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Adoçante no cafezinho, no chá, norefrigerante diet ou light, no suco,nos refrescos em pó, no pudim, na gelatina. Hoje, nem é preciso estar muito acima do peso ou necessitar de dietas com restrição ao açúcar para con- sumir esses produtos. Acontece que a ingestão de edulcorantes – substâncias substitutas do açúcar presentes em adoçantes e alguns alimentos e bebidas – sem informações básicas, como o li- mite de consumo diário recomendado, pode acarretar riscos à saúde. Para não ultrapassar os limites diários (o que pode acontecer se forem ingeridos no mesmo dia vários produtos contendo a mesma substância), é importante que o consumidor esteja informado sobre a quantidade de edulcorante no produto e também sobre o máximo de ingestão recomendado sem prejuízo à sua saúde – informações essas que deveriam constar da embalagem dos produtos. Entretanto, somente refrigerantes, su- cos e pós para preparo de sucos regu- lados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) infor- mam a quantidade de cada edulcorante em relação a 100 ml ou 100 mg do pro- duto, por força da Lei no 8.918/94 e do Decreto no 2.314/97. Mas chocolates, pudins, gelatinas, barras de cereais, geléias, adoçantes de mesa e demais ali- mentos regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não são obrigados a declarar a quantidade dos aditivos em relação ao volume/massa do produto final. Considerando que esses produtos não trazem essas informações, é possí- vel que o consumidor ultrapasse a IDA (Ingestão Diária Aceitável) de determi- nado edulcorante sem saber. Pesquisa do Idec com refrigerantes, sucos e refrescos em pó revelou que o limite diário de cada aditivo pode ser ultra- passado facilmente, às vezes, apenas em uma unidade de um produto. É Os adoçantes estão presentes em dietas de emagrecimento e de restrição de açúcar. Mas ultrapassar seus limites diários de ingestão traz riscos à saúde. Duas latas de determinados refrigerantes podem exceder a dose recomendada. É um direito do consumidor obter, nos rótulos dos produtos, informações completas sobre o consumo máximo diário CAPA Risco edulcorado ADOÇANTES FO TO S I ZI LD A FR AN Ç A preciso ficar atento, sobretudo em relação às crianças e mulheres grávidas. MERCADO EM ASCENSÃO Os adoçantes são combinações de edulco- rantes formulados para serem adicionados a alguns alimentos e medicamentos. Até a década de 70, os alimentos com adoçantes eram con- sumidos somente por pessoas com necessidades nutricionais especiais, como os diabéticos. Mas a partir da década de 90, com a popularização dos produtos diet e light, esse quadro mudou. O mercado de produtos dietéticos está em franca ascensão. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais (ABIAD) informam que em treze anos o mercado brasileiro cresceu espantosos 1.875% (mais de 144% ao ano), saltando de US$ 160 milhões em 1991, para US$ 3 bilhões movi- mentados em 2003, sendo que adoçantes de mesa, refrigerantes e sucos são os produtos mais consumidos. Cerca de 35% dos lares brasileiros consomem algum tipo de produto diet ou light. Os aditivos contidos em adoçantes de mesa e outros alimentos e bebidas dietéticos podem ser sintéticos ou artificiais e naturais. Eles ainda podem ser classificados como calóricos e não calóricos. Os calóricos são mais utilizados para diluir ou dar textura aos adoçantes artificiais ou ao alimento dietético. Mulheres com intolerân- cia a carboidratos com diabetes gestacional (doença associada ao aumento da taxa de açúcar no sangue de mulheres grávidas), diabetes meli- to ou resistência à insulina, devem limitar o uso de adoçantes calóricos (também chamados Revista do Idec | Junho 2006 17 ● Adocyl líquido (sorbitol, sacarina sódica e ciclamato), Adocyl pó (lactose e aspartame); Zero Cal líquido (sorbitol, propilenoglicol e aspartame), Zero Cal líquido (sorbitol, ciclamato e sacarina sódica), Zero Cal pó (lactose e aspar- tame) e Zero Cal Aspartame (aspartame) – DM Indústria Framacêutica. ● Assugrin líquido (ciclamato e sacari- na sódica), Doce Menor líquido (ciclam- ato, sacarina sódica e sorbitol), Doce Menor pó (maltodextrina, sorbitol, ciclamato e sacarina sódica), Doce Menor Frutose pó (frutose), Doce Menor Stevia Mix líquido (ciclamato, sacarina sódica e steviosídeo), Gold pó (lactose, aspartame, acessulfame-K e maltodextri- na), Gold pó (aspartame) e Tal & Qual pó (maltodextrina) – Gold Nutrition Indústria e Comércio. ● Mid Sugar pó (aspartame) – Aji- nomoto. ● Finn líquido (aspartame: 8%; e sor- bitol: 70%), Finn pó (aspartame: 3,8%) e Fin Cristal líquido (sacarina: 83mg; e ciclamato: 83mg) – Boehringer Ingel- heim. ● Magro líquido e pó (ciclamato e sacarina sódica) e Stevia Plus líquido e pó (lactose, ciclamato, sacarina sódica e steviosídeo) – Lightsweet Indústria e Comércio de Alimentos. ● Stevita líquido e pó (steviosídeo) – Steviafarma Industrial. ● União Light pó (sucralose) – Nova América (União). Conheça os principais adoçantes de mesa, seus edulcorantes e fabricantes ADOÇANTES Acima, adoçantes com ciclamato e sacarina; à direita, os naturais com frutose e steviosídeo; abaixo, com aspartame 18 Revista do Idec | Junho 2006 ADOÇANTES nutritivos), em geral, os naturais. São escassas as pesquisas científicas em relação à segurança de adoçantes artificiais para gestantes. O Ministério da Saúde somente faz restrições ao uso da saca- rina durante a gestação. PRINCIPAIS EDULCORANTES Aspartame (artificial/não calórico) – É contra- indicado aos portadores de uma deficiência rara, a fenilcetonúria, na qual o organismo é incapaz de metabolizar a fenilalanina, que pode ser detectada após o nascimento da criança pelo chamado “teste do pezinho”. Por isso, é obri- gatória a advertência no rótulo dos alimentos com aspartame, em destaque e em negrito: con- tém fenilalanina. Pesquisas científicas atestam a segurança do aspartame, desde que consumido dentro dos limites estabelecidos. Por outro lado, existem outras fontes que o consideram inseguro para a saúde. Recentemente, a European Ramazzini Fundation of Oncology and Environmental Sciences (ERF), instalada na Itália, divulgou um estudo feito com 1.800 ratos, em que ficou demonstrado que o aspartame é um agente can- cerígeno. Três entidades emitiram notas afir- mando que os estudos divulgados não são con- clusivos: a European Food Safety Authority (EFSA), a norte-americana Food and Drugs Administration (FDA) e a Anvisa. Ciclamato sódico (artificial/não calórico) – Aprovado em diversos países, inclusive no Brasil, mas não nos Estados Unidos. Uma das suspeitas é a de que a substância causaria tu- mores em ratos. Em 1985, novos estudos con- cluíram que o edulcorante não era cancerígeno, mas os EUA não o liberam, baseados em relatos de alterações de pressão sanguínea. O edulco- rante seria responsável também por alterações genéticas e por atrofia testicular. Cinqüenta vezes mais doce que a sacarose (açúcar), é con- tra-indicado para hipertensos e portadores de problemas renais. Sacarina (artificial/não calórico) – Sódica ou cálcica, a primeira substância adoçante sintética a ser descoberta (1878) tem poder adoçante 500 vezes maior do que o da sacarose, e também não é indicada para hipertensos e doentes renais. Também há suspeitas de que provoca câncer, e quase foi proibida para uso nos EUA em 1977. Acessulfame-k (artificial/não calórico) – Ado- ça 200 