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RESUMO de trabalhista B2

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RESUMO 
DE
DIREITO DO TRABALHO
SENTENÇA
 
1. Noção
 
·         A mesma lógica do processo civil.
·         É o ato processual onde o juiz resolve a lide, e não mas que extingue o processo, modificação dada pelo advento do cumprimento de sentença.
·         É o ato processual onde o juiz extingue o processo sem resolução do mérito ou encera uma fase do processo do conhecimento com resolução do mérito, para devido cumprimento da sentença.
·         A sentença deve ser clara, precisa e concisa.
·         O autor apresenta sua tese; o réu, a antítese; e o juiz formula síntese na sentença.
·         Deve resolver todos os incidentes não resolvidos no curso do processo.
·         Deve-se manifestar sobre todos os pontos relevantes da causa argüidos pelas partes.
·         A súmula 136 do TST afirma que não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz.
·         Natureza Jurídica: Montesquieu afirma que o juiz é a boca que pronuncia as palavras da lei. Nesse diapasão, a natureza jurídica da sentença é a afirmação da vontade da lei, declarada pelo juiz, como órgão do Estado, aplicada a um caso concreto a ele submetido.
 
2. Classificação das Sentenças
 
a)      Definitivas: são as sentenças que definem ou resolvem o conflito. Posiciona-se em relação ao mérito.
b)      Terminativas: são as decisões em que se extingue o processo sem a analisar o mérito da questão. São as hipóteses do art. 267 do CPC.
c)       Interlocutórias: são as sentenças que decidem questões incidentes no processo.
3. Efeitos da Sentença
 
a)      Declaratórias: são as sentenças que vão declarar a existência ou inexistência da relação jurídica (art. 4º, I, do CPC); ou a autenticidade ou falsidade de documento (art. 4º, II, do CPC).
Ex: a sentença que reconhece a existência de vínculo de emprego ou a estabilidade.
 
b)      Constitutivas: são as sentenças que criam, modificam ou extinguem certa relação jurídica.
Ex: Dissídio coletivo de natureza econômica.
 
c)       Condenatórias: são sentenças que envolvem obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, dando ensejo à execução.
Ex: a sentença que manda o empregador pagar as verbas rescisórias, horas extras ou recolher o FGTS.
 
Todas as sentenças têm um cunho declaratório, antes de serem constitutivas ou condenatórias. Exemplo: a sentença que declara a existência da relação de emprego, mandando pagar as verbas rescisórias, é uma decisão declaratória, num primeiro plano, e condenatória, num segundo momento.
 
Certas sentenças constitutivas também têm cunho condenatório.
Exemplo: a sentença que reconhece a equiparação salarial, criando uma nova situação de direito. Ao mandar pagar as diferenças salariais da equiparação, essa sentença constitutiva é também condenatória.
 
A sentença declaratória retroage à data dos fatos (ex tunc), como ocorre no que diz respeito ao reconhecimento da existência da relação de emprego.
Já a sentença constitutiva vale para o futuro (ex nunc). Exemplo: o dissídio coletivo de natureza econômica, em que são fixadas cláusulas novas, ou novas condições de trabalho.
 
4. Estrutura da Sentença
 
·         A sentença pode ser dividida em três partes: relatório, fundamentos e dispositivo.
 
a)      Relatório: o juiz deverá indicar as principais ocorrências existentes no processo:
Nome das partes;
ü       Resumo do pedido e da defesa;
ü       Resumo das principais ocorrências existentes no processo, como a determinação da perícia; o laudo do perito, etc.
 
b)      Fundamentação: o juiz deverá apreciar as provas existentes nos autos, desenvolvendo seu raciocínio lógico, fundamentando porque decidiu desta ou daquela forma, indicando as normas jurídicas aplicáveis ao caso examinado.
ü       A sentença que não tiver fundamentação será considera nula, uma vez que a mesma é um ato motivado do juiz.
 
c)       Dispositivo: o juiz acolherá ou rejeitará o pedido do autor, no todo ou em parte. Consistirá o dispositivo num resumo, numa síntese do decidido, vindo ao final da sentença.
 
·         Da sentença não poderá faltar nenhum dos requisitos: relatório, fundamentação ou dispositivo, caso isso ocorra, haverá nulidade.
·         No procedimento sumaríssimo, não haverá necessidade de o relatório constar da sentença.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)
 
5. Vícios da Sentença
 
a) Na Formulação do Juízo (Vício Formal): são atacados através de embargos de declaração.
Ø       Contradição;
Ø       Omissão;
Ø       Obscuridade (confusa)
 
b) Na Apreciação: refere-se sobre a qualidade, do conteúdo da sentença.
Ø       Infra: quando o juiz aprecia menos que se pediu. Não aprecia a lide em sua totalidade.
Ø       Ultra: dá mais o que se pedindo (excesso).
§         Esses dois tipos de vícios na sentença são resolvidos pela 2ª instância.
 
Ø       Extra: concede uma decisão totalmente diversa do foi pedida.
§         Resolvido pelo o próprio juiz, mediante decisão do Órgão Superior.
 
6. Efeitos
 
·         Dependendo do conteúdo da sentença, seus efeitos se refletirão nos mecanismos recursais.
·         Quando trânsito e julgado, formar-se-à a coisa julgada, não mais passível de recursos.
 
