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SC3 ASPECTOS OPERACIONAIS DE ENFERMAGEM NO PÓS-MORTE Prof.: Mestranda Patrícia Mara Andrade “Morremos de morte igual,mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia, (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).” João Cabral de Melo Neto DIREITOS DO PACIENTE NO BRASIL O Paciente tem direito a morte digna e serena, podendo optar, (desde que lúcido), ele próprio, a família ou responsável, por local ou acompanhamento, e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida. DIREITOS DO PACIENTE NO BRASIL Tem direito a dignidade e respeito, mesmo após a morte, Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito. DIAGNÓSTICO DA MORTE/ SINAIS Imobilidade; Ausências de respiração e circulação; Flacidez; Insensibilidade; Arreflexia. DIAGNÓSTICO DA MORTE/ SINAIS SINAIS MEDIATOS: ocorre minutos a horas após a morte. Hipóstases = manchas de sangue; Resfriamento cadavérico; Rigidez cadavérica (4 a 5 horas após a morte); Putrefação do cadáver (24 horas); Rigidez cadavérica (rigor mortis) Devido à fixação dos músculos. Inicia entre 2 e 4 horas e chega ao máximo em 8h. Inicia na face, mandíbula e pescoço, a seguir no tronco, MMSS e MMII. Permanece de 1 a 6 dias e depois desaparece pela mesma ordem. Após 24h inicia a putrefação, rigidez O corpo deve ser posicionado antes que ocorra a rigidez Alterações após a morte Resfriamento do corpo (algor mortis) Resultante da parada do hipotálamo Nas 3 primeiras horas o corpo resfria 0,5ºC por hora e depois 1ºC por hora até a temperatura ambiente Com o resfriamento a pele perde a elasticidade – cuidado com esparadrapos, curativos e com a mobilização do corpo Alterações após a morte Manchas de hipostase (livor mortis) Com a cessação da circulação o sangue se concentra no locais mais baixos (gravidade) Têm coloração violácea pela quebra das células vermelhas Aparecem 2 a 3h após a morte Os familiares podem acusar a equipe de maus-tratos Alterações após a morte PREPARO DO CORPO Conceito: procedimento de arrumação do corpo pós-morte, para ser entregue à família. PREPARO DO CORPO Competência: equipe de enfermagem OBJETIVOS Deixar o corpo limpo Preservar a aparência natural do corpo Evitar a saída de gases, odores fétidos, sangues e secreções Preparar o corpo para o funeral Facilitar a identificação do corpo Dar apoio moral aos familiares TANATOPRAXIA É a higienização do cadáver Conservação do cadáver Necromaquiagem Cuidadooooo!!!!! Mortes violentas, suicídios e causas desconhecidas da morte, a enfermagem não deve preparar o corpo; O corpo deverá ir para o IML. Cobrir com lençol apenas. QUANDO PREPARAR UM CORPO? Após a confirmação da morte do paciente através da constatação do médico na prescrição. Este deve colocar a hora, as medidas que foram tomadas (RCP). Após a necrópsia (no IML). MATERIAL PARA PREPARO Algodão Atadura/crepom Esparadrapo 02 Etiquetas de identificação de acordo com a padronização do hospital Cuba rim Luvas de procedimento Lençóis Cuba de banho, se necessário CUIDADOS PÓS CONSTATAÇÃO Observar a hora Fechar os olhos - bolas de algodão embebidas em éter sobre as pálpebras Elevar ligeiramente a cabeceira da cama, deixando os membros alinhados Colocar próteses dentárias, se houver Retirar drenos, sondas, cateteres, cânulas CUIDADOS PÓS CONSTATAÇÃO Retirar da cama lençóis e roupas extras Realizar o tamponamento – prevenção da saída de gases, líquidos e secreções Sustentar a mandíbula com atadura Manter os braços cruzados sobre o corpo, unidos por uma atadura Envolver o corpo nos lençóis ou saco próprio Evitar comentários desnecessários; Manter atitudes de respeito ao corpo; Em caso de encaminhamento ao IML, não fazer o tamponamento; Orientar a família quanto às alterações corporais pós morte; Cuidados importantes BUROCRACIA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO *Colocar uma etiqueta de identificação sobre o tórax e uma sobre o lençol que o envolve; Transferir o corpo para a maca já forrada cobri-lo; Encaminhar o corpo para o necrotério; ETIQUETA: nome, hora do óbito, Registro hospitalar, nome da instituição. ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM Conduta antes da morte (PCR, ME); Hora da constatação do óbito; Comunicação do óbito ao serviço social(família); Preparo do corpo; Identificação; Transferência para o necrotério. benefícios Propicia aos familiares a possibilidade de receber o ente querido pronto a ser entregue aos serviços funerários; Promove o conforto à família que está abalada emocionalmente. REFERÊNCIAS PIMENTA, N.; MOTA, D.; CRUZ, D.Dor e cuidados paliativos: enfermagem, medicina e psicologia.Mucillo, Nina.O preparo do corpo após a morte: aspectos culturais, cuidados físicos e emocionais. Cap 19, pag 347. BIBLIOTECA VIRTUAL ESTÁCIO
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