vezes mais que a sacarose, e é igualmente desaconselhável para hipertensos e portadores de doenças renais. Sucralose (artificial/não calórico) – Esse adoçante possui um sabor agradável e não tem contra-indicações. Steviosídeo (natural/não calórico) – É a me- lhor opção para quem deseja manter a dieta. É extraído da planta Stevia Rebaudiana,originária da fronteira do Brasil com o Paraguai. Não pos- sui contra-indicações, mas deve ser consumido com moderação, pois pode elevar a taxa glicêmi- ca e provocar diarréia. Seu poder adoçante é 300 vezes maior do que o da sacarose. Lactose (natural/calórico) – Carboidrato extraído do leite, a lactose é bastante utilizada como diluente nos adoçantes líquidos ou como veículo nos adoçantes em pó. Pessoas com into- lerância à lactose devem evitá-la, mas ela não oferece riscos a diabéticos. Frutose (natural/calórico) – Extraída do açú- car das frutas, de alguns vegetais e do mel, pode ser consumida por diabéticos, sob orientação médica, mas é desaconselhada para regimes de Aos consumidores ● O mais importante é reduzir a ingestão de açúcar e adoçantes, e apreciar o sabor natural dos ali- mentos. ● Consultar seu médico quanto à utilização de edulcorantes, espe- cialmente durante a gravidez. ● Enviar mensagens eletrônicas (e-mails), cartas e telefonemas para os órgãos oficiais e empresas, exigindo a declaração das quantida- des de edulcorantes e suas respec- tivas IDAs nos rótulos de todos os produtos com esses aditivos. ● Calcular sua ingestão diária para cada edulcorante, conforme a fórmula apresentada, jamais ultra- passando a IDA recomendada para cada uma dessas substâncias. ● Diversificar o uso de edulco- rantes como forma de evitar rea- ções adversas decorrentes de pos- síveis acúmulos no organismo. ● Verificar se os adoçantes de mesa e/ou alimentos consumidos contêm edulcorantes não reco- mendados para a sua condição de saúde (hipertensão arterial, diabe- tes, fenilcetonúria etc.). ● Dar preferência às marcas de alimentos e/ou adoçantes de me- sa que informam as quantidades de edulcorantes utilizadas. Aos órgãos reguladores ● Obrigar, no âmbito nacional e do Mercosul, a declaração das quantidades de edulcorantes usa- das na formulação de todos os ali- mentos que os contenham. ● Determinar também que ca- da produto com aditivos informe em seu rótulo as suas respecti- vas IDAs. Aos fabricantes ● Declarar em seus rótulos as quantidades de todos os aditivos usados na formulação de seus produtos, especialmente em rela- ção aos edulcorantes contidos em adoçantes de mesa, bem como as suas respectivas IDAs, mesmo que tal declaração não seja exigida por normas específicas. Sugestões do Idec Revista do Idec | Junho 2006 19 Com a finalidade de buscar informaçõessobre os produtos diet e light mais con-sumidos no mercado brasileiro, o Idec realizou uma pesquisa com alguns grupos desses alimentos (refrigerantes, sucos, chás e refrescos em pó light ou diet). Os resultados dessa pesquisa encontram-se na tabela adiante, e sua função principal é orientar o consumidor quanto à ingestão segura de alimentos diet e light, con- siderando a IDA de cada edulcorante. A pesquisa revelou que facilmente se pode ultra- passar a ingestão diária do aditivo, às vezes com uma simples unidade do mesmo produto. Atribuindo hipoteticamente determinados pesos a crianças (30 quilos), mulheres (55 quilos) e ho- mens (70 quilos), é possível perceber que a ingestão de bebidas com edulcorantes deve ser cuidadosamente monitorada. O refrigerante Sprite Zero (350 ml), por exemplo, é o que mais contém ciclamato. Assim, se uma criança tomar uma lata, já terá ultrapassado a IDA para esse aditivo. O mesmo acontecerá se uma mulher tomar