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Tributario+II+-+Aula+2+-+Dia+22.01.14

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AULA DE TRIBUTÁRIO - DIA 22.01.14
Momento da intimação
Só existem duas regras para considerar o início do prazo da intimação do lançamento tributário:
- Pessoal: O fiscal entrega pessoalmente o auto de infração, que é assinado pelo contribuinte. Exemplo: João, ciente, em 22.01.14. O prazo começa a correr no primeiro dia útil seguinte (23.02.14) e ele tem prazo de 30 dias para apresentar a impugnação. Se na intimação pessoal intimar, acontece aquela situação em que o contribuinte se recusa a assinar, é a mesma coisa. Conta-se o prazo de 30 dias, a partir do dia seguinte (23.02.14).
- Eletrônico/Postal/Editalício: 
Primeira regra: Correios entrega a notificação, na qual consta o objeto (Auto de Infração n. X) e o contribuinte dá o ciente em 22.01.14. Prazo começa a contar no dia seguinte.
Segunda regra: Contribuinte recebe a notificação do carteiro, assina, mas não coloca a data no AR. 
Como conta esse prazo? Regra do Dec. 70.235: Contam-se 15 dias da data de expedição do AR. Findo esses 15 dias, começa a contar o prazo de 30 dias para impugnar.
Pergunta: E se o contribuinte receber a notificação muito depois dos 15 dias de expedição do AR, não anotando o dia em que recebeu? Por exemplo, ele recebeu 30 dias após a expedição, mas não colocou a data da ciência... Como ele vai fazer prova de que recebeu depois dos 15 dias?
Ananias: Nesse caso, o ônus é do contribuinte. Cada um com seu ônus, em razão da sua conduta.
Como o AR não é necessariamente recepcionado pelo contribuinte, é bom que síndicos e condomínios em geral orientem seus funcionários a sempre registrar a data da correspondência recebida. (Recentemente, tive uma situação em que a data de ciência do auto de infração era anterior à lavratura do auto. Na impugnação, aleguei que era impossível o contribuinte receber o auto antes dele ser formulado...)
Então, se for omitida a data do recebimento, contam-se 15 dias para iniciar o prazo para impugnar. 
Outro detalhe: Vamos imaginar que essa expedição tenha ocorrido em 17.01.14, uma sexta-feira. Aí o início da contagem de prazo não vai se dar no primeiro dia útil não. Esses 15 dias vão correr a partir do dia 18.01.14 (sábado). Isso porque, esse não é o prazo para exercício da defesa. É somente um prazo oferecido ao contribuinte como forma de evitar violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório.
Agora, algo interessante: alguns doutrinadores dizem que se o prazo de 15 dias terminar em dia não útil, os 30 dias (para fins de impugnação) começam a contar imediatamente . Exemplo: Vamos imaginar que a contagem dos 15 dias termina no sábado. Alguns doutrinadores dizem que, neste caso, começaria a contar já no domingo o prazo de 30 dias para impugnação.
O professor Ananias não concorda com essa teoria, porque agora já estamos falando do início da contagem prazo de defesa. Nesse caso, deve-se seguir a regra do Dec. 70.235/72: Se o término dos 15 dias acontece em dia não útil, considera-se a intimação no primeiro dia útil e a contagem do prazo de defesa no dia útil subsequente. 
Voltando ao exemplo: Se o prazo de 15 dias contados da expedição termina no sábado, considera-se o contribuinte notificado na segunda-feira e o prazo para impugnação começa a contar na terça-feira.
Para início da contagem do prazo de 15 dias, o professor se filia à tese de que ele começa a contar imediatamente no dia seguinte, seja dia útil ou não. Porém, para o término do prazo, ele já não se filia a essa tese, pois nesse caso inicia o prazo para defesa, devendo ser observadas as regras do Decreto 70.235/76.
Atenção! Professor não soube afirmar qual a tese adotada pela Receita Federal. Ficou de pesquisar decisões do CARF. 
	ESQUEMA DE CONTAGEM DOS PRAZOS
 (TESE DO PROFESSOR E DE OUTROS DOUTRINADORES)
	17.01
	18.01
	Prazo
	01.02
	02.02
	03.02
	04.02
	Sexta
	Sábado
	
	Sábado
	Domingo
	Segunda
	Terça
	Expedição do AR
(Não é datado)
	COMEÇA
Prazo de 15 dias
	15 DIAS
	TERMINA
Prazo de
15 dias
	Começa prazo de defesa
(Tese outros doutrinadores)
	INTIMAÇÃO
Tese Ananias*
	COMEÇA PRAZO DE DEFESA
Tese Ananias
*Não pode se considerar a intimação em dia não útil. A legislação (Dec. 70.235/76) não admite a prática de atos em dias não úteis. Logo, embora seja realizado em dia não útil, a intimação será somente considerada no primeiro dia útil seguinte.
