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DIREITO TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 28.03.15

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Direito Tributário – Alessandro Spillborghs
Introdução
CF: Sistema Tributário Nacional (art. 145 ao 162)
Poder de Tributar: fixado pela CF/88; embora seja estabelecido pela CF, quem institui os tributos não é a CF, mas sim os entes federados.
#EXPLICAÇÃO: o papel da CF é distribuir a competência tributária
Limitações ao Poder de Tributar: Princípios (norteiam a cobrança tributária) e imunidades (afastam a cobrança tributária) são limitações ao puder de tributar, porém se diferenciam quanto ao funcionamento
PRINCÍPIOS: são os direitos fundamentais do contribuinte, previstos na CF. São eles:
Legalidade (art. 150, I, CF): É vedado aos entes federados exigir ou majorar tributos sem lei (complementar ou ordinária) que o estabeleça
#SELIGA: Lei Complementar: IGF, Empréstimos compulsórios, novos impostos, novas contribuições sociais.
Lei Ordinária: TODOS OS OUTROS que não forem instituídos por LC. (Admitem medida provisória)
EXCEÇÕES: 153, § 1º - DECRETOS e outros atos do Poder Executivo
Irretroatividade: É vedado aos entes federados exigir tributos em relação a fatos geradores anteriores à lei. Exceções: art. 106, CTN, I – expressamente e interpretativa. II – atos não definitivamente julgados.
Exemplos:
I – surgimento de uma nova lei com escopo exclusivo de interpretar lei anterior
II – Alíquota será sempre a da época do fato gerador; a multa aplicada será a mais benéfica para o contribuinte, desde que se trate de um fato não definitivamente julgado. 
Anterioridade: Art. 150, III, “b” e “c”, CF.
Regras:
1ª É vedado aos entes federados cobrar tributos no mesmo exercício financeiro da data da lei que os instituiu ou majorou. (Anterioridade anual)
2ª É vedado aos entes federados cobrar tributos antes de 90 dias contados da data da lei que os instituiu ou majorou (anterioridade nonagesimal) 
#SELIGA: não confunda anterioridade anual com anualidade (este não existe mais na matéria tributária)
DICA: Prevalece aquela anterioridade que deixar o tributo mais distante do contribuinte. Tributos cobrados depois do dia primeiro de outubro, a anterioridade que irá ser aplicada será a nonagesimal.
EXCEÇÕES: 
II, IE, IOF, IEG e empréstimos compulsórios instituídos em razão de guerra ou calamidade pública são cobrados imediatamente, pois não se submetem às anterioridades anuais e nonagesimais. 
Faz parte das exceções da anterioridade anual o ICPI, ICMS, C. Social, CIDE. Estes devem ser cobrados, observada a anterioridade nonagesimal.
IR, IPVA e IPTU não integram a anterioridade nonagesimal, se submetem à anterioridade anual quando houver a majoração venal do veículo (IPVA) ou do imóvel (IPTU).
IMUNIDADE: regra de não incidência constitucionalmente não qualificada.
#SELIGA: não confunda imunidade com isenção. A primeira é prevista na CF, a segunda é infraconstitucional (prevista em lei).
OBS.: O art. 195, § 7ª, CF, descreve uma falsa isenção. Segundo o STF o benefício fiscal neste dispositivo estampado representa uma verdadeira imunidade.
DAS IMUNIDADES GENÉRICAS (art. 150, VI, CF): afastam a incidência de impostos.
Recíproca: Impede a cobrança de impostos entre os entes federados.
#SELIGA: imunidade recíproca é extensiva às autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
#CUIDADO: Empresas públicas e sociedades de economia mista para estarem imunes precisam prestar serviços essenciais à população, serem exclusivamente estatais e não ter fins lucrativos. Ex. Correios (serviço postal); Casa da moeda (emissão de dinheiro).
Religiosa (art. 150, VI, “b”, CF): impede a cobrança de imposto sobre templos de qualquer culto. 
#SELIGA: Art. 150, § 4º, CF. Ex.: Imóvel pertencente à igreja, contudo, com destinação tão somente à residência do padre, estará imune da mesma maneira.
Condicional: afasta impostos sobre os partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores, entidade de assistência social (desde que sem fins lucrativos), bem como as entidades educacionais sem fins lucrativos.
#SELIGA: Art. 14, CTN: qualquer uma dessas pessoas acima que quiserem gozar da imunidade tributária, estão condicionadas aos seguintes requisitos
Não pode distribuir lucro
Dinheiro aplicado no brasil
Manter escrituração registrada.
#ATENÇÃO: Imóvel alugado à 3º mantem a imunidade do IPTU desde que o dinheiro auferido dos alugueis seja revertido às finalidades essenciais da pessoa imune (Sum. 724, STF)
Imprensa (art. 150, VI, “d”, CF): Afasta impostos sobre livros, jornais e periódicos (todas as revistas) e o papel destinado à sua impressão. Segundo o STF, até ALBUM DE FIGURINHAS tem sua imunidade garantida.
Musical (art. 150, VI, “e”, CF): Afasta impostos sobre CD/DVD, produzidos no Brasil, obras nacionais/estrangeiras interpretadas por um artista brasileiro.
EXCEÇÃO: reprodução industrial (as cópias dos CD’s)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Conceito: trata-se do poder outorgado pela CF/88 aos entes federados para instituir tributos através de lei.
Atividades: legislar sobre tributos; fiscalizar a cobrança tributária e arrecadar o tributo
Características: 
Facultativa: o ente federado não é obrigado a cobrar o tributo, desde que ele atenda a lei de responsabilidade fiscal, com exceção do ICMS
Indelegável: não pode ser “emprestada” a outo ente federado.
Incaducável: não se exaure com o decorrer do tempo
Irrenunciável
#SELIGA: não confunda competência com capacidade tributária ativa. A primeira diz respeito à atividade legislativa, é indelegável e está prevista na CF; A segunda está ligada à atividade administrativa, é delegável e está prevista em lei. Outrossim, quem tem capacidade tributária ativa, não tem capacidade para legislar sobre tributo.
Exemplo: art.153, § 4, III, CF – ITR
Modalidades
Privativa: impostos
Comum: taxas e CM
Especial: empréstimos compulsórios e contribuições especiais
Residual: os impostos residuais devem ser criados por meio de Lei Complementar; não podem ser cumulativos e não podem ter Fato Gerador e Base de Cálculo dos impostos já existentes. Podemos afirmar, portanto, que a competência da união é ampliativa, enquanto a dos demais entes federados é exaustiva.
Extraordinária: art. 154, II, CF – Imposto de Guerra. Imposto instituído pela união mediante guerra externa ou sua iminência, por meio de Lei Ordinária ou Medida Provisória

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