial: Piper methysticum Forst. f. 
Nome popular: kava-kava 
Parte usada: rizoma 
Padronização/Marcador: Kavapironas Kavalactonas 
Formas de uso: extratos, tintura, 
Indicações / Ações terapêuticas: ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação 
Dose Diária: 60-120 mg de kavapironas 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica - utilizar no máximo por dois 
meses 
 
22) Nomenclatura botânica: Rhamnus purshiana DC. 
Nome popular: cáscara sagrada 
Parte usada: casca 
Padronização/Marcador: cascarosídeo A 
Formas de uso: extratos, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: constipação ocasional 
Dose Diária: 20-30 mg Cascarosídeo A 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
23) Nomenclatura botânica: Salix alba L. 
Nome popular: salgueiro branco 
Parte usada: casca padronização/marcador salicina 
Formas de uso: extratos, 
Indicações / Ações terapêuticas: antitérmico, anti-inflamatório, analgésico 
Dose Diária: 60-120 mg de salicina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
24) Nomenclatura botânica: Senna alexandrina Mill. 
Nome popular: sene 
Parte usada: folhas e frutos 
Padronização/Marcador: derivados hidroxiantracênicos (calculados como 
senosídeo B) 
Formas de uso: extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: laxativo 
Dose Diária: 10-30 mg de derivados hidroxiantracênicos (calculados como 
senosídeo B) 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
25) Nomenclatura botânica: Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 
Nome popular: Saw palmetto (inglês), serenoa (espanhol) 
Parte usada: frutos 
Padronização/Marcador: ácidos graxos 
Formas de uso: extrato 
Indicações / Ações terapêuticas: hiperplasia benigna da próstata 
Dose Diária: 272mg a 304 mg de ácidos graxos 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
26) Nomenclatura botânica: Symphytum officinale L. 
Nome popular: confrei 
Parte usada: partes aéreas e raízes 
Padronização/Marcador: alantoína 
Formas de uso: extrato 
Indicações / Ações terapêuticas: cicatrizante 
Dose Diária: Preparação com 5% a 20% da droga seca 
Via de Administração: tópico 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica. Utilizar por no máximo 4-6 
semanas / ano 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
 
27) Nomenclatura botânica: Tanacetum parthenium Sch. Bip. 
Nome popular: tanaceto 
Parte usada: folhas padronização/marcador partenolídeos 
Formas de uso: extratos, tinturaIndicações / Ações terapêuticas: profilaxia da enxaqueca 
Dose Diária: 0,2-1 mg de partenolídeos 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sob prescrição médica 
 
28) Nomenclatura botânica: Zingiber officinale Rosc. 
Nome popular: gengibre 
Parte usada: rizomas 
Padronização/Marcador: gingeróis (6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol, 
capsaicin) 
Formas de uso: extratos 
Indicações / Ações terapêuticas: profilaxia de náuseas causada por movimento 
(cinetose) e pós-cirúrgicas 
Dose Diária: Crianças acima de 6 anos: 4-16mg de gingeróis; adulto: 16- 32mg de 
gingeróis 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
29) Nomenclatura botânica: Valeriana officinalis 
Nome popular: valeriana 
Parte usada: raízes 
Padronização/Marcador: sesquiterpenos (ácido valerênico, ácido 
acetoxivalerênico) 
Formas de uso: extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: insônia leve, sedativo, ansiolítico 
Dose Diária: 0,8-0,9 mg de sesquiterpenos 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda com prescrição médica 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
 
30) Nomenclatura botânica: Mikania glomerata Sprengl. 
Nome popular: guaco 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: cumarina 
Formas de uso: extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: expectorante, broncodilatador 
Dose Diária: 0,525-4,89 mg de cumarina 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: venda sem prescrição médica 
 
31) Nomenclatura botânica: Hamamelis virginiana 
Nome popular: hamamelis 
Parte usada: folha padronização/tarcador taninos 
Formas de uso: extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: hemorroidas - uso interno; hemorroidas 
externas, equimoses - uso externo 
Dose Diária: 160-320 mg taninos 
Via de Administração: oral e tópica 
Restrição de uso: venda com prescrição médica 
 
32) Nomenclatura botânica: Polygala senega 
Nome popular: polígala 
Parte usada: raízes 
Padronização/Marcador: saponinas triterpenicas 
Formas de uso: extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: bronquite crônica, faringite 
Dose Diária: 18-33 mg de saponinas triterpenicas 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: sem prescrição médica 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
 
