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Interfereˆncia da luz no Experimento de Young e Coereˆncia Fabio Rasera Figueiredo Componentes do grupo: Luan Bottin De Toni, Ramo´n Kruger, Augusto Lassen, Renana Bohrer Fabio Rasera Figueiredo, Fernanda Roma´n de Oliveira. 12 de outubro de 2015 Resumo Este experimento analisa padro˜es de difrac¸a˜o e interfereˆncia na luz, utilizando a teoria ondulato´ria. O experimento de Young e´ reproduzido e a distaˆncia entre as fendas utilizadas e´ calculada, ale´m de algumas ob- servac¸o˜es sobre a coereˆncia da luz e sua necessidade para observarmos padro˜es de interfereˆncia. 1 Introduc¸a˜o e Referencial Teo´rico O experimento da dupla fenda[1] realizado por Thomas Young (1773- 1829) e´ aclamado como um dos mais importantes experimentos cient´ıficos da histo´ria. A importaˆncia deste experimento se deve ao fato de ter de- monstrado definitivamente que a luz tem comportamento ondulato´rio. Ha´ muito se debatia o cara´ter da luz, onde f´ısicos renomados como Isaac New- ton (1642-1727) defendiam a teoria corpuscular, e outros importantes f´ısicos como Christiaan Huygens (1629-1695) defendiam a teoria ondulato´ria. Am- bas teorias serviam para explicar alguns fenoˆmenos o´ticos, pore´m, a teoria corpuscular permaneceu como a hipo´tese mais aceita por mais de um se´culo, devido a autoridade cient´ıfica de Isaac Newton. Por volta de 1801, o experimento de Young confirmou o comporta- mento ondulato´rio da luz, mas este na˜o foi o fim do embate entre a teo- ria ondulato´ria e corpuscular. Em 1887, enquanto investigava a natureza eletromagne´tica da luz, Heinrich Hertz (1857-1894) acabou observando o efeito fotoele´trico[2], que se demonstrava pass´ıvel de ser explicado somente atrave´s da teoria corpuscular da luz. Albert Einstein (1879-1955) explicou o efeito fotoele´trico argumentando que a energia de toda radiac¸a˜o eletro- magne´tica na˜o se distribui uniformemente como e´ previsto pela teoria ondu- lato´ria cla´ssica, mas em pequenos pacotes de energia chamados de quantum 1 de energia. Mais tarde, va´rios experimentos observaram ambos tipos de comportamentos experimentalmente, e, assim, se estabeleceu a dualidade onda-part´ıcula da luz. Realizamos uma versa˜o experimento da dupla fenda de Young e observamos padro˜es de difrac¸a˜o e interfereˆncia para luz coerente e na˜o coerente. Quando a luz passa pelas fendas finas (devem ter abertura da ordem do comprimento de onda para visualizarmos os efeitos de difrac¸a˜o) ela e´ difra- tada em duas novas ondas. A interfereˆncia construtiva pura ocorre quando duas cristas ou vales de onda se encontram no mesmo ponto, somando-se, e a interfereˆncia destrutiva pura ocorre quando um vale e uma crista se encontram no mesmo ponto, resultando em aniquilamento. A luz precisa atingir um anteparo que reemitira´ a luz aos nossos olhos para que vejamos o padra˜o. Figura 1: Interfereˆncia entre ondas. (a) Interfereˆncia construtiva. (b) Interfereˆncia destrutiva. 2 Einstein mostrou, mas a ideia do quantum foi de Max Planck. Por convenção chamamos esse fenômeno de interferência. E difração o fenômeno causado pela interferência de vários raios ao passar por uma única fenda de tamanho não desprezível. As regio˜es de interfereˆncia construtiva e destrutiva dependera˜o da geome- tria da montagem, ou seja, da distaˆncia entre as duas fendas e da distaˆncia entre o anteparo e o plano contendo as fendas. Abaixo e´ demonstrado o efeito da difrac¸a˜o em ondas de luz coerentes. Figura 2: Difrac¸a˜o das ondas de luz ao passarem pela fenda dupla. (a) A difrac¸a˜o cria novas frentes de onda coerentes que interferem construtivamente e destrutiva- mente entre si. (b) O padra˜o de ondas vis´ıvel na a´gua quando difratadas por fendas duplas e´ ana´logo ao padra˜o resultante pela difrac¸a˜o da luz. (c) Padra˜o observado no anteparo apo´s difrac¸a˜o por dupla fenda. Para entender como os padro˜es de interfereˆncia se formam, e´ preciso analisar a montagem do experimento. A figura a seguir representa o caminho de duas ondas saindo das fendas em fase e as relac¸o˜es geome´tricas entre elas. Figura 3: Relac¸a˜o geome´trica entre os raios de luz, as fendas S1 e S2 e o anteparo. Com D >> d, os aˆngulo entre os dois raios de luz e a normal ao plano das fendas pode ser considerado o mesmo. 