A DECISÃO E SUA EFICÁCIA NA CLT
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
        Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
        § 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
        § 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
        § 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
        § 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições que lhe forem devidas. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
Art. 833 - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho.
Art. 834 - Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas.
Art. 835 - O cumprimento do acordo ou da decisão far-se-á no prazo e condições estabelecidas.
 Art. 836 - É vedado aos órgãos de Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida, na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, dispensado o depósito referido nos artigos 488, inciso II, e 494 daquele diploma legal.  (Redação dada pela Lei nº 7.351, de 27.8.1985) 
 
COISA JULGADA
 
1. Noção
 
·         Todo processo deve tem começo, meio e fim.
·         Objetivo: a estabilidade dos julgamentos (da tutela jurisdicional acabada).
·         É eficácia especial da sentença que a torna imutável e indiscutível (doutrina tradicional).
·         É a sentença que não mais cabe recurso
 
2.Classificação:
 
a)      Coisa Julgada Formal: quando a sentença não mais pode ser modificada em razão da preclusão dos prazos para recursos, seja porque da sentença não caibam mais recursos ou porque estes não foram interpostos nos prazos apropriados, ou na existência da renúncia ou desistência do recurso.
 
b)      Coisa Julgada Material: o art. 467 do CPC denomina de coisa julgada material a eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita de recurso ordinário ou extraordinário.
 
3. Efeitos (Limites)
 
·         Subjetivos: a sentença faz a coisa julgada entre as partes do processo, não beneficiando, nem prejudicando, terceiros (art. 472, do CPC).
·         Objetivos: tornam imutáveis e indiscutíveis as questões debatidas no processo (a lide).
·         Anexos: as conseqüências juridicamente válidas da coisa julgada, estabelecidas pela própria lei.
§         Ex: hipoteca judicial.
 
4. Não fazem coisa julgada:
ü       Os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
ü       A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
ü       A apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.
A COISA JULGADA NO CPC
Art. 467.  Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Art. 468.  A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas.
Art. 469.  Não fazem coisa julgada:
        I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
        Il - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
        III - a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.
Art. 470.  Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.
Art. 471.  Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
        I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
        II - nos demais casos prescritos em lei.
Art. 472.  A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.
Art. 473.  É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo respeito se operou a preclusão.
Art. 474.  Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido.
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        I – proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 1o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 2o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 3o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
 
RECURSOS
 
1. Noção
 
·         O recurso é o meio processual estabelecido para provocar o reexame de determinada decisão, visando à obtenção de sua reforma ou modificação.
·         A natureza jurídica do recurso é um direito subjetivo processual que nasce no transcurso do processo quando proferida uma decisão.
 
2. FUNDAMENTOS
            a) Jurídicos
A possibilidade de erro, ignorância ou má-fé do juiz ao julgar. 
A oportunidade do reexame da sentença por juízes a mais experientes ou de reconhecimento merecimento. 
A uniformização da interpretação da legislação. 
 
            a) Psicológicos:
A tendência humana de não se conformar com apenas uma decisão. É o que se costuma dizer: vencido, mas não convencido. 
A possibilidade da reforma da decisão de um julgamento injusto.
 
3. Princípios Informadores
 
a)       Uni-recorribilidade: só é possível a interposição de um recurso de cada vez. Não há simultaneidade da interposição de recursos, mas a sucessividade.
b)       Fungibilidade: quando ocorre o aproveitamento do recurso erroneamente nominado, como se fosse o que deveria ser interposto. Requisitos: (a) dúvida; (b) inexistência de erro grosseiro; (c) deve ser apresentado no prazo para o recurso que seria cabível.
c)       Temporalidade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo previsto em lei, sob pena de ser deserto.
d)       Tipicidade: apenas aqueles previstos em texto legal.
e)       Instrumentalidade 
f)         Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias: Não cabe recurso para qualquer decisão interlocutória. É um principio próprio do processo do trabalho.
§         Exceção: Súmula 214 do TST:
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a)       de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b)       suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c)       que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.  
 
g) Vedação da Reformatio in Pejus
 
4. Efeitos
 
a) Devolutivo: quando reabre o debate para instância superior.
 
 Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 
 
b) Suspensivo: quando obsta o andamento do processo.
            - Em regra, no processo de trabalho, não há efeito suspensivo nos recursos.
            - Exceção: se interpuser outros expedientes.
Súmula 414, I, do TST: A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso.
 
c) Translativo: questões de ordem pública, que não foi apreciada em instância inicial, mesmo que não argüida no recurso interposto pelo recorrente, podendo ser apreciada.
Ä      A instância superior, verificando matéria de ordem pública, pode reformar a decisão em prejuízo a recorrente (exceção ao princípio da proibição da reformacio in pejus).
 