33) Nomenclatura botânica: Eucalyptus globulus 
Nome popular: eucalipto 
Parte usada: folhas 
Padronização/Marcador: cineol 
Formas de uso: óleo, extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: antisséptico e antibacteriano das vias aéreas 
superiores; expectorante 
Dose Diária: 14 - 42,5 mg cineol 
Via de Administração: oral 
Restrição de uso: sem prescrição médica 
 
34) Nomenclatura botânica: Arnica Montana 
Nome popular: arnica 
Parte usada: sumidades floridas 
Padronização/Marcador: lactonas sesquiterpênicas totais 
Formas de uso: extrato, tintura 
Indicações / Ações terapêuticas: equimoses, hematomas, contusões em geral 
Dose Diária: tintura: 1 mg/ml de lactonas sesquiterpênicas, diluir de 3 a 10x; 
Cremes e pomadas: 0,20-0,25 mg/mg de lactonas sesquiterpênicas; 
Via de Administração: tópica 
Restrição de uso: venda sem prescrição; não usar em ferimentos abertos. 
 
Resolução RE nº 90, de 16 de Março de 2004 - Guia para realização de estudos de 
toxicidade pré-clínica de fitoterápicos. 
 
Indica métodos padronizados para os estudos de toxicologia pré-clínica: deve ser 
conduzido com amostras padronizadas do medicamento e seguir orientação sobre 
espécie animal, sexo, nº de animais, idade, via de administração, doses, sinais de 
toxicidade e período de observação. 
 
Resolução RE nº 91, de 16 de Março de 2004 - Guia para realização de alterações, 
inclusões, notificações e cancelamentos pós-registro de Fitoterápicos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
Cada alteração, inclusão, notificação e cancelamento devem ser apresentados 
separadamente, acompanhados da documentação pertinente (check list). 
 
Resolução CFN nº 380/2005: Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do 
nutricionista e suas atribuições, estabelecem parâmetros numéricos de referência, 
por área de atuação, e dá outras providências. 
 
Art. 2º - São definidas as seguintes áreas de atuação do nutricionista: 
 
II. Nutrição Clínica – atividades de alimentação e nutrição realizadas nos hospitais 
e clínicas, nas instituições de longa permanência para idosos, nos ambulatórios e 
consultórios, nos bancos de leite humano, nos lactários, nas centrais de terapia 
nutricional, nos spa e quanto em atendimento domiciliar; 
 
Anexo 1 – Glossário: 
 
XIII. Complemento Nutricional – produto elaborado com a finalidade de 
complementar a dieta cotidiana de uma pessoa saudável, que deseja compensar um 
possível déficit de nutrientes, a fim de alcançar os valores da Dose Diária 
Recomendada (DDR); 
 
XV. Consulta em Nutrição – atividade realizada por nutricionista em unidade de 
ambulatório ou ambiente hospitalar, consultório ou em domicílio para o levantamento 
de informações que possibilitem o diagnóstico nutricional e o conhecimento sanitário 
e a prescrição dietética e orientação dos pacientes ou clientes de forma 
individualizada; 
 
LXII. Recomendações Nutricionais – quantidade de nutrientes necessários para 
satisfazer as necessidades de 97,5% dos indivíduos de uma população sadia; em se 
tratando de calorias, dizem-se necessidades nutricionais; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
LXVIII. Suplementos Nutricionais – alimentos que servem para complementar, 
com calorias, e/ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde 
sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer 
suplementação; 
 
LXIX. Suplementos Vitamínicos e/ou Minerais – alimentos que servem para 
complementar, com outros nutrientes, a dieta diária de uma pessoa saudável, em 
casos onde sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a 
dieta requerer suplementação; devem conter um mínimo de 25% e no máximo 100% 
da ingestão diária recomendada (IDR) de vitaminas e/ou minerais, na porção diária 
indicada pelo fabricante, não podendo substituir os alimentos, nem serem 
considerados como dieta exclusiva; 
 
2.2. Ficam definidas como atividades complementares do nutricionista na Área 
de Nutrição Clínica – no âmbito de Ambulatórios e Consultórios: 
 
2.2.2. Prescrever suplementos nutricionais, bem como alimentos para fins especiais, 
em conformidade com a legislação vigente, quando necessários à complementação 
da dieta; 
 
RDC 269 de setembro de 2005: O "REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE A 
INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA (IDR) DE PROTEÍNA, VITAMINAS E 
MINERAIS". Revogou a Portaria 33, de 13 de janeiro de 1998. 
 
