Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução à Engenharia de Produção Professor: Rodrigo Duarte Soliani Centro Universitário UNIFAFIBE A Engenharia de Produção e suas grandes áreas de conhecimento 1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO 2. LOGÍSTICA 3. PESQUISA OPERACIONAL 4. ENGENHARIA DA QUALIDADE 5. ENGENHARIA DO PRODUTO 6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL 7. ENGENHARIA ECONÔMICA 8. ENGENHARIA DO TRABALHO 9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE 10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa. 1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações; 1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção; 1.3. Gestão da Manutenção; 1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico; 1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências; 1.6. Engenharia de Métodos. • Gerente de operações é o profissional responsável pela gerência de operações (ou administração da produção) de uma organização; • Exerce responsabilidade de administrar algum ou todos os recursos envolvidos pela função produção (reunião de recursos destinados à produção de bens e serviços) da organização. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO • Entendimento dos objetivos estratégicos da produção: deve saber onde a sua operação se situa no contexto da organização. Deve-se saber os objetivos de desempenho da produção: qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo; • Desenvolvimento de uma estratégia de produção para a organização: deve saber colocar a sua estratégia de produção a serviço da estratégia global da empresa. Envolve também reconciliação da pressão dos requisitos do mercado com a capacidade dos recursos da produção. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO • Projeto dos produtos, serviços e processos de produção - a atividade de definir a forma física, o aspecto e a composição física de produtos, serviços e processos; • Planejamento e Controle de Produção (PCP): é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto; • Melhoria do desempenho da produção. Gestão da Manutenção • É responsável por diversos serviços e tarefas, tais como, projetos, montagem, construção, manutenção, limpeza, conservação e a manutenção propriamente dita de todas as instalações da organização; • Busca eliminar perdas, reduzir paradas, garantir a qualidade e diminuir custos nas empresas com processos contínuos. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Cuida de incorporar e desenvolver um processo de melhoria contínua, buscando eliminar as grandes perdas ocasionadas no processo produtivo. • Perdas nas Máquinas; • Perdas de Mão de Obra: Absenteísmo e acidentes; • Perdas em Métodos: são perdas por movimentos, organização da linha, transporte, ajustes e medidas; • Perdas de Matéria Prima: Perdas de materiais, refugos, ferramentas e moldes; • Perdas de Energia: Eletricidade e Gás; • Perdas Ambientais: Emissões e efluentes. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Layout • O papel do layout nas indústrias aumentou tanto em escopo, quanto em importância estratégica; • Um layout correto proporciona um fluxo de comunicação entre as atividades de maneira mais eficiente e eficaz, melhor utilização da área disponível, um fluxo de trabalho mais eficiente, facilidade na gestão das atividades, diminuição de problemas ergonômicos e flexibilidade para mudanças / adequações. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Layout linear ou por produto • O produto manuseado percorre todas as instalações, mantendo-se fixos os equipamentos do processo; • Esse tipo de arranjo é indicado quando o processamento envolve a fabricação de produtos padronizados, sendo assim os recursos transformadores são especialmente alocados para produzir determinado tipo de produto. Layout por Processo ou Funcional • A função é que determina a localização de máquinas e processos; • Recomendado para o caso de manufatura de produtos não padronizados, ou seja, fabricação de produtos variados, com produção relativamente baixa. Layout Posicional (Fixo) Quando o produto fica parado (é contraproducente mover o produto), os recursos de transformação se deslocam ao seu redor executando as operações necessárias. Layout Celular Caracteriza-se por conter na sua estrutura todos os recursos transformadores necessários a atender as necessidades imediatas de processamento. Responsabilidades Inclui a interação com as áreas de comercial/marketing e o relacionamento com as demais áreas da organização: • Com o Depto Comercial/Marketing: recebe as exigências de mercado; • Com o Depto de P&D: recebe a ideia de novos produtos e serviços e as capacitações e restrições dos processos de produção. Responsabilidades • Com o Depto Financeiro: recebe pedidos de dados para análise financeira para desempenho e decisões; • Com o Depto de RH: desenvolvimento e treinamento de colaboradores; • Com o Depto de TI e Suporte Técnico: fornecimento de sistemas para projeto, planejamento, controle e melhoria; • Com o Depto de Qualidade: conformidade do processo produtivo. LOGÍSTICA Logística Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. 