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FISIOLOGIA HUMANA Prof. Thiago Matassoli Gomes, Msc SISTEMA CARDIOVASCULAR A função principal do sistema cardiovascular é levar oxigênio e material nutritivo às células de todo o corpo através do sangue circulante. O oxigênio é incorporado ao sangue no momento em que este passa pelos pulmões, já os componentes nutritivos do sangue são provenientes da absorção dos alimentos. Em resumo, o sistema cardiovascular pode ser definido como um conjunto de órgãos que são responsáveis por levar os materiais essenciais para a manutenção e desenvolvimento do corpo humano, e retirar e eliminar os produtos provenientes deste consumo. 1 - Coronária Direita 2 - Coronária Descendente Anterior Esquerda 3 - Coronária Circunflexa Esquerda 4 - Veia Cava Superior 5 - Veia Cava Inferior 6 - Aorta 7 - Artéria Pulmonar 8 - Veias Pulmonares ANATOMIA DO CORAÇÃO ANATOMIA DO CORAÇÃO 9 - Átrio Direito 10 - Ventrículo Direito 11 - Átrio Esquerdo 12 - Ventrículo Esquerdo 13 - Músculos Papilares 14 - Cordoalhas Tendíneas 15 - Válvula Tricúspide 16 - Válvula Mitral 17 - Válvula Pulmonar CONDUÇÃO ELÉTRICA CARDÍACA wNodo Sinoatrial (SA) -marcapasso (60-80 batimentos / min freqüência cardíaca intrínseca) wNodo Atrioventricular (AV) – conduz o impulso do átrio para os ventrículos - embute atraso de 0,13 s wFeixe AV (feixe def His) wFibras de Purkinje - seis vezes transmissão mais rápida. Contração “homogênea” dos ventrículos. wSistema nervoso parassimpático age através do nervo vago para diminuir a frequência cardíaca e a força de contração (predomina no repouso - tônus vagal). wSistema nervoso simpático é estimulado pelo estresse para aumentar a frequência cardíaca e a força de contração. wEpinefrina e norepinefrina-liberadas devido à estimulação simpática - aumento da frequência cardíaca. SISTEMA DE CONTROLE EXTRÍNSECO Bradicardia — frequência cardíaca em repouso abaixo de 60 batimentos / min Taquicardia — frequência cardíaca em repouso acima de 100 batimentos / min Contrações ventriculares prematuras (CVPs) — sentidas como batidas ausentes ou extras Taquicardia ventricular — três ou mais CVPs consecutivas que podem levar a fibrilação ventricular na qual a contração do tecido ventricular é descoordenada ARRITIMIAS CARDÍACAS ELETROCARDIOGRAMA (ECG) w Impressão mostra a atividade elétrica do coração e pode ser usado para monitorar alterações cardíacas w A onda P - despolarização atrial, quando o impulso elétrico vai do nodo SA, passa pelos átrios e chega até o nodo AV. wO complexo QRS - despolarização ventricular e repolarização atrial, quando o impulso dissemina-se do feixe AV até as fibras de Purkinje. w A onda T - repolarização ventricular. ELETROCARDIOGRAMA (ECG) Uma alteração bem conhecida relacionada a condução elétrica do coração é a fibrilação, a qual pode ser atrial ou ventricular. A fibrilação atrial é uma alteração onde os átrios não se contraem e relaxam ritmicamente, assim, coágulos sanguíneos são formados, podendo atingir a circulação pulmonar ou sistêmica, prejudicando assim o fluxo sanguíneo. Já a fibrilação ventricular é caracterizada por abalos irregulares, contínuos e desordenados das fibras musculares ventriculares. Isso faz com que o sangue não seja bombeado adequadamente, podendo levar à perda da consciência e até mesmo a morte, caso o ritmo cardíaco não se reestabeleça. A fibrilação ventricular ocorre quando todo o ventrículo, ou parte dele é privado de seu suprimento sanguíneo normal. Fatores como choques elétricos, respostas a alguns medicamentos e anestésicos também podem causar alterações semelhantes. CONDUÇÃO ELÉTRICA CARDÍACA CICLO CARDÍACO wOs eventos que ocorrem entre dois batimentos cardíacos consecutivos (sístole à sístole) wDiástole—fase de relaxamento durante o qual as câmaras se enchem de sangue (onda T à QRS) —62% da duração do ciclo wSístole—fase de contração durante a qual as câmaras ejetam sangue (QRS à onda T)—38% da duração do ciclo VOLUME DE EJEÇÃO E DÉBITO CARDÍACO Volume de Ejeção (VE) wVolumes diastólico final (VDF)—volume de sangue no ventrículo antes de contração w Volume sistólico final (VSF)—volume de sangue no ventrículo após a contração w VE = VDF – VSF w Volume de sangue bombeado por contração w Volume total de sangue bombeado pelo ventrículo por minuto Débito Cadíaco (Q) . w Q = FC VE . PRÉ E PÓS CARGA • Pré-carga – Pressão no final da diástole (Estiramento do Miocárdio). • Pós-carga – Resistência que o sangue encontra para sair do ventrículo. • Contratilidade - Força de contração do Coração. PRÉ E PÓS CARGA O coração de adulto jovem saudável em repouso ejeta a cada minuto aproximadamente 5 litros de sangue através das câmaras ventriculares. Ao praticar exercício físico intenso ocorre a dilatação acentuada de diversos vasos sanguíneos na musculatura esquelética, uma quantidade bem maior de sangue passa a retornar ao coração. O coração passa também a ejetar a mesma quantidade através de seus ventrículos evitando assim a ocorrência de uma estase sanguínea. Em determinados momentos de atividade física intensa, o volume de sangue que retorna ao coração chega até a aproximadamente 25 litros por minuto . Efeito de Starling – Aumento da força de contração quando ocorre um aumento do retorno venoso (pré-carga). Efeito de Anrep – Aumento da força de contração quando ocorre um aumento na pressão aórtica (pós-carga). E feito Bowdich – Aumento da força de contração quando ocorre aumento da frequência cardíaca. REFLEXOS