Resolução CFN nº 390/2006: regulamenta a prescrição dietética de suplementos 
nutricionais pelo nutricionista e dá outras providências. 
 
Considerando: 
 
Que o indivíduo pode apresentar particularidades fisiológicas, com possível 
alteração da capacidade de digestão, absorção, transformação e utilização dos 
nutrientes; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
O sinergismo e o antagonismo entre os nutrientes e entre esses e os medicamentos, 
que podem prejudicar a biodisponibilidade dos nutrientes, gerando danos à saúde da 
população; 
 
Os alimentos classificados como suplementos vitamínicos e/ou minerais pela 
Resolução nº 32 de 13.01.1998, da SVS/MS, de livre acesso ao consumidor, nem 
sempre atendem às necessidades individuais; 
 
Que é dever do nutricionista utilizar todos os recursos disponíveis, cientificamente 
comprovados, de diagnóstico e tratamentos nutricionais a seu alcance, em favor dos 
indivíduos e da coletividade sob sua responsabilidade profissional; 
 
Para os fins desta Resolução, consideram-se: 
 
I – prescrição dietética – prescrição a ser elaborada com base nas diretrizes 
estabelecidas no diagnóstico nutricional. 
 
II – suplementos nutricionais – formulados de vitaminas, minerais, proteínas e 
aminoácidos,lipídios e ácidos graxos, carboidratos e fibras, isolados ou associados 
entre si. 
 
III – Ingestão Diária Recomendada (IDR) – é a quantidade de proteína, vitaminas e 
minerais que deve ser consumida diariamente para atender às necessidades 
nutricionais da maior parte dos indivíduos e grupos de pessoas de uma população 
sadia, conforme ANVISA, RDC 269, de 22 de setembro de 2005. 
 
Art. 2º - Respeitados os níveis máximos de segurança, regulamentados pela 
ANVISA e na falta destes, os definidos como Tolerable Upper Intake Levels (UL), ou 
seja, Limite da Ingestão Máxima Tolerável, sendo este o maior nível de ingestão 
diária de um nutriente que não causará efeitos adversos à saúde da maioria das 
pessoas. E desde que, com base no diagnóstico nutricional, haja recomendação 
neste sentido, a prescrição de suplementos nutricionais poderá ser realizada nos 
seguintes casos: 
 
 
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I – estados fisiológicos específicos; 
II – estados patológicos; 
III – alterações metabólicas. 
 
Parágrafo único. O nutricionista deverá sempre considerar que a prescrição 
dietética de suplementos nutricionais não poderá ser realizada de forma isolada, 
devendo fazer parte da correção do padrão alimentar. 
 
Art. 5º - A prescrição de suplementos nutricionais basear-se-á nas seguintes 
premissas: 
 
Resolução CRF nº 402/2007 - Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo 
nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes 
formas farmacêuticas, e dá outras providências. 
 
Resolve: 
 
Art. 1º. Regulamentar a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura 
frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas. 
 
Art. 2º. Considera-se para os fins desta Resolução as seguintes definições: 
 
Fitoterapia: terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas 
diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, 
ainda que de origem vegetal. 
 
Fitoterápico: é o produto obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas 
ativas vegetais, caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu 
uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia 
e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, 
documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. 
 
 
 
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Plantas Medicinais: todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, 
substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam 
precursores de fármacos semissintéticos. 
 
Droga Vegetal: planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, 
estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. 
 
Pós: plantas cortadas e depois moídas. Os pós devem ser empregados na obtenção 
de extratos ou algumas vezes podem ser usados como tal. 
 
Infuso: preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. 
Indicado para folhas e flores. 
 
Decocto: preparação extrativa onde os princípios ativos são extraídos com água até 
a ebulição. Mais indicado para raízes, cascas e rizomas. 
 
Macerado: preparação extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da 
planta dentro de um recipiente contendo água, álcool ou óleo. Ao fim do tempo 
previsto, filtra-se o líquido. 
 
Nomenclatura botânica: gênero e espécie. 
 
Extratos: são preparações líquidas, sólidas ou semissólidas obtidas pela extração 
de drogas vegetais frescas ou secas, por meio líquido, extrator adequado, seguida 
de uma evaporação total ou parcial e ajuste do concentrado a padrão previamente 
estabelecido. 
 