2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos 2.2. Gestão de Estoques 2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos 2.4. Logística Empresarial 2.5. Transporte e Distribuição Física 2.6. Logística Reversa • O transporte era o foco do interesse nas décadas de 1950 e 1960, foi ampliado nas décadas de 1970 e 1980, transformando-se em um nova área, a Logística Empresarial; • Incorpora ao transporte a gestão de estoques, armazenagem, distribuição, e gestão de compras - Integração; • O sistema logístico era visto como um gerador de custos e sem nenhuma influência no planejamento estratégico organizacional. A evolução da Logística • Preocupação das empresas com a redução de estoques e com a busca da satisfação plena do cliente; • Agregar valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação à cadeia produtiva; • Depósitos centralizados e com maior poder de agilidade na distribuição; • Procurar eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente - tudo que acarrete somente custos e perda de tempo. A evolução da Logística Logística Empresarial A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. Interliga todos os elementos do processo: • Prazos; • Integração de setores da empresa; • Formação de parcerias com fornecedores e clientes. Objetivo: satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais. • A logística possui uma visão organizacional; • Administra os recursos materiais, financeiros e pessoais; • Gerencia desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos; • Fluxo de informação envolvido na operação; • Monitora toda parte de distribuição e recebimento de produtos na empresa. Logística Empresarial As novas exigências para a atividade logística no mundo passam por: • Maior controle e identificaçãode oportunidades de redução de custos; • Redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo; • Disponibilidade constante dos produtos; • Programação das entregas; • Facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação; • Análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios. • Cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela otimização dos serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos e eficazes; • O tempo em que as empresas apenas se orientavam para vender os seus produtos, sem preocupação com as necessidades e satisfação dos clientes, terminou(!!!); • Os consumidores são cada vez mais exigentes com relação a qualidade, rapidez e sensíveis aos preços, obrigando as empresas a uma eficiente e eficaz gestão de compras, gestão de produção, gestão logística e gestão comercial. O papel da Logística Gestão da Cadeia de Suprimentos Trata da integração, de maneira estratégica, desde o fornecedor inicial até o consumidor final, com o objetivo de agregar valor a todos os participantes da cadeia, com destaque para o consumidor final. “Com alguns dos mais importantes fornecedores ao lado da fábrica, criamos mais sinergias com uma constante comunicação bilateral. Também integramos todo o departamento de recursos humanos como se fosse uma só empresa e dessa forma podemos aproveitar melhor todos os talentos com treinamentos integrados”, afirma Alfredo Fernandes, que desde 2013 trabalhava como gerente geral de manufatura da Chrysler em Detroit, nos Estados Unidos. Ele elenca ainda outras vantagens do arranjo produtivo com as 16 empresas: maior garantia de qualidade dos componentes com controle próximo, redução de custos, entregas rápidas e sem riscos e gestão integrada, com decisões rápidas e pronta reação a qualquer emergência. Fiat Chrysler Automobiles (FCA) Gestão de estoques Empresas que atuam como fabricantes ou montadoras, voltadas para a produção de bens, dependem fortemente de um estoque bem gerenciado por uma série de razões: • Atender às demandas de forma constante: A demanda por bens e serviços específicos não será a mesmo durante todo o ano; • Continuidade das operações: A gestão cautelosa dos estoques permitirá a uma empresa executar suas operações sem problemas, com continuidade; • Economia nas operações: Um sistema de gerenciamento de estoques bem administrado permite que uma empresa possa cortar custos. Exemplo: quando a época das festas chega e a empresa prevê um aumento na demanda por alguns produtos (como chocolate na Páscoa), ela pode adquirir mercadorias em quantidade com antecedência, negociar preços e armazená-las para a temporada. Porque é necessário? 