aproxi- madamente uma lata e meia ou se um homem ingerir pouco mais de duas latas da bebida. A dose máxima permitida do ciclamato tam- bém é ultrapassada em outros produtos, como a Coca-Cola Light Lemon: basta uma criança tomar no mesmo dia pouco mais de uma lata, uma mulher ingerir aproximadamente duas latas e um homem quase três. Se a mulher tomar duas latas dos refrigerantes Dolly Guaraná Diet e Limão Diet, e a criança um pouco mais de uma, ambos terão ultrapassado a IDA do ciclamato. O Guaraná Diet, a Soda Limonada Diet e a Água Tônica Diet da Antarctica também trazem quantidades altas de ciclamato. Já o suco Su Fresh Manga Ligth ofere- ce algum risco a uma criança que be- ber 300 ml diários do produto (pouco mais de um copo de requeijão) e a uma mulher que ingerir 600 ml da bebida. Obviamente, a ingestão desses produtos pode se tornar arriscada quando o consu- mo é elevado, freqüente e por longos pe- ríodos. Mas se não houvesse o risco, não existiriam índices recomendados interna- cionalmente. Risco em bebidas ADOÇANTES Para saber a dose de edulcorante que uma pessoa com determinado peso pode consumir por dia com segurança, ela deve multiplicar o seu peso (em quilos) pelo valor da IDA (veja tabela) de cada substância adoçante. Por exemplo, a IDA do ciclamato é 11 mg por quilo cor- póreo. Para uma mulher de 55 qui- los, a IDA será de 605 mg; para uma criança de 30 kg, será de 330 mg, e assim por diante. Para se conhecer o volume de ingestão, deve-se so- mar tudo o que é consumido no dia. A conta pode parecer complicada, mas feita uma vez, com base em seu padrão de ingestão diária de edulco- rantes, tem-se uma idéia aproxima- da de um consumo seguro. Além disso, a tabela já indica quantas latas de 350 ml (para refri- gerantes e chás) ou o volume em litros (para sucos e refrescos) o con- sumidor deve respeitar. No entanto, apesar da importân- cia desse dado para a saúde do consumidor, é preciso considerar que as quantidades de edulcorantes não são informadas em produtos como adoçantes de mesa, choco- lates, barras de cereais, gelatinas, geléias, entre outros alimentos. Ademais, mesmo alguns produtos não comercializados como diet e light, como sucos em pó, contêm edulcorantes em sua fórmula. Para saber a dose diária recomendada emagrecimento por ser calórica. Seu consumo em excesso pode elevar os triglicérides e dificul- tar a absorção do cobre, importante na síntese da hemoglobina. Sorbitol (natural/calórico) – Tem o poder de adoçar igual ao da sacarose, e se transforma em frutose ao ser ingerido. Desaconselhável para pessoas obesas e diabéticos que não controlam bem a dieta. Assim como o manitol e o xilitol, pode acarretar perda de cálcio no organismo, entre outros minerais, favorecendo a formação de cálculos. Manitol (natural/calórico) – Adoça 70% mais que a sacarose. Em doses excessivas, pode funcionar como laxante. Não oferece riscos a diabéticos. Xilitol (natural/calórico) – Tem sabor muito parecido com o da sacarose e é recomendado na prevenção de cáries, mas, nas primeiras vezes em que é ingerido, pode causar diarréia. Maltodextrina (natural/calórico) – Extraída do milho, é mais usada como diluente nos adoçantes artificiais. Adoça 50% mais que a sacarose. Dextrose (natural/calórico) – Também é derivada do milho e muito usada em alimentos dos mais variados tipos. Adoça 70% mais que a sacarose. Sucos que não são diet ou light também contêm edulcorantes ADOÇANTES Bebidas, tipos de edulcorantes, Ingestão Diária Aceitável (IDA) e consumo máximo de unidade/volume por dia Coca-Cola Light 350 Aspartame 24 40 84,0 14,3 26,2 33,3 Acessulfame 16 15 56,0 8,0 14,7 18,8 Coca-Cola Light Lemon 350 Ciclamato 80 11 280,0 1,2 2,2 2,8 Sacarina 