Tintura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta seca na proporção 
de 20% (vinte por cento). 
 
Alcoolatura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta fresca na 
proporção de 50% (cinquenta por cento). 
 
 
 
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Art. 3º. A Prescrição Fitoterápica é parte do procedimento realizado pelo 
Nutricionista na prescrição dietética que deverá conter, obrigatoriamente: 
I – nomenclatura botânica, sendo opcional o nome popular; 
II – parte usada; 
III – forma farmacêutica/modo de preparo; 
IV – tempo de utilização; 
V – dosagem; 
VI – frequência de uso; 
VII – horários. 
 
Parágrafo único. As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional 
nutricionista são exclusivamente as de uso oral, tais como: 
I – infuso; 
II – decocto; 
III – tintura; 
IV – alcoolatura; 
V – extrato. 
 
Art. 4º. O nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos 
desta Resolução, quando julgar conveniente a necessidade de complementação da 
dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como membro integrante de 
uma equipe multiprofissional de saúde. 
 
Parágrafo único. O nutricionista, quando integrante de uma equipe multiprofissional 
de saúde, poderá contribuir com orientações técnicas para a utilização de produtos 
fitoterápicos sob prescrição médica, no que se refere às possíveis interações entre 
esses produtos e os alimentos, bem como no melhor aproveitamento biológico da 
dieta prescrita. 
 
Art. 5º. O nutricionista, quando prescrever os produtos objetos da presente 
Resolução, deverá fazê-lo recomendando o de origem conhecida, quando 
industrializados, com rotulagem adequada às normas da Agência Nacional de 
 
 
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Vigilância Sanitária – ANVISA, e, quando in natura, que o consumidor observe as 
condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita. 
 
Art. 6º. O nutricionista não poderá prescrever aqueles produtos cuja legislação 
vigente exija prescrição médica. 
 
Art. 7º. O nutricionista somente poderá prescrever aqueles produtos que tenham 
indicações terapêuticas relacionadas ao seu campo de conhecimento específico. 
 
Instrução Normativa nº 5 de 11 de dezembro de 2008 – Determina a Publicação 
da “LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO”. 
 
Nesta lista constam os fitoterápicos com venda sem prescrição médica e os de 
venda sob prescrição médica. Os fitoterápicos que não constam nesta lista podem 
ser prescritos pelos nutricionistas. 
 
Os fitoterápicos com venda sem prescrição médica são: 
 Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia); 
 Allium sativum (alho); 
 Aloe vera (babosa – uso tópico); 
 Calendula officinalis (calêndula – uso tópico); 
 Cynara scolymus (alcachofra); 
 Matricaria recutita (Camomila); 
 Maytenum ilicifolia (Espinheira-santa); 
 Melissa officinalis (erva-cidreira); 
 Mentha piperita (hortelã); 
 Panax ginseng (ginseng); 
 Passiflora incarnata (maracujá); 
 Paullinia cupana (guaraná); 
 Peumus boldus (boldo); 
 Pimpinella anisum (erva-doce); 
 Rhamnus purshiana (cáscara-sagrada); 
 
 
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 Salix alba (sabugueiro branco); 
 Senna alexandrina (Senne); 
 Symphytum officinale (confrei – uso tópico); 
 Zinziber officinale (gengibre); 
 Mikania glomerata (guaco); 
 Poligala senega (poligala); 
 Eucalipus globulus (eucalipto); 
 Arnica montana (arnica); 
 
Fitoterápicos com venda sob prescrição médica: 
 Arctostaphylos uva-ursi (uva ursi); 
 Centella asiatica (Centela); 
 Cimicifuga racemosa (Cimicifuga); 
 Echinacea purpurea (equinacea); 
 Gingko biloba (gingko); 
 Hypericum perforatum (hiperico); 
 Piper methysticum (Kawa kawa); 
 Serenoa repens (Saw palmeto); 
 Tanacetum parthenium (tanaceto); 
 Valeriana officinalis (Valeriana); 
 Hamamelis virginiana (Hamamelis); 
 
Resolução CFN nº 417/2008 - Dispõe sobre procedimentos nutricionais para 
atuação dos nutricionistas e dá outras providências. 
 
Resolve: 
 
Art. 1º. Estabelecer os procedimentos nutricionais para atuação do nutricionista. 
 
Art. 2º. Fica aprovada a “Tabela Nacional de Procedimentos

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