1) A velocidade de fornecimento nem sempre é igual a velocidade de consumo; 2) Lidar com interrupções no fornecimento; 3) Lidar com variações na demanda; 4) Garantir a disponibilidade de produto para o cliente. Logística Reversa Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras. • Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento; • Além de contribuir para a redução dos impactos ao meio ambiente, há um ganho de imagem para a empresa que o faz; • Há também a reutilização das sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em geral; • Existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao vendedor por iniciativa do usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o produto (bastante comum no comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas). Logística Reversa A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc; A importância deste processo reside em dois extremos: 1) As regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); 2) A possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. Pesquisa Operacional Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas. 3.1. Modelagem, Simulação e Otimização 3.2. Programação Matemática 3.3. Processos Decisórios 3.4. Processos Estocásticos 3.5. Teoria dos Jogos 3.6. Análise de Demanda 3.7. Inteligência Computacional Pesquisa Operacional • A pesquisa operacional surgiu, como ciência, há poucas décadas, durante a Segunda Guerra Mundial. Os aliados enfrentavam dificuldades logísticas e estratégicas, tentando gerenciar um enorme contingente de soldados, armas, aviões, tanques, pessoal de suporte, etc., e cientistas utilizaram métodos objetivos, numéricos, para determinar as melhores ações a serem tomadas; • Com o sucesso obtido, os resultados foram utilizados após o fim da guerra pela indústria, na tomada de decisões de problemas de grandes dimensões, que para a mente humana são difíceis de considerar todas as variáveis e possibilidades. Pesquisa Operacional Pesquisa Operacional • Trata-se do uso de modelos matemáticos, estatística e algoritmos para ajudar a tomada de decisões; • É mais frequente o seu uso para análise de sistemas complexos reais, tipicamente com o objetivo de melhorar ou otimizar a performance; • Esta área tem uma relação muito próxima com à logística, pois muitos sistemas produtivos, industriais e gerenciais podem fazer uso das técnicas de Pesquisa Operacional para alcançar um desempenho superior. Pesquisa Operacional • Muitos softwares utilizados por empresas têm complexos algoritmos por trás, para determinar a melhor quantidade de produtos para se manter em estoques, os melhores volumes de produção (e seu agendamento), fazer roteamento de veículos, dentre outros; • A Pesquisa Operacional normalmente busca encontrar o valor máximo (de lucro, performance, aproveitamento) ou mínimo (de risco, de custo). Com o avanço dos computadores a PO passou a resolver problemas cada vez maiores, com milhares de variáveis, em tempos cada vez menores. Exemplo: imagine uma companhia aérea que precisa decidir qual avião deve enviar para fazer cada uma de suas rotas e conexões, de forma a atender a demanda, com o mínimo custo possível. Adicione à isso as necessidades de piloto e co-piloto, tripulação, respeito aos horários e convenções de trabalho, quantidade e tipo de refeições, esquema de manutenção preventiva das aeronaves, etc. As empresas investem milhões de dólares para aquisição de softwares capazes de resolver estes problemas de forma a melhorar cada vez mais esta solução, pois isto pode representar a necessidade ou não de compra de novos aviões, que custam centenas de vezes o preço do software. Vídeo Engenharia da Qualidade Engenharia da Qualidade Planejamento, projetoe controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade. 4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade 4.2. Planejamento e Controle da Qualidade 4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade 4.4. Organização Metrológica da Qualidade 4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos Engenharia da Qualidade • Já é de conhecimento de todos os setores da economia que o caminho da competitividade passa pela obtenção da qualidade; • A rápida adoção e assimilação, hoje, praticamente universal, das normas internacionais da qualidade (série ISO 9000) constitui outra evidência significativa da percepção dessa relação entre qualidade e competitividade; • Outra evidência é a crescente formação de profissionais envolvidos com qualidade, entre eles o Engenheiro de Qualidade. Engenharia da Qualidade • Esse profissional atua nas áreas de projeto, produção e pós-venda de um produto, sempre buscando introduzir os requisitos do cliente como um ponto estratégico no desenvolvimento do mesmo; • Para realizar estas funções, o Engenheiro de Qualidade necessita ter conhecimentos sobre técnicas de gestão, incluindo domínio sobre as normas ISO 9000 e ISO 14000, que têm por objetivo subsidiar o desenvolvimento de um procedimento robusto de gestão da