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4 DIREITO DE ACRESCER – FIDEICOMISSÁRIA Ocorre quando na mesma cláusula o testador deixa bens a pessoas em disposição conjunta, e no entanto uma dessas pessoas não quer ou não pode receber a herança ou legado. Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos coerdeiros, salvo o direito do substituto. No entanto para algumas disposições conjuntas pode não existir o direito de acrescer entre os coerdeiros, e sim o quinhão daquele determinado faltoso que irá beneficiar os herdeiros legítimos de forma que não há direito de representação na sucessão testamentária. A falta de ocorrência do direito de acrescer importará na transmissão da cota vaga do nome aos herdeiros legítimos, isto é, sempre que houver fato determinante para que haja rompimento da disposição testamentária, a porção descrita será designada aos herdeiros legítimos. De acordo com o art 1.944 do Código Civil, que vem confirmar a fundamentação citada, no que diz respeito ao parágrafo único do dispositivo legal, determina este que a não existência do direito de acrescer entre colegatários, a quota que faltar acrescerá herdeiro ou ao legatário encarregado de atender o legado, ou a todos os herdeiros, na proporção do seu quinhão, se o legado se deduzir da herança. Por tanto na falta de alguém em disposição testamentária, é preciso interpretar o testamento para que se faça a avaliação se a cota irá para o coerdeiro/ colegatário, ou se irá para os herdeiros legítimos. 4.1 FIDEICOMISSO A lei concede o direito de dispor os seus bens á pessoa capaz sobre o ato de última vontade, entretanto devendo respeitar a legítima dos herdeiros necessários. Contudo não é o bastante apenas a concessão de tal direito, o legislador concedeu ao testador, além de instituir herdeiro ou legatário, a indicação de substituto. De acordo com o código civil o Fideicomisso é uma espécie de substituição testamentária onde o testador institui herdeiros na abertura da sucessão. Provavelmente fazendo-se presente a manifestação de último desejo do fideicomitente que fundamentado na confiança irá abrir espaço, na disposição testamentária chamando o fiduciário para que transmita a propriedade dos bens ao fideicomissário, onde receberá após a morte do fiduciário ou após o decurso de certo tempo ou ainda por determinada condição estabelecida no testamento. Art. 1.953. O fiduciário tem a propriedade da herança ou legado, mas restrita e resolúvel. Parágrafo único. O fiduciário é obrigado a proceder ao inventário dos bens gravados, e a prestar caução de restituí-los se o exigir o fideicomissário . Para existir a substituição denominada de fideicomisso é necessário a presença de três elementos essenciais. O fideicomitente, ou seja o próprio testador, que por manifestação de sua vontade estabelece através de testamento, o fideicomisso, o fiduciário este ao qual irá ficar com a guarda da propriedade resolúvel dos bens, o fideicomissário será o último a receber os bens fideicometidos. 4.2 CARACTERÍSTICAS DO FIDEICOMISSO O código de 1916 garantia ampla liberdade para nomeação do fideicomissário, onde poderia ser os nascituros ou filhos eventuais, o que atualmente não é permitido pelo código civil de 2002 em seu artigo 1.952. Para Caio Mário, o Fideicomisso consiste na ¨ Instituição de herdeiro ou legatário com o encargo de transmitir os bens a uma outra pessoa a certo tempo, por morte, ou sobre condição preestabelecida ( instituições de direito civil- Forense- vol. VI, pág. 146). Logo o fideicomisso só irá até o segundo grau, não havendo a possibilidade de instituir outro substituto, após o fideicomissário. 4.3 DUPLA – VOCAÇÃO Duas exigências ao mesmo tempo para pessoas diferentes que receberão a herança ou legado, uma após a outra. 4.4 ORDEM SUCESSIVA Um beneficiário só será chamado após o outro, seus direitos serão simultâneos. 4.5 ÔNUS DE CONSERVAR PARA RESTITUIR Baseado na fé e confiança, o fiduciário terá que conservar o bem que recebeu, tendo o dever de zelar. 4.6 CAPACIDADE PASSIVA DO FIDEICOMISSO A Análise será feita no momento da abertura da sucessão, a capacidade do fideicomisso será no momento da substituição. 4.7 EVENTUALIDADE DA VOCAÇÃO DO FIDEICOMISSO O fiduciário e portador do direito, enquanto não acontecer à substituição, trata- se de um direito meramente eventual sobre o bem fideicometido. No entanto a falta de um desses requisitos irá descaracterizar a substituição testamentária fideicomisso.
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