3 Aqui vemos o efeito da interferência sobreposto ao efeito da difração. Neste experimento nos concentramos no fenômeno da interferência. Nota-se, na Figura 3, que os raios saindo das fendas percorrem caminho diferentes x1 e x2 ate´ o mesmo ponto no anteparo, onde x2 sera´ aproxima- damente x1 + ∆x. Nos interessa expressar matematicamente como se dara´ a distribuic¸a˜o dos ma´ximos e mı´nimos no anteparo, sabendo que a luz de ambas as fendas sai em fase. Como a distaˆncia entre os anteparos e´ muito maior que a distaˆncia entre as fendas, consideramos que os raios de luz saem praticamente paralelos das fendas, assim podemos tirar uma relac¸a˜o geome´trica, analisando a Figura 3: sen(θ) = ∆x d (1) Sabemos que teremos pontos de intensidade ma´xima no anteparo quando as ondas interferirem construtivamente naquele ponto, ou seja, quando uma onda que viaja o caminho x1 e uma onda que viaja o caminho x2 chegam ao mesmo ponto do anteparo em fase. Enquanto a intensidade sera´ mı´nima no anteparo quando as duas ondas chegam ao mesmo ponto do anteparo com uma diferenc¸a de fase equivalente a meio comprimento onda (observar Figura 1). Assim, a diferenc¸a de fase ∆φ no ponto do anteparo onde as ondas se encontram estara´ relacionada com a diferenc¸a de caminho o´tico por: ∆φ = ∆x λ 2pi = dsen(θ) λ 2pi E, de acordo com as observac¸o˜es feitas, expressamos as condic¸o˜es para identificarmos um ma´ximo e um mı´nimo. • Ma´ximo: dsen(θ) = nλ (2) Onde n representa a ordem do ma´ximo de intensidade e n = 0 identi- fica o ma´ximo central. • Mı´nimo: dsen(θ) = ( n+ 1 2 ) λ (3) Onde n representa a ordem do mı´nimo de intensidade e n = 0 identifica o primeiro mı´nimo. Considerando, enta˜o, que os raios saem praticamente paralelos das fen- das, tambe´m podemos relacionar a distaˆncia dos pontos de ma´ximos e mı´nimos observados com a distaˆncia D do slide ate´ o anteparo. 4 Figura 4: Relac¸a˜o entre a distaˆncia y medida no anteparo, distaˆncia D e o aˆngulo θ. E´ poss´ıvel aproximar os raios que saem das fendas, na Figura 4, a um so´ raio saindo do ponto central entre as fendas, ja´ que a distaˆncia entre as fendas e´ de ordem muito menor que a distaˆncia das fendas ate´ o anteparo. Verificamos, assim, a seguinte relac¸a˜o: tan(θ) = yn D θ = tan−1 (yn D ) (4) Desta forma, apenas com a distaˆnciaD e as distaˆncias y entre os ma´ximos, obtemos o aˆngulo θ, tornando poss´ıvel calcular a distaˆncia entre as fendas com as Equac¸o˜es 2 e 3. Pode-se notar que cada ma´ximo e mı´nimo estara´ associado a um n diferente, que representa a ordem do deslocamento em relac¸a˜o ao centro. Na reproduc¸a˜o do experimento de Young utilizamos um LASER, que e´ um aparato desenvolvido para ser uma fonte de luz coerente. Ja´ em outra etapa, utilizamos uma fonte de luz incoerente para analisarmos os padro˜es de difrac¸a˜o e verificarmos se ha´ interfereˆncia. A coereˆncia da luz e´ indispensa´vel para ver os padro˜es de interfereˆncia com clareza; a luz dita coerente e´ aquela formada por ondas de mesma frequeˆncia que manteˆm uma relac¸a˜o de fase entre si constante no tempo. A luz e´ geralmente incoerente ou parcialmente coerente, gerando ondas com fases aleato´rias entre si, de forma que na˜o vemos padro˜es de interfereˆncia. A luz do sol, por exemplo, e´ parcialmente coerente, pois a diferenc¸a de fase entre raios solares interceptados em dois 5 A luz do Sol é incoerente pontos diferentes e´ constante apenas se os pontos estiverem muito pro´ximos; fios incandescentes emitem luz incoerente,pois a diferenc¸a de fase varia rapidamente com o tempo e de forma aleato´ria. Thomas Young na˜o possu´ıa o laser ou outra fonte de luz coerente em sua e´poca, portanto precisou de algum artif´ıcio para gerar ondas de luz coerentes antes destas passarem pelas fendas. Aqui sera´ discutido como Young resolveu este problema e por que a coereˆncia da luz tem tamanha importaˆncia neste experimento. 