- Essa mesma regra se aplica para a intimação eletrônica e editalícia.
Como se dá a intimação para os Procuradores da Fazenda Nacional?
Fundamento: Dec. 70.235/76. Art. 23, parágrafo 7o. 
§ 7o  Os procuradores da Fazenda Nacional serão intimados pessoalmente das decisões do Conselho de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais, do Ministério da Fazenda na sessão das respectivas câmaras subsequente à formalização do acórdão. 
A intimação do PFN se dá de forma pessoal, na seção do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que analisa determinados recursos que hoje se assemelham ao REsp para o STJ). Além do CARF, tem a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) que serão trabalhados mais adiante...
A intimação do PFN só se aplica para a segunda instância. (Da decisão de primeira instância, somente o contribuinte é intimado).
Primeiro, o tributo é lançado contra o contribuinte. Neste momento, ninguém manda intimar a Procuradoria, pois ela não participa dessa relação, que é somente é entre União e contribuinte. A União é representada por um agente da RFB: o auditor, que faz o trabalho ao lavrar o auto de infração ou ao emitir notificação de lançamento. 
O contribuinte pode exercer seu direito de resistência ao formular a impugnação administrativa. Então, ele tem o direito de ter sua impugnação julgada. Ele tem também o direito de saber previamente a estrutura do julgamento. 
No âmbito federal, quem profere essa decisão de primeira instância é a Delegacia da Receita Federal de Julgamento. Essas delegacias foram criadas para analisar processos de primeira instância. Se esse órgão profere decisão que é contrária ao contribuinte, logo o contribuinte deve ser intimado, já a Fazenda não precisa. A partir da intimação, o contribuinte tem 30 dias para formular o recurso voluntário que vai ser julgado pelo CARF, em Brasília. E da decisão de segunda instância, do CARF, é que o Procurador da Fazenda Nacional será intimado.
Essa regra o parágrafo 7o do art. 23 do Dec. 70.235/76 só se dá em segunda instância. Não ha intimação de PFN antes disso. 
O processo nessa instância já é de competência da Fazenda? Não. Porque a PFN funciona como representante fiscal junto ao órgão julgador. Fazendo uma comparação, guardadas as devidas proporções, é como um julgamento no Tribunal de Justiça, que tem o Procurador de Justiça, só que o Procurador de Justiça defende os interesses da sociedade. E o PFN defende os interesses da Fazenda Nacional.
O advogado do contribuinte não tem assento no plenário do CARF. Já o PFN que faz a defesa da Fazenda, goza do direito de sentar no plenário com os julgadores.
No Regimento Interno do Conselho de Recursos Fiscais do Amazonas, tem mais ou menos a estrutura do órgão federal. No âmbito municipal também. É um órgão paritário, ou seja, tem representantes da sociedade (do contribuinte) e da Fazenda. 
Só que no julgamento do CARF, tem assento o representante fiscal (o procurador). No Regimento Interno do município de Manaus, não tem essa regra porque o texto é bem antigo, mas também acontece na prática.
No RI do Amazonas, consta que o Procurador participa do debate. O relator lê o relatório, em seguida, abre para debates. O procurador representante do Fisco, com assento no plenário, tem direito a participar do debate. Já o advogado do contribuinte não participa do debate, somente o presidente autorizar! O professor questiona e acha um absurdo. Ele não se recordou se tem uma regra semelhante no âmbito federal. Mas ressaltou que essa situação é diferente da sustentação oral.
No município e no estado, funcionaassim: Tem o voto do relator, o PFN se manifesta, depois o advogado se manifesta (ambos em 15 minutos de sustentação oral) e, então, começa o debate. E nesse debate, o PFN participa e os advogado não! Há um desequilíbrio no direito de defesa.
§ 8o Se os Procuradores da Fazenda Nacional não tiverem sido intimados pessoalmente em até 40 (quarenta) dias contados da formalização do acórdão do Conselho de Contribuinte ou da Câmara Superior de Recursos Fiscais, do Ministério da Fazenda, os respectivos autos serão remetidos e entregues, mediante protocolo, à Procuradoria da Fazenda Nacional, para fins de intimação.
Formalizou o acórdão, intima pessoalmente o PFN. Se passados 40 dias do acórdão, o Procurador não tiver sido intimado, a secretaria do CARF (da Câmara) entrega os autos mediante protocolo na Procuradoria da Fazenda Nacional. Então o prazo de 30 dias começa a contar após a entrega dos autos. Os PFN que atuam junto ao CARF estão lotados em Brasília. Então, o processo com a decisão do CARF são remetidos para lá.