qualidade, visando maximizar a satisfação do cliente. Adicionalmente o Engenheiro da Qualidade necessita ter domínio de ferramentas técnicas que subsidiem a alteração e monitoração de processos produtivos, visando à minimização de produção de produtos não conformes, ou seja, em desacordo com as especificações de engenharia. Engenharia da Qualidade • ISO: International Organizationfor Standardization - Organização Internacional para Padronização; • Fundada em 23 de fevereiro de 1947, em Genebra, na Suíça; • Esta foi a sigla escolhida porque em grego isos significa "igual", o que se enquadra com o propósito da organização em questão; • A ISO tem como objetivo principal aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos, como normas técnicas, classificações de países, normas de procedimentos e processos, e etc; • No Brasil, a ISO é representada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). • Suas normas mais conhecidas são: • ISO 9000 e ISO 9001: Sistema de gestão da qualidade em ambientes de produção; • ISO 14000 e 14064: Estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas. Esse profissional executa trabalhos internos à empresa, visando à avaliação de problemas no processo produtivo, realização de estudos de redução de custos e estabelecimento de indicadores de desempenho da qualidade. Também é sua função estabelecer procedimentos da qualidade, tais como procedimentos de inspeção, qualificação de fornecedores e gestão ambiental, além de coordenar e supervisionar a aplicação, no empreendimento, dos conceitos e indicadores da Qualidade. • É necessário ao Engenheiro de Qualidade conhecer técnicas de gestão de recursos humanos, pois para exercer plenamente as suas funções deve sempre trabalhar com grupos multifuncionais, provenientes de vários setores de uma empresa; • Uma dessas funções é orientar, coordenar e supervisionar as atividades de treinamento e conscientização (palestras, cursos etc.) em assuntos pertinentes à Qualidade para as equipes envolvidas. • Em sua lista de atividades também estão incluídos: providenciar a emissão e/ou distribuição de documentos da Qualidade; • Planejar as atividades das equipes para os serviços; • Administrar e manter os recursos dentro do orçamento; • Supervisionar os resultados reportando-os aos seus superiores; • Realizar periodicamente cursos de aperfeiçoamento, reciclagem ou qualificação em sua área de atuação; • Realizar reuniões com clientes para verificação de problemas de peças defeituosas e avaliação de mudanças de requisitos dos clientes, entre outros. Engenharia do Produto Engenharia do Produto Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa. 5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto 5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto 5.3. Planejamento e Projeto do Produto • A engenharia do produto abrange, dentro da engenharia de produção, o conceito de desenvolvimento de produtos; • Denomina-se desenvolvimento de produtos a área que cuida de todos os estudos e pesquisa sobre criação, adaptação, melhorias e aprimoramento dos produtos produzidos pela empresa; • Dentro da engenharia do produto tem-se a gestão do desenvolvimento de produtos, o processo de desenvolvimento de produtos e o planejamento e projeto do produto. A Gestão do Desenvolvimento de Produtos (GDP) se refere ao conjunto de processos, tarefas e atividades de planejamento, organização, decisão e ação envolvidos para que o sistema considerado alcance os resultados de sucesso esperados. Ciclo de vida do produto • O Processo de Desenvolvimento de Produtos (P&D) é um processo que parte das necessidades/conceito do consumidor e termina com a tradução desse conceito em uma especificação de algo que possa ser produzido; • Cabe ao P&D desenvolver produtos que atendam às expectativas do mercado em termos de qualidade; que sejam introduzidos no mercado no tempo adequado e de forma mais rápida que os concorrentes; e a um custo do desenvolvimento e da manufatura do produto compatível com o orçamento e os custos alvo. Engenharia do Produto • Um projeto é um empreendimento temporário ou uma sequência de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto ou serviço singular, dentro de restrições orçamentárias; • A atividade de desenvolvimento, planejamento e projeto de um novo produto não é simples e nem direta, ela requer pesquisa, planejamento cuidadoso, controle meticuloso e, mais importante, o uso de métodos sistemáticos. Engenharia do Produto Engenharia Organizacional Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos. 6.1. Gestão Estratégica e Organizacional 6.2. Gestão de Projetos 6.3. Gestão do Desempenho Organizacional 6.4. Gestão da Informação 6.5. Redes de Empresas 6.6. Gestão da Inovação 6.7. Gestão da Tecnologia 6.8. Gestão do Conhecimento Engenharia Organizacional •Uma das grandes questões que as organizações enfrentam a todo