5.       Pressupostos Recursais
 
I - Objetivos:
 
a)      Previsão legal: as partes somente podem utilizar-se os recursos previstos em lei.
- No processo do trabalho são os previstos no art. 893 da CLT: ordinário, de revista, embargos, agravo de instrumento e de petição.
 
b)      Adequação ou cabimento: o ato a ser impugnado deveensejar o apelo escolhido pelo recorrente.
 
c)       Tempestividade: os recursos dever ser interpostos no prazo previsto em lei. Nos casos dos trabalhista o prazo é de 8 (oito) dias.
 
d)      Preparo: é composto pelas custas e/ou depósito.
- As custas serão pagas pelo vencido.
- A parte deverá fazer o pagamento das custas mediante DARF.
- Para a empresa recorre é preciso que seja garantido o juízo com o deposito recursal.
- O depósito recursal é feito na conta vinculada do FGTS do empregado. Inexistindo conta vinculada, a empresa deverá abrir conta em nome do empregado para esse fim, ou fazer depósito em conta à disposição do juízo que renda juros e correção monetária.
Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 1998)
        § 1o    São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. (Parágra único renumerado pela Lei nº 9.756, de 1998)
        § 2o   A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998)
 
e)      Representação: no processo do trabalho não há necessidade da parte estar assinada por advogado (art. 791 e 839 da CLT). Podem as partes exercer o ius postulandi.
- No entanto, se a parte irá apresentar recurso por advogado, deve estar ter procuração para esse fim, sob pena de não-conhecimento do recurso.
 
II - Subjetivos
 
a)      Legitimidade: somente aquele que teve sentença que lhe foi desfavorável, no todo ou em parte, poderá recorrer. O art. 499 do CPC dispõe que poderão o terceiro interessado, a parte, e a Procuradoria do Trabalho.
- Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho (art. 898 da CLT). 
- O Ministério Público do Trabalho pode recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tantos nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei.
 
b)      Capacidade: é necessário que as partes tenham capacidade para estar em juízo. Não havendo capacidade da pessoa num certo momento, ela também não poderá recorrer.
 
c)       Interesse: na interposição do recurso, a parte tem demonstrar interesse.
- O terceiro também tem que mostrar interesse para recorrer.
 
RECURSOS EM ESPÉCIES
 
RECURSO ORDINÁRIO
·         O recurso ordinário tem semelhanças com a apelação no processo civil.
 
1. Hipóteses
 
·         Hipóteses de Cabimento (art. 985 da CLT)
 
a)       Das decisões definitivas do juiz do trabalho e do juiz de Direito no prazo de 8 (oito) dias;
b)       Das decisões dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo 8 (oito).
 
·         Também cabe recurso ordinário das decisões terminativas em que se extingue o processo sem julgamento de mérito, como:
 
a)       Das decisões interlocutórias, de caráter terminativo do feito, como que acolhe a exceção de incompetência em razão da matéria (§ 2º do art. 799 da CLT).
b)      Do indeferimento da petição inicial, seja por inépcia ou qualquer outro vício (art. 267, I, CPC);
c)       Do arquivamento dos autos em razão do não-comparecimento do reclamante à audiência;
d)       Da paralisação do processo por mais de um ano, em razão da negligência das partes (art. 267, II, CPC);
e)       Do não-atendimento, pelo autor, do despacho que determinou que se promovessem os atos e diligências que lhe competir, pelo abandono da causa por mais de 30 dias (art. 267, III, do CPC);
f)        Verificando o juiz a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo (art. 267, IV, do CPC);
g)       Se o juiz acolher a alegação de litispendência ou coisa julgada (art. 267, V, do CPC);
h)       Se o processo for extinto por carência de ação, por não estarem presentes a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir, ou a legitimidade da parte (art. 267, VI, do CPC);
i)         Pela desistência da ação (art. 267, VIII, do CPC);
j)         Se ocorrer que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por seis meses (perempção trazida pela CLT);
k)      Nos casos em que o juiz extinguir o processo sem julgamento de mérito por falta de pedido certo ou determinado e de indicação do valor correspondente no procedimento sumaríssimo.
 
·         Das decisões definitivas da Vara que o recurso ordinário são, em suma, as seguintes: 
a)       Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor (art. 269, I, do CPC);
b)      Quando o juiz acolher a decadência ou prescrição (art. 269, IV, do CPC).
 
·         Cabe também recurso ordinário das decisões de processos de competência originária do TRT, como:  
a)       Dissídios coletivos;
b)      Ação rescisória;
c)       Mandado de segurança;
d)       Habeas corpus;
e)       Decisões que aplicam penalidades a servidores da Justiça do Trabalho.
 
·         Não cabe recurso ordinário da decisão que homologa acordo entre as partes, pois tal decisão é irrecorrível (art. 831 da CLT). 
 
2. Prazo: 8 (oito) dias
 
3. Procedimento
 
·         Semelhante à apelação no processo civil.
·         Remessa à Relator à Vistas ao MP do Trabalho à Revisor à Julgamento à Publicação.
 
4. Forma e Efeitos (art. 899, CLT)
 
·         Os recursos serão interpostos por simples petição, ou seja, não há necessidade de fundamentação, bastando apenas que o recorrente manifeste seu inconformismo com a decisão, o que pode ser feito inclusive oralmente, porém, nesse caso, haverá a necessidade de ser feita a redução em termo.
·         Esta regra se aplica a parte que estiver sem advogado.
·         Terão efeito meramente devolutivo, devolvendo à apreciação do Tribunal a matéria impugnada, não existe efeito suspensivo, que é a regra no processo do trabalho.
·         Apenas no dissídio coletivo o presidente do TST poderá dar efeito suspensivo ao recurso ordinário.
 