10 5 35,0 4,3 7,9 10,0 Fanta Laranja Light 350 Ciclamato 64 11 224,0 1,5 2,7 3,4 Sacarina 8 5 28,0 5,4 9,8 12,5 Ciclamato 31 11 108,5 3,0 5,6 7,1 Guaraná Kuat Light 350 Aspartame 12 40 42,0 28,6 52,4 66,7 Sacarina 5 5 17,5 8,6 15,7 20,0 Sprite Zero 350 Ciclamato 107 11 374,5 0,9 1,6 2,1 Sacarina 7 5 24,5 6,1 11,2 14,3 Guaraná Diet e Soda 350 Ciclamato 69,7 11 244,0 1,4 2,5 3,2 Limonada Diet Antarctica Sacarina 16 5 56,0 2,7 4,9 6,3 Água Tônica Diet Antarctica 350 Ciclamato 55 11 192,5 1,7 3,1 4,0 Sacarina 13 5 45,5 3,3 6,0 7,7 Pepsi Light 350 Aspartame 34,96 40 122,4 9,8 18,0 22,9 Acessulfame 8,99 15 31,5 14,3 26,2 33,4 Pepsi Twist Light 350 Aspartame 35 40 122,5 9,8 18,022,9 Acessulfame 9 15 31,5 14,3 26,2 33,3 Dolly Guaraná Diet 350 Ciclamato 87,3 11 305,6 1,1 2,0 2,5 Sacarina 17,2 5 60,2 2,5 4,6 5,8 Dolly Limão Diet 350 Ciclamato 87,4 11 305,9 1,1 2,0 2,5 Sacarina 17,2 5 60,2 2,5 4,6 5,8 Nestea Light 340 Ciclamato 50 11 170,0 1,9 3,6 4,5 Sacarina 6 5 20,4 7,4 13,5 17,2 Santal Manga Light 1000 Sucralose 11 15 110,0 4,1 7,5 9,5 Acessulfame 7 15 70,0 6,4 11,8 15,0 Santal Laranja Light 1000 Sucralose 10 15 100,0 4,5 8,3 10,5 Acessulfame 5 15 50,0 9,0 16,5 21,0 Maguary Maracujá Light 1000 Sucralose 16,6 15 166,0 2,7 5,0 6,3 Acessulfame 5,5 15 55,0 8,2 15,0 19,1 Maguary Laranja Light 1000 Acessulfame 12,4 15 124,0 3,6 6,7 8,5 Sucralose 6,2 15 62,0 7,3 13,3 16,9 Del Valle Morango Light 1000 Sucralose 11 15 110,0 4,1 7,5 9,5 Acessulfame 7 15 70,0 6,4 11,8 15,0 Del Valle Maçã Light 1000 Aspartame 18 40 180,0 6,7 12,2 15,6 Acessulfame 12 15 120,0 3,8 6,9 8,8 Su Fresh Manga Light 1000 Ciclamato 96 11 960,0 0,3 0,6 0,8 Sacarina 11 5 110,0 1,4 2,5 3,2 Su Fresh Uva Light 1000 Ciclamato 10 11 100,0 3,3 6,1 7,7 Sacarina 9 5 90,0 1,7 3,1 3,9 Syn Vigor Uva Light 1000 Sucralose 12 15 120,0 3,8 6,9 8,8 Acessulfame 9 15 90,0 5,0 9,2 11,7 Syn Vigor Manga Light 1000 Sucralose 13 15 130,0 3,5 6,3 8,1 Acessulfame 9 15 90,0 5,0 9,2 11,7 Camplight Tea Diet Pêssego 1000 Ciclamato 70 11 700,0 0,5 0,9 1,1 Sacarina 9,75 5 97,5 1,5 2,8 3,6 Aspartame 28,3 40 283,0 4,2 7,8 9,9 Clight Baixas Calorias 1000 Ciclamato 10,8 11 108,0 3,1 5,6 7,1 Acessulfame 3,4 15 34,0 13,2 24,3 30,9 Sacarina 1,1 5 11,0 13,6 25,0 31,8 Aspartame 26 40 260,0 4,6 8,5 10,8 Frisco Light Tangerina 1000 Ciclamato 10 11 100,0 3,3 6,1 7,7 Acessulfame 2,5 15 25,0 18,0 33,0 42,0 Sacarina 1 5 10,0 15,0 27,5 35,0 Consumo máximo por dia1 (unidades do produto)Produto Marca/Sabor tabela continua na próxima página Conteúdo (ml ou mg) Nome Quantidade2 IDA (mg/kg mc3) Total (mg por unid.) Crianças (30 kg) Mulheres (55 kg) Homens (70 kg) Edulcorante(s) Re fr ig er an te s Ch á Su co s Re fr es co s em p ó lig ht o u di et Revista do Idec | Junho 2006 21 OIdec solicitou às empresas derefrigerantes e adoçantes demesa alterações nos rótulos dos produtos, considerando a exis- tência comprovada de riscos à saúde pelo consumo de edulcorantes acima das doses da IDA, definidas pelo Co- dex Alimentarius. Como as bebidas já são obrigadas a declarar no rótulo a quantidade de edulcorantes, foi so- licitado aos fabricantes que acrescen- tem o consumo máximo diário reco- mendado dos aditivos. Já aos fabri- cantes de adoçantes de mesa, o Idec formulou as duas solicitações. As empresas responderam que não consideram necessárias as infor- mações nos rótulos, bastando para isso as informações dadas pelos SACs, e dizem obedecer à legislação atual. A empresa Ajonomoto (Mid Sugar), por exemplo, disse não reconhecer o Código de Defesa do Consumidor alegando a necessidade de normas específicas. Os fornecedores agem como se uma norma técnica se sobrepusesse à lei, e, deliberadamente, ignoram o CDC. Mas, independentemente