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Aula 10 equinos

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Aula 10 – Clinica de Grandes Animais – Equinos
Sistema Cardio – Circulatório
Causa primária é muito difícil de acontecer, ocorre como causa secundária. Esses animais compensam bem problemas cardíacos, e quando ocorrem problemas significativos, mais sérios, torna mais difícil o tratamento, o animal está em uma descompensação mais séria e muitos acabam em óbito. 
Cavalos PSI (Puro Sangue Inglês) o coração pode chegar a pesar 21 kg. 
É difícil a observação dos sintomas, principalmente em repouso, suas mucosas estarão normocoradas, sem tosse, sem manifestação respiratória, mas ao colocar o animal para se exercitar, principalmente em inicio de treinamento (mais ou menos 3 a 4 anos), ele começa a mostrar alterações, principalmente com relação ao sistema respiratório, como uma neuropatia laríngea, vai cair o rendimento e animal faz um barulho parecendo um ronco (síndrome do cavalo roncador). 
Reserva Cardíaca Diferenciada - Pelo grande volume que ele consegue reter nos ventrículos, quando ocorre uma sístole intensa, o volume injetado chega a partes bem distantes para compensar toda a musculatura usada durante um desempenho atlético. Exigem um metabolismo aeróbico. Quando o organismo não compensa, eles entram em metabolismo anaeróbio, onde ocorrem necroses, rupturas musculares e a mioglubinúria. 
Hoje em dia animais que chegam ao jóquei clube passam pela esteira, iniciando com trote e depois galopes para verificar seu rendimento e sinais clínicos. Animal só inspira pela narina, e não pela boca, por isso as mesmas ficam dilatadas quando o mesmo precisa aumentar a sua ventilação. 
Débito Cardíaco por volta 100 a 200 Litros, por isso em curto prazo não tem sinais, porque organismo compensa. 
Artéria Pulmonar
Veia
 Pulmonar
Artéria Aorta
Veia Cava
Exame Clínico:
Anamnese/ Histórico
Anamnese para problemas cardio – respiratórios: se o animal cansa facilmente (em que momento: inicio treino, animal de ponta que cansa fácil, isquêmico), se há sincope respiratória. 
Exame Físico (uso de técnicas semiológicas)
Inspeção: mucosas, TPC, possíveis edemas, inchaços.
Palpação: pulso (filiforme – não sente facilmente em condições normais, o mais comum para mensurar é artéria atrás do boleto em direção a quartela), edema (localizados ou generalizados) – se tem godet + que é pressão com digito que se faz no aumento de volume, se há o edema a marca da digital fica em depressão. O pulso que geralmente verifica-se para estabelecer condições no sistema circulatório é o ramo da artéria facial – localizado no final da ganacha, dá para sentir claramente o pulso. Verifica-se também a temperatura local, principalmente do edema. 
Auscultação: Cardíaca. Região ventral do tórax do lado esquerdo. 
Exames Complementares:
Eletrocardiograma – ECG – de preferência com animal na esteira.
Ultrassom Doppler
Disfunções Secundárias
Doenças Vasculares Generalizadas
Edema por confinamento - Causado por confinamentos por longos períodos dentro de baias (período varia de tamanho de animal, mas por volta de 1 mês já tem sintomas). Os quatro membros ficam inchados, frios, sem dor e com godet +. Tratamento: Alteração do manejo (animal precisa se exercitar), duchas, pomadas frias (mentol, cânfora, DMSO, ligas de descanso – como se fosse meias usadas por humanos) e água vegeto-mineral. Não há necessidade do uso de diuréticos, nem anti-inflamatórios. 
Púrpura hemorrágica – Pode comprometer a vida do animal. Púrpura devido às mucosas por terem equimoses, que são manchas vermelhas devido a hemorragias subcutâneas. Reação inflamatória dos vasos (vasculite) de maneira generalizada, tem uma reação de hipersensibilidade Ag+Ac, causadas por bactérias comuns por Streptococcus equi. Animal pode ter ascite e vai a óbito porque não conseguira mais coagular o sangue, seu mecanismo de coagulação foi comprometido. Sintomas: Lesões hemorrágicas de pele e mucosas, edema quente, dores, febres, taquicardia, taquipneia, depressão, hiporexia. Tratamento: ATB (penicilina), corticoides (para tirar o animal daquela crise intensa) – aplicar uma única vez porque é hiperglicêmico e pode causar laminite (dexametasona) e tratamento suporte com anti-inflamatórios não esteroidais para retirar a inflamação e a dor após ter tirado da crise mais séria, alimentação parenteral, soro coloide (para não sair da parede do vaso) para volemia e hidratação, vitamina K se o animal não destruiu todos os fatores de coagulação, caso tenha destruição realizar transfusão. 
Babesiose Equina – Causada por protozoários hemoparasitas intracelulares (Babesia caballi e Theileria equi). Vetores: carrapatos. É uma doença endêmica em várias regiões do Brasil. Animais podem ser portadores assintomáticos e a babesiose equina é uma doença oportunista. Sintomas: Febres altas e em picos de manhã e a tarde, mucosas ictéricas, os quatro membros ou baixo ventre com edema, hiporexia. Exames complementares: hemograma, esfregaço sanguíneo (para ver hemoparasita dentro da hemácia), provas sorológicas (ELISA), Punção hepática guiado por US para ter certeza do diagnostico porque a Theileria equi fica localizado no fígado. Tratamento: Hidratação, protetores hepáticos (polivitaminicos associados a B12 para ajudar fígado na metabolização e a administrar os fármacos para não causar danos), Dipropionato de Imidocarb (4.4mg/kg dividindo em duas aplicações por 3 dias para destruir os dois tipos de hemoparasitas). Também aplica Buscopan Composto para evitar cólicas plasmódicas. 
Doenças Vasculares Localizadas
Tromboflebite – Ocorre ao longo do pescoço. Normalmente iatrogênica devido à aplicação de medicamentos (principalmente anti-inflamatórios fora da veia) por repetidas vezes, ou cateter deixado por mais de 3 dias, agulhas contaminadas, acaba formando um trombo e o mesmo pode atingir o cérebro e o vaso fica em menor tamanho. Animal na palpação tem tumefação e dor local, edema local na calha da jugular. Tratamento: compressas frias e quentes, pomadas anti-inflamatórias (Irudoid) ou descongestionantes. Enfermagem adequada, ou seja, usar veias alternativas, cateter bem colocado, deixa-lo bem fixado, manter assepsia bem feita. 
Trombose Aorta Ilíaca – Trombose (formação de trombos, coágulos que vão ocluir a luz de vasos ou aterias). Rara de acontecer e diagnostico é difícil. Principal sintoma é claudicação de membro posterior (uma perna fica quente e suada e a outra fica fria e seca), queda de rendimento, dor. Tratamento: Identificar a doença, anti-inflamatórios/ analgésicos, inibidor de agregação plaquetária (heparina diluída no soro porque se aplicar direto há hemólise) e DMSO, vermífugos (caso seja por um verme que obstruir a parede dos vasos e artérias).

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