 
Estrutura da Procuradoria da Fazenda Nacional
- Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (Brasília);
- Procuradorias regionais (tem em algumas capitais do Brasil e abrangem regiões fiscais). O Amazonas está na primeira região fiscal. Sede em Brasília;
- Procuradorias estaduais; 
- Procuradorias seccionais. Em algumas estaduais, tem procuradorias seccionais (Ex: Maranhão, São Paulo).
Então, em 30 dias o PFN é intimado. Alguns criticam que isso viola o princípio da isonomia. A justificativa é a mesma do prazo em dobro para recorrer e quádruplo para contestar. (30 dias contados do protocolo).
JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
Órgão responsável: DRFBJ (Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento)
Quantidade atual: 18 (dezoito)
Antigamente, os julgamentos de primeira instância eram feitos pela sessões de tributação das DRF de cada estado. Cada estado tinha sua seção de tributação. O chefe de tributação era responsável pelo julgamento das impugnações. Ele que era o julgador de primeira instância. Daquela decisão, o contribuinte podia entrar com o recurso voluntário e seguia para o antigo Conselho de Contribuinte
Decidiu-se especializar, criando-se um órgão especifico para os julgamentos, que foram justamente as Delegacias de Julgamento (DRFBJ).
Não há Delegacia de Julgamento em Manaus. Então, os feitos de Manaus são julgados pelas DRJs de Belém, Fortaleza e Brasília.
COMPETÊNCIAS (enviadas por e-mail pelo professor Ananias)
* Compete a DRFJ de Belém o julgamento das impugnações formuladas no Estado do Amazonas relativas aos tributos e contribuições administrados pela SRF, exceto: 
I - Imposto sobre Produtos Industrializados Vinculado a Importação - IPI-V, Imposto de Importação - II, Imposto de Exportação - IE e demais impostos ou contribuições exigidos quando do despacho aduaneiro de mercadorias na importação ou na exportação; 
II – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
* Compete a DRFJ de Fortaleza o julgamento das impugnações formuladas no Estado do Amazonas relativas ao: 
I - Imposto sobre Produtos Industrializados Vinculado a Importação - IPI-V, Imposto de Importação - II, Imposto de Exportação - IE e demais impostos ou contribuições exigidos quando do despacho aduaneiro de mercadorias na importação ou na exportação.
* Compete a DRFJ de Brasília o julgamento das impugnações formuladas no Estado do Amazonas relativas ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
Quando há um auto de infração lavrado, para formular a impugnação, o contribuinte se dirige ao delegado da Receita Federal da sua cidade. Aqui, no caso, Manaus. Esses órgãos são responsáveis por recepcionar a impugnação e, posteriormente, enviam o processo com a impugnação do contribuinte, dependendo da matéria, para as Delegacias de Julgamento de Belém, Fortaleza ou Brasília.
Essas delegacias de julgamento são responsáveis pela análise de grupos de tributos. 
A DRJ da Fortaleza analisa questões relacionadas a tributos gerados em Fortaleza, além de algumas matérias da nossa região. Já a DRJ de Belém julga matérias mais usuais do nosso estado.
A legislação distribuiu competência entre as DRJs. Nosso caso, é bipartida (DRJ de Belém e Fortaleza). 
* Colegas, eu acho que ele se confundiu, pois nessa aula toda ele somente menciona as delegacias de Belém e Fortaleza, mas lembro que em aulas posteriores e até mesmo no email, ele fala da delegacia de Brasília (que julga processos sobre ITR)
A partir da Medida Provisória 2.113-30 de 26 de abril de 2001 que, posteriormente, se transformou na Medida Provisória 2.158-35 de 24 de agosto de 2001, no artigo 64 (em ambas), o julgamento de primeira instância deixou de ser de uma autoridade monocrática para ser de um órgão colegiado.
(*observação: -30 e -35 indica o número de reedições das MP)
Lembrando o que já havia sido dito, o julgamento do processo administrativo fiscal singular era realizado pelo chefe da seção de tributação da delegacia de cada estado. 
Fazem parte da sessão de julgamento colegiado, cinco julgadores. 
Dependendo do tamanho de cada DRJ, pode ser dividida em Turmas.
Todos os cinco julgadores são Auditores da Receita Federal de Carreira. Não há possibilidade de nomear quem não seja Auditor. É admissível serem nomeados Auditores aposentados. Mas esses só poderão ser Presidentes de Turma (conduzem as sessões e têm direito a voto). 
