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RESENHA ÉTICA ''DECISÕES EXTREMAS'' E '' A VIDA DOS OUTROS''

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‘’ Decisões extremas’’ – Tom Vaughan
O filme Decisões Extremas (2010), tem seu um enredo baseado em fatos reais a partir do livro The Cure: How a Father Raised $100 Million – And Bucked the Medical Establishment – in a Quest to Save His Children. 
O filme conta a história de um casal (John e Aillem Crowley) que lida com a Doença de Pompe presente em dois de seus três filhos e lutam para tentar salvá-los. Os pais fazem o possível para melhorar a qualidade de vida dos filhos. Patrick e Megan, os filhos do casal portadores da doença, necessitam de acompanhamento médico e cadeiras de rodas para se locomover.
Após longos anos sofrendo com todos os agravos da doença, os pais resolvem procurar pesquisadores que pudessem ajudá-los. Diante de tal realidade e diversas buscas encontram um pesquisador, Robert Stonehill, que havia dedicado anos de pesquisa para encontrar uma enzima que contribuísse para reverter às características presentes na doença. Mas, ao conversarem com o pesquisar perceberam que as dificuldades ultrapassavam o imaginável acerca dos estudos sobre Pompe. A falta de incentivo financeiro impedia que os estudos de Stonehill concretizassem suas teorias e, assim, o pesquisador não conseguia comprovar que sua enzima era a adequada para combater a doença genética manifestada em crianças. Os estudos feitos sobre a Pompe perpassava por inúmeros interesses, dentre eles políticos.
Sendo assim, John desenvolve uma campanha de arrecadação de fundos para poder investir na teoria do cientista em busca de realizar os testes com as enzimas. Durante o longa, John e Stonehill passam por muitos conflitos, pois a personalidade do cientista dificultava as negociações. A dupla faz diversos acordos a fim de prosseguir com a pesquisa. Todo o enredo mostra a coragem dos pais e conta sobre os processos que eles passam para conseguir financiamentos para o novo tratamento, que não beneficiaria os filhos do casal, mas contribuirá para melhoria de muitas outras crianças portadoras da Síndrome de Pompe.
‘’A vida dos outros’’ - Florian Henckel
	O filme alemão A vida dos outros (2006), conta a história de Gen Wiesler, agente da Stasi (Ministério para a Segurança do Estado), serviço de informação da Berlim Oriental comunista em 1984.
	O filme se passa durante a Guerra Fria, nesse período o Ministro da Cultura da Alemanha Oriental,Bruno Hempf, se interessa por Christa- Maria Sieland, uma grande atriz alemã. No entanto, ela precisa ter acesso a remédios controlados que lhe ajudavam a atuar e, por isso, acaba se relacionando sexualmente com o Ministro, pois este lhe dava acesso livre à droga. Ela, porém, namora o dramaturgo Georg Dreyman. Ele é um dos poucos que ainda continua enviando textos para o outro lado, relatando e criticando o modo de governar daqueles que acreditavam fielmente no sistema socialista. Com a suspeita de que o casal era infiel aos ideais comunistas, eles passam a ser vigiados pelo Capitão Gerd Wiesle, que espiona e interroga pessoas suspeitas.
	 A trama tem início quando a vida de Dreyman e sua namorada passa a ser investigada. Com a espionagem, escutas são instaladas em sua casa, assim, Wiesler se envolve com a vida deles pouco a pouco.
	É estabelecido, a partir daí, o conflito entre o observador e o escritor. Wiesler vai cada vez mais se identificando com o objeto de sua investigação, a ponto de se questionar sobre relatar ou não tudo o que Dreyman faz ou deixa de fazer.
	Movido por um voyeurismo a princípio tímido, com o tempo o agente passa a querer interferir na história dos dois. À medida que o agente observa o casal ele passa a se questionar a respeito da fidelidade ao governo, se todo o seu esforço em prol do sistema alemão valeu a pena. O personagem vai, aos poucos, mudando suas concepções sobre o Estado.
	Por um bom tempo, Georg achou que o seu apartamento não tinha escutas e que, dentro da classe artística a qual pertencia, ele era o único que não estava sendo vigiado. Alguns anos após a queda do regime comunista, Georg descobre ter sido alvo de sérias investigações policiais e vai à procura de uma parte desconhecida de sua vida. Desta descoberta Georg escreve um livro dedicado a Wiesler. No momento no qual Wiesler compra o livro e se vê projetado naquelas páginas ele tem a confirmação de sua existência real. No final, sua maior necessidade fora suprida. Wiesler tinha em Georg um companheiro de vida real e atuante que fazia dele um eu permanente e social.
A ÉTICA E A FELIDADE ARISTOTÉLICA
O BEM É A FINALIDADE DE TODAS AS COISAS.
	A ética para Aristóteles pertence ao gênero da vida excelente e a felicidade é a vida plenamente realizada em sua excelência máxima. A ética, em um campo individual, prepara terrenos para a política, em um campo coletivo. Sabendo que o bem leva o indivíduo a ser capaz de viver com os outros, a finalidade da política é a busca do bem de todos os homens. 
	Mas então qual seria o bem de todos os homens? Aristóteles afirma ser a felicidade, contudo esse sentimento vai além do momentâneo, ele é ‘’obra de uma vida inteira’’.
	Em ‘’Decisões Extremas’’ a motivação pela qual John busca o tratamento para a doença de Pompe pode parecer egoísta, mas conseguimos relacionar essa procura com a definição de Aristóteles, uma vez que o pai, apesar de um interesse inicial ‘’individual’’, se envolve tanto no projeto que consegue beneficiar várias vidas, seja de crianças doentes ou de familiares que sofrem com a incerteza. No final do filme, o chamado de ‘’ bem de todos os homens’’ ou felicidade, segundo o filósofo, é alcançada, podemos afirmar isso, pois há depoimentos de pessoas beneficiadas com o tratamento desenvolvido por Stonehill e John. 
Outra cena que nos ajuda a visualizar a definição aristotélica é quando Stonehill afirma não estar desenvolvendo a enzima por causa do amigo, John, mas sim pelo todo que será beneficiado.
A ÉTICA E A COMPAIXÃO POR SCHOPENHAUER
A COMPAIXÃO UNE E CONECTA
	A ética para Schoupenhauer é baseada na compaixão, pois a considera, juntamente com a bondade, virtudes fundamentais nas relações humanas. O filósofo se volta para as ‘’dores do mundo’’, negando a definição fria e abstrata de Kant, propondo, então, uma ética prática e vivencial. Afirma que o egoísmo separa os homens e, em contrapartida, a compaixão os une.
	Assim, podemos relacionar a ideologia de Schoupenhauer com ‘’ A vida dos outros’’, baseando-nos no sentimento de compaixão que nasce no agente do governo ao observar o escritor ‘’ traidor’’. No filme, enquanto Dreyman é observado por Wiesler, o agente do governo se aproxima tanto da vida do objeto observado que hesita delatar o escritor como traidor do sistema. Dessa forma, o filme se relaciona com a definição de ética da compaixão, pois nessa linha de pensamento não devemos considerar a maldade e sentimentos similares, pois culminam em ódio e desprezo, mas devemos observar o sofrimento, a necessidade, o medo e a dor de cada um, assim sempre teremos com ela parentesco, simpatia e empatia, que é o que acontece durante o filme em relação aos protagonistas. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
ÉTICA E CULTURA
 —AVALIAÇÃO FINAL—
 
 
 
 
 
Curso:
 Nutrição 2017/1 
 
Professora:
 Rita de Cassia Marques
 
Aluna:
Thaís Moreira Abreu

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