4. Súmulas
Súmula 158 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista.
Súmula 192 do TST: I - Se não houver o conhecimento de recurso de revista ou de embargos, a competência para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, ressalvado o disposto no item II.
II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais (Súmula nº 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da competência do Tribunal Superior do Trabalho.
III - Em face do disposto no art. 512 do CPC, é juridicamente impossível o pedido explícito de desconstituição de sentença quando substituída por acórdão Regional.
IV - É manifesta a impossibilidade jurídica do pedido de rescisão de julgado proferido em agravo de instrumento que, limitando-se a aferir o eventual desacerto do juízo negativo de admissibilidade do recurso de revista, não substitui o acórdão regional, na forma do art. 512 do CPC.
V - A decisão proferida pela SDI, em sede de agravo regimental, calcada na Súmula nº 333, substitui acórdão de Turma do TST, porque emite juízo de mérito, comportando, em tese, o corte rescisório.
Súmula 192 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superiordo Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.  
 
RECURSO DE REVISTA
 
1. Noção
·         Era um recurso trabalhista extraordinário. 
o        Eliminar divergências interpretativas.
·         Não obedece a regra de interposição de simples petição, sem necessidade de fundamentação.
 
2. Hipóteses de Cabimento
 
a)      Divergência jurisprudencial entre decisões de Tribunais Regionais do Trabalho (em relação ao direito federal);
- Tem que haver espeficidade.
- Tem que juntar o acórdão divergente que enseja o recurso.
 
b)      Divergência interpretativa de direito particular
- Lei local, sentença normativa ou normas particulares da empresa de abrangência nacional ou regional.
 
c)       Afronta à lei federal ou a Constituição
- A ofensa tem que ser direta e literal, não apenas reflexa.
 
·         Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição.
 
Art. 896 do CLT- Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
          a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 1o O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 4º A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. alterado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 5º - Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo. (Redação dada pela Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
         § 6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.  (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)
 
3. Objetivo: Uniformização da Jurisprudência
            - Fundamentação vinculada
            - Não há reexame de matéria probatória.
 
4. Pressupostos Especiais
·         Prequestionamento;
·         Transcedência (só conhece o que achar pertinente, somente questões relevantes).
 
6. Procedimento
Similar ao recurso ordinário.
 
7. Preparo 
·         Para recorrer de revista a parte deverá fazer o depósito da condenação, que terá como limite o valor de R$ 9.356,25.
·         Se a condenação for acrescida pelo acórdão regional, deverá a parte fazer o complemento do depósito e das custas, sob pena de deserção.
·         Se a parte foi vencedora na primeira instância, mas vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a fazer o pagamento das custas fixadas na sentença originária das quais ficará isenta a parte então vencida.
 
EMBARGOS NO TST
 
1. Hipóteses Legais (cabimento)
 
·         Embargos de Nulidade: quando tem como fundamento ofensa a lei.
·         Embargos de Divergência: quando a decisão divergir da própria turma, de outra turma ou do pleno.
·         É obrigatório a juntada do acórdão divergente.
 
 Art. 894 da CLT - Cabem embargos, no Tribunal Superior do Trabalho, para o Pleno,  no prazo de 5 (cinco) dias a contar da publicação da conclusão do acórdão:  (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968)  (Vide Lei 5.584, de 1970)
        a) das decisões a que se referem as alíneas b e c do inciso I do art. 702;  (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968)
         b) das decisões das Turmas contrárias à letra de lei federal, ou que divergirem entre si, ou da decisão proferida pelo Tribunal Pleno, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.033, de 5.10.1982)
 
Art. 702, I,  da CLT: 
  b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho,  bem como estender ou rever suas próprias decisões normativas, nos casos previstos em lei; (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
  c) homologar os acordos celebrados em dissídios de que trata a alínea anterior;(Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
 
2. Súmulas
 
Súmula 221 do TST:
I - A admissibilidade do recurso de revista e de embargos por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado.
II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista ou de embargos com base, respectivamente, na alínea "c" do art. 896 e na alínea "b" do art. 894 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito.
Súmula 333 do TST: Não ensejam recursos de revista ou de embargos decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO
 
1. Conceito
 
·         É o recurso adequado para impugnar os despachos que denegarem seguimento a interpretação de outro recurso.
? Formação de autos em apartados, sem implicar na suspensão do andamento do processo.
 
·         No processo do trabalho serve apenas para destrancar ao qual foi negado seguimento, e não para as decisões interlocutórias.
 
2. Hipóteses de Cabimento
 
·         Caberá agravo de instrumento no processo do trabalho contra despacho que denegar seguimento ao recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição e recurso extraordinário.
? Não caberá o agravo de instrumento de despacho que não admitir os embargos, pois neste caso, o remédio é o agravo regimental.
 
3. Requisitos Específicos
 
a) juntada do recurso negado;
b) certidão de intimação da decisão.
 
·         Não existe preparo paraeste recurso.
 
4. Efeitos
a) Liberação do recurso não conhecido, se dado provimento.
b) Não tem efeito suspensivo;
c) O juízo admissibilidade não é feito no juízo a quo.
 
AGRAVO DE PETIÇÃO
 
1. Conceito
 
·         É o recurso que serve que atacar as decisões do juiz nas execuções, via embargos.
 
2. Hipóteses
 
·         Da decisão do juiz na decisão.
 