CARDÍACOS MECANISMO DE FRANK-STARLING Lei de Frank-Starling: Estabelece que o coração, dentro de limites fisiológicos, é capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe proveniente do retorno venoso. Concluí-se que o coração pode regular sua atividade a cada momento, aumentando o débito cardíaco, ou reduzindo-o de acordo com a necessidade. CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA Mecanismo intrínseco Os mecanismos intrínsecos para o controle do débito cardíaco estão diretamente relacionados com a distensão do tecido cardíaco. A distensão do tecido também leva a distensão das fibras de Purkinje. Uma vez distendidas estas fibras se tornam mais excitáveis, levando a uma maior frequência de despolarização espontânea de tais fibras. Como consequência ocorre um aumento da frequência cardíaca (FC), ocorrendo um aumento do DC. Mecanismo extrínseco Ativação do Sistema Nervoso Autônomo. Ocorre através de mediadores químicos liberados por terminações nervosas de fibras simpáticas (noradrenalina) e parassimpáticas (acetilcolina). CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA – FLUXO SANGUÍNEO Determinado pelo tipo de tecido e pela atividade metabólica do momento. Durante o repouso o fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos corporais é pequeno, porém este fluxo aumenta consideravelmente durante a atividade, uma vez que a necessidade de oxigênio e demais elementos que compõe o sangue aumenta, ao mesmo tempo em que a produção de gás carbônico e outros metabólitos também está aumentada. Que parâmetros determinam a resistência vascular e consequentemente o fluxo sanguíneo? - Viscosidade do sangue (η); - Comprimento do vaso sanguíneo (L); - Diâmetro do vaso (raio do vaso - r). CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA – FLUXO SANGUÍNEO O que é mais fácil? - Comprimento do vaso sanguíneo (L); Ex: Sugar água por um canudo curto ou longo - Viscosidade do sangue (η); Ex: Beber água ou milkshake por um canudo do mesmo tamanho e espessura - Raio do vaso (r). Ex: Beber milkshake por um canudo fino ou grosso Parâmetros que determinam a resistência vascular e consequentemente o fluxo sanguíneo? CONTROLENEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA – FLUXO SANGUÍNEO Conclui-se - A resistência ao fluxo é diretamente proporcional ao comprimento do vaso; - A resistência ao fluxo é diretamente proporcional à viscosidade do sangue; - A resistência ao fluxo é inversamente proporcional ao raio do vaso. CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA – FLUXO SANGUÍNEO Para controlar a resistência, o organismo adota estratégias de vasoconstrição e vasodilatação e para controlar a pressão arterial? CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA NEURAL • Maior atividade do centro vasomotor (localizado no troco cerebral) provoca da FC com consequente vasoconstrição de diversos vasos. • Ação dos barorreceptores (receptores de pressão) – localizados na parede da artéria aorta e nas carótidas, monitora o aumento da pressão hidrostática na parede dessas artérias. CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA RENAL • Mecanismo hemodinâmico - um aumento na atividade de filtração glomerular nos rins aumenta o volume de filtrado e, assim, o volume de urina. Um aumento do volume de urina leva a uma redução do compartimento extracelular, alterando assim o volume sanguíneo e, posteriormente o DC. Esse conjunto de alterações leva a uma diminuição da PA. • Mecanismo hormonal - da PA diminui o fluxo sanguíneo nos rins. As células localizadas nas paredes de arteríolas do néfron, irão liberar uma maior quantidade de renina. A renina irá converter a proteína plasmática conhecida como angiotensinogênio em angiotensina-I e posteriormente, através da ação enzimática em angiotensina-II. A angiotensina-II irá causar uma vasoconstrição e consequentemente um aumento da PA. CONTROLE NEURAL E HORMONAL DA FC, Q E PA MEDIDA DA PA MEDIDA DA PA MEDIDA DA PA MEDIDA DA PA Verificação da Pressão Arterial(3) Anexo 1 Manual HA e DM pg 91 Colocar o estetoscópio no ouvido com a curvatura voltada para frente. Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria, na fossa ante-cubital, evitando compressão excessiva. Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento. Inflar rapidamente o manguito, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação na velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo. Determinar a pressão sistólica no aparecimento do 1º som, que é um som fraco seguido de batidas regulares. MEDIDA DA PA Verificação da Pressão Arterial(4) Anexo 1 Manual de HA e DM pg 91 Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Registrar os valores da pressão sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, tamanho do manguito usado e braço em que foi feita a medida. Registrar o valor real obtido na escala evitando arredondamentos para valores terminados em zero ou cinco. Esperar 1 a 2’ antes de realizar nova medida. Normal <120 and <80 Prehypertension 120–139 or 80–89 Stage 1 Hypertension 140–159 or 90–99 Stage 2 Hypertension ≥160 or ≥100 PAS PAD MEDIDA DA PA Ausculta Cardíaca Bulhas: são os ruídos normais gerados após o fechamento das valvas Cardíacas. Sopros: são os sons anormais produzidos antes ou depois do fechamento das valvas cardíacas. MEDIDA DA PA Profº Thiago Matassoli Gomes, Msc http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do? id=K4235437E4
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