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Ecologia aplicada à Engenharia Ambiental Aula 1 – Dinâmica de Populações CONCEITO -‐ Ecologia • Henry Thoreau (1817-‐1862) • Ernest Haeckel (1834-‐1919) • “conhecimento da economia da natureza – a invesRgação de todas as relações do animal com o seu ambiente orgânico e inorgânico...ecologia é o estudo de todas as complexas relações referidas por Darwin como as condições de luta pela existência” • “Estudo das interações que determinam a distribuição e a abundância dos organismos” • Onde (distribuição), quanto (abundância) e como (interações). • Ecologia X Economia Níveis hierárquicos em Ecologia • População: conjunto de indivíduos que vive num mesmo local e deixam descendentes férteis (uma única espécie); • Comunidade: Conjunto de várias espécies um mesmo local (riqueza + homogeneidade = diversidade); • Ecossistemas: bióRco (espécies) + abióRco – relações. Conceituação -‐ • TEORIA (grego theoria: contemplação, especulação) • Conjunto sistemáRco de princípios envolvidos; • Princípio geral formulado para explicar um fenômeno; • Princípios básicos de um fenômeno verificado em certo grau • HIPÓTESE (grego hypo*thenai: colocar ordenadamente) • Suposição, tentaRva aceita para explicar certos fatos; • Servem de base para uma invesRgação • MODELO (laRm modus: caminho como as coisas se conduzem) • Representação esRlizada ou descrição generalizada usada para explicar alguma coisa; ferramenta para validação de hipóteses. Modelo? • modelo |ê| s. m. • 2. Molde, exemplar. • 3. [Figurado] Coisa ou pessoa que é ou merece ser imitada. = EXEMPLO • s. 2 g. • 4. Pessoa que posa para arRstas, servindo de modelo vivo. • 5. Pessoa que tem como aRvidade envergar e apresentar roupas ou acessórios. = MANEQUIM • 1. Imagem, desenho ou objecto que serve para ser imitado (desenhando ou esculpindo) e • MATEMATIZANDO Modelo matemáRco Simplificação do mundo real que descreve fenômenos da natureza, permiRndo o estudo deles sem uma análise experimental. Início com Galileu, Newton: nascimento da ciência OBJETIVOS • definir os problemas; • organizar as idéias; • avaliar os dados; • entender as ligações entre os componentes; • auxiliar na coordenação e integração de estudos inter -‐ disciplinares; • escolher variáveis para o monitoramento; • prever o comportamento futuro do objeto e • simular o efeito de impactos. Dinâmica de Populações • Área da Ecologia com maior apelo aos modelos matemáRcos; • Fato inexorável na dinâmica de uma população: • Nagora = Nanterior + B – D + I – E; • N: número de indivíduos • B: número de indivíduos que nascem; • D: número de indivíduos que morrem; • I: número de indivíduos que chegam (imigração); • E: número de indivíduos que saem (emigração). • Nt+1 = Nt + B – D + I – E; • Nosso interesse é com a mudança (diferença entre a população em dois pontos no tempo: ΔN); • Nt+1 – Nt = Nt – Nt + B – D + I – E; • ΔN = B – D + I – E; • I = E = 0 (suposição que a população é fechada); • ΔN = B – D; • Suposição que ΔN é infinitamente pequeno: • dN/dt = B – D; • Numa equação diferencial con|nua B e D são agora, as taxas de natalidade e mortalidade; • Suposição: • B = b * N • B: nro. de nascimentos; • b: taxa instantânea de natalidade – unidade: nro de nascimentos/(indivíduo * tempo); • D = d* N • D: nro. de mortes; • d: taxa instantânea de mortalidade – unidade: nro de mortes/(indivíduo * tempo); • Rearranjando: dN/dt = (b*N) – (d*N) ou • dN/dt = (b – d) * N • (b – d) = r: taxa intrínseca de crescimento populacional; • dN/dt = r * N • r = 0 (pop. cte.), r > 0 (pop. é), r < 0 (pop. ê) € dN N ∫ = r*t∫ € lnN+C1=r*t+C2 € dN dt =r*N € lnN =r*t+C3 € lnN0=r*0+C3 lnN0=C3 € lnN =r*t+lnN0 € lnN−lnN0=r*t € ln N N0 =r*t Quando t=0, Nt = N0 (cond. Inicial) SubsRtuindo em C3 € N N0 =er*t Nt = N0 *e r*t Modelo Malthus (1798) • 1766 – 1834 • “Ensaio sobre o crescimento da população...” • • dN/dt = r * N Nt = N0 * e rt Crescimento Malthusiano Malthus e a seleção natural • pop. cresce geometricamente, alimentos aritmeRcamente; • A expansão da miséria, fome se deve à um fenômeno natural; • Sucesso no pensamento econômico; • Colaboração nos insights de Charles Darwin (1809 – 1882) e Alfred Russel Wallace (1823 – 1913) na descrição da seleção natural como mecanismo da evolução Pressupostos do modelo malthusiano • I = E = 0 (pop. fechada); • b e d são constantes; • Ausência de variabilidade genéRca entre indivíduos; • Ausência de estrutura etária (nenhuma diferença em função de idade); • Crescimento con|nuo (a todo momento) Crescimento Discreto • Ambientes sazonais, espécies se reproduzem uma vez por ano (salmão, bagres, borboletas);• Gerações discretas è equação de diferença discreta; • rd – fator de crescimento discreto (23% de aumento rd = 0,23); • Nt+1 = Nt + rd * Nt • Nt+1 = Nt * (1 + rd) • 1 + rd = λ • Nt+1 = λNt • λ – nro. + que mede o aumento proporcional de uma população para o próximo ano; • N2 = λN1 = λ(λN0)= λ2N0 • Nt = λtN0 • Comparar os modelos discreto e con|nuo no excel Discreto e con|nuo • Como os modelos são essencialmente os mesmos com resultados qualitaRvamente semelhantes: • Nt = N0 * ert • λNt = N0* λt • er = λ è r = ln(λ) • r > 0 è λ > 1 • r = 0 è λ = 1 • r < 0 è 0< λ < 1 Incorporando Incerteza • EstocasRcidade Ambiental • Se a população crescer com rm médio e uma variância deste σ2r, então a previsão nos fornecerá um valor médio para N (N barra) e uma variância associada a este N: σ2Nt,. • A variância do tamanho populacional pode ser dada por: • σ2Nt= N20 e2rt (eσ2rt-‐1) Quando uma população tem crescimento malthusiano? • Espécies invasoras; • Ambientes modificados podem fazer prevalecer uma espécie nova (pelo menos durante um período) • 2 TIPOS DE FATORES QUE CONTROLAM A POPULAÇÃO: • Independentes da densidade (abió?cos); • Dependentes da densidade da população Desenvolvimento do modelo logísRco (crescimento dependente da densidade) • dN/dt = r * N • dN/dt = (b-‐d) * N • b – natalidade • d – mortalidade • Quando a pop. aumenta, b diminui e d aumenta: • b = b0 – B * N • d = d0 + D * N • N* = pop. em equilíbrio (b=d) • N* = K è nro. máximo de indivíduos que o ambiente suporta (capacidade suporte) Situação em equilíbrio • b = d • b0 – BN = d0 + DN • b0 – d0 = DN* + BN* • b0 – d0 = DK + BK • b0 – d0 = K (B+D) • K = (b0 – d0)/(B+D) • K = r/(B+D) • B+D = r/K • dN/dt = (b-‐d) N • dN/dt=[(b0 – BN) – (d0 + DN)] N • dN/dt = [b0 – BN – d0 – DN] N • dN/dt = [b0 – d0 – BN – DN] N • dN/dt = [b0 – d0 – (B+D) N] N • b0 – d0 = r • B+D = r/K • dN/dt = [r – N * r/K] * N • dN/dt = r (1 – N*1/K) * N • dN/dt = r (1 – N/K) * N • dN/dt = r * N * (1 – N/K) Verhulst (1838 – R. Pearl 1920) Eq. LogísRca de Verhulst-‐Pearl Nt = K 1+(K−N0N0 )*e−r*t dN dt = r*N *(1− N K ) Observação • K/2 – pto. no qual a pop. se recompõem ao máximo, ponto de inflexão da curva Pressupostos do modelo • Capacidade suporte constante (K), o que significa que a disponibilidade de recursos não se modifica ao longo do tempo; • Denso-‐dependência linear – cada indivíduo acrescentado a população contribui para o decréscimo da taxa de crescimento populacional per capita • I = E = 0 (pop. fechada); • Ausência de variabilidade genéRca entre indivíduos; • Ausência de estrutura etária (nenhuma diferença em função de idade); Crescimento LogísRco População de cegonhas -‐ Odum (1988) Exercícios • 1 – Quando ratos invadem um armazém, eles se mulRplicam em condições ideais e numa razão (r = 0,012/dia). Quantos dias são necessários para a população duplicar? E triplicar? • 2 – Uma população de 200 baratas apresenta uma taxa de crescimento de 35 baratas/semana. Sabendo que sua capacidade de suporte é de 750 baratas, calcule quanto tempo é necessário para a população aRngir o nível de 500 baratas considerando: • A) a pop. não sofre com a densidade; • B) a pop. sofre os efeitos da densidade Modelo LogísRco discreto 0 20 40 60 80 100 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 rd = 0,3 0 20 40 60 80 100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 rd=1,9 0 20 40 60 80 100 120 140 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 rd=2,4 0 20 40 60 80 100 120 140 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 rd = 2,8 Nt+1 = Nt + rd *Nt *(1− Nt K ) O Mundo não é determinísRco • Variação aleatória da capacidade suporte • N médio < K • N ≈ K – (σ2K)/2 • Variação periódica da capacidade suporte • Kt = k0 + k1*[cos(2πt/c)] • k0: capacidade suporte média; • k1: amplitude do ciclo • c: comprimento do ciclo dN/dt = r* N Verhulst (1838) Recordando Malthus (1798) dN/dt = r* N * (1-‐N/K) Nt = N0 * e rt Nt = K /1+(K-‐N0)/K)* e -‐rt
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