2 Materiais Utilizados • LASER HeNe (λ = 634, 8 nm); • Slides com fendas; • Slides com buracos de diferentes tamanhos ; • Trena (precisa˜o de 1mm); • Anteparo liso; • Projetor de slides. 3 Procedimento de Coleta de Dados Para coletar os dados, posicionamos um slide contendo fendas em frente a um LASER de HeNE e um anteparo para enxergar os padro˜es obtidos. Ajustamos o slide com as fendas ate´ que o padra˜o observado demonstrasse claramente a presenc¸a de ma´ximos e mı´nimos, com o maior espac¸amento poss´ıvel, para que as medidas pudessem ter boa precisa˜o. Apo´s encontrarmos a configurac¸a˜o adequada, medimos a distaˆncia entre 2 pontos de ma´ximos simetricamente espac¸ados em relac¸a˜o ao ma´ximo central. O mesmo procedi- mento foi feito para medir a distaˆncia entre os mı´nimos. Assim, comec¸amos com os pontos mais pro´ximos do centro, e aumentamos ate´ obter 3 medidas para ma´ximos e 3 medidas para mı´nimos. A distaˆncia medida no anteparo foi, portanto, o equivalente a 2y, pois quando dividimos este valor por 2, obtemos a distaˆncia dos pontos a` esquerda e a` direita em relac¸a˜o ao centro, simetricamente espac¸ados. Essa escolha faz com que na˜o necessitemos medir cada distaˆncia em relac¸a˜o ao ponto central com o instrumento de medida, evitando uma quantidade maior de medidas que poderiam acarretar erro ao resultado. 4 Dados Experimentais A tabela a seguir apresenta as distaˆncias medidas no anteparo para os ma´ximos e mı´nimos observados, ale´m da distaˆncia D entre o anteparo e a 6 O erro acarretado não é devido ao fato de termos mais medidas, mas pela falta de precisão par se determinar o centro do máximo central. Realizar um número maior de medidas melhora, em princípio, a estatística. as fendas. Tabela 1: Distaˆncias 2y medidas entre ma´ximos e mı´nimos para respectivas ordens e distaˆncia D medida entre o anteparo e as fendas. Intensidade n 2y (±0, 05) (cm) Ma´xima 1 2,10 2 4,10 3 5,80 Mı´nima 0 1,00 1 3,10 2 4,90 D (cm) 81,65 ± 0,05 O LASER de HeNe possui comprimento de onda λ = 632, 8nm. 5 Observac¸o˜es Qualitativas e Ana´lise dos Dados Utilizamos diferentes slides em frente ao LASER para observarmos a diferenc¸a nos padro˜es de interfereˆncia resultantes. A seguir esta˜o registrados os tipos de fenda utilizados e os padro˜es observados. • Orif´ıcio circular u´nico Ma´ximos e mı´n´ımos circulares e conceˆntricos, com ma´ximo central apre- sentando maior intensidade e diminuindo radialmente. Vemos, nesse caso, um padra˜o de difrac¸a˜o sem interfereˆncia, pois a luz se distribui a partir de uma u´nica abertura. • Dois orif´ıcios circulares Ma´ximos e mı´nimos circulares e conceˆntricos, ale´m da presenc¸a de ma´ximos e mı´nimos em cada c´ırculo de ma´ximo, em forma de listras; ma´ximo central apresentando intensidade ma´xima e diminuindo radialmente. Aqui vemos o padra˜o de difrac¸a˜o combinado com a interfereˆncia entre as duas novas fontes de luz que se formam a partir dos orif´ıcios. Dessa fora, a difrac¸a˜o resulta no padra˜o de c´ırculos conceˆntricos com ma´ximos e mı´nimos, e a interfereˆncia entre as ondas causa, ainda, a presenc¸a de ma´ximos e mı´nimos dentro do padra˜o c´ırcular criado pela difrac¸a˜o. • Fenda vertical dupla Ma´ximos e mı´nimos distribu´ıdos horizontalmente, com ma´ximo central apresentando intensidade ma´xima e diminuindo igualmente a` esquerda e a` direita. A difrac¸a˜o causada pelas fendas verticais distribui a luz horizontal- mente no anteparo, e a interfereˆncia entre a luz emergindo de duas fendas e´ responsa´vel pela presenc¸a de ma´ximos e mı´nimos na faixa horizontal. Em seguida sera´ analisada a reproduc¸a˜o do experimento de Young que fizemos e os resultados obtidos. 