Os Auditores ficam no cargo de julgadores, pelo período de 2 anos, com direito a uma recondução. 
Não existe, nesse julgamento, a participação do contribuinte: não há sustentação oral, não há apresentação de memoriais. O contribuinte só tem conhecimento do julgamento quando é emitida a decisão. 
Nessa fase do processo, o contribuinte não tem direito, por meio do seu advogado, mesmo querendo, de sustentar oralmente seus argumentos. A sustentação oral é importante, pois serve para fixar alguns pontos que entende importante nos argumentos formulados na impugnação. O processo simplesmente é distribuído ao relator, que faz o voto, discutido na sessão e acabou-se.
CRÍTICA: Violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório. 
INCONSTITUCIONALIDADE (Art. 26-A, Decreto 70.235/76)
O professor Ananias adiantou que tem entendimento diverso da lei, da jurisprudência e da doutrina majoritária. Ele pensa que, pelo princípio da ampla defesa (princípio da ampla da competência decisória - espécie do gênero), o contribuinte tem direito de arguir tudo aquilo que o direito lhe permite para fazer valer os argumentos que produz na defesa de seus direitos. Logo, tem ele direito de arguir inclusive matéria constitucional. 
De forma diversa, jurisprudências administrativas e judiciais negam aos órgãos administrativos a possibilidade de apreciarem questões de (in)constitucionalidade. Toda vez que contribuinte lança mão de defesa de eventual inconstitucionalidade na sua argumentação, esta não será analisada no julgamento de processo administrativo fiscal. O fundamento encontra-se no artigo 26-A do Decreto 70.235/76, que estabelece exceções.
Art. 26-A.  No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ § 1o  ao 5o  (Revogados). 
§ 6o  O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: 
I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal;  
II – que fundamente crédito tributário objeto de:  
a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002; 
b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993; ou 
c) pareceres do Advogado-Geral da Uniãoaprovados pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.  
Se o órgão julgador administrativo acolhe uma inconstitucionalidade produzida pelo contribuinte e dá fim ao processo, extingue o processo, o Fisco não tema possibilidade de discutir isso judicialmente, porque só quem pode ir a juízo discutir uma decisão contrária a seus interesses nos órgãos julgadores administrativo é o contribuinte.
Tinha um parecer da Fazenda Nacional corroborado pelo Procurador Geral da Fazenda que entendia que a Fazenda podia ir a juízo discutir uma decisão proferida pelo antigo Conselho de Contribuinte. Ou seja, bonito isso né? O PFN entrou com recurso alegando seria discutida uma decisão contrária à União que foi produzida por órgão da União (CC - Conselho de Contribuinte). Quem vai defender isso? Segundo a CF e legislação infraconstitucional, quem defende é a Procuradoria da Fazenda Nacional. (Fez analogia dessa ideia da União figurar nos dois papeis às personagens de Mulheres de Areia (Rita e Ruth) - transtorno bipolar - para um hora dizer uma coisa e outra hora, dizer outra).
EXCEÇÕES (parágrafo 6o do artigo 26-A do Decreto 70.235/76):
- Se já tem posição sedimentada no STF quanto à (in)constitucionalidade, o órgão julgador administrativo pode apreciar essa matéria porque o STF já se pronunciou;
- Quando o fundamento do crédito tributário for objeto de:
a) dispensa legal da CF ou de Ato Declaratório do PGFN, conforme arts. 18 e 19 da Lei 10.522/02. 
Esses artigos foram modificados há um tempo. Antes da sua nova redação, o STF reclamava muito do elevado número de ações para ser apreciado pelo Supremo. Depois disso, surgiu obrigatoriedade de repercussão geral, criação de sumulas vinculantes e por aí vai... Então, reclama-se do número exagerado de ações para o STF julgar. Com levantamento, concluiu-se que o maior responsável era a União, principalmente, a Previdência (não pagamento de aposentados), em seguida, as questões tributárias.
É sabido que o Procurador da Fazenda Nacional não pode confessar, transigir, desistir nem acordar, salvo com autorização expressa do Procurador Geral. Significa dizer que o PFN irá até o fim recorrendo. 
Na época, logo depois dessa manifestação pública do STF, o Presidente editou essa lei (Lei 10.522), que relacionou uma série de matérias que já haviam sido consolidadas no âmbito do STF. 