3. Pressupostos
·         Delimitação matemática à questionamento de valores quantitativos.
 
4. Efeitos
·         Meramente devolutivo
o        Excepcionalmente tem efeito suspensivo se causar grande gravame ao erário.
 
5. Procedimento
·         Muito semelhante ao recurso ordinário.
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO E AGRAVO DE PETIÇÃO NA CLT
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:  (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        § 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        § 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        § 3o Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
        § 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Incluído pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
        § 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito recursal e do recolhimento das custas; (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
        § 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
         § 8o Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
 
EXECUÇÃO DA SENTENÇA
 
            Mauro Schiavi define execução como “Conjunto de atos praticados pela Justiça do Trabalho destinados a satisfação de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo devedor, contra a vontade deste último.”
            Após a fase de liquidação, segue-se a fase de constrição, consolidada na penhora de bens e na formalização do depósito.
            Nas Execuções por Quantia Certa, o juiz precisa expropriar bens do devedor para apurar judicialmente recursos necessários ao pagamento do credor e, para isso, a CLT prevê uma sequência de atos, descritos nos artigos 880 a 883, que se inicia com a citação do executado para pagamento ou garantia da execução e se encerra com a expedição da ordem de penhora.
            Na hipótese de ter sido depositada a importância, e, sendo definitiva a execução, o juiz ordenará o levantamento imediato do depósito, em favor da parte vencedora. Caso não haja depósito será emitido o Mandado de Citação e Penhora.
PENHORA
Penhora é o ato pelo qual o órgão judiciário submete a seu poder imediato determinados bens do executado, fixando sobre eles a destinação de servirem à satisfação do direito do exequente.
Penhora é um ato de império do Estado, praticado na execução, que tem por finalidade vincular determinados bens do devedor ao processo, tantos quantos bastem para o pagamento integral do crédito e, com o produto da futura expropriação judicial destes bens, satisfazer o crédito do exequente.
Disposições legais: artigos 831 a 869, CPC/15 
Efeitos da Penhora
Individualização dos bem que irão responder pelo crédito
Garantia de juízo
Gerar preferência ao credor: o credor que primeiro penhorar o bem terá preferência sobre os demais credores (princípio da preferência pela anterioridade da penhora) – art. 797, caput e parágrafo único, CPC/15
Privar o devedor da posse dos bens: isso, via de regra, não acontece, pois o devedor geralmente é depositário do próprio bem penhorado. Na verdade, se retira do direito de dispor do bem
Torna ineficazes os atos de alienação dos bens constritados em relação ao processo 
 Do Tempo e do Local da Penhora
Dias úteis, das 06h00 às 20h00 (art. 770, CLT)
Penhora aos domingos e feriados: autorização expressa do Juiz do Trabalho
Ingresso em imóvel: possibilidade mediante autorização judicial, com Proibição da penhora após o anoitecer (art. 5º, XI, da CF)
Local da penhora = local dos bens
Penhora por termo = penhora realizada mediante a simples apresentação de matrícula do imóvel, sem necessidade de comparecimento do oficial de justiça ao local
Penhora de bem comum do casal: metade do produto do bem penhorado é restituído ao cônjuge
 Da Ordem de Penhora
Objeto da penhora: bens presentes ou futuros, de propriedade ou posse do devedor ou de posse de terceiros
Penhora de bens corpóreos ou incorpóreos
Penhora inútil: produto da expropriação será integralmente absorvido pelo pagamento das custas da execução (art. 836, CPC/15)
Art. 822, CLT: aplicação da ordem de preferência do art. 835, do CPC/15
Penhora de bens de maior liquidez
Indicação de bens: faculdade do devedor
Indicação pelo credor: em caso de rejeição do bem oferecido pelo devedor ou, ainda, antes mesmo do devedor indica-los
Rejeição de ofício: bens de difícil liquidação
Dos Bens Impenhoráveis
Impenhorabilidade absoluta e relativa: os primeiros não podem, em nenhuma hipótese serem objeto de apreensão judicial; os segundos podem ser penhorados quando inexistirem outros bens capazes de satisfazer a execução
Impenhorabilidade absoluta de bens púbicos e dos gravados com cláusula de impenhorabilidade: desconsideração se forem de valor elevado ou se excederem às necessidades comuns do padrão de vida médio.
Rol de bens impenhoráveis: art. 833, CPC
Outros bens impenhoráveis: bem de uso comum dos condôminos, depósitos efetuados na conta vinculada
Bem de Família: Lei 8009/90
Bem de família: é um prédio ou um dos imóveis destinados ao abrigo da entidade familiar
Bem de famíliade pessoas solteiras ou separadas
Defesa do bem de família: qualquer pessoa que lá resida
Princípio da preservação da dignidade da pessoa humana