de nor- mas e portarias, O CDC (art. 6o, III) é cristalino ao dispor sobre o dever (do fornecedor) de informar: “São direitos básicos do consumidor: (...) a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quanti- dade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentam”. RESPOSTAS DAS EMPRESAS A Associação Brasileira das Indús- trias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), que representa o Sistema Coca-Cola do Brasil, a Ame- rican Beverage Company (AmBev – Antarctica e Pepsi-Cola) e a Red Bull, concordou com a necessidade de mais informações, mas discorda que o rótu- lo seja o melhor meio, sugerindo que devam ser veiculadas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Essa também foi a resposta da Gold Nutrition (Assugrin, Doce Menor, Gold e Tal & Qual) e da Nova América (União Light). A Boehringer Ingelheim (Finn) esclarece que já in- forma as quantidades dos edulco- rantes utilizados e as quantidades má- ximas de consumo diário. A Light- sweet (Magro, Stevia Plus) afirmou que estuda acrescentar as informações à rotulagem. A Steviafarma Industrial (Stevita) julga que segue as normas vigentes. A DM Farmacêutica não enviou sua resposta. Só alguns responderam que as informações sobre os edulcorantes estão disponíveis nos SACs. No entan- to, pesquisa do Idec com os SACs das empresas para verificar a capacidade desses serviços de informar a IDA dos edulcorantes deixaram muito a dese- jar. Atendendentes da Coca-Cola, DM Farmacêutica, Dolly, Gold Nutrition, Lightsweet e Steviafarma Industrial não sabiam o que responder. Desrespeito ao CDC Serviço ANVISA – Tel.: 0800-6440644 (www.anvisa. gov.br); MAPA – Tel.: 0800-611995 (binagri@ agricultura.gov.br); Ajinomoto – Tel.: 0800-704 9039 (www.ajinomoto.com.br); Boehringer Ingel- heim – Tel.: 0800-7013388 (www.finn.com.br); DM Indústria Farmacêutica – Tel.: 0800-7717 017; Gold Nutrition – Tel.: 0800-7016966 (www. goldnutrition.com.br); Lightsweet – Tel.: (44) 3232-8182 (sac@lowcucar.com.br); Nova Amé- rica (União) – Tel.: 0800-13.2027 (www. ciauniao.com.br); Steviafarma Industrial– Tel.: (44) 224-4335 (stevitasac@stevita.com.br); Coca-Cola – Tel.: 0800-212121 (www.cocaco- la.com.br); AmBev – Tel.: 0800-7250003 (disk@antartica. com.br); Newage Bebidas e Alimentos – Tel.: 0800-7705358 (www. newagebebidas.com.br); Ragi Refrigerantes – Tel.: 0800-191477 (dolly@ dolly.com.br); Red Bull – Tel.: 0800-161737 (www.redbull.com.br) Aspartame 15 40 150,0 8,0 14,7 18,7 Da Barra Laranja 1000 Acessulfame 3 15 30,0 15,0 27,5 35,0 Ciclamato 15 11 150,0 2,2 4,0 5,1 Sacarina 2 5 20,0 7,5 13,8 17,5 Mid Pêssego 1000 Aspartame 28,2 40 282,0 4,3 7,8 9,9 Acessulfame 3,9 15 39,0 11,5 21,2 26,9 Aspartame 14 40 140,0 8,6 15,7 20,0 Tang Tangerina 1000 Ciclamato 13 11 130,0 2,5 4,7 5,9 Acessulfame 1,5 15 15,0 30,0 55,0 70,0 Sacarina 1,2 5 12,0 12,5 22,9 29,2 Yoki Uva 1000 Aspartame 14 40 140,0 8,6 15,7 20,0 Ciclamato 12 11 120,0 2,8 5,0 6,4 Acessulfame 2 15 20,0 22,5 41,3 52,5 Consumo máximo por dia1 (unidades do produto)Produto Marca/Sabor Conteúdo (ml ou mg) Nome Quantidade2 IDA (mg/kg mc3) Total (mg por unid.) Crianças (30 kg) Mulheres (55 kg) Homens (70 kg) Edulcorante(s) Re fr es co s em p ó co nv en ci on ai s ADOÇANTES Assinalados em vermelho, os produtos para os quais um consumo considerado relativamente normal já ultrapassa a IDA para os tipos de indivíduos preestabelecidos; (1)Não considerado o consumo de outros produtos com os mesmos edulcorantes. Refrigerantes e chás expressos em unidades (latas). Sucos e refrescos expressos em litros; (2)mg de edulcorantes por 100 ml ou 100 mg do produto; (3)mc quer dizer massa corpórea.
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