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Aulas 12 ruminantes

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Aulas 12 – Clinica de Grandes Animais – Ruminantes
Sistema cardiovascular de ruminantes
É raramente em bovinos, porque doença que atinge animais mais idosos, e os bovinos tem tempo de vida limitada a vida produtiva, e vão para o corte animais jovens. 
Finalidade do sistema cardiovascular – Levar o sangue para os tecidos e remover metabolitos. Coração: Bombear sangue e vasos sanguíneos: condução do sangue. 
Maior foco em doenças extras cardíacas: anemias, tromboses, flebites e tristeza parasitária bovina. 
Temperatura: 37 a 39ºC para bovinos é considerado normal. A temperatura para um animal desidratado tem que exigir cuidados porque está bem alterado. 
Uso de técnicas semiológicas para sistema vascular
Inspeção - Ajuda mais no sistema respiratório do que no circular, coloração de mucosas, inchaço nos membros (edemas). 
Auscultação – cardíaca
Percussão – Ajudar delimitar a altura do coração. Percussão dolorosa (dá uma pancada na região do coração – com martelo de borracha ou punho fechado. Se o animal tiver uma pericardite, endocardite ou miocardite, ao bater o animal vai sentir uma dor fortíssima – hiperalgia, caso o contrário o animal não sentirá nada). Entre 2º e 6º EIC para delimitar área onde esta o coração. Plexor e Plexímetro para percutir – Pulmão tem som claro e na incisura cardíaca o som fica sub-maciço. 
Palpação – palpação de pulso. 
Olfação - Só para alterações metabólicas. Não usa em alterações vasculares.
Pulso Jugular +, godet +, edema de barbela e de ganacha são indícios de problemas circulatórios. Agora se esses problemas estiverem ocorrendo ao mesmo tempo, então é certeza que o animal descompensou.
Anasarca é um problema circulatório porque é um edema generalizado.
Bos indicus chama edema de barbela e se for bos taurus é edema de peito.
Edema Jugular – Da cabeça para o coração porque tem o retorno venoso. Prova de garrote + (indicador muito forte para problemas circulatórios), o animal vai ter edemas em toda a jugular, o sangue esta voltando para jugular, ao invés de ir para as valvas e ir para o corpo. 
Auscultação: 3º, 4º e 5º espaço intercostal lado esquerdo e no 3º espaço intercostal do lado direito. Pensar mais na fase qualitativa do que na quantitativa. 
3º 4º e 5º EIC esquerdo são para auscultar os sons da artéria pulmonar, artéria aórtica e valva mitral.
3º EIC direito para auscultar a valva tricúspide. Mais difícil de ouvir porque ele fica mais próximo ao lado esquerdo. 
Qualquer que seja a doença cardíaca, cedo ou tarde vai deixar o sangue prejudicado, ou irá alterar a viscosidade (tendência que o fluido extravase do vaso, formando edemas) ou a sua velocidade (extravasamento dos capilares – edemas). Em ambos os casos pode ter formação de edemas (se extravasamento for tecidual). Se for ao abdômen pode formar uma ascite, no pericárdio um hidropericardio. 
Edemas inflamatórios ou circulatórios
Inflamatórios – São quentes e dolorosos. Densidade maior que 1,20 - Exsudato – Geralmente ele coagula por volta de meia hora em repouso. 
Circulatórios – São frios e indolores. Densidade menor que 1,20 – Transudato. Não coagula em repouso. 
Tristeza Parasitária Bovina
Ele tem edemas ganacha, barbela, pulso +, há vários indicadores. Enfermidade contagiosa importante causada por um grupo de protozoários - intracelulares (duas babesias) e uma rickettsia (anaplasma). É um complexo de doenças, com sintomas e tratamentos parecidos, então juntou ambos e trata de uma mesma maneira. Doença endêmica no Brasil. Animal ao entrar em contato pela primeira vez adquire a tristeza parasitaria, ou se ele ficou muito tempo sem contato com carrapato ou mosca ou o mesmo estiver debilitado devido à outra enfermidade Vetores: carrapatos e moscas. 
Sinais Clínicos - Na tristeza parasitaria bovina tem dois mecanismos que causam anemia ocorrendo ao mesmo tempo. Na babesia tem anemia hemolítica (faz hemólise e rompe hemácias) e na anaplasma tem a anemia autoimune. Mucosas hipocoradas, letargia, apatia, picos febris pela manhã e a tarde, taquicardia, taquipneia, ictérico (se romper as hemácias) e hemoglobinúria. Pode apresentar lesões neurológicas – há isquemia (convulsão, cegueira, paralisia) principalmente caso o parasita em maior numero for à babesia. 
Diagnóstico: ELISA (não tem resultado fidedigno porque há muitos animais que são portadores das doenças, mas estão assintomáticos), Esfregaço sanguíneo de sangue periférico (ponta da orelha), espera ter picos febris e procura o agente – Só dá resultado em 20% dos casos. Punção de baço – acontece hemocaterese nas hemácias e terá 40% de sensibilidade.
Tratamento – Tetraciclinas + Diaminazine aceturato (dose única – porque muito hepatotóxico). Transfusão de sangue (menor que 15% de hematócrito). Antitérmico (devido aos picos febris, senão convulsiona pela febre). 
NÃO É MEDICAMENTO DE 1º ESCOLHA - Dipropionato de Imidocarb (dose única) pode tratar, mas não é o correto. Esse usa em babesiose equina. Causa convulsões em novilhos.
Protocolo de Prevenção – Pega um animal portador da doença, coleta 20 ml de sangue e aplica no animal que acabou de chegar à propriedade e que não teve contato nenhum com outros animais doentes e nem com vetores. O animal será portador e começa o controle de temperatura pela manhã e tarde, todos os dias. Por volta de 48 a 72 h ela fará o primeiro pico febril, e então será tratada com tetraciclina + diaminazine aceturato. Será portador, mas não vai evoluir para uma doença clinica. 
Retículo Pericardite Traumática
Comum de acontecer com ruminantes por engolir corpos estranhos (moedas, arames, pregos, saquinhos de mercado), porque o mesmo não tem um paladar muito desenvolvido. Conforme o rúmen vai fazendo seu movimento de peristaltismo, o corpo estranho vai rodando e chega ao retículo, e na frente dele há o diafragma e o coração em seguida. Esse corpo estranho e pesado (prego, por exemplo), pode perfurar o retículo e entrar em contato com uma membrana que recobre toda a cavidade abdominal chamada de peritônio. Equinos morrem de peritonite difusa. Nos ruminantes ocorre uma peritonite focal porque fez um abcesso no local. Chama – se Retículo Peritonite Traumática. Mas o corpo estranho pode causar mais problemas, romper o diafragma e o pericárdio e ter um Retículo Pericardite Traumática. Desconforto enorme, e animal esta com hiperalgia e animal não comer para não distender o rúmen e empurrar o corpo e machucar. Animal fica sem movimentos e faz uma atonia ruminal por estar sem alimentação. Quadro infeccioso e tem febre, anemia. Ele tenta ficar sentado para peso ir todo para trás (posição de reza), taquicardia, taquipneia, e adquirir tristeza parasitaria bovina. Faz percussão dolorosa e animal terá uma hiperalgia. Animal com esse problema faz abafamento de bulha – como se o coração batesse dentro da água. Esta cheia de pus no pericárdio.
Tratamento – ATB, FLUIDOTERAPIA E CIRURGIA (só para tirar a causa). 
Diagnostico – Reservado.
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