Impenhorabilidade do imóvel que não exceder à necessidade comum do padrão de vida médio
Impenhorabilidade dos móveis que guarnecem o bem de família: somente os indispensáveis à convivência digna do executado e da família, considerando os parâmetros médios da sociedade
Vaga de garagem com escritura própria: possibilidade de penhora
Penhora de bem de família por parte de credor trabalhador doméstico
 Da Penhora de Dinheiro e Bloqueio das Contas Bancárias
Possibilidade do bloqueio de contas correntes por ato de oficio do juiz EM EXECUÇÃO DEFINITIVA
Arts. 85 a 105 da Consolidação dos Provimentos da Justiça do Trabalho
Transferência do dinheiro bloqueado para conta judicial = conversão do bloqueio em penhora
Embargos à Execução: da intimação da parte, pelo juiz, de que se efetivou o BLOQUEIO DA CONTA (e não a penhora)
Conta Única: indicação, por pessoa física ou jurídica, de conta apta a acolher os bloqueios bancários
Penhora de Salários: impenhorabilidade absoluta, descrita no art. 833, IV, CPC/15
Jurisprudência: possibilidade de penhora de parte do salário, desde que não afete a existência digna do devedor
OJ 153, SDI-I, TST: impossibilidade ABSOLUTA de penhora de salário
Penhora de Conta Poupança: transferência de salário para conta poupança com a perda da proteção da impenhorabilidade
Art. 833, X, CPC/15: impenhorabilidade da quantia depositada em caderneta de poupança até o limite de 40 salários mínimos – Inaplicabilidade na Execução Trabalhista
Penhora de Bem imóvel
Art. 844 e 845, §1º, CPC/15
Realização da penhora por auto ou por termo
Requisitos do auto de penhora: descrição detalhada do bem, os limites de confrontação, estado de conservação, benfeitorias
Necessidade de vistoria do bem imóvel, sob pena de nulidade da penhora
Avaliação do bem imóvel
Registro da penhora na matrícula do imóvel (averbação): condição de eficácia da penhora perante terceiros de boa-fé
Processo do Trabalho: juiz do trabalho expedirá mandado para o registro da penhora, com as despesas a cargo do executado
Alienação de bem penhorado a terceiro de boa-fé: aquele que tomou todas as cautelas para a compra do imóvel não pode ser prejudicado (princípio da boa-fé do negócio jurídico)
Penhora de Faturamento
Art. 854, do CPC/15: penhora sobre coisa futura e indeterminada
Penhora de parcela do faturamento da empresa, insuficiente para gerar prejuízos ao funcionamento da empresa (OJ 93, SDI-2, TST)
Nomeação de depositário (administrador): prestação de contas do faturamento até a quitação do crédito
Possibilidade de penhora do estabelecimento comercial (art. 862 e 863, CPC/15)
 Da Penhora On-Line
Avanço no procedimento de penhora: antes da sua existência, havia necessidade de elaboração de um mandado, que posteriormente era distribuído ao oficial de justiça da região, que tinha de ir ao banco para determinar o bloqueio. Até que se tentasse concretizar todo esse caminho e dar efetividade a Justiça, o devedor já poderia ter identificado referida ordem nos autos do processo e retirado seus valores da instituição financeira.
A penhora “online” substituiu essas requisições de bloqueio que, antes, eram feitas por meio de ofício do juiz da execução ao Banco Central. Agora, o juiz realiza o protocolo das ordens judiciais de requisição de informações, bloqueio, desbloqueio e transferência de valores bloqueados eletronicamente, via internet. Os dados são transmitidos às instituições bancárias para cumprimento e resposta. O Banco Central é uma espécie de intermediário entre a autoridade judiciária e as instituições financeiras. Essa agilidade facilita a execução trabalhista e impede a movimentação financeira do devedor.
Assim, a "penhora on line", consiste em um sistema informatizado desenvolvido pelo Banco Central do Brasil que permite aos juízes encaminhar às instituições financeiras ordens judiciais de bloqueio, desbloqueio e transferência de valores existentes em contas de depósitos à vista, de investimento e de poupança, depósitos a prazo, aplicações financeiras e outros ativos passíveis de bloqueio, de pessoas físicas e jurídicas, bem como outras ordens judiciais.
A penhora on-line não tem regulamentação expressa na CLT, mas o Provimento 01/2003 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, logo em seu artigo 1º, determina que esta modalidade deve ser preferencialmente utilizada pelos juízes.
Da Substituição da Penhora
Art. 847, CPC/15
Possibilidade de substituição do bem penhorado, a requerimento do executado, desde que não haja prejuízo ao exequente e que será menos onerosa ao executado
Art. 848, CPC/15: requerimento de substituição da penhora pelo exequente nos casos de inobservância da ordem de preferência, bens de baixa liquidez, troca de bens marcados por ônus por bens livres e desembaraçados – Penhora ineficaz
 Da Avaliação dos Bens Penhorados
Avaliação realizada pelo oficial de justiça avaliador
Avaliação feita no ato da penhora
Caso o oficial de justiça reste impossibilitado de realizar a avaliação no ato da penhora, deve fazê-la nos 10 dias subsequentes
Possibilidade de impugnação, pelas partes, da avaliação feita
Possibilidade de reavaliação do bem penhorado 
 DEPÓSITO
O depósito é o modo de aperfeiçoamento da penhora e caracteriza a perda efetiva, por parte do devedor, da administração e da disponibilidade da coisa penhorada.