Inicialmente, esses dois artigos da Lei 10.522/02 diziam que:
Art. 18. Se existisse, no âmbito interno da Fazenda dívidas já consolidadas referentes a esses tributos, não eram para escrever em dívida ativa;
Art. 19. O Procurador da Fazenda não era obrigado a recorrer. Hoje, com a alteração, esse dispositivo diz que o PFN não é obrigado a contestar nem recorrer em ações, cuja matéria o STF já tenha julgado de forma definitiva.
b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993;
A LC 73/93 é a Lei Complementar da Advocacia Pública da União. 
O art. 43 determina que o AGU pode editar súmulas, que são vinculantes aos órgãos previstos no art. 2o e 17 da LC 73/93. 
Art. 2o: Órgãos da estrutura da AGU (Procuradoria Geral da União, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Corregedoria Geral da União, Conselho Superior da Advocacia da União, Procuradorias regionais e seccionais da União e da Fazenda Nacional, assessorias jurídicas dos Ministérios, das secretarias da previdência e dos ministérios militares). O PFN é um advogado da União. (Gerava inclusive dúvidas, na época que o professor foi PFN, se eles eram vinculados ao Ministério da Fazenda ou à Advocacia da União. Era uma coisa meio híbrida).
PFN x AGU - A diferença está na competência/atribuição em razão da matéria 
-Procuradores da Fazenda realizam somente atividades ligadas a área tributaria: inscrevem em dívida ativa, fazem cobrança executiva da dívida ativa tributária e dívida não tributaria da União, fazem defesa da União em matéria tributaria. 
-Já matéria trabalhista ou relacionada a contratos e propriedade são afeitas à AGU e suas subdivisões.
Art. 17: Fala das Assessorias Jurídicas das Autarquias e Fundações Públicas. 
Ou seja, as súmulas editadas pela AGU devem ser respeitadas pelos órgãos que compõem a estrutura da AGU e as Assessorias Jurídicas das Autarquias e Fundações Públicas. 
Art. 43: Quando o AGU publicar uma súmula, ela tem que ser editada por 3 dias subsequentes. E a cada ano, é publicada uma consolidação das súmulas editadas ao longo do ano.
Art. 43. A Súmula da Advocacia-Geral da União tem caráter obrigatório quanto a todos os órgãos jurídicos enumerados nos arts. 2º e 17 desta lei complementar.
§ 1º O enunciado da Súmula editado pelo Advogado-Geral da União há de ser publicado no Diário Oficial da União, por três dias consecutivos.
§ 2º No início de cada ano, os enunciados existentes devem ser consolidados e publicados no Diário Oficial da União.
Art. 2º - A Advocacia-Geral da União compreende:
I - órgãos de direção superior:
a) o Advogado-Geral da União;
b) a Procuradoria-Geral da União e a da Fazenda Nacional;
c) Consultoria-Geral da União;
d) o Conselho Superior da Advocacia-Geral da União; e
e) a Corregedoria-Geral da Advocacia da União;
II - órgãos de execução:
a) as Procuradorias Regionais da União e as da Fazenda Nacional e as Procuradorias da União e as da Fazenda Nacional nos Estados e no Distrito Federal e as Procuradorias Seccionais destas; 
b) a Consultoria da União, as Consultorias Jurídicas dos Ministérios, da Secretaria-Geral e das demais Secretarias da Presidência da República e do Estado-Maior das Forças Armadas;
III - órgão de assistência direta e imediata ao Advogado-Geral da União: o Gabinete do Advogado-Geral da União;
Art. 17 - Aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas compete:
I - a sua representação judicial e extrajudicial;
II - as respectivas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos;
III - a apuração da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.
c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993. 
Quando AGU emite um parecer que é ratificado pelo Presidente da República. Esse parecer torna-se obrigatório a todos mediante, evidentemente, à publicação. Para vincular o parecer, ele deve ser publicado! 
Se é feito um parecer pelo Advogado Geral da União, o presidente aprova, mas não é publicado, ele não se torna vinculando. Neste caso, quando não é publicado, só tem obrigatoriedade de aplicação no âmbito da repartição a que se refere. 
Exemplo: Parecer que envolve o Ministério da Previdência, mas não é publicado. Então não será para as Secretarias, os demais Ministérios, as Autarquias... Mas será de obrigatoriedade dentro daquea unidade a que está se referindo parecer. Porque, embora não publicado, é dado conhecimento sobre ele ao Ministro e assessores daquele Ministério.
Art. 40. Os pareceres do Advogado-Geral da União são por este submetidos à aprovação do Presidente da República.
§ 1º O parecer aprovado e publicado juntamente com o despacho presidencial vincula a Administração Federal, cujos órgãos e entidades ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento.
§ 2º O parecer aprovado, mas não publicado, obriga apenas as repartições interessadas, a partir do momento em que dele tenham ciência.

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