momento é a adequação de sua estrutura funcional às necessidades operacionais, administrativas e gerenciais; •Organizações que não se atualizam ou funcionam de forma desregulada, com superposição ou indefinição de papéis e responsabilidades, certamente desperdiçam recursos, são ineficientes, além de dificultar a responsabilização de seus agentes nos insucessos. Engenharia Organizacional • A obsolescência é uma ameaça sempre presente, principalmente neste mundo altamente conectado e com alta velocidade de trocas de informação; • Esta situação traz a complexidade de identificar quais processos, práticas, regulagens, tecnologias, ferramentas se ajustam à organização e em que momento devem ser aplicadas ou são exigidas; • “Sempre funcionou assim” e “Não se mexe em time que tá ganhando”; •A Engenharia Organizacional é a ferramenta que permite aos executivos realizar a tarefa de modernização organizacional. Engenharia Organizacional Avaliação do Mercado • Ao interpretar eventos que ocorrem no ambiente competitivo, o profissional exerce uma de suas principais funções: Gerar opções e recomendações para os tomadores de decisão; • A análise do ambiente concorrencial permite a empresa definir estratégias para se destacar da concorrência, enxergar alternativas além do óbvio e achar caminhos criativos e ideias inovadoras para gerar um diferencial competitivo. Engenharia Organizacional Gestão de Projetos O gerenciamento de projetos produz resultados expressivos para as organizações como: •Redução no custo e prazo de desenvolvimento de novos produtos; •Aumento no tempo de vida dos novos produtos; •Aumento de vendas e receita; •Aumento do número de clientes; •Aumento da chance de sucesso. Engenharia Organizacional Gestão do Desempenho Organizacional • Consiste em medir e comparar resultados, e a partir daí executar possíveis ações corretivas. Com objetivo de que a organização trabalhe de forma ótima, tornando-a mais eficiente; • O primeiro passo para a medição do desempenho organizacional é o planejamento estratégico, ou seja, estabelecer objetivos, diretrizes, metas e estratégias; • Esse objetivo não pode ser superestimado, para que possam ser alcançados, nem podem ser subestimados, uma vez que, se facilmente alcançados, haverá um “relaxamento” por parte dos trabalhadores. Resumindo, os objetivos devem ser desafiador, buscando uma melhora continua do desempenho, mas deve ser real. Engenharia Organizacional Redes de Empresas • No atual mundo globalizado não há espaços para organizações fracas e locais, uma vez que, a cada dia que passa mais empresas entram no mesmo mercado e tornam o mercado ainda mais acirrado; • Uma ótima maneira para a sobrevivência e fortalecimento da organização é a fazer parcerias e associações com outras empresas; • Os motivos que levam a criação dessa parcerias são muitos. Pode ser criadas para se defender de concorrentes, ganhar conhecimentos e tecnologias, obtenção de economia de escala, fixação da marca, aumentar a competitividade e velocidade no desenvolvimento de produtos ou até mesmo para superar barreiras alfandegárias. Engenharia Econômica Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. 7.1. Gestão Econômica 7.2. Gestão de Custos 7.3. Gestão de Investimentos 7.4. Gestão de Riscos Engenharia Econômica •A atividade engloba fundamentalmente na tomada de decisões sobre investimentos de uma empresa ou organização; •O profissional deve ter conhecimentos sobre a metodologia e técnicas que devem ser empregadas nas tomadas de decisões sobre compras e vendas de bens ou serviços; •A carreira envolve questões como a análise de custos de funções de atividades internas da empresa como armazenamento e transporte, avaliações das variáveis que envolvem cada questão relativa aos gastos de uma organização e apresentar os benefícios de uma alternativa que seja mais viável economicamente. O profissional da área deve ter em mente que a atividade que irá exercer tem como principais características a avaliação de quantidades, escolha de investimentos que sejam indispensáveis para a empresa, estimativas de custos de operações, análise de produtos ou serviços, administração de recursos e bens, projeções de receitas e entrada de capital, estudos de riscos decorrentes de investimentos, projeções econômicas futuras, entre outras funções. Quem trabalha com engenharia econômica deve ter total conhecimento, dentro de sua área de atuação, da disponibilidade de recursos que podem ser investidos ou aplicados e de qual forma será melhor utilizado para que se busque um retorno mais eficiente economicamente. Devem ser levados em conta critérios econômicos e financeiros dentro da organização. Engenharia Econômica Engenharia do Trabalho Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina -ambiente -homem -organização. 