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TG IX ESTUDOS DISCIPLINARES

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TRABALHO EM GRUPO – TG
Beatriz de Almeida Luz 1524786
GUARULHOS
	2017
Índice
Proposta do trabalho em grupo ............................... 3
Introdução ................................................................ 4
Resposta do trabalho em grupo ............................... 4
Referências bibliográficas ........................................ 6
Proposta do Trabalho em Grupo
Trabalho em Grupo
Disciplina: Estudos Disciplinares – Formação Específica em
Letras
Professor: Adilson Silva Oliveira
Vender é o que interessa...
O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores: "Seo Gomis, o criente de Belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa. Abrasso, Nirso". Aproximadamente uma hora depois recebeu outro: "Seo Gomis, os relatorio di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que mandá treiz miu pessa. Amanhã to xegando. Abrasso, Nirso". No dia seguinte: "Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha. Abrasso, Nirso". No outro: "Seo Gomis, Brazilha fexo 20 miu. Vo pra Frolinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora. Abrasso, Nirso". E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente, um homem muito preocupado com o desenvolvimento da companhia e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse: - Deixa comigo que eu tomarei as providências necessárias. E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso e afixou no mural da empresa, juntamente com as mensagens enviadas pelo vendedor: "A parti de oje nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos em iscrevê serto, mod vendê maiz. Acinado, o Prizidenti". Disponível em . Acesso em 07 ago. 2016.
O gênero textual piada, comumente, reflete uma postura preconceituosa. O texto “Vender é o que interessa...”, de autoria desconhecida, provoca a reflexão sobre a imagem que se faz das pessoas a partir de como usam a língua. Por que a piada reflete uma visão linguística preconceituosa?
Introdução
Um dos preconceitos mais recorrentes atualmente é o chamado preconceito linguístico, que diz respeito as diferentes formas que os usuários da língua fazem ao se expressar. De acordo com o autor Marcos Bagno “O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre a língua e gramática normativa”. Este tipo de preconceito ocorre quando se aponta em determinada expressão da língua aquilo o que é certo e o que é errado de acordo com a gramática normativa. Este apontamento não leva em consideração as modificações que ocorrem ao longo do uso e da história da língua, as diferentes formas de fala e escrita que os falantes apresentam. Portanto o preconceito linguístico considera apenas uma das possíveis formas do uso da língua, a gramática normativa, deixando de lado o uso da língua propriamente dito.
Resposta do Trabalho em Grupo
O preconceito linguístico está associado as diferenças regionais, desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo. A disparidade social é o grande problema, conforme Bagno: “São essas grandes diferenças de status social que explicam a existência, em nosso país, de um verdadeiro abismo linguístico entre os falantes das variedades não padrão do português brasileiro – que são a maioria de nossa população – e os falantes da suposta, variedade culta, em geral mal definida, que é a língua ensinada na escola. Como a educação ainda é privilégio de muita pouca gente em nosso país, uma quantidade gigantesca de brasileiros permanece à margem do domínio da norma culta”. 
No texto “Vender é o que interessa”, a escrita e a comunicação de Nirso são utilizadas para evidenciar a prática do preconceito linguístico, já que o gerente da empresa, que recebia as mensagens de Nirso inferiu que tal escrita poderia ser prejudicial a imagem da empresa, levando o fato ao presidente da empresa, o mesmo percebeu que tal fato não impedia Nirso de ser um funcionário exemplar para a empresa. Ao final do texto o próprio presidente da empresa redige um aviso fora da norma culta padrão, incentivando os demais funcionários a se preocuparem menos em escrever certo, para poder vender mais, a exemplo do personagem Nirso. Este incentivo apresenta um cunho preconceituoso por alguns motivos, o presidente afirma que Nirso não se preocupa em escrever certo, o que não é uma verdade absoluta, levando em consideração que o personagem provavelmente pertence a um dos grupos com menor prestígio social e que não teve acesso a gramática normativa, talvez nem tenha frequentado a escola, e se expressa da maneira que acredita ser a correta. Para Nirso, a forma como ele se comunica é eficaz, já que todos o compreendem. A atitude do presidente da empresa acabou por ridicularizar a forma como Nirso se expressa, ela pode não ter sido intencional, porém pode desencadear uma série de situações constrangedoras no ambiente de trabalho ao expor, mesmo que de forma indireta, a forma como o funcionário faz uso da língua para se comunicar. Percebe-se que o presidente não compartilha da mesma visão de escrita de Nirso, porém ao ver o desempenho do funcionário, pouco se importou com sua escrita e ainda mais, compartilhou da mesma, a fim de despertar nos outros funcionários menos preocupação com o uso da norma culta padrão e mais desemprenho em suas vendas. 
O uso da língua deveria ser focado na comunicação e compreensão de ambas as partes, a partir do momento que falante um e dois iniciam um processo de comunicação e compreendem um ao outro, não se faz necessário a preocupação com o uso da gramática normativa. A língua consiste no processo de comunicação, interação e compreensão dos indivíduos, e não exclusivamente ao uso da norma culta padrão para o processo de comunicação. O preconceito linguístico existe por conta do pensamento equivocado de que todos os falantes deveriam fazer uso da gramática normativa ao se comunicarem, seja na forma escrita ou oral, e tal preconceito vem sendo alimentado diariamente pelos meios de comunicação, que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”, sem falar, é claro nos instrumentos tradicionais de ensino da língua, ou seja a gramática normativa e os livros didáticos. 
Para Marcos Bagno “a língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a gramática normativa é a tentativa de descrever uma parcela mais visível dele, a chamada norma culta”, ou seja, a gramática normativa é apenas uma das formas de uso da língua, mas não a única, nem tampouco a correta, ela pretende na teoria prescrever como deve ser o uso da língua na prática, mas não leva em consideração que a língua é viva e permanece em um constante processo de modificação e transformação.
Referências Bibliográficas
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico – o que é, como se faz. 15 ed.
Loyola, São Paulo, 2002
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/preconceito-linguistico-x-variacao-linguistica.htm Acesso em 19 de abril de 2017
https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/ Acesso em 19 de abril de 2017
http://lounge.obviousmag.org/bakaobvious/2015/03/o-preconceito-linguistico.html Acesso em 20 de abril de 2017
http://www.coladaweb.com/literatura/preconceito-linguistico-no-brasil Acesso em 22 de abril de 2017

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