7 5.1 Ana´lise de Dados: Experimento de Fenda Dupla Os dados dispostos na Tabela 1 sa˜o suficientes para que possamos cal- cular a distaˆncia d entre as fendas utilizadas no experimento. A tabela a seguir apresenta o aˆngulo θ calculado para cada distaˆncia y, utilizando a Equac¸a˜o 4, e a distaˆncia d para os ma´ximos e mı´nimos conforme a Equac¸a˜o 2 e a Equac¸a˜o 3. O sen(θ) foi omitido da tabela pois, dentro da precisa˜o do nosso experimento os valores de sen(θ) sa˜o iguais aos de θ. Tabela 2: Dados calculados com incertezas propagadas para encontrar a distaˆncia d entre as fendas. Intensidade n y (±0, 05) (cm) θ (mrad) d (µm) Ma´xima 1 1,05 12,9 ± 0,3 49 ± 2 2 2,05 25,1 ± 0,3 50 ± 1 3 2,90 35,5 ± 0,3 53,4 ± 0,9 Mı´nima 0 0,50 6,1 ± 0,2 52 ± 5 1 1,55 19,0 ± 0,3 50 ± 2 2 2,45 30,0 ± 0,3 53 ± 1 d¯ (µm) 51,2 ± 0,7 Ao ajustarmos o slide com as fendas verticais, notou-se que os ma´ximos e mı´nimos tinham a distaˆncia entre si modificadas conforme a posic¸a˜o do slide. Se analisarmos a Equac¸a˜o 2, percebe-se que, para λ e n fixos, quanto maior for d, menor sera´ θ, ou seja, menor sera´ o espac¸amento entre os pontos de ma´ximos e mı´nimos; quando menor for d, maior sera´ essa distaˆncia. 5.2 Coereˆncia Observamos tambe´m neste experimento como se formam padro˜es de di- frac¸a˜o e interfereˆncia ao utilizarmos uma fonte de luz incoerente (projetor), ou seja, uma fonte de luz cuja diferenc¸a de fase entre as ondas emanadas e´ aleato´ria. Dois slides com furos diferentes podiam ser posicionados em frente ao projetor, e em seguida observa´vamos a luz atrave´s de uma placa contendo dois orif´ıcios muito pequenos. Um dos slides a serem postos a` frente do projetor continha uma orif´ıcio de tamanho da ordem do compri- mento de onda da luz e o outro slide continha um orif´ıcio consideravelmente maior que o anterior. Os efeitos observados para cada slide foram: • Slide com orif´ıcio circular pequeno Ao observarmos a luz que passa pelo pequeno orif´ıcio do projetor e em seguida pelos orif´ıcios da placa em frente aos nossos olhos, vemos um padra˜o de difrac¸a˜o com c´ırculos conceˆntricos de ma´ximos e mı´nimos e a presenc¸a de listras nos c´ırculos, especialmente no c´ırculo central, cuja intensidade da luz era maior. 8 Como foram obtidas as incertezasa de todas essas grandezas? Se os valores de d calculados têm uma incerteza propagada maior do que o desvio padrão da média, faz sentido usar o maior deles. • Slide com orif´ıcio circular grande Com o orif´ıcio grande em frente ao projetor, os padro˜es de difrac¸a˜o e interfereˆncia na˜o eram vis´ıveis, ou eram muito pouco intensos. A explicac¸a˜o para as nossas observac¸o˜es reside na coereˆncia da luz. A luz, ao sair do projetor e passar pela abertura do slide, sera´ coerente caso a abertura seja da ordem do comprimento de onda da luz, pois ao difratar estara´ reproduzindo o efeito equivalente a uma nova fonte de luz a partir daquela abertura cujas ondas emanam em fase. Assim, as ondas de luz, ao sairem coerentes do slide estara˜o em fase no instante em que alcanc¸am os dois orif´ıcios da placa, originando duas novas fontes de luz tambe´m coerentes cujas ondas interferem uma com a outra formando padro˜es bem definidos. Esse foi o artif´ıcio utilizado por Thomas Young para obter luz coerente tendo como fonte de luz o sol, como demonstra a figura abaixo. Figura 5: Luz coerente obtida atrave´s de uma fenda por Thomas Young em seu experimento. Ao observarmos a luz que passava pelo projetor