Pressuposto de validade da penhora
Depositário: pessoa que voluntariamente aceitará o encargo de zelar pela guarda e conservação do bem penhorado, devendo colocá-lo à disposição da justiça quando instado para tal finalidade
Penhora em dinheiro = depositário é o Banco
AVALIAÇÃO 
Determinação do valor de mercado do bem penhorado
Art. 886, §2º, da CLT e Art. 870, CPC/15: efetivação da avaliação após a resolução dos embargos opostos pelo devedor
Art. 13, LEF: avaliação feita na sequência da apreensão dos bens
Melhor prática: conciliação do art. 13, LEF com o art. 886, §2º, CLT: avaliação e reavaliação dos bens penhorados, sempre que houver necessidade
Cumprimento dos mandados emitidos pelo juiz pelos oficiais de justiça: prazo de NOVE DIAS (art. 721, §2º, da CLT)
Prazo para avaliação dos bens penhorados: DEZ DIAS (art. 721, §3º, da CLT)
Possibilidade de impugnação da avaliação: arts. 13, §§1º e 2º, da LEF
Apresentação de impugnação à avaliação
Oitiva da parte contrária em dez dias
Nomeação de oficial avaliador
Nova avaliação no prazo de 15 dias
Apresentação de laudo
Decisão de plano sobre a avaliação
Reavaliação de bens:
Indicação fundamentada de erro na avaliação ou dolo do avaliador
Constatação de majoração ou diminuição posterior do valor do bem
Dúvida fundada sobre o valor do bem
Redução ou transferência da penhora quando há excesso de penhora
Majoração ou transferência da penhora em caso de insuficiência da constrição 
 EXPROPRIAÇÃO
Finalidade da execução: expropriação de bens do devedor para pagamento da dívida declarada por decisão judicial
Expropriação (art. 825, CPC/15): ato que o Estado pratica, por intermédio do juiz com o fim de transferir, para outra pessoa, os bens penhorados do devedor, com o objetivo de satisfazer o direito do credor, consubstanciado em um título executivo
Adjudicação
Alienação por iniciativa particular
Alienação em hasta pública
Usufruto de bem móvel ou imóvel 
Arrematação por Hasta Pública
Arrematação: é o ato público de execução, que o Estado pratica por meio de um juiz, visando a transferir ao patrimônio de outrem os bens penhorados do devedor, sem o consentimento deste, e a propiciar, com o produto pecuniário dessa transferência, a satisfação do direito do credor.
HASTA PÚBLICA
Art. 770, CLT: após DEZ DIAS da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital na sede do juízo e publicada em jornal local, com a antecedência de 20 dias.
Hasta Pública dos bens é todo o ato concreto por meio do qual se torna possívela transferência coativa do patrimônio do devedor, encerrando as hipóteses de “praça” e “leilão”
Praça: realizada no átrio do fórum e destinada à expropriação de bens imóveis (art. 881 e 886, IV, CPC/15). Na praça, os bens somente podem ser alienados pelo valor da avaliação
Leilão: realizado onde se encontram os bens e destinado à expropriação de bens móveis. (art. 886, IV, CPC/15). No leilão, se admitem lances inferiores ao valor da avaliação
Art. 886, §4º, CLT: utilização da expressão “praça” tanto para bens móveis quanto imóveis (Mauro Schiavi)
Praça única: venda dos bens pelo maior lance. Se não houver lance ou o credor não adjudicar o bem, o juiz designa nova data, agora para um leilão, que pode ser realizado pela secretaria da vara ou por leiloeiro nomeado (art. 888, §3º, da CLT)
Hasta Pública realizada por meio da internet (art. 882, CPC/15): criação de páginas para a praça do bem, pelos Tribunais
Formalidades:
Publicidade: afixação de edital na sede do Juízo e publicação em jornal local;
Descrição do bem;
Valor dos bens;
Lugar onde estiverem os bens imóveis
Autos em que o bem foi penhorado;
Dia, lugar e hora da hasta;
Existência de ônus ou pendencia de julgamento de recurso;
Comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, o dia e hora (nos próximos 10 ou 20 dias), da alienação pelo maior lanço
Intimação das partes sobre a hasta: na pessoa do advogado ou pessoalmente, se não houver patrono constituído nos autos
Procedimento:
Anúncio dos bens a serem expropriados no dia, hora e local mencionados no edital;
Lanços dos licitantes (não podem licitar os tutores, curadores, testamenteiros, administradores, síndicos, liquidantes, mandatários, juízes, membros do MP e servidores da Justiça)
Arrematante: autor do maior lanço ofertado, ainda que inferior ao valor da avaliação (art. 888, §1º, da CLT)
Garantia do lanço: pagamento de 20% do valor do lanço em dinheiro, com a complementação do restante em até 24 horas da arrematação (art. 888, §4º, da CLT); salvo pronunciamento judicial diverso (art. 892, CPC/15)
Ausência de complementação: perda do sinal e retorno dos bens à hasta pública
Arrematação pelo credor: em caso de excesso de crédito, depósito, em três dias da diferença entre o valor do seu crédito e o valor do maior lanço
Preço vil: análise subjetiva de cada juiz. Fixação de parâmetros (20%, 25% ou 30% do valor da avaliação)
Arrematação Parcelada de Bens Imóveis (art. 895, CPC/15): apresentação de proposta de parcelamento ao juízo
Concessão ou não da arrematação: decisão impugnável por agravo de petição
Auto de arrematação (no momento da arrematação) x carta de arrematação
Desfazimento da arrematação:
Por vício de nulidade