8.1. Projeto e Organização do Trabalho 8.2. Ergonomia 8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho 8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho Engenharia do Trabalho •É necessário que o profissional tenha conhecimentos técnicos sobre a legislação trabalhista e sobre as causas das doenças ocorridas com o esforço contínuo ou incorreto durante o período de trabalho; •Além disso, é importante que o profissional apresente as seguintes características: Capacidade de análise; Paciência; Facilidade de lidar com o trabalhador; Facilidade para a pesquisa; Atenção a detalhes; Desejo pela fiscalização de normas; Gosto pelo desenvolvimento de novos projetos. • Para se tornar um profissional da área, é necessário que o profissional seja graduado em Engenharia ou Arquitetura, com pós-graduação em Segurança do Trabalho e registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia); • A formação é voltada para o conhecimento de disciplinas técnicas ligadas às áreas exatas e também a conhecimentos de ciências humanas, como sociologia, higiene no trabalho, proteção ao ambiente, legislação e psicologia. Com isso, o aluno obtém uma formação completa que o permite atuar com conhecimento específico na área de segurança no trabalho. Qual é a formação necessária? • Assessorar empresas em assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando locais e condições do ambiente, instalações em geral e material, métodos e processos de fabricação adotados pelo trabalhador; • Determinar as necessidades de empresas no campo da prevenção de acidentes; • Inspecionar instalações, verificando se existem riscos de incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a serem tomadas; • Promover a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros, determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes. Principais atividades • Adaptar os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao homem e do homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalhador; • Executar campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando palestras e divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro material informativo, para conscientizar os trabalhadores e o público em geral; • Estudar as ocupações encontradas num estabelecimento fabril ou comercial, analisando suas características, para avaliar a insalubridade ou periculosidade de tarefas ou operações ligadas à execução do trabalho; • Desenvolver programas de treinamento, cursos, campanhas e palestras, com objetivo de divulgar normas de segurança, visando evitar acidentes do trabalho. • O campo de atuação do engenheiro de segurança do trabalho é amplo, e juntamente com o técnico da área, eles atuam na CIPA, presente na maioria das grandes e médias empresas espalhadas pelo país; • A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a prevençãode acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. • Na CIPA, o engenheiro atua desde a verificação das condições de higiene do trabalhador até a elaboração de palestras e treinamento profissional. CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) Curiosidade Nas décadas de 70 e 80, o Brasil ocupava o primeiro lugar no ranking mundial em acidentes de trabalho. Isso devido à deterioração das condições de trabalho com a vinda de grandes empresas multinacionais que buscam em países subdesenvolvidos, mão-de-obra barata e pouca fiscalização trabalhista, caracterizando o desrespeito ao direito de segurança do trabalhador. Com medidas preventivas de proteção ao trabalhador e a regulamentação do engenheiro de segurança do trabalho, ocorrida em 1985, no ano de 1999, o país passou para o décimo quinto lugar, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com isso, torna-se notável a importância deste profissional na prevenção de acidentes, proporcionando maior qualidade de vida aos profissionais de qualquer empresa. Engenharia da Sustentabilidade Engenharia da Sustentabilidade Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. 9.1. Gestão Ambiental 9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação 9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos 9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais 9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência 9.6. Responsabilidade Social 9.7. Desenvolvimento Sustentável Engenharia da Sustentabilidade • A necessidade do sustentável faz surgir novas profissões, muitas vezes chamadas de “verdes”, e provoca adaptações nas profissões atuais; • Não dá mais para não pensar em aliar profissão, seja ela qual for, à sustentabilidade. A engenharia é uma área que ilustra esse cenário. Está cada vez mais voltada para o respeito ambiental e sociocultural, buscando alternativas para suas construções; • É atualmente uma das mais promissoras, tanto do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico como do econômico. Engenharia da Sustentabilidade • O mercado ambiental