atrave´s do slide com orif´ıcio pequeno e depois pela placa com dois orif´ıcios tambe´m pequenos, fizemos o equivalente a` representac¸a˜o da Figura 5, pore´m a fonte de luz incoerente era o projetor ao inve´s do sol e a sa´ıda final da luzera observada diretamente por no´s ao inve´s de incidir em um anteparo. No entanto, quando a abertura do slide era grande comparada com o comprimento de onda da luz, a abertura era suficiente para ocorrer a passa- gem de ondas incoerentes entre si, que, ao chegar na placa com dois orif´ıcios estavam fora de fase, impossibilitando a observac¸a˜o de padro˜es bem definidos de interfereˆncia. 9 No padrão de interferência. as franjas têm sempre a mesma intensidade. É a difração que faz com que a intensidade diminua para ângulos maiores. Como essa Estar fora de fase não é um problems, desde que essa diferença de fase seja constante. Ser incoerente significa que a diferença de fase entre elas não é constante. 6 Conclusa˜o Nota-se, neste experimento, que padro˜es de interfereˆncia so´ aparecem claramente quando as frentes de onda que encontram as fendas sa˜o coerentes, e ao garantirmos essa condic¸a˜o, podemos aplicar as equac¸o˜es aqui apresen- tadas para relacionar geometricamente os elementos envolvidos. Percebe-se, tambe´m, que o distaˆnciamento de um ma´ximo para outro, ou um mı´nimo para outro, sa˜o praticamente iguais ate´ as ordens medidas, e isso se deve ao pequeˆno aˆngulo de abertura θ; esse distaˆnciamento cresce quando a distaˆncia entre as fendas e´ reduzida e diminui quando a distaˆncia entre as fendas e´ aumentada, de acordo com as expresso˜es obtidas no referencial teo´rico. O comportamento ondulato´rio da luz foi definitivamente observado atrave´s do experimento de Young e confirmou-se poss´ıvel descrever os efeitos de inter- fereˆncia utilizando a teoria ondulato´ria, mas para realizar o experimento e´ necessa´rio que as fendas tenham dimenso˜es da ordem do comprimento de onda incidente e a distaˆncia entre elas seja muito menor que a distaˆncia ate´ o anteparo onde se deseja observar os padro˜es. A distaˆncia entre as fendas calculada no experimento foi: 51, 2 ± 0, 7µm. Nossas principais fontes de erro estiveram na medida das distaˆncias entre ma´ximos e mı´nimos, pois ob- servamos ma´ximos se tornando gradualmente mı´nimos, dificultando, assim, o registro do ponto exato onde ambos ocorrem, ale´m de poss´ıveis falhas nas fendas que sa˜o muito pequenas e podem possuir defeitos estruturais. 10 Introdução. 1,7/2,0 1a. 2,0/2,0 1b/1c/1d. 2,0/2,0 2. 1,7/2,0 Conclusão. 1,9/2,0 Total. 9,3/10 Refereˆncias [1] WIKIPEDIA. Experieˆncia da dupla fenda. Dispon´ıvel em: <https: //pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_da_dupla_fenda> Acesso em: 09 de out. 2015. [2] M. ANDRADE, B. MONTEIRO, O Efeito Fotoele´trico. Dispon´ıvel em: <http://www.fisica.ufpb.br/~romero/objetosaprendizagem/ Rived/20EfeitoFotoeletrico/Site/index.htm> Acesso em: 09 de out. 2015 [3] UFRGS. Experimento da dupla fenda de Young. Dispon´ıvel em: <http: //www.if.ufrgs.br/historia/young.html> Acesso em: 10 de out. 2015. [4] STANFORD UNIVERSITY. The Photoreceptor Mosaic - Visual Interferometry. Dispon´ıvel em: <https://foundationsofvision. stanford.edu/chapter-3-the-photoreceptor-mosaic/> Acessado em: 10 de out. 2015. [5] H. M. NUSSENZVEIG, Curso de F´ısica ba´sica - vol. 4 - O´tica Re- latividade F´ısica Quaˆntica, (editora Edgard Blu¨cher, 1a edic¸a˜o, 1997. p. 149). [6] D. HALLYDAY, R. RESNICK & J. WALKER, Fundamentos de F´ısica vol.4 - O´ptica e F´ısica Moderna, (editora LTC, 8a edic¸a˜o, 2010). 11 Introdução e Referencial Teórico Materiais Utilizados Procedimento de Coleta de Dados Dados Experimentais Observações Qualitativas e Análise dos Dados Análise de Dados: Experimento de Fenda Dupla Coerência Conclusão
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