Falta de pagamento do preço ou da caução
Prova da existência de ônus real não indicado no edital
Por requerimento do arrematante, na oposição de embargos à arrematação
Por preço vil 
 Adjudicação (art. 876 a 878, CPC/15 e art. 888, §1º, da CLT)
Ato processual pelo qual o próprio credor incorpora ao seu patrimônio o bem constrito que será submetido a hasta pública
Direito de preferência do credor: mesmo que arrematado o bem, o credor tem preferência na adjudicação, desde que formule requerimento até antes da assinatura do auto de arrematação
Legitimidade: credor, credores concorrentes, cônjuge, descendentes ou ascendentes do executado (art. 876, §5º CPC/15)
Objeto: bens móveis ou imóveis, por não proibição expressa da CLT
Momento: após a praça dos bens, pelo maior lance, se houver licitantes; ou pelo valor da avaliação, se não houver
Prazo: manifestação do credor em até 24 horas subsequentes a praça, pois este é o prazo para o arrematante aperfeiçoar seu lance, depositando o saldo devedor do lance
Adjudicação antes da hasta pública?
Contra: Manoel Antonio Teixeira Filho
Favor: Mauro Schiavi
Auto de Adjudicação: instrumento de documentação formal do ato expropriatório
Carta de Adjudicação: documento fornecido pelo Juízo que prova a propriedade do adjudicante sobre os bens nela descritos e que tem a finalidade de aperfeiçoar a transferência destes bens ao adjudicante
Mandado de entrega ao adjudicante: para bens móveis. 
 Alienação por Iniciativa Particular (art. 880, CPC/15)
Somente pode ocorrer na ausência de adjudicação
Requerimento do credor para que o bem seja vendido por sua própria iniciativa ou do corretor credenciado
Formalidades: fixação de prazo para a efetivação da alienação, forma de publicidade, preço mínimo (valor da avaliação), condições de pagamento, garantias e comissão de corretagem 
REMIÇÃO
É o pagamento da execução pelo executado pelo preço igual ao do valor da condenação
Pagamento do valor da dívida e de todas as despesas processuais
Prazo: até o próprio ato da hasta pública.
EMBARGOS DE TERCEIRO
Ação autônoma de natureza incidental que tem por finalidade desconstituir constrição judicial de bens pertencentes a terceiros que não tem relação com o processo e nem respondem pela dívida
Art. 674.  Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
§ 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
Prazo:
Art. 675.  Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Necessidade de efetiva constrição judicial: após lavratura do auto de penhora e assinatura do termo de depósito
Estruturação de petição inicial, com possibilidade de prova testemunhal
Intimação do embargado para contestação em dez dias
Distribuição por dependência
NO CPC/73, em seu artigo 1052, havia previsão da suspensão do processo principal e dos efeitos da execução até o trânsito em julgado dos embargos de terceiro, o que, porém, não foi ratificado no CPC/15, não possuindo mais este remédio o efeito de suspender a execução.
 DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
Embargos são obstáculos ou impedimentos que o devedor procura opor à execução proposta pelo credor
Artigo 884, da CLT.
Legitimados: devedor e todos aqueles passíveis do cumprimento da obrigação
Rol de matérias alegáveis nos embargos à execução (art. 884, §1º, CLT): elenco exemplificativo
Aplicação Subsidiária do CPC: Art. 525, §1º e artigo 917, CPC/15:
Matérias alegáveis:
A) Nulidade de Citação se o Processo Correu à Revelia
Aplicabilidade restrita no processo do trabalho: notificação da sentença (art. 852, da CLT)
B) Prescrição da Dívida:
Prescrição Intercorrente: aquela que se dá no curso do processo, por ausência de movimentação processual
Existência da Prescrição Intercorrente: inércia do credor por mais de dois anos
Aplicabilidade da Prescrição Intercorrente na Execução Trabalhista:
Súmula 114, TST x Súmula 327, STF
C) Cumprimento de decisão ou quitação da dívida
D) Inexigibilidade do Título: sujeição à condição (futuro e incerto) ou termo (futuro e certo)
E) Penhora Incorreta ou Avaliação Errônea
F) Excesso de Execução: pleito de quantia superior à mencionada no título, objeto diverso ouprocessamento diverso
G) Excesso de Penhora
H) Matérias de Ordem Pública
Procedimento:
Garantia de Juízo: pressuposto processual
Inexistência de garantia suficiente e impossibilidade de reunião de outros bens: possibilidade de processamento dos embargos com garantia parcial (Enunciado 55, da 1ª Jornada Nacional de Execução Trabalhista)
EMBARGOS À EXECUÇÃO. GARANTIA DE JUÍZO. A garantia integral do juízo é requisito essencial para a oposição dos embargos à execução. Entretanto, na hipótese de garantia parcial da execução e não havendo outros bens passíveis de constrição, deve o juiz prosseguir à execução até o final, inclusive com a liberação de valores, porém com a prévia intimação do devedor para os fins do art. 884, da CLT, independentemente da garantia integral do juízo.
Prazo: 05 dias da garantia do juízo
Efeito dos embargos: suspensivo, somente por relevante fundamento ou por perigo de danos irreparáveis (art. 525, §6º, CPC/15)
Possibilidade de produção de provas orais em audiência (três testemunhas para cada parte)
Sentença de embargos

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