movimenta atualmente, somas vultuosas e tem elevadas taxas de crescimento; • Águas, resíduos, energias renováveis, mercado do carbono, ecogestão, auditorias e qualidade ambiental, gestão de recursos e conservação da natureza, movimentam vastos setores econômicos em expansão; • Consequentemente, cada vez mais as grandes empresas necessitam de profissionais para operarem com eficácia nestes mercados de elevada complexidade. Engenharia da Sustentabilidade A necessidade do sustentável faz surgir novas profissões, muitas vezes atua nas áreas de gestão e de análise de problemas ambientais, com base em um perfil inovador de elevado potencial de empregabilidade e adequado aos desafios do mercado ambiental e do desenvolvimento sustentável. • Nesse setor, o profissional poderá atuar em todas as fases da cadeia produtiva, desde a instalação de empreendimentos, coordenando equipes de análises e mitigação de impactos ambientais, até a análise, implantação e coordenação de sistemas de gestão ambiental em empresas e organizações industriais, agropecuárias, prestadoras de serviços e comerciais; • Além disso, poderá realizar vistorias, emitir laudos e elaborar projetos visando à redução dos problemas ambientais e a sustentabilidade dos processos produtivos; • Além disso, poderá atuar em Centros de Pesquisas e Instituições de Ensino Superior, podendo também dar continuidade a seus estudos em cursos de pós-graduação. Educação em Engenharia de Produção Universo de inserção da educação superior em engenharia e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica, englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. 10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção 10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção 10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção 10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de Produção 10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção Educação em Engenharia de Produção • A carreira acadêmica tem como objetivo a formação do pesquisador e professor universitário; • Este carreira se desenvolve por meio de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado); • Nela o profissional apresenta uma questão relevante para o avanço do conhecimento em sua área, desenvolve pesquisa apoiada em metodologias científicas, orientadas por um professor orientador e apresenta os resultados a uma banca examinadora que ao final pode lhe conferir a titulação. Educação em Engenharia de Produção • Além de lecionar e desenvolver pesquisas, cabe ao acadêmico participar das atividades de extensão universitária, cujo objetivo é a prestação de serviços à sociedade a partir do conhecimento produzido nas universidades, contribuindo diretamente com o desenvolvimento social, cultural e econômico para o país; • O papel de produtor e disseminador de conhecimento do professor/pesquisador inclui a apresentação de trabalhos em congressos e seminários, realização de palestras e a publicação de artigos e livros científicos. Educação em Engenharia de Produção • Uma carreira acadêmica pode ter início ainda na graduação através da iniciação científica. Neste caso, o aluno que engaja em um projeto de pesquisa, atraído pela área científica, depois de formado acaba seguindo pelo caminho do mestrado, doutorado, pós-doutorado, e livre-docência; • Esta área oferece alguns atrativos como férias duas vezes ao ano, flexibilidade de horário, e o que tem chamado a atenção nos últimos anos é a falta de profissionais habilitados para lecionar, pois dar aula exige muito do profissional, desde a preparação das aulas, entonação da voz e preparo físico. Educação em Engenharia de Produção • A carreira acadêmica também pode ser desenvolvida em paralelo a outra ocupação ao longo da vida do indivíduo; • Ao se forma o indivíduo decide se inserir no mercado de trabalho, podendo atuar na área corporativa privada ou pública, empreendedorismo, e até consultoria. Na maioria dos casos pode ou não estar relacionada a sua área de formação inicial, e enquanto isso, caminha com o projeto de fazer um mestrado; • Tudo pode ser bem planejado, e assim que o indivíduo atinge uma certa estabilidade financeira e a sua ocupação naquele momento lhe permitir, ele inicia seu mestrado. Isso só irá agregar valor à sua carreira, e abrirá outras portas em direção à área acadêmica. • Alguns chegam a abandonar de vez o mercado de trabalho corporativo e passam a se dedicar exclusivamente a lecionar e a trabalhar na área de pesquisas científicas, e assim conseguem se realizar profissionalmente; • Seja qual for o momento, planejar é essencial para quem quer seguir a área acadêmica, pois é uma área na qual o interessado deverá se dedicar intensamente, com muito estudo e pesquisa, cujos frutos serão colhidos após anos de trabalho. Educação em Engenharia de Produção Perfil buscado pelas empresas
Compartilhar